Sweeter Than Fiction escrita por Pérola


Capítulo 7
Capítulo 6 - Fuga.


Notas iniciais do capítulo

"Tudo bem se eu ficar com você a noite toda? Espero que você não se importe se você ficar ao meu lado..."



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Pov's Peter:

Perfeito Peter, agora você pode sair por ai, desfilando e ganhar um Oscar pela Coisa Mais Idiota Que Você Já Fez Na Vida.

Como eu fui burro.

Primeiro invento de fazer uma burrada entrando na casa da Rosalie. Conhecendo o pai e a mãe dela. Depois eu abro minha boca pra falar da Julie, tento fazer as coisas ficarem lindas e perfeitas, e acabo praticamente a chamando de louca. E agora estou fugindo do meu irmão, me metendo em enrascada e simplesmente pergunto:

– Quer fugir comigo?

– O que? – ela estava surpresa, sim, ela não esperava por aquilo. O que eu fiz, era a festa dela e eu quis que ela fugisse comigo.

Burro. Burro. Burro.

– Vamos Rosalie, meu irmão já já invade sua casa. – soltei um riso, como se fosse seguro fazer aquilo.

Ela estava perturbada e não sabia se devia mesmo fazer aquilo, tentei apressá-la.

– Ta Peter, eu vou. Anda logo. Antes que meus pais venham aqui e me matem.

Eu não contive um riso e a ajudei a subir a cerca. Claro que foi meio difícil com aquele vestido e tal, ótimo. Subimos.

– Onde está seu carro?

– Logo ali, depois daquele muro.

O muro era bem menor, então ela não ligou e até pulou na minha frente. A barra do seu vestido ficou presa numa parte do tijolo que estava quebrado e rasgou, mas não foi tanto assim.

Pulei logo atrás e entramos no carro. Assim que dei a partida e acelerei e ela falou:

– Oh, eu não acredito que fiz isso. – a Rosalie agora tinha posto a mão no rosto e eu não contive uma risada, era engraçado vê-la naquele estado.

– O que? Fugir comigo? – virei a esquina e sorri – Eu não mato ninguém Rô.

– E se isso for mais um plano seu e da Julie, e me você levar pra algum lugar esquisito e me mandar caras me estuprar? – ela jogou as mãos pra frente e me olhou.

Ela fez uma careta depois da última palavra e eu também fiz, que drama.

– Acho que você exagerou nisso Rosalie.

– É, eu também achei.

Seguimos um trajeto que eu conhecia bem, ele ia para fora da cidade. Mas a Rô não parecia confiar muito em mim, aliás. Por que eu quis que ela viesse comigo? Eu... Eu não estou em mim. Por que fugir? Com ela.

Nem percebi que tinha freado o carro bruscamente. Fomos pra frente e o cabelo dela se soltou.

– O que foi? – ela perguntou.

– Nada, vamos seguindo.

– Peter você está bem? Ta parecendo pior que eu depois do balde de água.

– Dá pra parar de falar nesse assunto?

Dessa vez o carro saiu do meu controle e paramos no encostamento. A Rosalie estava atônita. E eu assustado, meus poderes quiseram dar um “Oi” pra visita.

– Tudo bem Peter, agora chega.

Ela saiu do carro e bateu à porta, eu saio junto e ela estava fazendo o caminho contrário ao que viemos.

Agora era oficial. Estava tudo dando errado pra mim.

– Rô espera. – peguei em seu braço e senti o mesmo choque do ônibus, dessa vez mais leve e o vento começou a soprar devagar, calmo Peter. Se controla.

– Esperar mais o que Peter? Você nos matar? Não, prefiro voltar pra casa inventar uma desculpa qualquer e você que se vire com seu irmão.

Eu ia acabar perdendo o controle se eu aumentasse meu tom de voz com ela.

– Se eu te contasse uma coisa você não iria acreditar em mim.

– Não ia mesmo.

– Alguma vez você acreditou em mim?

Ela ficou parada apenas me olhando, deixei que ela se soltasse, mas ela não fugiu nem nada, apenas se voltou para o carro e me esperou la dentro.

– Talvez eu tenha começado a acreditar no momento em que você me perguntou se eu queria fugir com você. – ela virou o rosto pra janela e eu fui calado.

A viajem foi bem rápida. Eu conhecia o lugar. Um posto de gasolina abandonado, atrás dele tinha uma loja vazia, apenas o balcão e algumas estantes. Uma mesa e algumas cadeiras, no canto da loja um pequeno sofá de dois lugares.

Acendi a luz, e o lugar tomou vida mais uma vez.

– Que lugar estranho...

– Era onde eu guardava meu carro de kart. Acho que você viu sobre o acidente onde eu sobrevivi. Acharam que eu tinha sabotado os carros, mas era impossível que eu sobrevivesse a aquelas explosões.

– Vi sim... Foi daí que você ganhou sua vidinha de estrela não é?

– Você ganha a vida falando de mim?

Ela soltou uma risada e se sentou tirando a poeira de uma cadeira.

– Ethan... Por que você quis me trazer aqui?

Eu fiquei pensativo, não, ninguém sabia do meu segredo, por que eu iria contar pra ela? Mas eu tinha, ela poderia me ajudar. Se bem que a Rosalie me odiava, então ela não iria contar pra ninguém e se contasse iriam chamá-la de louca.

– Porque eu quero te pedir segredo.

– Ótima escolha senhor Mason. Falar comigo.

– É sério, você precisa guardar esse segredo.

– Tudo bem – ela suspirou – Manda ver.

– Tenho poderes.

Por um instante achei que ela iria me chamar de louco ou perguntar ‘sério?’ Mas não, ela apenas... Riu.

– Peter, nossa. – ela ria – Sem brincadeiras cara. Por favor.

– Não é brincadeira.

Disse num tom sério pra ela.

– Ta, então me prove. – a Rô se levantou e ficou na minha frente.

– Não sei se consigo, ele é involuntário...

– Viu? Fala sério Peter, você esta brincando.

– Estou? Então me explique como eu sobrevivi a aquele acidente de kart? Como explica o nosso choque, e não adianta mentir porque eu sei que você sentiu também. E o que me diz sobre as flores que você viu? Na sua casa?

Eu talvez tenha exagerado, mas... Eu tinha que falar. E agora ela não acreditava em mim.

– Não sei, como você disse talvez eu estivesse imaginando coisas... – ela virou o rosto.

– Rosalie, por favor. – eu estava implorando? Peter Mason implorando ajuda? Sim, quando percebi tinha pegado na mão dela, nada de choques.

Ela se virou pra me olhar, estava com uma cara assustada e desconfiada.

– Peter, essas coisas só acontecem em contos de fadas, ou histórias...

– Caramba Rosalie.

– O que foi?

– Eu to implorando sua ajuda.

– Eu pedi pra você me provar, você não fez nada.

– Eles são involuntários.

– E como você fez aparecer aquelas flores? – ela aumentou a voz.

– Eu não sei, quando eles agem, eles agem de acordo com meus sentimentos.

– Então você estava feliz de estar comigo?

Subitamente me calei, mas isso também era um sinal que ela estava começando a acreditar em mim, e se...? Se eu estivesse feliz de tê-la encontrado? Talvez uma parte de mim tenha desabado, mas a outra ainda estava disposta a fazer aquela discussão acabar.

– Não sei...

– Ótimo, tudo o que eu mais queria ouvir, agora se não for pedir muito. Pode me levar de volta?

– E se eu te provar? Você vai acreditar?

Ela relutou um pouco e mudou o peso do corpo pra outra perna.

– Não sei...

– Então vamos, você vai conhecer meus pais.

– Não. Peter. Espera. Seus pais?

Eu a puxei, mas ela não fez nada apenas me seguiu como se quisesse aquilo.

– É. Meus pais. Eles vão afirmar o que eu te disse.

Já no carro, eu estava disposto a tudo. E a qualquer tipo de ajuda, mesmo vindo da garota ao meu lado.

– Por que você quer minha ajuda?

– Porque... – eu estava escolhendo bem as palavras – Algo em você me diz que você não é como os outros, você é especial Rosalie, e talvez a única que possa me salvar.

– Salvar?

Oh droga, eu ia contar agora da minha maldição?

– É. Salvar. Eu não sou normal, depois daquele acidente foi jogada em mim uma maldição... Eu tenho um prazo pra poder ter o controle total de tudo o que eu faço. Os donistas passam por essa fase a cada dezessete anos. Se até lá eu não conseguir...

Minha garganta ficou seca, lembrando do que havia acontecido com meu meio irmão... Depois de tudo aquilo...

– Se você não conseguir...?

– Serei morto.


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Notas finais do capítulo

Olá leitores Lindos do meu Coração ~hehe~ Quero começar pedindo desculpaaaaaas pela demora ~se é que notaram~ bem gente, eu me perdi na história e meio que achei o capítulo chato, e me digam por favor se ficou uma coisa tipo "ata legal" preciso muito de ajuda kkkk.
Deixem Reviews se gostaram, favoritem e assim vai e obrigada a vocês que sempre me deixam comentários e a vocês que só leem *3*
Ps.: Lu, esse foi pra você ;)