Harry Potter e a Clóris Perdida escrita por GiMarcolin


Capítulo 7
Uma Lembrança de Tiago Potter


Notas iniciais do capítulo

Muitas coisas vão acontecer, novas aulas, e desafios, espero que estejam gostando, pois vejo que estão lendo.



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Harry estava sentado no chão da sala, encostado sobre uma das poltronas, nas mãos tinha o diário da mãe, a leitura do diário tinha se tornado seu passatempo predileto, ele se sentia tão bem ao ler, era como se ela mesma, a sua mãe, estivesse lhe contando seus sentimentos e seus desejos e às vezes e ele até podia imaginar, o som da voz de Lílian entrar em seus ouvidos. Não havia remédio melhor, depois da companhia de Gina, para lhe acalmar e lhe deixar feliz do que ler aquele pequeno livro. Harry estava angustiado, esperava a visita de Kingsley, havia um bom motivo para o ministro vir em pessoa visita-lo e deixar os seus afazeres no ministério, mas não era essa a sua maior preocupação. Não sabia oque tinha acontecido, as cartas de Gina e até mesmo a de Rony que ainda não tinha voltado da viagem com Hermione, já haviam chegado há uma semana, na carta havia informações e explicações sobre o ano letivo, além da tradicional lista de materiais, ele não entendia oque tinha acontecido, ele voltaria a Hogwarts, mesmo não tendo ninguém que o obrigasse, ele sempre amou a escola e foi o mais próximo que ele teve de um lar. Além do mais, tinha um argumento mais do que suficiente para voltar, o argumento tinha longos cabelos ruivos e olhos claros e para Harry esse único argumento o convencia totalmente de retornar. Gina tentou acalmá-lo dizendo que provavelmente não sabiam para onde enviar a carta, mas ele sabia que não era esse o motivo, alguma coisa estava acontecendo e ele queria saber oque era.

Foi então que algo chamou a sua atenção no diário, naquele trecho a mãe contava sobre o cachecol com as iniciais de Tiago.

“Eu estava muito brava com Tiago, eu não conseguia acreditar que ele não havia lido o meu diário, ele disse que me explicaria tudo e me chamou para conversar quando a sala comunal estava vazia, me sentei no sofá em frente à lareira e ele se sentou ao me lado, eu estava de braços cruzados, esperando uma explicação e fui surpreendida por uma mão tocando a minha, ele havia alcançado minha mão e segurava delicadamente, não tive vontade de puxá-la, queria continuar com a minha mão junto à dele, e foi oque eu fiz, deixei que ele segurasse minha mão e ainda retribui, apertando a mão dele na minha, acho que até mesmo ele se surpreendeu, mas não mais do que eu, que fiquei imaginando por que queria estar perto dele.

Ele começou a me explicar, que havia encontrado o diário caído e ficou com medo que eu brigasse com ele, se fosse me devolver, e ele estava certo, por que eu brigaria mesmo. Mas eu acreditei na história dele, ele parecia estar sendo sincero, eu via isso em seus olhos. É, isso é mais uma novidade, os olhos dele são mesmo lindos, ele olhava diretamente para os meus olhos e eu olhava para os dele. Estava quase convencida de que tinha sido atingida por um feitiço para que isso acontecesse comigo, ou alguma poção do amor, Severo disse que elas são mesmo muito fortes, busquei nos meus pensamentos, algo que pudesse provar tal hipótese, mas nada me vinha em mente, então aquilo, ou melhor isso, realmente está acontecendo comigo, eu acho que sinto alguma coisa por ele, e não é raiva dessa vez, é algo bom e que me faz querer que ele esteja perto de mim.

O que aconteceu depois, meu querido diário, é oque me deixou mais abismada, ele me pediu um abraço, de amigos é claro e eu assenti com a cabeça involuntariamente, meu corpo respondeu antes que minha cabeça pudesse pensar na resposta. Ele me abraçou e eu retribui, admito que até queria mesmo aquele abraço e encostei minha cabeça sobre o seu peito, fiquei ali parada naquele abraço, não sei quanto tempo, sentia o cheiro do seu cachecol que vinha de encontro ao meu rosto, e era um cheiro tão bom, que me fazia querer dormir ali mesmo daquele jeito, ainda mais quando ele acariciava meus cabelos tão gentilmente. Olhei para cima tentando alcançar os seus olhos e ele olhava para frente, parecia estar em outro mundo, quando ele olhou para mim, eu lhe pedi para me dar o seu cachecol, ele sorriu sem entender e perguntou se eu não tinha o meu, e eu respondi que o cheiro do dele era melhor, ele tirou o cachecol do seu pescoço e colocou no meu, me envolvendo com aquele aroma tão agradável. Antes de subir para o quarto, e escrever em você diário, Tiago ainda me deu um beijo no rosto, e me desejou boa noite, e agora estou aqui, sem conseguir dormir, só pensando nele.”

Harry com um sorriso no rosto, puxou a caixa que estava em seu alcance e tirou de dentro o cachecol, com certeza era aquele citado no diário, então aproximou do seu rosto, mas não conseguiu sentir o cheiro que a mãe tanto dizia sentir, mas ficou feliz em saber que era mesmo de seu pai, eram poucos os objetos e lembranças que ele tinha dos pais, e qualquer coisa, era muito importante para ele.

Escutou batidas na porta da casa, e rapidamente passou pela porta do quarto e se lançou pelas escadas, ele sabia quem era, ao abrir a porta lá estava o agora ministro, ele tinha a mesma aparência, apesar de parecer mais bem vestido do que antes.

– Olá Harry! Como tem passado?

– Muito bem na verdade! E o Senhor, como estão as coisas no ministério?

– Ah Harry, por favor não me chame de senhor! Entre amigos não precisamos de formalidades! E está indo tudo bem no ministério, mas ainda temos muito trabalho a fazer.

– Mas entre, vamos até a cozinha. Posso lhe servir alguma coisa? Disse Harry, andando pelo corredor.

– Não obrigado Harry. Minha visita será rápida.

– Mas diga oque te trouxe aqui? Disse ele se sentando e apontando um lugar para que o ministro também sentasse.

– Bom é muito simples. Diante de todos os acontecimentos, não me resta dúvida que você é completamente capaz de exercer a função de Auror! E você está convidado a se tornar um, assim que achar que está preparado.

– Eu não sei se entendi direito. E os N.I.E.M.s?

– Certamente que você não precisa faze-los Harry!

– Isso tem alguma coisa a ver com o fato de eu não ter recebido nenhuma carta de Hogwarts?

– Bom, no dia em que estive em Hogwarts, comuniquei Minerva que você não precisaria fazer os N.I.E.M.s e que certamente não retornaria a escola.

– Eu me sinto honrado com o seu convite, sei que sou capaz, mas não quero que facilitem as coisas, quero ser um Auror, sempre foi meu desejo, mas quero conseguir da forma que todos fazem, estudando, fazendo os exames.

– Não acho que seja necessário Harry.

– Provavelmente não seja, mas não é justo que eu tenha essa vantagem e que os outros não tenham escolha.

– Harry, você sempre consegue me surpreender com suas atitudes.

– Bom, eu desejo ir a Hogwarts como os outros, e depois de terminar os estudos, sem duvida quero me tornar um Auror.

– Se é assim que você deseja Harry, mas se mudar de ideia pode vir até o ministério que a oferta estará de pé.

– Obrigado Kingsley! Mas eu vou fazer as coisas do jeito certo.

– Tudo bem, mandarei uma carta para Minerva hoje mesmo.

– Mais uma vez eu agradeço pelo convite.

– Bom Harry, queria poder ficar um pouco mais para conversamos, mas tenho muito trabalho, espero que não se importe.

– Claro que não, eu poderia ter ido ao seu encontro se tivesse me pedido.

– Eu estava lhe devendo essa visita. Disse o ministro levantando-se e caminhando em direção à porta.

Harry olhou para fora enquanto o ministro desaparecia em frente às escadas, e se sentiu estranho, como se alguém estivesse olhando, desceu os degraus e olhou pela rua, pegando a varinha de seu bolso, mas não havia ninguém, caminhou mais adiante, olhando atrás de uma arvore, mais também não havia nada, pensou então que era impressão sua, devia estar imaginando coisas e subiu as escadas, e ainda olhou uma ultima vez para traz para se certificar que não tinha mesmo ninguém ali antes de entrar em casa e fechar a porta.


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Notas finais do capítulo

Não sei se estão gostando, então um comentário seria bom. ;)



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