Super-Heróis? escrita por soyrebelde


Capítulo 9
Fuga


Notas iniciais do capítulo

OOI leitores, esse é o último capítulo da primeira fase, vem muitas novidades na próxima fase. Boa leitura!



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POV Daniel

Estávamos Maria Joaquina, Alícia, Jorge e eu no apê das meninas. Fomos ver o que era que o Jorge tinha para mostrar.

– O que é Jorge? - perguntei.

– Vejam esse vídeo.

Era inacreditável. Haviam gravado o nosso roubo ao banco e o vídeo circulava no youtube. Estava entre os vídeos mais vistos da cidade. O Paulo deveria ter mandado colocarem outras câmeras no local. Todos deviam estar pensando que somos ladrões e a qualquer momento poderíamos ser presos por uma injustiça.

– Nós precisamos sair daqui urgente. Vão nos prender e nos acusar de rouba. Não temos como provar que somos inocentes. – falei desesperado.

– Vamos sair apenas aqui do apê ou? - perguntou Alícia.

– Da cidade. Não estaremos seguros se continuarmos aqui - respondi

– Mas nem todos estão aqui agora, precisamos avisá-los. – disse Majo.

– Alícia corre lá em cima e diz pro Mário pra arrumar coisas essenciais dos meninos porque nós vamos fugir. Maria Joaquina vá atrás do Davi e da Valéria. Jorge ligue pro Jaime e pra Carmen e peça pra eles virem pra cá correndo. Alguém sabe onde o Cirilo se meteu?

– A última vez que vi ele foi quando voltamos. - disse Jorge.

– Oi gente. - Cirilo entrou no apê.

– Cirilo nós temos que fugir daqui, vá nos quarto das meninas e coloque algumas roupas e acessórios mais importantes em mochilas, malas, o que tiver. Depois eu explico tudo. - falei.

Maria Joaquina voltou com o Davi, que ainda estava bêbado, e a Valéria e foram pro quarto ajudar o Cirilo. Jorge conseguiu entrar em contato com Jaime e Carmen e eles disseram que chegariam logo. Em quinze minutos estávamos prontos para fugir, mas para onde? Com que dinheiro?

– Galera, nós vamos ter que roubar novamente.

– O que? Você pirou Daniel? - disse Valéria.

– Não temos dinheiro para fuga. - respondi

– Então vamos roubar o que? Um banco não pode ser, porque não estamos preparados. Se não fugirmos agora vão nos pegar. Eu tenho um dinheiro guardado na minha poupança e eu sei a senha, quando chegarmos no lugar onde ficaremos, vamos em um banco e sacamos o dinheiro. - Falou Jorge.

– Então vamos sair agora daqui. Eu vou no volante e você me segue Jorge. Você se incomoda Valéria?

– Claro que não Daniel. - ela respondeu.

Patrulha era uma cidade perto da capital então primeiro fomos para São Paulo e depois seguiríamos nosso destino. A gasolina estava acabando nos carros e paramos num posto. Jorge sacou um bom dinheiro em um caixa, abastecemos e voltamos para a estrada.

Já estávamos há horas na estrada e o engarrafamento era enorme. Pelo menos não fomos pegos e seria bem difícil a delegada e seus ajudantes nos pegarem. Fugimos da nossa própria cidade devido a uma injustiça daquele traidor. Nós que estivemos com ele em sua infância.

Carmen tentava achar qualquer tipo de informação nos blogs, sites e comunidades da cidade e mandava pra Maria Joaquina, que estava na banco de carona ao meu lado, pelo celular. A nossa foto já rondava por todos os lugares, mas só em Patrulha mesmo. Problemas na cidade só circulam por lá mesmo, até porque a Patrulha Salvadora resolvia tudo. Será que dessa vez seria diferente. Nós seríamos perseguidos por todo lugar? Duvido muito, mas precisamos ficar longe de São Paulo.

Estávamos presos no trânsito e eram 23:00. No carro em que eu dirigia estavam todos cochilando. Sussurrei no ouvido de Maria Joaquina para ver se ela acordava.

– Ei princesa.

– Oi príncipe. - ela coçou os olhos e quando me viu abriu um sorriso.

– Você tá bem?

– Sim, só um pouco triste. Se antes morando na mesma cidade eu não via os meus pais, imagine agora e tudo isso por minha culpa. Se eu não tivesse sido sequestrada...

– Ei, a culpa não é sua. Eles poderiam ter sequestrado qualquer um. Eu também estou triste, mas agora é vida nova e sobre... sobre nós dois... eu...

– Aceito sim. - disse ele me interrompendo.

Faltaram as palavras em minha boca e eu só dei um sorriso e me aproximei dela com dificuldade.

– Daniel, não seria mais fácil você tirar o cinto de segurança pra podermos se beijar?

– Nossa, é mesmo.

E assim se beijamos, um beijo calmo e delicado. Fomos interrompidos pelo Jorge buzinando. O engarrafamento estava menor, então continuamos a viagem. Parei em frente a um hotel e fiz sinal pro Jorge que ficaríamos ali.

– Vamos ficar por aqui hoje, amanhã seguimos viagem. - falei a Jorge.

Entramos no hotel e ficamos dois em cada quarto. Eu fiquei no mesmo quarto que a Maria Joaquina, Alícia e Mário, Carmen e Jaime, Cirilo e Valéria, Davi e Jorge. Não aconteceu nada além de beijos, apenas dormimos na mesma cama. Amanheceu e fomos tomar o café da manhã.

– Vocês nem imaginam o quanto foi péssimo dormir com o Davi. Ele ia ao banheiro de cinco em cinco minutos. - disse Jorge.

– Isso é o que dá beber muito. - falou Carmen.

– Tive uma noite maravilhosa com o Cirilo. Ele me esquentou porque tava fazendo frio. - Valéria falou rindo e olhando para Davi, ele fez cara de raiva e ela olhou pro outro lado.

– Você e o Davi deveriam se acertar logo, pois todos sabem que vocês vão voltar uma hora ou outra. - Maria Joaquina falou.

– Eu tô amando essa vida de solteira Mari.

– Tá Val, vou fingir que acredito.

– Eu odeio quando me chamam de Val.

– E eu odeio quando me chamem de Mari.

– Meninas, vamos parar com isso e se apressar que temos um trajeto meio longo pra percorrer. - falei.

– Tá bom Daniel. Ah, nós estamos namorado galera. É isso.

Todos se olharam e deram uma risada não tão alta.

– Felicidades pro casal. - disse Jorge.

– Sempre soube que vocês tinham um rolo, casal perfeito. - disse Valéria.

Todos nos parabenizaram e desejaram felicidades, depois pediram um beijo e demos depois de tanto insistirem. Eram 09:40, fomos pro carro e seguimos viagem.

Chegamos ao destino. Não era tão longe de São Paulo, inclusive era até perto, mas eu não queria ser um fugitivo. E a polícia Patrulha já deixou escapar tantos casos, não acredito que se empenhem em nos encontrar.

Tínhamos que arranjar um apartamento pra ficar, então fui à procura de um hotel pra ficarmos, até achar um lugar definitivo.

– Vamos ficar nesse hotel até achar um lugar pra ficar. – falei e todos assentiram com a cabeça.

– Eu conheço esse lugar, nós estamos...

Interrompi a Maria Joaquina e disse olhando para todos:

– Bem vindos ao Rio de Janeiro.


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Notas finais do capítulo

Maniel juntos, Paulo traidor, Valéria provocadora. O que você mais gostou no capítulo? Obrigado pelos comentários e até o próximo!