Filhos da Lua e a Ascensão dos Corajosos. escrita por Ytsay


Capítulo 65
Regalia quase irrecusável.


Notas iniciais do capítulo

Olá, enfim, o capitulo de Kan e nave.
Anteriormente: Dukan passou pelo treinamento de folego, depois mais um treinamento de lutas com os futuros soldados, do qual ele se saiu bem.
Agora fiquem com a continuação. Boa leitura.



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Alec Lannister não tinha mais uma família, na verdade tinha apenas um péssimo irmão do qual fugiu ao atingir os dezoito anos. E agora ele estava na nave, não como cobaia, mas preso como uma fonte de informação, e não por isso recebia qualquer tratamento diferente de uma cobaia. A única coisa que eles precisavam para tirar as informações que queriam era que a vitima estivesse disposta a dá-la por vontade própria, e depois eles tomavam conta seguindo os processos e a mantendo em grande parte do tempo inconsciente sob a forte medicação que alteraria a mente e permitiria que o interrogado falasse abertamente apenas a verdade. E em quanto esse momento chegasse eles retirariam até a última gota do conhecimento do rapaz, e isso causaria um destruição das funções mentais irreversíveis, um preço aceitável para eles conseguirem o que querem. Alec podia ser considerado morto, um zumbi esperando que o futuro chegue sem ter noção do que aconteceu ou o que vai acontecer. E em breve ele teria a primeira seção de perguntas e depois viriam mais outras até que todos seus segredos estivessem registrados e nas mãos do Estado.

Dukan estava em uma sala que parecia um escritório. Não tinha saído da grande seção de trabalho de Jess, apenas passado por portas e corredores para chega ali, e tudo tinha o tom cinza com detalhes azul e vermelho. Logo depois que foi deixado no “escritório”, o comandante chegou e o mandou se sentar. Kan notou que dois de seus seguidores estavam ali e se posicionaram logo atrás da cadeira em que foi obrigado a se sentar.

–Você esta aqui a menos de uma semana terrestre e avançou rápido nas etapas. - disse Jess se acomodando em uma cadeira atrás de uma mesa. - Alguns do que aparecem para minha seção costumam levar alguns dias, mas não algumas horas para terminar. - Jess observava a prancheta de vidro e letras iluminadas, depois olhou Dukan com olhos de expressão séria. – Além disso, nos dois testes que envolveram outros, você foi... bom. - a palavra pareceu que tinha um gosto amago na boca dele. – E Will e Satori – indicou com um olhar breve os dois subcomandantes na retaguarda de Kan –, acham que você não tem que provar mais nada... Mas antes de lhe fazer a proposta, vou explicar que isso não acontece com qualquer um, e você verá, se aceitar, que a vida aqui pode ser mais interessante do que a de uma cobaia ou de um terráqueo sobrevivendo no planeta, e com muitos benefícios. Satori.

O subcomandante chamado veio até a lateral de Dukan. Ele tinha os cabelos lisos e escuros com as pontas amarelo-claros e seus os olhos escuros eram levemente puxados. Jess passou a apenas observar.

–Eu sou o Dirigente da segunda divisão da seção do comandante Jess, área de preparação de recrutas. E aquele - indicou o outro que seria Will – Dirigente da seção de treinamento em batalhas e estratégias de guerra. Além de nós dois, o próprio comandante acredita que seus potenciais serão uteis e lhe damos a oportunidade de se tornar um de nossos soldados. Você esta disposto a isso?

A sala ficou em silencio, os três homens o olhavam com atenção, esperando a resposta.

A maioria dos recrutas naturais da nave tinha que ser preparados desde cedo e ainda resultavam em rapazes de porte médio, resistentes e ágeis, mas com forças limitadas e raciocínio sobre pressão lento. Por isso ele seria uma boa peça.

–Não. – respondeu Dukan indiferente. Ele não era uma pessoa comum, todos estavam dizendo, mas não era por eles falarem bem dele que ele ia simplesmente mudar de lado.

Sua resposta fez rapidamente uma veia zangada saltar na testa do comandante indignado, mas sem se expressar e deixando o silencio o pesar na sala. E Satori e Will sumiram com suas expressões amigáveis.

–Você está enganado se acha que pode fazer qualquer coisa para sair daqui. - disse Jess. - É melhor pensar bem com a chance que Satori esta lhe dando. O único destino de uma cobaia aqui é a morte... Mas no seu caso isso pode levar muito mais tempo. E eu posso fazer as coisas não serem simples até lá.

–É um a oportunidade irrecusável para alguém na sua posição.

Satori parecia falar mais manso do que o Comandante, que mal se se mexia e atingia com olhar frio Dukan. E o garoto de cabelos loiros negou com a cabeça mantendo sua resposta.

–Mas...

–Quieto Satori! Levem-no para a cela dele, o deixem lá até pensarmos em alguma coisa em que ele possa ser útil.

Logo Dukan ficou de pé e seguiu os dois subcomandantes até sua cela, onde foi deixado sem mais nenhuma palavra.

Naquela noite Nia Revier disse seus planos basicamente, e também informou que faltava alguns dias para o esperado momento da lua completamente escura. E quando Kan comentou sobre o que aconteceu, ela ficou quieta por um tempo e só depois respondeu que talvez fosse mais fácil se ele se juntasse ao exército da nave, podendo sair daquela cela, só que teria que lidar com os outros soldados e provavelmente a maioria ficaria de olho no que ele fizesse por ter sido da terra e uma cobaia. Em reposta Kan disse que pensou nisso, mas não conseguiria fingir nada, nem suportar lidar com soldados daquele lugar.

No dia seguinte, Dukan foi acordado de uma forma mais bruta, mesmo o traje o forçando a se levantar, dois soldados o puxaram pelos braços e sem entender ele foi levado em uma direção bem diferente, passando pela a grande área octogonal do complexo do Instituto e subindo as escadarias, onde assim que chegou encontrou Jess pela primeira vez, depois tomaram um elevador e saíram em um corredor estreito. Os dois soldados o pararam diante de uma porta e em um gesto rápido um dos homens puxou um mecanismo parecido com um grampeador, apoiou na têmpora de Kan e, com um click, uma dor invadiu a cabeça dele. A seguir ele foi jogado pela porta e com menos de um passo deu de cara em uma parede, ele estava dentro de uma das menores salas que já esteve. Dukan passou os dedos na lateral de sua cabeça e sentiu um pequeno retângulo de material duro, fincado firmemente na pele e provavelmente osso, tentou tirara-lo, mas não conseguiu. Então ignorou e tentou ver o que tinha na sala sem luz, porém era tão pequena que se esticasse o braço à frente ou para o lado encontrava parede, apenas paredes.

“Nessa semana de comemorações, temos um evento interessante e mortal realizado bem raramente” - uma voz limpa e masculina soava abafada dentro do lugar. – “Representando a seção de pesquisas de genética, híbridos e químicas, temos... 406!” - Houve uma algazarra de vozes, e Dukan se perguntou bastante o que seria aquilo, um evento transmitido por radio ou algum teste. Era um momento cheio de possibilidades. – “Da seleta seção de testes físicos e mentais, para beneficio de batalhas e soldado, temos um novilho vindo da terra...”- ainda encarando uma parede cinza Dukan percebeu que bem abaixo uma fresta de luz começava a iluminar o piso e logo a parede diante dele se elevou totalmente e a luz clara incomodou seus olhos enquanto o traje o levava para frente. - “351!”- Ele estava em um lugar exatamente quadrado, altura, largura e área total, ele parecia estar dentro de uma caixa. O piso era negro e brilhante, refletindo ele e as luzes no teto alto com exatidão, porém pontos luminosos distantes, que não vinham do salão, e alguns que se moviam lentamente como um traço indicavam estrelas e cometas. Sob os pés dele estava o espaço infinito, escuro e silencioso; a primeira prova de que ele não estava na terra. Então Dukan voltou a olhar as paredes brancas quando algo lhe chamou a atenção: na metade superior havia grandes janelas com espectadores variados observando atentamente o que acontecia naquele salão bem iluminado e sem nada além de duas pessoas/cobaia.

A esquerda de Kan, á cerca de sete metros, estava o outro anunciado. 406 era um humano, mas não parecia; sua feições eram contorcidas, tortas e assustadoras, a pele cinzenta tinham cicatrizes e áreas de cores diferente, os fios de cabelos longos eram ralos e só existiam em tufos afastados, e, o que ganhava a atenção fixa de Kan, um olho amarelo de pupila vertical, não humano, fazendo par com o outro natural e escuro.

“E agora o nosso ultimo lutador.” - uma trilha sonora de suspense soou feita por tambores agudos – “177! Da seção de aprimoramento de racionalidade!”.

Um retângulo da parede a frente de Kan se elevou e seu conhecido avançou com uma mão fazendo sombra nos olhos até que se adaptasse a luminosidade do salão. 177 tinha o mesmo estranho dispositivo na têmpora, e seu traje tinha partes verdes, diferente da de Dukan que eram vermelhas e da do outro cara que estava ali que eram roxas. O rapaz reconheceu Dukan, então pareceu entender algo quase chocado e ficou bem tenso ao ponto de ter que fechar as mãos para não as deixar tremer, depois se dedicou a olhar seriamente as pessoas que estavam nas janelas.

“...três competidores, três estratégias, três sentimentos e três diferentes historias. E duas acabaram aqui.”


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Notas finais do capítulo

Agradeço, muito feliz, àqueles que estão comigo.
No próximo capitulo, que parei de contar mais ainda é dos prisioneiros, consegui fazer um pulo de tempo que envolve a vida normal deles. Depois... hé... eu tenho uma lista de fatos que posso colocar, falta escolher a ordem, e claro envolver todos. Desculpe não saber, eu não avancei tanto quanto pretendia nesses dias de folga. :T Talvez o próximo demore.
Acho que deu para perceber que os capítulos dos combatentes se tornaram de convivência apenas (admito que estou sem ideias). E é só assim para chegar no final e a coisa poder se tornar trágica.(eu acho)
Obrigada de coração por ler.
Nós vemos em um próximo, e quem sabe no fim dessa fic o quanto antes.



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