Filhos da Lua e a Ascensão dos Corajosos. escrita por Ytsay


Capítulo 63
Distraidamente...


Notas iniciais do capítulo

20º
No ultimo capitulo dos combatentes, Vinte foi levado para ser interrogado e apontou o primeiro suspeito de ter uma ligação mais forte com o Estado, também temos o desfecho de Marlene e Yan. E continuamos aqui para saber o que esta acontecendo...
—Boa leitura.



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Leno estava em seu grande aposento. Suas preocupações se tornaram muitas com a chegada daqueles jovens que lutavam sozinhos contra uma nave em sua casa. Ele, um dia, esperava por seus anos de sossego, mas tudo mudou quando o neto, que acabou se tornando o único da família após a morte dos irmãos e pais, resolveu ter como objetivo de vida destruir o Estado, acabando com a ameaça deles sobre a terra e de certo modo que não admitia se vingando de tudo que teve que passar. Porém sua saúde não se equiparava a de nenhum dos seus hospedes, ele tentava se poupar para os momentos mais importantes, e se esforçava para ajudar Flecher e o governante, que se o administrador da mansão por completo.

Flecher sabia disso, não queria exigir muito do avô e tentava deixa-lo em paz nos momentos comuns. Embora em certas ocasiões em que ia vê-lo encontrava-o na companhia de uma das irmãs de Destiny ou a de Diana contando alguma coisa de seu passado.

Naquele momento Vinte estava ainda sendo interrogado, mesmo que não estivessem o ameaçando para obter suas respostas. Depois de apontar Aaron como um dos que tinha uma ligação importante com Estado, além de uma simples contaminação ou histórico familiar de possíveis doutores, o soldado não disse nada e antes que qualquer um perguntasse alguma coisa ele pediu para ver Phanton tentando mudar de assunto.

–Não antes de explicar isso melhor Vinte.

O soldado encarou Flecher por um tempo.

–Abre logo essa matraca! Se começou termina! - intimou Taz.

–É... - ele riu para si um pouco envergonhado, era estranho saber algo de alguém e esse não ter ideia do que ele sabia. – Você tem razão mindinha. - Taz lhe lançou um olhar zangado pelo apelido que se referia ao menor dedo da mão. E ele sorriu antes de parar de provocar a garota e se virar para Aaron. – Você pode-me dizer sobre sua família? Só para confirmar?

O garoto de olhos verdes e cabelo desalinhado encarou Vinte, que estava esperando aparentemente relaxado. Entretanto Aaron não era de falar e sua expressão não indicava que ele iria dar uma resposta.

–Tá certo. Não é uma pergunta muito importante mesmo. – Vinte desistiu com um sorriso gozador. - Eu vejo seu passado meu rapaz. – disse ele engrossando um pouco a voz, mas depois parou. – Era uma vez um garotinho de cinco anos perdido em um parque, a oportunidade do Estado começar seu experimento direto com...- ele parou de falar só pra dar um suspense. - Com uma cobaia livre.

–Cobaia livre? Porque eles iam fazer isso se tem tantas... - disse a pequena compreendendo lentamente as palavras. - Espera o Aaron é uma cobaia?

Vinte concordou.

–Isso é verdade Cadius?- perguntou Flecher intrigado ao menino de cabelos escuros, lisos e crescido, que assentiu com certeza.

–Você é muito desconfiado. - disse Vinte à Flecher que apenas voltou a encara-lo esperando que ele continuasse. – Aaron, dizia no arquivo que a primeira dose de alguma formula de transmutação direta e de longo prazo foi injetada nesse momento. A partir daí eles te monitoraram e vigiaram. Seu pai foi sempre um problema com tanta desconfiança e loucura para atacar o Estado, mas assim que você teve idade o Estado deu um jeitinho conveniente. No entanto você ficou com essa obsessão, e mesmo assim eles continuaram e te levaram á faculdade deles, para te manipular e talvez mudar suas ideias de forma que você pudesse ir para a nave quando estivesse pronto. Então, depois veio a segunda dose da formula...

Aaron imediatamente se lembrou de que pouco tempo antes de sair da faculdade para encontrar o grupo de Flecher, três estranhos o atacaram, o atingiram com algo e desapareceram; e foi depois disso que ele ficou ruim, melhorou e seu poder aflorou mesmo ele nunca tendo contato com um Difusor ou qualquer ataque da nave em uma escola.

Vinte vigiava a expressão dele quando fez a pausa:

–É você entendeu. Desde sempre o estado estava te usando e...

–Você sabe algo sobre a minha mãe?- subitamente Aaron finalmente falou e encarou Vinte esperançoso. Sua mãe havia o deixado com o pai, sem dar noticias depois ou qualquer sinal de existência.

–Sim. Estava me esquecendo desse detalhe, não sou muito ligado à família e essas coisa, normalmente esqueço. Mas voltando ao assunto, Elizabeth era sua progenitora escolhida de um banco de dados especial para o teste que eles estavam planejando de cobaia livre, assim como Garret foi escolhido para ser seu pai por alguma qualidade que eu não sei. Eles a obrigaram a deixa-lo na terra. As mulheres não costumavam ficar feliz com isso; e com ela não foi diferente. E o Estado teve que prendê-la.

–E depois? Ela ainda esta presa? Onde? - Aaron queria informações.

–Eu não sei. Isso é tudo. - disse Vinte se levantando e se esticando um pouco. Depois se virou para Flecher: - Posso ir ver o Phanton agora? Cansei dessa sala.

Flecher observou todos na sala.

–Você esta se comportando bem...

–Que nem um bicho de estimação. –disse sarcástico com um sorriso fino e interrompendo o outro.

–Pode ir. Mas vamos nos ver novamente para sabermos mais coisas.

Assim eles saíram da sala onde tinham passado um tempo que não notaram. Vinte foi seguido de Philipe e Aaron, que ia mesmo mexer com suas maquinas e projetos no galpão, e os dois ficaram com a missão de vigiar o soldado.

Cadius voltou para a mansão para descansar acompanhando Flecher e Taz. Ele se separou deles para subir as escadas e ir para seu quarto, mas nos últimos degraus viu a cena de Katrina destemidamente arcado sobre a grade de proteção do hall no topo e rindo pedindo a ajuda da irmã numa tentativa falsa de parecer desesperada em meio às risadas. Diana logo apareceu e se aproximou falando para a irmã estender a mão para ela e a garotinha riu. Diana tinha medo de altura, e na escada costumava passar rápido e pelos cantos, e jamais iria ficar olhando a vista do hall de entrada lá embaixo. Mas a irmã dela não tinha esse medo e brincava com ela naquele momento.

Até que Diana notou Cadius, o puxou e o cutucou para tirar a irmã dali.

–Ela só esta brincando com você. - disse ele.

–Eu sei. Mas é perigoso ela ficar ali, e se ela escorregar?! Tira ela dela, por favor, Cadius. - ela o segurou pelo braço e o encarou pidonha enquanto a irmã ria ao fundo.

–Ei você ai, de cabelo preto channel! - a voz de Taz soou pelo hall de entrada da mansão. E ela não ligava em lembrar o nome de todos os moradores da casa. – Olha a cara desse rapaz do meu lado. Acho que ele não esta gostando de te ver pendurada ai. Saia!

Katrina desceu de onde estava ao ver Flecher e Taz lá embaixo. A brincadeira estava acabada e a oportunidade de Cadius ter uma divida com Diana também. Logo Katrina tomou a atenção da irmã, que depois de aperta-la em abraço reconfortante começou a dar um sermão do que ela fez carregando-a para algum cômodo.

Taz foi visitar a cozinha enquanto Flecher foi avisar o avô do que descobriu e provavelmente conversar sobre seus planos.

Algum tempo depois Phanton estava solto testando as asas aos comandos de Vinte no galpão do subsolo. E os dois eram assistidos por Philipe e Kate que os vigiavam fixamente. A menina começava a andar pela casa após seu ferimento da batalha na casa de Dukan ter melhorado. De repente Vinte dá um comando sonoro e Phanton flexiona as grosas pernas traseira e com um impulso rápido se lança no ar e sobe o máximo que pode até o teto extremamente alto. A poeira que parecia não existir ali saiu de se esconderijo e fez Philipe tossir um pouco e depois Kate espirrar. O soldado os olhou com pretexto de se desculpar, mas não um som chamou sua atenção bem acima, depois gritou para eles se afastarem de onde estavam acomodados. Os dois combatentes-vigias se entreolham sem entender porque da agitação repentina, e Vinte teve que ir arrasta-los de suas posições para afasta-los do que veio a seguir; Phanton estava de volta ao piso, sobre a máquina baixa que á pouco Philipe e Kate usavam de banco, o animal resmungava e estendia a pata/asa dianteira para a lateral para esticar os músculos.

–Vocês estão bem?- Vinte disse se levando de onde eles caíram e estendendo uma mão para Kate, que o ignorou e se levantou sozinha; então ele ajudou Philipe que aceitou o apoio. - Acho que ele tinha que alongar antes... –sorriu sem graça para os dois. - Parece que ele teve um probleminha com a asa. Acho que vou deixa-lo quieto agora, já foi exercício o suficiente.

Kate limpou as roupas e os outros também.

–O que podemos fazer agora?- perguntou o prisioneiro.

Philipe buscou pensar enquanto Kate saiu andando resolvendo ir ver o filhote de gato que trancou em seu quarto. Vinte simplesmente começou a segui-la. Ele não sabia o que fazer, mas queria ir a grande casa novamente. Philipe logo o seguiu para não ficar para trás.

Kate se irritou em ser perseguida e quando encontrou Brian andando pelos corredores das salas do subsolo, saindo da sala de manutenção de armas onde ele arrumou um pequeno defeito na roda de seu skate, ela passou a função de vigiar o soldado pra ele. Porém, mesmo assim, Vinte a seguiu até mansão junto com os dois garotos.

Assim que chegaram ele deixou a menina em paz e começou a andar pela casa passeando. Lembrava-se de que Savannah tinha apenas apontado uma grande porta e apresentado como a biblioteca, que depois que dele perguntou ela disse que era onde tinham livros, e livros ele sabia que tinha coisas registradas. E foi procurar desse lugar com curiosidade. Porém ao passar pelo salão de jogos Brian parou na frente de uma das maquinas dizendo:

–Oh não! Alguém passou o meu recorde. - e ele encarava indignado a maquina.

Vinte e Philipe se aproximaram para ver o visor da maquina e do que ele reclamava. Brian pediu para eles esperassem um pouco e iniciou um jogo.

Logo Philipe prestava atenção pelas figuras coloridas que saltavam, pulavam e voavam fazendo acrobacias, ele as achava engraçadinhas. E Vinte não ficou tão interessado, tentou entender por um tempo, mas desistiu e se afastou sem que os dois percebessem para olhar as outras maquinas.

No meio do salão, em uma das laterais, encontrou a passagem para um corredor com quadros enfeitando as paredes. O soldado ficou curioso e foi vê-los inocentemente para passando o tempo.

–Você viu a nossa irmã?

Então Vinte tirou os olhos de um quadro e encontrou Faith o encarando.

–Não. - respondeu ele. - De qual das duas você esta falando?

–Destiny.

Ele negou e então eles ouviram:

–Como assim o soldado “evaporou como nuvem” Philipe? Soldados não evaporam como água quente, nem tem poderem mágicos...

–Vinte tem poderes mágicos?-soou a voz do outro.

–Não. Que dizer acho que não... Será que ele tem?... Ah, estamos fugindo do assunto. Você devia ter ficado de olho nele. Agora vamos ter que ir procura-lo.

–Esconde-esconde? Legal, ninguém me deixava brincar.

–Você podia superar isso. Já deve ter sido a um bom tempo.

–Não, foi há algumas semanas atrás...

Depois de uma risada de Brian ouviram passos pelo salão.

–Ei Philipe, eu acabei de olhar ai. Tente outro lugar... Vai por aquele corredor lá eu vou ver por aqui.

Vinte olhou a pequena com um sorriso achando graça do que ouviu e menina retribuiu da mesma forma.

–Quer ajuda para se esconder deles?-disse a ruivinha se divertindo.


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Notas finais do capítulo

Capitulo direto do forno (com certa determinação)!
Esse capitulo tinha um final que resolvi contar porque ia ser mais de 2 mil palavras e eu não quis por agora. E mesmo assim ficou um bom final.
O proximo é de Kan, e vcs ja sabem. Nos do combatentes vou ver se mostro alguns desaparecidos...
Mas o que quero informar mesmo é que vou dar um tempo dessa historia. Nada tão exorbitante, apenas até terça (provavelmente)... Sabe um final de semana sem preocupações é útil, e acho gentil informar. Além disso não vou parar de escrever, vou estar criando capitulos, pois é tenso não ter o próximo que é o caso desse momento.(E Ytsay gosta de dar "preview" dos próximos)
É isso. Espero que tenha gostado de alguma coisa, ou de tudo.
=^-^=S (-q Isso é um gato (eu acho. Rs))
Até os comentários! Bom Dia dos pais, final de semana e começo de semana!



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