Narração Savannah (Destiny):

Abro meus olhos encarando as duas garotas na minha frente e não entendo muita coisa do que esta acontecendo. Uma delas segura meus ombros e me chacoalha dizendo:

–Destiny!Nos responde! O que aconteceu?! Cadê Derek e o irmão dele! Dukan disse que você ia nos responder e até agora só falo “espera, espera, por favor, eu vou dizer espera um pouco”.-disse Faith imitando a voz da irmã mais velha.

Levantei-me bruscamente fazendo a pirralha me soltar.

–É claro! Você fala demais garotinha! Que coisa irritante. Até Destiny não aguenta você... E você também.-apontei para Hope, a outra gêmea, que estava muda fingindo desinteresse.

Faith me encarou com surpresa até um sorriso largo se abrir:

–Savannah! É você agora?!- e me agarrou na cintura.

–Larga de mim. - a soltei. - Me diga...onde estamos mesmo?

Sei que estávamos em um quarto, bem mais arrumado do que o ultimo em que estive.

–Na casa de Dukan.- ela me respondeu.

Pensei um pouco e algumas lembranças me vieram. “Droga! Aquele Derek que encontrei não deu certo. Destiny conseguiu se afundar mais nessa causa que vai nos levar a morte.”Olhei o que vestia e era horrível. Comecei a andar pelo quarto com as três camas de solteiro, abri um dos guarda roupas embutidos na parede. Bingo! Roupas da Destiny, ou seriam minhas? Escolhi um short curto jeans de Faith, que me cabia justo, e uma blusa tomará que cai de Destiny, que provavelmente ela nunca usou, pois mostra um pouco da barriga, calcei as botas e soltei os cabelos daquela horrível fita azul. Fiz um embrulho com algumas coisas úteis jogando dentro de uma mochila.

Sai do quarto com uma pequena mala. Ia embora, quanto mais longe daquele lugar melhor. Assim se Destiny voltar ela não estará em perigo e nem eu.No corredor escuro notei que as meninas me seguiam e me virei gritando para elas me deixarem em paz e que se traçassem no quarto, mas continuaram imóveis me olhando incrédulas.Mais alguns passos para escuridão e me virei novamente para ameaçá-las de eu mesma trancá-las e quando me viro para continuar bato em alguém um pouco mais alto que eu e firme. O garoto me segura antes que eu caia.

–O que esta acontecendo?- diz o menino de cabelos loiros e espetados com uma expressão nada feliz.

–Nada loirinho. – digo com charme. - Eu preciso ir neste momento. - continuo pelo corredor arrastando a mochila depois de desviar dele.- Mas se quiser vir junto, não vai ser desperdício.- dou uma piscadela e de meus sorrisos. Se bem que o ultimo que arrastei ajudou Destiny a chegar nessa organização.

–Loirinho?- o menino tentava entender a palavra que disse.–Espera Destiny. Com assim? Você precisa descansar... E já são quase duas da madrugada.

Descansar... Palavra amaldiçoada... Parece que com o ressoar dela na minha mente minhas forças se vão junto, dando lugar ao desejo de dormir. O que Destiny andou fazendo para esgotar nossas energias assim? Ela precisa dormir mais, me deixara cuidar das coisas seria bom de vez em quando.

–Eu sou Savannah. - estendi a mão para o loirinho que continuava sem entender. Meus olhos começaram a pesar, me aproximei e me encostado ao seu tórax dizendo: -E já que você insiste muito, eu vou dormir um pouquinho. E você pode cuidar de mim agora...

Enquanto eu sumia novamente para o oculto de Destiny, senti meu corpo ser posto nos braços do garoto e ele me carregar de volta para o quarto. Ouvi a irmã de Destiny comentar alguma coisa de mim em um sussurro longe. E voltei para onde estava pensando que logo voltaria.

Narração Dukan.

O despertador é tão irritante...Mas tenho que levantar. Cinco minutos que resolvo continuara deitado e de oito horas já são nove e meia, e salto da cama indo meio morto para o chuveiro de agua fria. Não posso deixar Yan esperando. Destiny não ajudou berrando de madrugada e me despertando, depois acabei ficando acordado por mais uma hora. Mas ela estava bem bonita e desejável naquela noite, me fez notar muitas coisas sobre a aparência dela. Porém estou achando que ela é meio louca, se chamar de outro nome...

Estou meio pronto procurando a chave do carro quando Diana aparece tão disposta o quanto eu não estou.

–O que esta procurando?

–Ahm.. As chaves do carro.

–Você vai ver os que estão no hospital?

–Sim... -digo desanimado. - Porque você esta acordada há essa hora? Não se cansou de ontem?

–Sim, sim. E muito. Mas já me recuperei. Eu sempre acordo cedo. Hoje até que acordei tarde, as sete. Uma hora a mais já é o suficiente. - sorriu para mim como se isso fosse normal. –Ah! Eu posso ir com você? Quero saber dos outros também.

Encarei-a por alguns minutos e comecei a contar como encontraria todos, e nisso me lembrei de que devia avisar os outros.

Depois de ligar, tive que ir buscar Taz que queria ir também.

Chegamos ao hospital, que estava mais tranquilo, e não encontramos Yan no corredor. Olhando pelas pequenas janelas das portas dos quartos o encontrei. Ele estava de braços cruzados ao lado da cama em que Flecher estava sentado com a roupa de hospital. Na outra cama do quarto estava Beatrice acordada e vestida com sua roupa, fui e me acomodei do seu lado com ela me encarando.Os dois pareciam que tinham acabado de descobrir como os outros estavam.

Logo Taz e Diana entraram. Taz foi logo falando com Flecher e testando a proteção no tornozelo dele com alguns socos leves e cutucões. Ele fez uma careta e depois a empurrou para ela parar. E dois sorriram rapidamente. Ele pela ação dela e por ve-la bem e ela da cara que ele fez.

–—Novidades?- perguntei para Yan.

Ele negou com a cabeça e disse:

–—Só eles, que já estão bem. Em algumas horas os médicos os dispensam. Derek esta igual, Brian esta se recuperando bem e Fineu também, apesar de ter febre.

–—Ele já esta acordado? -ele concordou. -Se você quiser ir pode ir Yan.As meninas se ofereceram para ficar aqui por um tempo.

–—Vou esperar eles serem liberados. Beatrice pode dirigir a Bmw.

Flecher ficou sério, ele não gostava de ser carona, mas também não podia dirigir com o ferimento que consegui.

Levantei-me da cama de Beatrice e sai do quarto para ver o que Fineu queria comigo. Bate na porta e ele me deixa entrar. Fineu se ajeita na cama e fica me encarando sério. Será que ele estava me culpando por levá-los á luta?

–—Você queria falar comigo?-digo.

–—Sim. É uma coisa importante. E já que já convivemos com você há alguns dias, pode me entender melhor que aquele outro que levou um tiro.

Concordei com a cabeça, mas o ambiente já não me deixava à vontade.

–—Sabe o Philipe?-disse ele após alguns minutos pensando sozinho.

–—Sim. Quer que eu o traga aqui? Posso ir buscá-lo.

–—Não! Deixa-me terminar de falar! - as sobrancelhas do garoto se juntaram ao quase gritar comigo. Depois ele respirou fundo e a expressão irritada se amenizou.- Ele é um idiota. Não vai prestar muito com vocês.Você sabe que ele não fez nada no ataque?- esperou minha resposta. Eu não sabia de muita coisa, apenas algumas partes curtas que ouvi das conversas do grupo.

–—Hãm...-o que ele queria que eu respondesse afinal?- Ele estava ajudando o Yan... Não é bem um nada.

Ele negou com a cabeça com um riso amargo e disse:

–—Não importa. Ele não é capaz de muitas coisas longe de mim. - passou a observar a pulseira de identificação no pulso. -Eu tentei mostrar para ele. Mas ele é um cabeça dura, e avoado irritante, que distorcia tudo que eu dizia para ele ontem a noite. Me deixou sem nenhuma paciência e eu disse muitas coisas que estavam engasgadas...

Fez uma pausa e então voltou a me olhar nos olhos sério:

–—Essa organização de vocês... não é lugar para nós. Não mesmo. -negava com um gesto de cabeça ao dizer. - Eu me esforcei, e olha como acabei. Pior ainda é meu irmão... Não dá para continuar com isso. Eu sinceramente não estou disposto a morrer. E nem sei como explicar aos nossos pais o nosso estado, ou o que aconteceu.

Alguns minutos de silencio tensos pairaram no quarto enquanto eu o olhava para avaliar o nível de sua sinceridade naquele momento.

–—Então quer sair da organização? -ele concordou confiante, sustentando o meu olhar. -Vai deixar que os Filhos-da-Lua continuem matando e roubando o que é direito de quem vive na terra?

Ele concordou novamente e falou voltando a analisar a pulseira:

–— Não é tão ruim assim. Eu não sinto a falta do que eles pegam. E... Acho que não me importo tanto assim com esses outros que você diz. Ainda posso viver a minha vida. Mas se continuarmos com vocês, é ai que eles poderão me notar.

As palavras dele me irritaram. Encarei o piso tentando me comportar e pensado que alguém que diz isso, realmente não merece estar com a gente. Suspirei fundo e penteei os cabelos com os dedos absorvendo completamente a decisão do garoto.

–—Certo. Adeus então, Fineu. -caminhei para a porta, mas antes de sair me virei. -Seu irmão fez muitas coisas. Tinha determinação e coragem. Sinto muito por ele estar em coma. E por ele digo que os custos da internação não será um a preocupação para sua família. Fique bem.