Time to Protect escrita por MrsSaxon
Notas iniciais do capítulo
Demorou mas a alma aqui apareceu! Obrigada pelo carinho constante porém minhas aulas iniciaram novamente e estou um tantinho ocupada, me desculpem!
And if you're listening: I miss you
And if you hear me now: I need you
Where did you go cause you're not gone
Everyone knows that something is wrong
The wires were cut and im alone
Another Day - Paramore
O sol raiava no horizonte, pequenos feixes de luz entravam pela janela, atingindo direto no rosto da garota. Kaddie abriu os olhos, e ainda deitada esfregou seus olhos preguiçosamente. O relógio marcavam 5:29 em ponto, era hora de acordar, se arrumar, e tentar de alguma forma ir para a sua nova escola. Ela não sabia, mas toda vez que ela pensava em "nova" um bolo se formava em seu estômago e sua garganta era tomada por um nó que não se desfazia tão cedo.
Tomar café, agora era definido como quase impossível, pois era uma das atividades que a mesma era acostumada a fazer com sua mãe, com um bom diálogo matinal e sempre uma pequena discussão "Existe um "demônio" em cada um de nós". Sua mãe sempre gostou de lendas urbanas, desde pequena, na verdade. Sua bisavó era acostumada a conversar com sua mãe, e sempre um novo caso era lhe contado... Mas e se sua mãe fora vítima desses casos sobrenaturais? Bom, ela não sabia ao certo...
"Toc, toc" duas batidas puderam ser ouvidas vindas da porta. Ela finalmente se levantou da cama, e não se deu ao trabalho de arrumar o seu cabelo em um coque bagunçado, aliás, a escola era perto, tudo naquele bairro era perto. Ao abrir a porta se deparou com sua avô sorridente, vestindo o seu habitual cachecol azul royal, que se destacava com seus cabelos e pele, que eram extremamente brancos.
– Bom dia minha querida - A senhora disse com sua voz, um pouco fraca, como sempre - Vamos, tem que se arrumar para a escola e tomar o seu café.
– Tudo bem vó– Ela disse enquanto passeava sua mão por seu pescoço e esfregava um pé no outro - Vou me arrumar.
A avó mal esperou uma resposta e fechou a porta do quarto da neta calmamente. Ninguém sabia do passado da família Riwers, sempre evitavam dizer algo sobre, Kaddie nunca entendeu a causa. Caminhou para o banheiro e fez sua higiene demoradamente, enquanto isso separou sua roupa e se vestiu rapidamente. Se olhou no espelho e reparou em suas íris claras, e em suas olheiras, que estavam horríveis pelo fato de ter chorado tanto e dormido tão pouco, deu de ombros e desceu as escadas para engolir alguma coisa e em seguida, conhecer "novas pessoas", mas ela queria tirar o nova ou novo do vocabulário.
O Impala 67 preto acabara de estacionar-se na frente de uma prefeitura um tanto descuidada, dois rapazes desceram do carro e se dirigiam para dentro. O que era um pouco mais baixo em comparação ao outro deu um pequeno soco no braço do acompanhante, rindo, enquanto o outro parava para questionar:
– Quem deve perguntar primeiro? - O mais alto disse, franzindo o cenho.
– Pedra, papel, tesoura? - Propôs o mais baixo.
– Tudo bem Dean, vamos.
Eles jogaram e Sam venceu, ou seja, dessa vez Dean deveria perguntar primeiro. Ajeitou sua jaqueta, suspirou e girou a maçaneta. Na recepção estava uma moça jovem, loira, 1.69, ele tentou deduzir, parecia séria, porém atendia um telefone, que logo colocou na base e direcionou toda a sua atenção a ele.
– O que deseja, senhor?
– Gostaria dos registros da família Riwers - Ele disse, tirando um distintivo do bolso - Investigador.
– Tudo bem, aguarde um momento. - A garota disse, desenhando um sorriso informal no rosto e voltando sua atenção para o telefone, discou alguns números e disse firmemente - Traga-me o registro 1661, na seção 7.
– Obrigado, senhorita. - Dean disse e se virou para Sam que esperava na porta, dando uma piscadela.
Escola. O cheiro dos corredores frios invadia suas narinas como nada havia antes, realmente, era um pouco desconfortável pelo frio, e o cheiro de livros... Mofados? Ela começou então a notar cada detalhe do recinto. Observava do teto ao piso e já notou algumas pessoas saírem de suas aulas, havia atrasado pois se perdeu no caminho.
Um menino se aproximou meticulosamente, usava um bracelete com o símbolo que estava destacado na entrada da escola. Usava óculos com uma armação informal e seus olhos eram curiosos ao notar cada detalhe do traço novato. Tomou um bloco de notas acima dos olhos e começou a ler algo, folheando umas 5 vezes e depois, parando, com um leve sorriso.
– Vejo que é a nova aluna - Ele disse, ajustando o óculos no rosto - Prazer, meu nome é Ethan Rickards, sou "A polícia dos corredores" e vejo que você está atrasada, não se preocupe, se dirija até a secretaria e pegue seus horários.
– O-obrigada - Kaddie gaguejou e se dirigiu até o final do corredor e virou, aleatoriamente, até a esquerda.
Encontrou uma placa que denunciava a secretaria, esculpida numa madeira escura, belamente posta acima da porta, adentrou o recinto e se deparou com uma ruiva, de olhar marcante porém misterioso, ela não tardou a se identificar.
– Prazer, me chamo Rachel Wayne, bem vinda! Seus horários já estão prontos.
Kaddie observou que havia alguns livros e também uma folha organizados em certo ponto da grande mesa que Rachel ocupava, pegou seus devidos novos materiais e se dirigiu para fora da sala, pensando "Você sempre esteve aqui, mãe?" e foi interrompida, quando topou com dois homens que ela jamais vira em sua vida, porém estavam ali, e cambaleou para trás.
– Você é Kaddie Juliet Riwers, não é? - Perguntou Sam, inocentemente.
– A mesma. - Kaddie respondeu, suspeitando da presença de ambos e arqueando uma sobrancelha com a pergunta.
– Nós procurávamos você - Dean por fim concluiu, enquanto olhava para Sam numa expressão de "Bingo!" e voltou a olhar para a garota, que agora franzia o cenho com pessoas procurando por alguém como ela, era para ser um outro dia, um dia diferente e comum. Mas, o que ele queriam com alguém comum como ela? Kaddie sempre esteve fora de problemas, e se assustou ainda mais quando um deles puxou um distintivo da jaqueta e informou:
– Somos do FBI - Dean disse, com a expressão firme.
– Não fui eu - Kaddie pronunciou ao observar um erro no distintivo - O número de Agente está errado, esse aí deveria ser o agente Roberts.
– Mas? - Dean disse, franzindo o cenho, indignado.
– Sim, eu estudo nas horas vagas e qualquer argumento é inválido - Ela disse com um sorriso e com um ar de vitória, era extremamente saboroso saber que vencera homens desconhecidos, ainda mais com um porte do mesmo que os dois pareciam carregar. Vamos ter diversão. Foi o seu único pensamento, ao estalar a língua e observar os irmãos confusos, Winchester para ela era tão familiar, claro que era.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Me esforcei para sair bom, espero que tenham gostado!