Super-Heróis? escrita por soyrebelde


Capítulo 32
Imprevistos


Notas iniciais do capítulo

OOI, desculpem a demora. Reta final, boa leitura!



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Imóvel, eu estava imóvel. Olhei de relance pra Lucas que ainda segurava a arma com uma cara de assustado. Me aproximei dele e por impulso, eu acho, ele me abraçou forte.

– Ela ia te matar.

– A Carol era psicopata, mas acho que não chegaria a me matar.

– Preste mais atenção Maria Joaquina. Ela tinha uma arma e estava pegando nela, disfarçadamente.

– Sério? Nossa, eu tava com tanta raiva que nem consegui prestar atenção.

– Olha só, não tenho paciência pra quem tá começando.

– Idiota. Bom, obrigada por salvar minha vida. - depositei um beijo em sua bochecha.

– Tem um par de luvas na sua bolsa? Precisamos ver se ela possui algo além da arma, sei não, mas algo me diz que não foi por acaso ela aparecer aqui.

– Toma aqui. - estendi um par de luvas que tirei da minha bolsa e ele começou a averiguar os bolsos das roupas que Carol vestia.

– Segura o celular. - ele jogou o celular dela para mim.

Averiguei as últimas chamadas e o que eu desconfiava se confirmou. As últimas chamadas eram do Paulo. Poderia ser qualquer outro Paulo, mas só uma pessoa inocente ainda teria dúvidas. O Paulo mandou ela para fazer sabe-se o que lá.

Olhei as mensagens e encontrei uma que me chamou atenção.

"Já fui até a delegacia, o babaca ficou realmente mexido ao me ver. Agora vou por em parte o plano 2"

"É só pra dar um susto ok? Tenho planos para a princesinha"

Planos? Que planos? E quer dizer que a vadia foi ver o Daniel. Ótimo, meu lado psicóloga agradece. Lucas não encontrou mais nada que interessasse e então fomos embora da praia deixando lá o corpo da vadia.

– Passeio pelo centro da cidade cancelado né?

– Sim, eu preciso ir na delegacia.

– Sabe, até que eu não estou me sentindo tão mal por ser um assassino.

– Digamos de que indiretamente você fez um bem maior, pode até ser considerado um herói.

– Olha que eu já sou convencido e dando corda então.

Estávamos caminhando pela calçada a beira da praia. Não sem rumo, apenas esperando um táxi parar. O vento batia sobre meus cabelos que pareciam ganhar vida e eu tava esperando a hora em que eles pulassem da minha cabeça.

Quando enfim um táxi parou quase pulei pra dentro dele, o que causou risos em Lucas e no próprio motorista. Depois de alguns minutos o carro parou na frente da delegacia. Saí do carro e dei o dinheiro ao motorista. Me despedi de Lucas, já que ele iria pra casa.

Entrei na delegacia e dei de cara com a cara nada amigável da delegada.

– Olha só, Maria Joaquina, é com você mesmo que eu quero falar.

– A que devo a sua fala, querida delegada? - falei sarcástica.

– Bom, só queria dizer que os seus amigos serão transferidos para outros presídios. A verdade é que já deveríamos fazer isso há algum tempo, mas os presídios estavam lotados, mas agora conseguimos vagas em presídios masculinos e femininos na cidade vizinha.

– Eu pensei que eles continuariam presos aqui até o julgamento.

– Isso é outro ponto que eu tenho que falar, na verdade eu deveria falar isso pro advogado. O julgamento deverá ser daqui a 3 semanas.

– Então porque vão transferi-los se eles vão ser soltos daqui a 3 semanas?

– Ai ai Maria Joaquina. - ela disse dando uma risadinha que me irritava. - Tudo indica que eles serão condenados e se eu fosse você, perderia as esperanças.

– Em 3 semanas muita coisa pode mudar e eu preciso falar com o Daniel Zapata, compreende?

Depois de uns dois minutos eu já estava na pequena sala de visitas. Daniel forçou um sorriso ao me ver, mas não conseguiu esconder a tristeza em seu olhar.

– Eu já sei que você viu ela e cara, espero que isso sirva pra você superar de vez.

– Oi? Virou vidente agora?

– Tive um encontro desagradável com ela e ela tá morta, mas foda-se.

– Ela tá morta? Que. Como?

– Ela tava trabalhando pro Paulo sabia? Eu agora tenho que tomar todo o cuidado, porque daqui a pouco até a Joana vai tá trabalhando pra ele.

– Maria Joaquina. Eu... Ah foda-se, você tá bem?

– Sim, eu tô e você?

– Ah sei lá, mas tá tá, o que importa é que você está aqui.

– É, sempre vai ser assim, no fim estaremos eu e você e quer saber? Não importa o momento é sempre bom estar com você.

– Uma pessoa apaixonada é assim mesmo.

– Ah qual é? Vai dizer que não gosta de ficar comigo?

– Se eu dizer que não, eu apanho?

– Pode ter certeza que sim. Ah, e de presente leva um chute nos países da América do Sul.

– Você anda muito violenta Maria Joaquina.

– Já percebeu que ainda não nos beijamos hoje?

– Ah sim, mas a gente podia variar um pouco né, um dia você me beija e outro dia eu te beijo.

– Isso tá ridículo Daniel.

– Ridículo é você ameaçar chutar meus países baixos. Qual é? Não quer ter filhos não?

– Você é uma criança.

– No dia em que eu mudar você vai gostar de mim da mesma maneira?

– Essa é uma boa pergunta, mas então, é mudança que você quer? - ele assentiu.

Sentei em seu colo e o beijei.

– Eu tô com saudades. - ele disse entre o beijo.

– Não se preocupe, teremos muito tempo pra matá-la.


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Notas finais do capítulo

Já tá acabando... até o próximo!