A Turma M escrita por Jhlia


Capítulo 12
Capítulo XII - Vitória da Marina


Notas iniciais do capítulo

OMG! Vítor soltou uma bomba... E agora?
Nimbus + Aninha + Titi = Ciúme. Coitado...
O Cebola sente o velho sentimento de sua infância o atormentando novamente.
Eu tô fechando o cerco para alguns casais então se preparem que nos próximos capítulos o amor irá transbordar - ok... ¬¬
Por falar em amor...

P.S.: Gaby, muito obrigada pela belíssima recomendação! Ahh... E terá mais da Denise no próximo capítulo - Tenho tantos planos para ela...

Enfim, espero que gostem e boa leitura!



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Durante o primeiro intervalo as meninas estavam sentadas no banco de cimento habitual enquanto contavam as notícias e novidades.

Quando Magali anunciou o encontro que estaria por vir as suas amigas vibraram de alegria. Elas ainda não tinham conhecido o Quim, exceto a Aninha, mas já o adoravam.

Marina partilhou da alegria da amiga, pois sairia com o namorado no mesmo dia, “Eu amo tanto aquele nerd...” ela disse em meio aos sorrisos e suspiros das suas amigas. Marina e franja namoravam desde o sexto ano e continuavam juntos desde então. Já passaram por algumas dificuldades, mas sempre se mantiveram juntos. E a Mônica profetizava que um dia os dois ainda chegariam por casar.

Magali logo contou da visita que Aninha fez à padaria e da adorável companhia dela. Não teve jeito, as garotas caíram em cima da pobre elogiando o cavalheiro e, é claro, detonando o Titi, “Dá um pé na bunda do Titi, Aninha, o Nimbus é muito mais a sua cara, por favor...” chegou a dizer a Marina. A Aninha admitiu gostar da companhia do amigo, mas continuava a dizer que “o Titi, apesar de não parecer, é fofo”, o que não convenceu em nada as suas amigas. Aninha deu de ombros.

Novidades a Mônica não tinha, mas disse que esperava que logo tivesse. A Aninha e a Marina ficaram confusas e a Magali logo tratou de explicar com a maior satisfação: “A Mônica tá afim do DC!”. As duas foram só perguntas à amiga. Elas, assim como a Mônica até pouco tempo, conheciam o DC só de vista, mas tinham uma boa opinião acerca dele, “Ele parece ser muito educado... Tem cara de ser um príncipe também...” suspirava Aninha. Mônica disse que estava gostando do DC sim, mas não tinha a mínima ideia se o sentimento era recíproco ou se pelo menos teria chance. As meninas a acalmaram dizendo “quem é que não gosta de você, Mô?”.

Depois, no segundo intervalo desse mesmo dia, Mônica ia em direção à tesouraria da escola que ficava no primeiro prédio pagar a mesalidade quando deu de cara com o Vítor que vinha na direção contrária.

— Oi Mônica!

— Oi Vítor, tudo bem?

— Tudo, e você?

— Também. Vem cá, porque você saiu do projeto da biblioteca?

— Ahh... Er... Eu fiquei meio ocupado.

— Sei... Fala a verdade, Vítor.

— Eu até queria, mas não posso... Me fizeram jurar. — Ele tentou se esquivar, mas isso só aumentou a curiosidade da Mônica.

— Quem? Fala. Eu prometo que não conto pra ninguém.

Vítor olhou em volta.

— Eu realmente não posso te contar... — Mônica exibiu uma expressão de desapontamento — Mas agora eu me lembrei de uma história muito engraçada... — Vítor continuou. — Eu tenho um amigo que ele entrou para um projeto para fazer companhia a um amigo dele. Só que aí esse amigo do meu amigo começou a ficar afim de uma garota que também estava nesse projeto. Aí esse amigo do meu amigo pediu para o meu amigo sair do projeto para ele poder ficar mais à vontade com essa menina, sabe? Então ele saiu. E fim.

Mônica ficou estática. Não tinha ideia do que fazer ou falar.

— A minha única dúvida... — Vítor continuou. — É se essa tal menina também está afim do amigo do meu amigo...

Mônica parou por alguns segundos.

— Eu acho que ela está sim. — Ela disse depois de ter conseguido processar tudo o que o Vítor havia dito. Ele abriu o rosto num sorriso.

— Sério?

— Aham. — Mônica se lembrou que o sinal logo tocaria e ela não tinha pago a mensalidade ainda. — Bom, eu tenho que ir... mas manda um beijo pra esse amigo do seu amigo e diz que eu estou torcendo por ele.

— Pode deixar! — Vítor disse enquanto ia embora.

Mônica na andou até a tesouraria, ela flutuou.

⇠△⇢

O sinal da saída tinha acabado de tocar e o Nimbus correu para frente do portão para ver se conseguia ver a Aninha. Ângelo chegou minutos depois e viu a cara abalada do amigo. Ele seguiu o olhar do Nimbus e viu a Aninha e o Titi se beijando na frente do ponto de ônibus.

— Calma... — Ângelo disse enquanto deu tapinhas nas costas do Nimbus.

— ...Ele não merece ela. Não merece... — Nimbus estava inconformado.

— Eu sei. É por isso que você tem que estar por perto dela quando ela se tocar do idiota que ele é. Ela vai precisar de sua ajuda.

— É... E acho que eu também... — Nimbus sacudiu a cabeça tentando afastar a angústia. — E que sorriso é esse? — Ele disse em direção ao amigo — Parece até que tá apaixonado. — Nimbus disse fazendo o Ângelo sorrir.

— Não sei... É complicado.

— E o que não é complicado, Irmão?

⇠△⇢

Cebola estava deitado em sua cama ouvindo música. Ele olhava para o teto branco enquanto os seus pensamentos fluíam em todas as direções. Começava a pensar nos testes que viriam e para os quais precisava estudar, se lembrava da prova de português, pensava no livro de que precisava estudar para o mesmo, ponderava o alugá-lo na biblioteca, imaginava Mônica sentada numa mesa ao fundo enquanto lia um livro... “Droga!”.

Ele, apercebendo-se do rumo dos seus próprios pensamentos, se censurou e procurou ocupar a cabeça com outra coisa. Em vão. Volta e meia o sorriso da Mônica aparecia na sua imaginação sem ser convidada. E assim ele ficou. Uma hora deitado em sua cama lutando contra a própria consciência e tentando a fazer perceber que tudo aquilo não passava de uma tolice.

Cansado da batalha interna, ele se levantou da cama em um pulo e foi em direção à janela do seu quarto. Afastou um pouco a cortina que tampava por completo a vista da janela (Porém permitia que a luz entrasse) e ficou ali por alguns segundos fitando a entrada do condomínio e parte da rua que conseguia ver por cima do muro. Foi quando lá embaixo Cebola viu Mônica ir em direção ao portão. Ela estava indo para a biblioteca. Desde que o projeto tinha começado ela não via Cebola e Cascão, apenas via as suas amigas. E Cebola, mais que o Cascão, lamentava isso. Seu coração gelou e lhe faltou ar. Lutando contra as batidas do seu coração, que começaram por ficar aceleradas, ele permaneceu ali estático até perder a Mônica de vista quando ela virou a esquina.

Ele fechou a cortina e voltou a deitar-se na cama. Desta vez, dormiu.

⇠△⇢

Mônica viu Do Contra no fundo da biblioteca, “Respira Mônica...”.

— E aí, Mô! Pronta pra mais um dia? — Do Contra disse sorrindo.

— Pronta. — Ela respondeu se sentando à mesa.

— Tem quinze minutos que eu cheguei e já consegui catalogar três livros.

Mônica começou a catalogar um livro qualquer, mas depois levantou o olhar para o Do Contra.

— Bora apostar quem cataloga mais livros hoje? Se eu ganhar te faço uma pergunta.

Do Contra pareceu ponderar.

— ... Ok, mas se eu ganhar eu te faço outra.

— Fechado.

As horas se seguiram e os dois ficaram a olharem para os livros e em seguida anotarem as informações na tabela enquanto conversavam. Mônica não citou a conversa que tivera com o Vítor horas antes.

A tarde já tinha avançado quando os dois pararam.

— Quantos? — Do Contra perguntou ansioso para Mônica que segurava nas folhas de registro.

— Trinta e quatro.

— ...Trinta e sete! Ganhei! — Do Contra disse satisfeito e os dois se puseram a rir.

— É, você ganhou! O que quer me perguntar?

— Ah, é... Eu tinha me esquecido da pergunta. Bem... — Do Contra olhou em volta parecendo procurar algo. Ele parou o seu olhar segundos depois em Mônica. — Você... Er... — Ele olhou para a mesa e depois para ela novamente, mas um pouco triste. Suspirou. — Do que você tem medo? — Ele atirou as palavras de qualquer jeito como se jogasse uma bola de papel fora.

— ... Acho que da rejeição...

Do Contra sorriu para ela fingindo que havia se satisfeito com a resposta. Mônica fez o mesmo.

— Sabe... — Ela continuou enquanto recolhia os livros. — ...Eu falei com o Vítor hoje.

— Foi? E aí?

— E aí que ele me explicou porque não viria mais.

Do Contra gelou.

— E o que ele disse?

— Disse que não viria para não atrapalhar mais.

— Atrapalhar o quê?

Do Contra questionou Mônica, mas ela já seguia em direção à saída.

— Tchau, Do Contra! Até amanhã. — Ela disse por cima do ombro.

⇠△⇢

Ângelo bateu à porta do Renato e ele abriu em seguida.

— Ah, e aí, Ângelo!

— Oi, Renato!

Ângelo entrou na sala. Ele percebeu que algumas das caixas que antes ainda persistiam em não abandonar a sala desapareceram por completo. Agora seria impossível afirmar que o Renato havia se mudado há pouco tempo.

Renato arrumou o DVD na estante ao lado dos seus vizinhos e convidou o Ângelo a se sentar, que aceitou. Suco foi servido e os dois ficaram sentados na sala – Ângelo no sofá e Renato na poltrona da frente – conversando enquanto a Tv fazia som ao fundo.

Cerca de duas horas se passaram sem resistência. Os dois conversavam animadamente sobre tudo. Tinham muitas coisas em comuns: opiniões, hobbys, gostos... Ângelo ouvia as histórias do Renato com atenção e este ouvia as teorias de Ângelo. As risadas rolavam soltas e a Tv foi completamente ignorada.

Quando Ângelo deu por si, já estava um pouco tarde e o melhor era voltar para casa. Renato lamentou – Ângelo também lamentou mentalmente – E o acompanhou até a porta.

— Ah, Ângelo, tá afim de ir comigo até o Shopping depois de amanhã? Eu vou comprar um presente para um aniversário de uma amiga.

— Ok, vou sim.

— Combinado.Tchau, a gente se vê depois então!

— Tchau!

⇠△⇢

— Strike! Perdeu, senhor Guilherme Pereira!

Na enorme sala de boliche estava cerca de umas quarenta pessoas. O barulho era caótico. Marina e Franja estavam em uma das pistas do meio.

Marina andou na direção de Franja que já pegava outra bola para tentar uma jogada. Ela se posicionou atrás enquanto observava o Franja que avançava e se inclinava atirando a bola à frente.

— Vai, vai, vai... Aff! — Ele lamentou a péssima jogada.

— Três pinos... — Marina disse sorrindo para o namorado que se aproximou e a segurou na cintura puxando-a para mais perto de si — Ainda tô ganhando...

— Não, eu é que tô ganhando.

Ele fitou os olhos dela e depois aproximou o seu rosto do dela. Agora estavam tão próximos que podiam ouvir a respiração um do outro. Ele afastou uma mecha de cabelo que caía um pouco sobre o rosto dela e a beijou. De repente o barulho cessou. Toda a sala de boliche esvaziara. Agora apenas os dois estavam sobre a pista de madeira encerada. O beijo aquecera os dois.

Franja afastou – relutantemente – a sua boca da de Marina e agora apenas a segurava contra o seu corpo.

— Quero revanche... — Ele disse.

Marina o presenteou com o melhor sorriso que possuía.

— Mas sabe muito bem que eu vou te derrotar de novo. — Ela falou enquanto se desvencilhava dos braços de Franja.

— ...Você sempre me derrota, Marina Paiva.


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Notas finais do capítulo

Awm que fofo :3
E então o que estão achando?
Muito amor virá nos próximos caps, então se segurem românticas de plantão.
Me digam do que vocês estão gostando e qual os seus casais favoritos
Beijocax



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