Filhos da Lua e a Ascensão dos Corajosos. escrita por Ytsay


Capítulo 75
Memorias.


Notas iniciais do capítulo

Olá,
1º Kunimitsu agradeço sua dedicação em recomendar tão lindamente, e com a aquela belíssima e verdadeira frase que ficará gravada na minha mente, porque faz todo o sentido pra mim e é marcante. Essa historia já bateu alguns bons recordes meus e agora mais um. *--* fiquei tão feliz, que até consegui rever esse cap até um ponto que achei que esta bom (semana passada tudo tava ruim no que eu escrevia..) e, não premeditado, Cadius é um dos elementos para parte desse cap. Agradeço.
Anteriormente no cap dos combatentes: O “senhor” Flecher foi chamado para receber o delegado. Taz, curiosa, foi com ele para conhecer essa figura importante da cidade. Porém, eles estavam no meio de um treino, pois um ataque foi previsto e Flecher queria saber se eles estavam prontos para combater. E enquanto isso, eles se esqueceu de um pequeno detalhe que envolve o bem-estar de um soldado e uma garota com magoas que só acabariam com morte. Muahaha
Fiquem agora com o sopro de boa energia que tive que resultou nesse cap.
—Boa leitura.



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Na Mansão:

No elevador, indo ao encontro do delegado, Flecher olhou Taz de uma forma estranha. Ela não entendeu. E dizendo um com licença hesitante, ele passou a mão dos cabelos bagunçados e raramente penteados dela, os abaixando um pouco. Taz não teve muito tempo de impedir, pois logo ele se afastou sorrindo da cara confusa dela, mas o sorriso sumiu um pouco enquanto ele admirava o resultado de sua arrumação como se notasse algo. A porta do elevador se abriu e Flecher se virou para encontrar Will, o governante olhou a menina alguns segundos antes de começar a guia-los até a sala onde ficou o visitante.

O homem bem vestido e de sapatos lustrado, admirava os quadros da sala de estar distraidamente até que Will chamou sua atenção ao anunciar a presença de Flecher no cômodo. Abrindo um sorriso receptivo o delegado cumprimentou o garoto com um aperto de mão e perguntou como ele estava.

–Estamos bem, Robert, apesar das cois...

–Sim, sim, eu soube. -Robert era afobado e mal deixou Flecher encerrar sua frase. -Will me falou brevemente sobre seu avô. Espero que ele fique. Realmente espero. Depois de tudo que você passou.

Robert parou e ficou encarando Flecher fixamente. Os olhos castanhos investigavam as feições do garoto e seus pensamentos comentavam como ele estava parecendo crescido. Logo ele notou um movimento próximo da passagem para o cômodo e curioso começou a perguntar:

–Quem é ess...

Essa é uma amiga. -Flecher conseguiu impedir Robert de se confundir sobre Taz; que apesar do cabelo ter ganhado alguns centímetros, ainda podia ser confundida com um moleque por um estranho.

–Uma amiga? -Rob arcou uma sobrancelha olhando Flecher, que assentiu para pergunta.

O delegado ajeitou os cabelos cor-de-mel no penteado e se aproximou de Taz, que apenas observava o homem memorizando sua aparência.

–Não é nada comum... –e Rob fez uma pausa enquanto analisava a pequena, que retribuía o olhar sem medo algum –Que Flecher traga alguém para cá. Em todos esses anos que o conheço, e a família dele, isso é realmente raro... E eu sou Robert Amorim. - estendeu a mão para Taz, que rapidamente a apertou com força e sem falar nada.

Antes que o delegado insistisse em saber o nome da menina, para mais tarde pesquisar e talvez encontra-la como uma garota desaparecida de orfanato, Flecher perguntou:

–O que o Senhor veio fazer aqui?

O homem se virou bruscamente para ele com uma expressão mais séria, deixando o assunto da menina de lado.

–Recebemos um relato estranho que envolvia a sua casa Flecher. Então resolvi verificar pessoalmente. Não acho que algo como o que ouvi pode ter realmente ocorrido.

Desde as palavras “relato estranho”, Taz olhou para Flecher intrigada, e ele também percebeu que isso não era uma boa coisa.

–Oh, não precisa se preocupar mocinha. -Robert notou o olhar de Taz para Flecher. -Seu pretendente a algo não esta em nenhuma confusão. Estamos apenas investigando.

–É melhor irmos para o escritório. -Disse Flecher e guiou o homem, que sorriu para Taz, para o outro lugar.

Caminhado pelo corredor Rob sorriu um pouco e disse:

–Desculpe se te incomodei com algum comentário sobre a garota, às vezes falo demais... –Se o incomodou talvez significasse que estava certo no que observou. –Mas ainda acho que ela é muito nova para você Flecher. Deve ter o quê? Quatorze?... Ah, eu não sei. Essa coisa descobrir a idade não é comig...

–Só para de falar sobre isso, Rob. -Flecher se deteve na frente da porta do escritório e olhou o homem. Depois abriu a porta e indicou que ele entrasse.

–O que sua denuncia dizia? -perguntou Flecher se sentando em uma poltrona.

–Bom, uma jovem que trabalhou aqui relatou algo sobre um assassinato e fatos estranhos. Ela parecia bem assustada e se indignava de que nada fosse feito. Mas eu ainda suponho que ela apenas tenha se atormentado e imaginado coisas. Afinal, é uma casa velha e em um terreno amplo, pode mexer com a imaginação de mentes fracas durante uma noite ruim.

Flecher forçou-se a sorrir e concordar.

–É bem provável que ela tenha tido essas ideias. –disse casualmente.

–Apesar do que acho, tenho que fazer o meu trabalho, então estou aqui.

–Se eu puder te ajudar com alguma coisa.

Robert o encarou e pelo sorriso que se seguiu, Flecher conseguiu não expressar que sua fala dizia o contrario do que queria.

–Na verdade não. Já dei uma olhada e não há nada de suspeito que possa gerar uma prova concreta.

Flecher concordou e se levantou pronto para encerrar a conversa, mas Rob continuou a falar:

–Soube que teve umas idas frequentes ao hospital. E que fugiu do ultimo. -Flecher voltou a dar atenção ao homem. Aquilo parecia ter sido há tanto tempo, mesmo o ferimento o perturbando de vez enquanto. -Parece que você não deu uma explicação para o que te aconteceu... -Rob fez uma expressão que dizia que esperava uma explicação.

–Ah... –Flecher passou uma mão na nuca, pensando. -São apenas algumas confusões por ai. - e deu de ombros como se não fosse algo tão importante.

–Confusões? -repetiu o homem ainda sem acreditar muito. -Entendo. Mas sabe que pode falar comigo se alguém mais quiser criar problema com você.

O garoto concordou, depois conseguiu encerrar a conversa informando que estava no meio de uma coisa. Porem antes de sair o Delegado encarou Flecher para falar:

–Eu tenho que lhe avisar uma coisa Flecher: não sou eu apenas que esta de olho nisso, tem pessoas que não posso impedir. Espero que suas confusões, não sejam nada que os atraia.

[Treinamento-subsolo-salão 7]

–Beatrice! Olha só isso! -Diana entrou na frente da morena que tinha acabado de chegar e mostrou a decoração das unhas. -Eu posso te ensinar... -e começou a narrar o processo para Bea que a estranhava.

Cadius mandou um aviso à mente de Vinte. O soldado levantou o rosto depois do alerta e constatou a presença da garota que lhe tinha dado um soco no estomago na ultima vez que se encontraram. Ele chamou Cadius para perto e depois observou em volta, viu Lucas próximo, distraído com as armas sobre a bancada, e puxou o gorro-escuro do garoto que protestou com um gesto falho de impedi-lo. Agora com os cabelos escondidos, Vinte tentou não chamar atenção da morena com Diana bloqueando a porta.

Brian, Marlene, Aaron e Destiny tinham escolhido suas armas e começaram a treinar não muito animadamente, pois não entendiam a importância daquele treino juntos.

–Vou precisar de sua ajuda, Cadius. –sussurrou o soldado de costas para a onde Beatrice estava, e meio arcado para ficar na altura de Lucas, Cadius e Philipe próximos.

–Minha? Como assim?

Vinte falou sua ideia á Cadius: alterar a memoria de Bea sobre aquele momento da luta que a deixou brava com ele; ou então criar uma memoria onde ela tivesse extravasado toda sua raiva nele; Assim Beatrice não ia se importar tanto com a presença dele no futuro. Porém Cadius achou que não conseguiria fazer isso, era outro nível de seu poder: criar uma ilusão na mente de outro. Mas antes que ele dissesse não, o som de metal se arranhando e a voz de Diana, alertou-os que Beatrice tinha chegado à mesa com as armas, ainda sendo distraída por uma Diana determinada em ter atenção.

–Eu tenho que dar um jeito nisso agora. –sussurrava tenso e disfarçadamente o soldado. -Você consegue Cadius. E me deve um favor por ter lhe ajudado com a garota.

–O que é isso aqui? –a pergunta de Philipe soou pela terceira vez, já que nenhum dos garotos prestava atenção nele, e ele girava nas mãos um tipo de estrutura de ferro-negro em formato de Y.

–Isso é um escudo. -a resposta de Beatrice foi bem rápida, deixando um frio passar pela nuca de Vinte, pois a voz veio de trás dele. Depois ela esbarrou levemente nele para pegar o objeto de Philipe. -Funciona se apertar aqui. -Ela pressionou algo na junção central do objeto, então entre as partes do Y ganharam um escudo de energia azulada-pulsante.

Depois Bea arcou para devolver o objeto ao garoto, mas parou segurando-o com força. Um silencio pesado passou pelo espaço. Beatrice notou a pessoa de costas pra ela, que mal se mexia e percebeu rapidamente que os meninos conhecidos estavam em outros lugares, então notando as costeletas de cabelo cinza tudo ficou claro.

Vinte sentiu que foi descoberto. E quando percebeu o movimento rápido sobre a mesa de armas, buscou o escudo da mão de Philipe e girou para se defender do golpe de uma espada manuseada por Beatrice. O soldado se afastou com um passo enquanto a morena deferia mais golpes seguidos, mirando as pernas, o braço e o pescoço do garoto. Entretanto Vinte usava muito bem o escudo e se defendia. Ao fundo alguém falava para Beatrice se acalmar, mas a menina continuava a atacar o outro, como se ele fosse um manequim de treino, sem sentimento ou vida.

–Cadius! -exclamou Vinte quando um dos golpes foi mais rápido que sua defesa e conseguiu fazer um corte no rosto.

Cadius chamou Beatrice, mas ela não estava dando ouvido para os outros, e o garoto precisava apenas daquele contato visual.

Aaron apenas assistia, também não era um fã do soldado. Lucas não tinha intenção de interferir. Philipe estava apreensivo a cada golpe de Bea em Vinte. Brian tentava, sem muito jeito, ajudar Diana em acalmar Beatrice. Destiny tinha sido pega de surpresa pelo que estava acontecendo e acabou ferida com um das facas na mão, e Marlene foi ajuda-la.

Beatrice parou subitamente desejando estar como o seu chicote-elétrico para poder deixa-lo lento. Voltou para a mesa e a revirou, depois, antes que qualquer um notasse, se virou com uma pistola e atirou. O projétil mirado no peito de Vinte atingiu o escudo, que o protegeu, mas se desfez, pois atingiu o centro do Y, a área de comando do equipamento. A seguir Bea disparou no pé de Vinte, que arcou de dor, e ela mirou a cabeça do soldado desarmado, pronta para dar o ultimo tiro e lembrando perfeitamente do porque queria mata-lo. Contudo, Cadius a tocou no rosto. Beatrice não percebeu a aproximação dele, e logo ela estava no mesmo salão-7, porem só havia ela, uma mesa de armas muito mais cheia e o inimigo com o mesmo olhar frio de quando o viu pela primeira vez. O ferimento do pé de Vinte ainda estava lá e ela atirou nas costas dele, mas não o atingiu. O soldado se aprumou, encarou-a perversamente e conseguiu tirar a arma da mão dela com um tapa forte, e Bea não ouviu o som do objeto caindo no chão. Então Vinte disse algo a provocando, e como ele estava perto, ela tentou usar seu poder elétrico o tocando e não aconteceu nada. Aborrecida, e sem entender o que estava acontecendo, Beatrice usou os punhos: um soco no estomago, na costela e no queixo. Vinte não se defendia bem ali e ela se sentiu melhor em poder acerta-lo tão facilmente e continuou com os golpes mais ferozes que tinha.

Enquanto isso, no real salão-7, Diana e Brian olharam para Cadius com surpresa. Ele tinha uma Beatrice adormecida nos braço e começava a deixa-la no chão, com medo das descargas elétricas nos momentos que ela imaginava tentar usar seus poderes no soldado.

–Você conseguiu. -disse Vinte sorrindo e com a voz um pouco estrangula, pois sentia a dor no pé baleado.

Cadius concordou um pouco pasmo com o que acabou de fazer.

–Ela vai demorar muito para acordar? -perguntou Diana e Cadius deu de ombros sem saber.

–Acho que é melhor levarmos ela para um lugar mais confortável. -comentou Brian analisando as expressões da garota que lutava com o soldado na ilusão em sua mente.


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Notas finais do capítulo

Oie! Mas um longo cap! (ps.:e ia ser maior) è estranho, as vezes acho que não coloquei tudo que queria , mas tem tudo que devia ter...
Então, finalmente tirei um pouco de sangue do Patéo por justa causa. E, se perceberam, me lembrei que Cadius tem o poder de criar ilusões, mas agora ele usou este e invadiu a mente da garota... hum, ai é um outro nivel, não acha?
Me lembrei de outra coisa: as fichas que tinham a altura dos personagens nelas são:
— Alec (18): 1, 85
— Cadius (17): 1, 67
— Diana (16): 1,70.
— Taz (15): 1, 53 (e L.A.V. , aquela que foi sua inspiração, realmente, gostei dela. ^-^).
— Marlene (16): 1, 70.
Isso é tudo pessoal!
Ah, no próximo de Dukan, temos a fuga dele,ou quase isso...tenho coisas a decidir.
Espero que tenham gostado, nos vemos nos comentários!Bjs e Abrç!



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