Passado, Presente e Futuro escrita por Blue Butterfly


Capítulo 5
Presente de sangue


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ^^



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Um menino caminhava nas trevas, a lua estava escondida por algumas nuvens e a iluminação pública estava arruinada, certamente destruída por algum menino travesso. “Por que não fez as compras mais cedo?”, ele não respondeu, quase arrependido de ter saído de casa tão tarde. Só que não podia simplesmente ir dormir sem ter suas latas de pêssego em conserva. Como ele viveria sem seu pêssego em conserva?

Você ainda teria seu precioso pêssego se tivesse olhado a receita antes de inventar aquela torta”. Yukito riu com esse pensamento, ele estava descobrindo que era uma negação na cozinha, principalmente quando inventava fazer as coisas de memória. Ele gastara todas as suas latas de pêssego tentando fazer uma torta, até que, na última lata e após brigar muito consigo mesmo, resolveu ver a receita – e foi ai que descobriu com certo choque que precisaria de ovos para fazer a torta.

Ele atravessou a rua despreocupadamente, repetindo mentalmente sua enorme lista de compras e torcendo para que o dinheiro que ele tirara do pote fosse o suficiente.

Dois quarteirões a frente, um jovem Kinomoto andava imprimindo a cada passo sua irritação, estava com fome, cansado e querendo brigar com meio mundo ao chegar em casa. E quando Sakura, usando aqueles olhos pidões de cachorro abandonado, implorou para que ele fosse até o mercado comprar arroz e chocolate, ele precisou de todo seu autocontrole para não gritar com ela. Ela e o pai tinham feito compras no dia anterior! Como ela tinha esquecido do arroz?!?

Foi tudo muito rápido. Primeiro houve o som de um carro freando bruscamente, o barulho do baque, a espinha de Touya gelando, o garoto correndo em direção ao som, o desespero o enchendo sem ele entender o porquê. Até ver um menino caído no chão, sangrando profusamente enquanto um carro dava ré e fugia em alta velocidade. Pelos próximos segundos, o moreno entrou no automático,ele fez tudo como ensinaram, verificou pulso, respiração, ligou para o hospital mais próximo e ficou ao lado do garoto. Só depois que tinha feito tudo isso é que ele finalmente percebeu que o rosto lhe era estranhamente familiar, traços delicados e suaves, pele muito branca mesmo com o sangue que escorria de sua testa, cabelos brancos… Cabelos brancos?

–Tsukishiro!

Touya tinha se acostumado com a aura de Yukito de tal forma que não tinha reparado bem na aparência do garoto. Mas ali estava ele, caído no chão e com sangue manchando seus cabelos e rosto, não parecia grave, só que assustadoramente sua aura estava quase sumindo, difícil de perceber.

–Ela está… Ela está protegendo o corpo?

O tom de pergunta na verdade era mais surpresa do que medo, Touya se concentrou ainda mais, mesmo sabendo que dificilmente erraria, uma vez visto, um quadro daqueles era difícil de ser confundido com outra coisa. Ele ainda lembrava da primeira vez que vira aquilo acontecer…

“O menino não tinha nem oito anos completos, seu cabelo negro caia em sua testa, mas ele não parecia se importar. Naquele momento ele olhava com curiosidade um espaço vazio a sua frente onde estava repousado um pequeno gatinho amarelo. Mas não olhava o gatinho, e sim a sombra ao redor dele, uma sombra de cor rosa claro, como as sakuras na primavera, que tremelicava de um lado para o outro. O gatinho miou com dor, tentando se erguer novamente, só que logo caiu no chão, a patinha ferida.

–Fique quieto. Oka-san já vem cuidar de você – ele pediu com carinho.

Ele era um garotinho muito jovem, mas já entendia o que era a morte e sentia quando ela estava acontecendo. O gatinho podia morrer a qualquer minuto, ferido do jeito que estava, a única coisa que parecia mantê-lo ainda vivo era a sombra, embora até mesmo ela estivesse ficando cada vez mais clara. Touya já tinha visto as sombras antes, eram criaturas engraçadas depois que se permitiam conhecer, muitas vezes estavam perdidas, outras vezes precisavam de ajuda, suas vozes eram variadas, um pouco assustadoras no começo, mas simpáticas depois que alguns dias de convivência. Elas nunca comiam ou pediam para ir ao banheiro, apenas viviam.

Touya olhou novamente para o gatinho, ele estava muito mal, se Oka-san demorasse mais, ele não sobreviveria. Foi então que a sombra fez algo inacreditável: ela cresceu de repente, ganhando um forte tom rosa, e depois se enrolou no gatinho, como se estivesse protegendo-o, até que ela sumiu e o menino não podia mais senti-la. O animalzinho miou mais uma vez, um pouco melhor, e aguentou bravamente até que Oka-san chegou e cuidou dele. Ele ficou alguns dias na casa dos Kinomoto até que estivesse bem o bastante para ir para algum novo lar, não havia espaço para um bichinho de estimação naquela casa, ainda mais com a bebê Kinomoto por perto. Touya observava atentamente o gatinho, esperando ver a sombra rosa de novo. Por alguns dias ela não apareceu, até que, quando o gatinho estava pronto para mudar de lar, numa manhã ensolarada, Touya viu com espanto a sombra sair do corpo do animal e ganhar o ar num movimento gracioso, ela rodeou o gatinho, depois rodeou Touya como numa dança, até que ganhou altura e partiu”.

Ele tinha visto coisas semelhantes durante sua vida e com o tempo entendeu do que se tratava. A sombra e o gatinho não eram a mesma coisa, mas a sombra tentou proteger o gatinho o quanto pode, dividindo o mesmo espaço físico com ele. E ali, enquanto a aura de Tsukishiro encolhia cada vez mais, pela primeira vez Touya teve a noção de que aquele menino podia muito bem ser simplesmente um… menino. Sem nada de mágico em si mesmo, apenas rodeado por algo que estava tentando cuidar dele. E se sentiu um completo babaca quando lembrou de como tinha sido duro com o garoto. E ficou se sentindo pior ainda quando lembrou que o menino tinha perdido os pais e tinha se mudado para Tomoeda para morar com os avós. Não era uma mentira, ele era um menino órfão, um menino órfã que estava recebendo proteção sobrenatural.

–Eu sou um completo babaca – Kinomoto grunhiu muito irritado consigo mesmo.

Nesse momento a ambulância surgiu na rua, os paramédicos saltaram um pouco antes do carro frear por completo, se aproximando do menino caído e lhe prestando os primeiros socorros.

–Você o conhece? – uma das paramédicas perguntou para Touya enquanto verificava o pulso do garoto.

–Sim – Touya respondeu ainda confuso com sua recente descoberta.

–O que você é dele? – ela perguntou ainda verificando o pulso.

A pergunta o surpreendeu, sem pensar direito, ele apenas respondeu a primeira coisa que lhe veio em mente:

–Sou seu amigo.

–Você terá que vir com a gente – ela mandou se afastando para que os outros colegas colocassem o menino na maca.

–Está bem – foi a única resposta que ele conseguiu formular.

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–Sim, Oto-san, eu vou ficar bem. Certo. Adeus.

Kinomoto desligou o telefone e voltou a olhar o rapaz deitado na maca, depois que o limparam e deram pontos no machucado em sua testa, ele parecia mil vezes melhor, só permanecia dormindo por causa dos remédios que lhe administraram, o medo dos médicos é que ele tivesse sofrido qualquer trauma na cabeça, porém as radiografias mostraram que estava tudo bem com ele. Uma mecha de cabelo ainda estava vermelha, as enfermeiras tentaram limpar o máximo possível do sangue, Touya viu como elas tocavam com todo cuidado e carinho o corpo do garoto, como se ele fosse de vidro. A verdade é que ele era extremamente frágil, ou ao menos parecia, um corpo pequeno e magro, delicado, a pele branca como se estivesse coberto de neve.

Tsukishiro estremeceu, começando a se mexer. Touya prendeu a respiração, fazia alguns minutos desde que a aura que rodeava o menino havia voltado a circundá-lo, parecia mais fraca, mas ainda estava lá. Com um leve tremor, o garoto abriu os olhos, fechando-os em seguida por causa da luz, ele piscou algumas vezes até se acostumar com a claridade, com cuidado ele virou a cabeça para o lado de Touya, podia ouvir a respiração do menino e senti-la movendo o ar ao redor. O rosto que ele encontrou não era simpático, não havia a menor sombra de um sorriso, os olhos eram cansados e frios, o cabelo preto caia em seus olhos, tornando seu rosto ainda mais mau. Mesmo assim, Yukito sorriu, feliz por ver um rosto conhecido naquele lugar desconhecido.

–Como você está? – Touya perguntou.

A voz dele era grave, um timbre baixo e decidido, cheio de autoridade.

–Não sei – Yukito respondeu com sinceridade – Onde estou?

–Num hospital. Você sofreu um acidente, creio que foi atropelado, quando te encontrei você já tinha perdido os sentidos e tinha um carro fugindo. Devia olhar para os dois lados antes de atravessar a rua – Touya tentou brincar ao ver o rosto desamparado do menino, mesmo com um sorriso, ele parecia tão frágil.

–Olhar para os dois lados? – Yukito franziu a testa sem entender.

–Sim. É o que as pessoas fazem antes de atravessar a rua, isso impede que elas sejam atropeladas e venham parar aqui – Touya respondeu sem muito humor. Aquilo não era o tipo de informação que se repetia para qualquer ser que tivesse mais de seis anos.

–Ah…

Assombro tomou o rosto do menino. Pensando com cuidado, aquilo fazia todo o sentido. Os carros podiam vir nas duas direções, se ele olhasse para os dois lados antes de atravessar, poderia ver se algum carro estava vindo em sua direção.

–Você bateu a cabeça e levou alguns pontos – Touya continuou a falar, ignorando o ar surpreso do garoto – Não teve nada grave, na verdade só estavam esperando para que você acordasse para lhe darem alta. Isso é, se você se sentir bem.

Ele estava bem? Yukito se fez essa pergunta, recebendo a resposta quase de imediato “Aparentemente nada dói, só a cabeça, mas deve ter sido pela pancada, Se ele diz que está tudo bem, então deveria acreditar”.

–Estou bem – ele disse por fim, sentando com cuidado na maca, as coisas giravam e o mundo estava todo embaçado – Onde estão meus óculos?

Touya estendeu o objeto para ele, estranhamente eles estavam intactos, sem um arranhão.

–Acho que vão querer ligar para seus avós. Eu não sabia o número para lhes informar, seria bom avisá-los logo, eles podem ficar preocupados por você ainda não ter voltado.

–Eles não estão aqui – Yukito informou ajustando o óculos no rosto – Tiveram que viajar, acho que chegam na semana que vem.

–Então quem está cuidando de você? Seria bom informar alguém e…

–Não há ninguém – Yukito respondeu com calma – Eu estou morando sozinho. Quer dizer, moro com meus avós, mas como eles estão viajando, então estou sozinho.

Touya congelou. Ele simplesmente não podia acreditar. Aquele menino tinha perdido os pais, saiu de sua casa para ir morar com os avós e os avós o deixavam sozinho para viajar? Quem seria capaz de deixar aquele menino frágil e delicado sozinho? Será que ninguém tinha parado para pensar que ele deveria estar passando pelo inferno com a perda de sua família? Touya tinha perdido sua mãe, ele sabia o que era ficar metade órfão.

–Você está… sozinho? – ele tinha que ter certeza.

–Sim – a voz ainda era calma, meio sonolenta, o sorriso também estava caindo a cada novo bocejo – Mas logo eles estarão de volta, então não precisa se preocupar.

O sorriso voltou a seus lábios. Touya continuou indignado com a situação, porém não teve tempo de colocá-la em palavras, pois a enfermeira entrou junto com um médico para ver se o garoto já podia ir embora. Ela também entregou um maço de notas para Tsukishiro, estendendo um envelope para que ele pudesse guardar todo aquele dinheiro. Os três encararam o menino com dúvida, sem saber o que um menino daquela idade fazia com toda aquela quantia uma hora daquelas da noite.

–Pretendia comprar alguma coisa? – a enfermeira perguntou com carinho enquanto tocava a cabeça do menino.

–Sim, eu pretendia ir ao mercado. Acabaram minhas latas de pêssego em conserva, então aproveitei para comprar mais algumas coisas que estavam faltando.

–Você sabe quanto custa uma lata de pêssego em conserva? – Touya não conseguiu ficar calado. Quem levaria todo aquele dinheiro para o mercado?

–Não – Yukito confessou parando de sorrir e olhando preocupado para as notas em suas mãos – Não dá para comprar com essa quantia?

Mais uma vez os três encaram o garoto com incredulidade.

–Tsukishiro, onde você morava antes de vir para cá?

–Inglaterra – o menino respondeu com calma.

–Alguma vez na vida você lidou com dinheiro japonês?

–Não, é a primeira vez que eu ia usar. É tão pouco dinheiro assim?

Yukito estava triste, ele achou que poderia pelo menos comprar uma bendita lata de pêssego. Todas aquelas notas valiam tão pouco assim? Se fosse, ele estava em maus lençóis, duvidava que teria o suficiente no pote para ele sobreviver até o fim da semana.

–Depende, se você quiser comprar uma casa é bem pouco – o médico disse com carinho, percebendo como aquele menino deveria estar perdido vivendo no Japão e se surpreendendo com sua pronúncia impecável – Mas se quiser comprar uma lata de pêssego, uma nota dessas permitiria que você comprasse umas dez latas com tranquilidade.

Yukito corou. Então era isso, ele estava andando com dinheiro demais.

–Acho que você deveria levar seu amigo ao mercado e ajudá-lo a fazer compras – a enfermeira sugeriu com um sorriso doce encarando o garoto moreno – E ensinar o valor do nosso dinheiro. Carregando a quantia que ele carregava, coisas bem piores poderiam ter acontecido esta noite.

Touya concordou, embora concordasse não em levá-lo para fazer compras, mas em relação a coisas piores que poderiam ter acontecido; enquanto isso, alheio a tudo Yukito fazia contas mentais de quantas latas de pêssego poderia comprar, ficando estonteado com o resultado final.

–Ele já pode ir. A família virá buscá-lo? – o médico perguntou.

Antes que Yukito tivesse tempo de responder, Touya declarou em sua voz autoritária que não aceitava ser questionada – um tom que ele costumava usar sempre que um adulto pudesse contestá-lo:

–Eu vou levá-lo para casa.

–Sendo assim, melhoras Tsukishiro-san. E não esqueça de olhar para os dois lados antes de atravessar a rua – o médico brincou tocando a cabeça do menino com carinho, ele era tão jovem,tão frágil…

Alguém poderia ter dito isso antes” a voz interior de Yukito resmungou e ele teve que concordar. Yukito não questionou Touya quando ele assinou todos os papéis, nem quando abriu a porta para que ele saísse do hospital, foi só quando eles estavam andando em pleno silêncio que ele teve coragem de falar.

–Obrigado por me fazer companhia. Teria sido muito ruim acordar sem ter ninguém conhecido por perto.

O tom de voz do menino era levemente melancólico levando Touya se questionar se o garoto teria alguma vez acordado num lugar estranho sem ninguém que ele conhecesse do seu lado. No acidente de seus pais, quem sabe?

–Hum, de nada. E me desculpe – acrescentou olhando para o chão – Não deveria ter sido rude com você no seu primeiro dia de aula.

–Tudo bem – e Yukito abriu um enorme sorriso, mesmo sabendo que seu companheiro não poderia ver – Todos tem dias ruins, e você parecia estar num dia muito, muito ruim mesmo. Se precisar de ajuda, eu estou a sua disposição – Yukito ofereceu tentando não soar intrometido.

Touya ergueu a cabeça do chão e olhou para o menino com surpresa. Até onde ele sabia, ninguém tinha achado estranho seu comportamento, na verdade ele tinha feito o possível e o impossível para esconder o quanto ele estava destroçado por dentro. O quanto ele ainda estava. Foi quando lembrou que aquele menino era novo e deveria ter confundido seu jeito sério com dor, não era uma confusão muito comum, mas podia ser aceitável, era muito melhor do que supor que um completo estranho sabia o que ele estava sentindo de verdade.

–Eu sou mais quieto – Touya começou, sem saber por que ele estava se explicando para aquele garoto – Pode parecer que estou num mal dia, mas é só meu jeito.

–Eu não consigo acreditar – Yukito respondeu numa voz terna, quase um sussurro.

–Por que não? – Touya perguntou rabugento – É só perguntar para qualquer aluno que me conheça, eles vão dizer que é simplesmente meu jeito.

–Eu não estou dizendo que você não é quieto, só estou dizendo que você estava em um dia ruim ontem. E também parece estar hoje, embora pareça um pouco mais calmo. Claro que agora você está preocupado, não pelo mesmo motivo que te deixou triste, só que ainda consigo ver sua tristeza, mesmo que você tente mantê-la escondida atrás de uma expressão séria.

Touya parou de andar e encarou o garoto com certo espanto. Embora sua voz fosse doce, ele parecia ter plena certeza do que dizia. E o pior é que ele estava certo.

–É o que eu acho. Posso estar errado, mas se não estiver e você precisar de ajuda, pode contar comigo. Boa noite Kinomoto-san, esta é minha casa.

E apontou para a construção com uma pontada de orgulho, mesmo a noite, seu jardim era incrível.

–Touya – o garoto moreno respondeu ainda atordoado.

–Como? – Yukito franziu a testa, um sinal de que estava confuso.

–Me chame de Touya – o moreno respondeu olhando para o pequeno garoto.

–Bem, então me chame de Yukito – o outro devolveu – Boa noite Touya-san.

–Boa noite Yukito-san.

Yukito deu um último mega sorriso e entrou, ele pensou em acompanhar Touya até sua casa, mas achou melhor não abusar, o garoto não parecia muito acessível ele não queria forçar sua presença. O moreno esperou para ter certeza que o outro estava em segurança para só depois continuar caminhando. As palavras de Yukito revelaram algo que ele não tinha percebido: ele estava um pouco mais calmo do que no dia anterior, não o suficiente para que estivesse bem, mas um pouco mais calmo. Claro que comparado com tudo o que ele sentia, muito mais calmo ou pouco mais calmo ainda não era bom para ele, mas pelo menos era um começo.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Comentem ^^



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