Filhos da Lua e a Ascensão dos Corajosos. escrita por Ytsay
Notas iniciais do capítulo
3°Saga do inimigo.
Um gato, uma conversa, uma situação.
Tic-tac, tic-tac.
Sejam felizes. Boa leitura. Até as notas finais onde escrevo mais.
Era uma tarde agradável, apesar de estar no começo do inverno, e Aaron entrou na mansão segurando algo em uma das mãos depois de sua caminhada diária pela propriedade.
Passou por Lucas distraído e o parou.
–Lucas, você quer um gato?-perguntou e esticou o braço mostrando o animal que segurava pelo cangote.
Quando o menino de gorro escuro viu o bichano disse um não básico, e até um pouco espantado, e se afastou. Com o som da voz do garoto o pequeno gato chiou e, apesar da forma incomoda que estava sendo segurado, eriçou os pelos. Porém Aaron não notou isso e perguntou onde podia encontrar os outros.
–Acho que Alec e Philipe estão no gramado da frente brincando com o cachorro de Yan. -Lucas respondeu em sua voz baixa, já seguindo seu caminho, e Aaron agradeceu pouco antes do menino desaparecer.
Encontrou os dois garotos no lugar indicado, eles estavam jogado uma pequena bola vermelha para Clark ir buscar e começou a perguntar gritando:
–Alec! Você quer u...
–Eu fico com ele!
E o gato branco malhado de marrom foi arrancado de sua mão de repente.
Kate havia ouvido de longe a palavra gato, quando Aaron perguntou para Lucas se ele o queria, e antes que ele oferecesse para outra pessoa ela o pego, o acomodou em seus braços e o acariciava carinhosamente enquanto voltava para dentro da casa ignorando a reação de Aaron.
–Espera Kate. -Aaron seguindo-a e pegou o gato pelo cangote de novo.
–Não segura ele assim!-disse ela quase gritando, a seguir tentou pega-lo e Aaron ergueu o bichano alto o suficiente para ela não alcançá-lo. Kate passou a encará-lo brava, mas com um pouco de angustia na expressão com o miado do gato.
–Esta bem então. -ele abaixou o braço depois de alguns minutos e deu o gato para menina que sorriu por livrá-lo das mãos do rapaz.
Kate seguiu para cozinha alisando compulsivamente o gato acomodado em seus braços e perguntando se ele estava com fome e outras coisas, atitudes que convenceu Aaron que ela cuidaria bem do filhote de gato que achou.
Yan estava entorpecido em seus pensamentos olhando a piscina naquele dia de sol da varanda. E era pensando demais que ele viveu os últimos dias, refletindo sobre si, de suas escolhas e do que o definia como era. Lembrava-se do dia da festa, mesmo que algumas partes não estavam tão claras, e do que aconteceu no final daquela noite. De alguma forma aquilo tinha afetado a sua certeza e dado brecha para pensar sobre outras coisas.
–O que você tem Yan?-perguntou Marlene com uma xícara de chá quente nas mãos se sentando ao lado dele no sofá com almofadas.
–Eu?- dissimulou ele a olhando rapidamente.
–Sim. Depois desde a festa, no laboratório, você parou de falar desenfreadamente com sua ansiedade de transmitir o que conhece, vive com os pensamentos distantes e distraído, e mais ainda quando Philipe e eu tentamos te ajudar.
Yan não tinha percebido, mas se tornou desastrado e inseguro com os dois perto enquanto estavam fazendo algum experimento. Ele não pretendia respondê-la, mas ela o encarava mais desconfiada a cada minuto que ele deixava passar.
–Então, -disse ela disposta a descobrir o que ele tinha- pode começar dizendo como conseguiu os machucados no rosto?
Mesmo passando alguns dias os sinais ainda estavam presentes. Ele olhou diretamente nos olhos castanhos e brilhantes de Marlene, queria entender de onde vinha a determinação dela.
–Aconteceram algumas coisas... -ela continuou prestando atenção nele, que sorriu sem graça. Yan suspirou e voltou a observar a piscina. - Não tenho uma boa relação com meu padrasto, nunca tive. Minha mãe se esforçou para cuidar de mim quando meu pai a abandonou.Porém, trabalhar nunca foi o dom dela, mesmo o mais simples dos serviços... Então,um dia,ela conheceu o Rick, ele a amou de verdade e se casaram pouco depois.Não demorou muito e deu para todos perceberem que comigo as coisas eram diferente. Acho que ele me odeia na mesma medida que ama minha mãe.
Yan observou Marlene esperando uma reação e ela concordou com leve aceno de cabeça e bebeu um gole do chá esperando ele continuar, não iria interrompê-lo agora. E ele continuou:
–Nos últimos anos ele conseguiu me afastar de casa, que na verdade é dele, e da minha mãe.Ainda mais... -ele parou encarando o piso lembrando se de algo ruim e tomou um fôlego - Ainda mais quando minha mãe ficou doente depois do acidente em que minha meia irmã morreu. Ela era apenas um bebe e minha mãe não quis superar, se tornou fechada e deprimida... Rick deu um jeito de fazê-la se esquecer de mim completamente,inventando historias do que estava fazendo nas horas que eu estava fora. -um sorriso amargo surgiu do canto da boca de Yan quando ele voltou a olhar a piscina. -Agora ele me mantém longe, me assustando, agredindo e intimidando sempre que quero vê-la.
A garota morena o observava fixamente, quando ele a olhou ela desviou o olhar para algo além da piscina pensando no que ouviu.
–Isso explica os machucados... Mas não é só nisso que você anda pensando. Quero dizer: você já deve ter entendido bem o que aconteceu e o que acontece.
Ele a encarou e corou um pouco, sabia onde a conversa estava indo, e pensou em como Marlene saber das coisas só de vê-lo, eles mal se conheciam. Ela o olhou de repente e ele desviou, seria denunciado pela sua face se o visse como ficou. Yan sabia que seus olhos, querendo ou não, sempre denunciavam seus pensamentos, era o que Flecher lhe disse depois de alguns dias juntos.
–Yan?
Ele suspirou e riu envergonhado do que estava prestes a falar, e logo para uma garota. Mas pensando melhor seria mais estranho pra ele falar isso com um amigo.
–Ando pensando no beijo que recebi na festa de Kan. -Lene ficou surpreendida antes de dissimular em um gole de chá. -Philipe não é um garoto ruim, é uma boa pessoa, mas depois que ele me beijou não pude deixar de pensar em algumas coisas... Yan riu sem graça e sabendo que estava com o rosto queimando. Eu nunca olhei para os outros garotos procurando o que se procura ao ver em uma garota, e depois do que aconteceu... eu. Sei lá... ando confuso se tenho ou não a possibilidade de mudar para esse lado.
Ele riu e se voltou para Marlene, que também estava ruborizada do que o garoto disse e forçou um sorriso dizendo.
–Eu não sei o que posso te dizer...
–Talvez... -começou Yan menos tenso depois de desabafar- dizer o que posso fazer para me ajudar a equilibrar em uma das opções novamente?
Ela pensou durante um bom tempo.
–Você não conhece uma garota que lhe chame a atenção, que você tenha algum interesse?
Yan arcou sobre si e colocou o rosto nas mãos concordando. As mãos frias aliviaram as bochechas quentes e impediam de estar tão aberto na conversa com Marlene.
–Talvez se você chegar nela e pedir um beijo dizendo que é para te ajudar, depois possa se decidir qual gosta mais e acabar com sua duvida.
O menino tirou o rosto das mãos pensando, engoliu em seco, tomou fôlego e se virou para menina do seu lado sorrindo tentando esconder que estava um pouco nervoso e com o coração em uma crise de tanta agitação.
–Marlene, - ele parou ao receber o olhar dela e teve que suspirar novamente. - posso te pedir uma coisa...
–Te achei Yan! -Flecher parecia agitado ao sair por uma das portas para a varanda. -Preciso falar com você. -Ele parou e olhou Yan notando o tom avermelhado em seu rosto e depois para Marlene ao seu lado, e ficou mudo sabendo que interrompeu algo.
Yan relaxou e desistiu do que estava fazendo dizendo um tá. Olhou Marlene ao se levantar, que sorriu se despedindo, e seguiu Flecher pra dentro da mansão.
Depois que Marlene ficou sozinha o aconteceu foi se esclarecido em sua mente. Yan ia pedir a ela a ajuda? Mas será que era porque ela estava ali, ou ela realmente era essa garota que o atraiu de alguma forma?
Os dois meninos andavam pelo interior da casa, Flecher havia entregado para Yan alguns dos papeis que tinha recebido da sala de vigilância e aos poucos o menino entendeu o que lia.
–Isso esta mesmo acontecendo?-perguntou.
–Sim. Sabe se Dukan esta aqui?
–Não sei Flecher, há algumas horas ele estava. O que vamos fazer agora?
–Vamos informar Leno e Dukan, e depois os outros.
–Vou ligar para ele.
Eles já estavam perto das escadas quando escutaram o celular de Kan não muito longe e foi atendido Yan apenas o chamou para ir ao quarto de Leno o quanto antes.
Yan e Flecher se juntaram a Leno na aconchegante sacada que havia no quarto principal e explicaram o que estava acontecendo com poucas palavras. Logo depois o loiro apareceu perguntando o que estava acontecendo. Yan se aproximou e entrego as folhas, mas Kan não entendia nada do que elas mostravam, e apenas as segurou observando desconfiadamente para cada um deles. Sentia que pela forma que os três o olhavam que o que acontecia o envolvia.
–O próximo ataque vai ser na sua casa Kan. -disse Flecher.
–Como assim? E as escolas. -Kan franziu o cenho e tentou achar alguma coisa nos gráficos e códigos que não entendia.
–Também não entendemos. La não tem nada para eles terem interesse.
–Exceto que é onde ele mora. -disse Leno olhando Kan. -Provavelmente sabem de você.
–Houve bastante troca de informação entre a nave e a terra... -Yan analisava as coisas enquanto dizia - estavam fazendo algum tipo de busca de informações. E eles provavelmente vão fazer a mesma coisa que fizeram com o apartamento de Flecher na cidade.
–Está dizendo que eles vão destruir a minha casa? -Kan ainda não podia acreditar que o estado esta atrás dele.
–Sim. Nós devíamos ter pensado nisso. -Leno se sentou em uma cadeira encarando o trio. -Da mesma forma que encontraram as informações de Flecher nos registros da escola, iriam encontrar a de um de vocês. Mas ao dizer seu nome na transmissão, Kan, eles não tiveram muito trabalho de descobrir se você estava envolvido em combatê-los. Só tiveram que achar seu endereço na terra.
–Eu não posso deixar que eles destruam as coisas de meus pais. Se fosse a minha casa não me importaria.
–E nós não podemos deixar que você os enfrente sozinho.
–Leno... -Yan o observava e a expressão do velho era determinada. -Esta pensando em colocar os outros para lutarem? -o velho confirmou com um olhar. -Mas eles só treinaram um pouco.
–Yan, será útil para eles aprenderem na pratica, mas ao mesmo tempo um grande risco. -Yan olhou para Flecher incrédulo.-Não me olhe assim, eles sabiam no que estavam entrando. E até o final de tudo isso, não acredito que ficarão todos bem.
–É apenas um Totem, segundo as informações que temos. Vocês enfrentaram um e eram apenas três garotos inexperientes. Acredito que eles podem se sair bem. -se explicou Leno.
Yan suspirou pensando na idéia que o deixava apreensivo, mas por outro lado ele sabia que em algum momento eles teriam que entrar em combate.
–Quando que vão estar lá?-perguntou Kan que estava o tempo todo sério.
–Não vai demorar muito, pode ser a qualquer momento.
–Então vamos nos preparar. Se eles sabem de mim, pode saber desse lugar e de todos eles. Temos que mostrar que não somos tão fracos.
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Olá,
Então sabe que eu disse que aquele final de festa ajudava a ligar á um momento? É isso que vocês leram acima. Liga a esta parte onde pude contar a historia dramática de Yan. (Rs)
O bichano: eu acrescentei esses dias (ontem). Achei divertido e Kate precisa de companhia, tentei empurrar para o Lucas, mas como viram o menino não se deu bem com o gato.
Quando a esses dois que conversaram é so isso, pelo menos por enquanto.
Tic-tac.
Enquete (importante) de popularidade:
***Escolha três nomes dos combatentes e deixe nos comentários(menos o seu, claro):
—Aaron (18 anos)
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—Beatrice(17 anos)
—Brian Jalaska(17 anos)
—Cadius(17 anos)
—Destiny/Savannah (16 anos)
—Diana(16 anos)
—Kate (17 anos)
—Lucas(17 anos)
—Marlene(16 anos)
—Philipe(16 anos)
—Taz (15 anos)
Ps.: a idade é para vocês saberem.
Espero os votos. ^^
Obrigada por ler e nos vemos nos comentários.