Filhos da Lua e a Ascensão dos Corajosos. escrita por Ytsay


Capítulo 45
Morto, preso e vigiado.


Notas iniciais do capítulo

2° A saga dos Prisioneiros.

Olá.

Espere! Não leiam esse capitulo se quiserem continuar sem saber o que acontece com... você sabem quem. Ou leiam se não conseguirem resistir. XD

Boa leitura! 
 



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/473200/chapter/45

Enquanto isso na nave O Estado...

Na nave, Dukan se viu consciente por um momento depois de ser capturado, estava sendo arrastado por dois soldados por um corredor de piso liso e claro. Não havia arma fincada em seu corpo, mas também não estava sentindo nada, apenas assistia o rastro de seu sangue se estender a cada metro que era levado. Mas esse prévio momento de consciência se acabou. E na segunda vez ele se encontrava em uma sala, sobre uma mesa de ferro fria, assim como seu corpo. Havia pequenos tubos e fios ligados a ele e uma agitação constante de pessoas de jaleco e máscaras a sua volta. Ele não podia se mover, não tinha qualquer controle do que acontecia, talvez estivesse sem energia ou simplesmente abrindo mão da sua vida lentamente. Porém assistia o grupo de pessoas empenhadas em fazê-lo viver que forçavam seu coração como podiam. O ferimento causado pela lança já não estava exatamente ali, Kan de alguma forma sabia que por dentro ele estava novamente inteiro, com o pulmão e outros tecidos bem, apesar da jovem cicatriz coberta com um curativo sujo. E, antes de apagar novamente, notou que Alec estava naquela mesma sala, sobre uma mesa igual, com alguns tubos e aparelhos perto, aparentemente bem melhor que Dukan, apenas inconsciente.

Horas depois Kan abriu os olhos novamente e não viu nada além de um tecido branco. Sem a certeza de estar seguro ou não, não se moveu. Sentiu seu coração que finalmente batia acelerado e dolorido, e de repente percebeu que não respirava e tomou um folego retirando tecido branco de sua face e de sobre seu corpo. Ficou sentado sobre a mesma maca fria de antes, com os vestígios do seu derramamento de sangue seco e a cicatriz exposta. Olhando em volta viu que não tinha ninguém ali, apesar de algumas luzes estarem acesas, e a sala tinha varias outras mesas de ferro como a que estava, em algumas paredes tinham armários pretos e bem trancados, no fundo ele localizou uma única porta cinzenta e larga centralizada, a única saída daquele lugar.

Tentou se lembrar a quanto tempo estava ali, naquele lugar frio e agourento, e não conseguiu. Lembrou-se de Alec e não o encontrou onde o tinha visto da ultima vez. Desceu da maca estranha, que parecia uma mesa, e se sentiu estranhamente bem para tudo que aconteceu até ali. Ele caminhou alguns passos em direção à porta até que notou uma placa enganchada na sua maca. Indeciso se queria realmente lê-la observou aporta e tomou coragem. A placa parecia um fino vidro negro com curtos textos de letras brancas brilhantes e gráficos em cores variadas, mas chamava a atenção uma frase em letras grandes e vermelha sobre tudo dizendo: descartado por falecimento. Abaixo tinha um breve texto descrevendo como o perderam: ...coração não respondeu as tentativas, houve muita perda de sangue, o cérebro ficou sem oxigênio pelo tempo sem a capacidade de respiração, resultado na tentativa falha de ressuscitação. Ainda chocado com o que estava escrito leu a observação: cobaia com estrutura e resistência adequada para os experimentos e teste números 45, 58 e 74.

Subitamente aporta se abriu, alguém baixo, redondo e totalmente coberto com uma roupa azul-claro entrou de costas puxando uma maca que carregava um corpo coberto pelo tecido branco. Depois que esse entrou, um outro homem magro, que empurrava o outro lado na maca, parou subitamente com um leve susto e ficou encarando-o surpreso. O baixinho se virou ao ver a ração do outro e também encarou Kan por alguns segundos. O loiro ficou imóvel, não sabia bem o que fazer e os olhou de volta.

O mais baixo resmungou algo para o outro e eles voltaram a empurrar a maca para próximo de uma mesa e ignorando Dukan transferiram o corpo da maca móvel para a mesa.

Kan resolveu esperar o que os dois homens de pele extremamente clara e cabelos de tons variados de loiros iriam fazer. O mais alto e magro olhou Kan novamente com receio e o mais baixo parecia mais relaxado dizendo:

–Não estamos armados. – o encarou fixamente com os olhos escuros. -Vamos te levar para um lugar mais adequado. -ele soava com gentileza, mas a voz, junto com as rugas, não deixava enganar que era um homem raivoso e sem muita paciência.

Dukan preferiu não falar nada. Não sabia onde estava ou como sair de lá, mas a ideia de ser conduzido o permitiu pensar em um plano: descobrir um pouco mais do lugar em que estava seguindo-os e se eles não estavam armados poderia planejar uma fuga antes de chegarem nesse “lugar mais adequado”. Ele deu um leve aceno com a cabeça concordando, então o baixinho se aproximou pedindo coisas para o outro que foi até um dos armários e buscar os instrumentos pedidos.

–Preciso só ver algumas coisa e nós já vamos. -ele falava e se aproximava como se Kan fosse um animal selvagem a ponto de ataca-lo. -Me dê isso. – e Kan entregou a placa que ainda estava em suas mãos.

O baixinho se esticou levemente para por o estetoscópio no lugar e avaliou o físico e ferimento de Kan com cuidado, avisou que queria uma amostra de sangue e pegou uma seringa com o outro. Depois de tudo o senhor se afastou, chamando-o para segui-lo e pegando a placa negra que estava nas mãos do mais magro, e com sua estranha caneta tubular e transparente foi acrescentando algumas informações.

Eles caminharam juntos e saíram para um corredor vazio de paredes cinza cintilante, piso branco, teto baixo iluminado internamente e onde olhando para os dois lados o corredor fazia uma curva sem mostrar o destino.

–Onde está Alec?- perguntou Dukan prestando atenção nos detalhes do corredor que parecia exatamente igual á cada metro.

O baixinho, levantando o rosto para olha-lo, estranhou quem seria Alec, mas depois compreendeu:

–Aquele rapaz que veio junto com você?- Kan concordou observando o corredor á frente. -Ele esta bem. Foi levado para o próprio espaço e esta sendo bem tratado.

Eles andaram mais alguns metros quando Dukan ouviu o som de passos pesados de botas. Não demorou e um grupo de soldados apareceu no corredor a sua frente e parou os esperando se aproximar. Vieram escolta-los, pensou Kan, mas se fosse assim ele não poderia fugir quando quisesse. Então ele saiu correndo para o lado do corredor que já conhecia. Um dos soldados gritou para ele parar, mas ele não o obedeceu e logo os ouviu correndo atrás dele sem atirar.

Correu por vários corredores que não conhecia, tentava despistá-los como podia e achar uma saída, mas tudo era igual, com a exceção que às vezes passava por algumas pessoas com as vestes azuis dos dois homens que o conduzia. De repente o corredor pelo qual seguia acabou, e ele estava em um amplo lugar octogonal, onde outros corredores desembocavam. Havia varias pessoas de azul ali e elas pararam espantadas ao vê-lo.

Dukan pensou que rota seguiria olhando em volta rapidamente, aquele lugar era uma confusão, viu uma escadaria larga em um dos lados e correu para ela. Se conseguisse chegar ao topo poderia se esconder fora da visão dos soldados que iriam sair por aquele corredor em que estava.

Mal chegou ao espaço no topo da escada, quando um homem de cabelos brancos com um corte militar, vestido com um uniforme de soldados azul escuro com detalhes vermelhos cintilantes, surgiu na em sua frente bem próximo. O estranho era alguns centímetros mais alto que Kan e mantinha uma expressão séria o encarando, logo depois usou uma vareta fina de ferro cromado acertando o rosto de Dukan e o fazendo recuar de volta para as escadas. No segundo golpe com a vareta Kan protegeu o rosto com o braço e ganhou um corte, depois investiu contra o homem que se desviou facilmente mantendo uma postura rígida e bem agilmente deu golpe no musculo da perna de Kan o fazendo cair no chão com a dor no muscular que parecia atingir o osso.

Os soldados chegaram e param encarando o homem sério, que logo ordenou que levassem Kan para o devido lugar. Eles o forçaram-no a se mover e o arrastaram até um corredor de muitas portas iguais, onde o jogaram em um quarto de paredes espelhadas e lisas e o trancaram sem dizer mais nada.

O lugar tinha uma plataforma na parede esquerda com um fino colchão de espuma branco, na parede oposta havia uma portinhola de ferro embutida e travada, sobre ela um trecho escuro e brilhante, que podia ser interpretada como uma tela, e entre essas essa paredes uma mesa alta e pesada de alumínio, acompanhada de um banco redondo do mesmo material.

Depois que ficou sozinho Dukan se sentou aproximou da cama e testou o colchão fino, notou os pingos de sangue do corte no antebraço e observou que não era um corte profundo e que não tinha muito que fazer para limpar. Um zumbido leve soou e ele notou um meio globo no centro do teto, onde se escondia uma câmera de monitoramento. Ele quis ignorar que além de preso estava sendo vigiado e se sentou na beirada da cama. De repente a portinhola do outro lado se abriu e no cubículo tinha alguns panos brancos e uma garrafa de agua. Ele encarou rapidamente a câmera e foi buscar as coisas. Primeiro passou um dos tecidos sobre o corte, mas o ferimento não ficou visível muito tempo depois de limpo, pois começou a se fechar, ele virou de costas para a câmera observando o corte se tornar cicatriz e depois desaparecer. Kan se surpreendeu, mas não quis demonstrar para quem o vigiava, então logo depois pegou outro pano e envolveu o braço, apanhou a água e voltou para a cama se questionando sobre o que estava acontecendo com ele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então neste capitulo, finalmente, sobre Kan. Não acredito que teve gente que acreditou que eu ia matar alguém. Hahaha. Da para entender agora por que o romance correu rápido, hehehe, eu tinha planos nada felizes para eles. Graças a Kunimistu, meus planos mudaram. Se não fosse pela janela que ela me abriu ia demorar alguns milhares séculos (lê se capítulos) para descobrirem se Dukan estaria vivo e o que aconteceu com ele.;D

As coisas serão duras nos próximos e aos poucos vou mostra meu lado meio sádico.

 Espera!  Não me imaginem como uma louca estranha, cheia de gatos e facas em volta. Sou uma boa menina, de bom coração e mais aparentemente normal que lata de refrigerante. É apenas minha imaginação que não tem limites para essa historia, está bem?

Agora...

AVISO, ou esclarecendo: haverá dois locais/ambiente a ser contados, duas historia que acontecem ao mesmo tempo na fic.  Mas acho que vão entender, pois vou colocara uma frase de referencia no topo e em negrito como aqui. ^^

 Obrigada por ler.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Filhos da Lua e a Ascensão dos Corajosos." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.