Big White Room escrita por justkeepwriting


Capítulo 2
“Some infinities are bigger than other infinities.”


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!

Acho que o próximo capítulo será o último, eu espero mesmo que vocês estejam gostando.

Comentem por favor?
Obrigada.



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–Finn-

Há exatamente três semanas eu comecei a trabalhar aqui e conheci a Rach, ela era uma garota maravilhosa e eu estava fazendo a maior força para que ela seguisse o tratamento direitinho e se sentisse melhor. Sim, eu estava me apaixonando por ela e estava morrendo de medo, poderia ser muito perigoso se apaixonar por uma paciente especialmente uma que era instável como Rachel. Sabia muito bem que o que estava fazendo não era certo afinal eu tinha namorada, e nós já estávamos juntos há mais de dois anos, mas ela se recusou a vir até Lima morar comigo e nós combinamos de nos ver apenas uma vez por mês. Rachel não sabia que eu tinha namorada, mas ela não precisava de saber já que estava planejando em terminar com Quinn assim que possível. Eu queria a Rach e só ela, sem importar se ela era instável ou não, eu sabia que ela era A mulher para mim. E também podia sentir que ela gostava de mim de volta, o que me dava ainda mais medo porque isso significava possibilidade real de haver um envolvimento romântico entre nós.

–---

Cheguei ao hospital no horário normal e fui direto para o quarto de Rachel, mas a família dela estava lá com ela, pedi licença e fui olhar os outros pacientes primeiro. Era maravilhoso como em apenas três semanas Rach parecia outra pessoa, ela era uma garota delicada, carinhosa. Garota não, mulher. Era uma mulher crescida e nem adiantava tentar negar que seu corpo era lindo, em outras palavras ela era gostosa demais. Terminei minha rotina diária de checar os pacientes e sentei ao lado do quarto de Rachel esperando que sua família saísse para que eu pudesse ver como ela está. Após mais ou menos meia hora sua mãe saiu do quarto e sorriu para mim.

“Você é o Dr. Hudson?” ela perguntou e eu assenti.

“Sim, e você é a Sra. Berry, não é?” foi a vez dela assentir e nós demos um aperto de mão.

“É muito bom vê-la assim, ela está bem melhor. Muito obrigada por fazer o que quer que seja que esteja fazendo.” ela disse e eu sorri.

“Ela é uma garota forte, só dei uma mãozinha para que ela seguisse o tratamento que ela precisa. Ela é muito especial.” a mulher sorriu para mim e pegou em minha mão.

“Muito obrigada de qualquer maneira, cuide bem dela para mim, ok?” assenti e entrei no quarto de Rachel, ela estava calma assistindo TV.

“Como está minha paciente preferida hoje?” perguntei e ela sorriu.

“Você deve dizer isso para todas as suas pacientes não é?” ela disse brincalhona e revirando os olhos para mim. Sentei ao seu lado na cama e segurei sua mão entrelaçando nossos dedos,

“Eu não Srta. Berry. Você realmente é minha favorita e sabe muito bem disso.” nós continuamos conversando por mais ou menos duas horas até que seu jantar chegou. Sorri assim que a enfermeira saiu. “Vou deixar você jantar em paz. Preciso ir para casa.” disse e o sorriso desapareceu do rosto de Rachel.

“Você não pode ficar um pouquinho mais?” ela perguntou com cara de dó e eu percebi que realmente eu não queria ir e que nem tinha nada para fazer em casa mesmo.

“Está bem, mas só mais um pouquinho porque você precisa descansar.” ela sorriu novamente.

–---

Horas depois eu acordei, estava deitado na cama de hospital de Rachel abraçado com ela. Abri meus olhos e vi aquele anjo do meu lado dormindo serena. Corri meus dedos por seu cabelo, ela era tão linda. O que será que aconteceu que a deixou assim tão doente? Ela vagarosamente abriu os olhos e quando vi aqueles olhos cor de chocolate só tinha uma coisa em mente, eu queria beijá-la.

“Você dormiu aqui?” ela perguntou chocada e apenas assenti. Eu não queria levantar ainda, era muito cedo, estava com uma preguiça e ter Rachel nos meus braços era bom demais, e a enfermeira iria vir dar o remédio à Rachel só daqui umas duas horas.

“Você sabe como você é linda?” perguntei bobo e ela pareceu não acreditar em mim.

“Você me acha bonita?”

“Você é linda.” disse e vi uma lágrima escorrer dos seus olhos. “Não chore meu amor.” MEU DEUS, EU ACABEI DE CHAMÁ-LA DE AMOR!!! Ela sorriu.

“São lágrimas de felicidade, ninguém que não fosse da minha família me disse que sou bonita. Eu sofri bullying minha vida inteira, e minha única amiga suicidou. Eu me senti traída, como ela teve coragem de me deixar sozinha aqui nesse inferno? Mas foi aí que entendi que ela não estava me abandonando, ela estava me esperando. Só que sou tão fracassada que nem me matar eu consegui. Sou um nada Finn, ninguém precisa de mim.” ela disse e aquilo partiu meu coração. Como pode uma pessoa tão boa como ela pensar aquilo dela mesma? Ela se achava um nada, mas já era tudo para mim.

“Eu preciso Rach, eu preciso de você.” disse sem pensar, mas era verdade apesar de que eu não deveria ter dito isso. Eu precisava terminar com Quinn antes de me envolver com Rachel, mas agora era tarde demais. Ela me beijou assim que eu terminei de falar, senti seus lábios no meu e sorri, foi apenas um selinho. Eu sabia que aquele beijinho nos mudaria para sempre, sorrimos e eu me levantei. “Eu preciso ir antes que alguém me veja aqui e perceba que dormi com você, se isso acontecer eu vou ter grandes problemas no hospital.” ela assentiu e me deu aquele sorriso lindo. “Tchauzinho minha pequena.” lhe dei um selinho e saí do quarto.

–---

Peguei meu celular e liguei para Quinn, eu precisava terminar com ela. Sabia que seria muito feio da minha parte terminar por telefone, mas se Rachel descobrisse as coisas iriam ficar feias, e eu não podia arriscar seu tratamento quando as coisas realmente estavam melhorando.

“Oi Finn!” ela disse e eu suspirei, agora era a hora.

“Nós precisamos conversar.”


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