We Found Love (HIATUS) escrita por Mayy Chan


Capítulo 10
Décimo terceiro dia - Restaurante.


Notas iniciais do capítulo

Então, eu sei que eu estou atrasada. O motivo disso? Minhas recomendações foram excluídas e isso simplesmente acabou com a minha vontade escrever e continuar essa estória. Pensei altamente em desistir, apagar, esquecer que eu já tinha a escrito um dia. Mas o que me manteve escrevendo? Meu melhor amigo me disse pra dar a vocês mais uma chance, porque isso não deveria me afetar. É claro que demorou pra eu concordar, mas no fim ele estava certo e eu voltei huehe.
Obrigada pelas pessoas que se mantém firme e forte comigo, e me desculpa por quem ficou chateado com a demora 'u'
Bye bye, Mayy



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Os últimos dias foram o que eu melhor posso especificar de inferno pessoal, com todas aquelas obrigações executivas que vinha sendo obrigado a participar pelo meu pai. Acho que ele nunca entendeu realmente a ideia de ter férias, muito menos a de ser feliz.

Há uma semana em torno, ele me colocou pra engatar um namoro falso com Drew Tanaka, uma das filhas de um de seus clientes mais fiéis e, por mais que a menina não fosse realmente uma megera, foram os dias mais entediantes da minha vida. É claro que ela também não gostava da ideia, entretanto me disse que não queria dar mais motivos pro pai tratá-la como uma invisível qualquer.

Entrei no quarto no quarto onde estava hospedado e já pude começar a ouvir as conversas avulsas dos infelizes que estavam dividindo a hospedagem comigo. Há alguns dias que nenhum de nós estava realmente animado com alguma atividade imposta pelo hotel. Como vínhamos para Miami só porque ficar em casa sozinho deve ser crime, os nossos atenciosos pais fizeram o favor de não pensar muito sobre os riscos do tédio.

Bufei enquanto ouvia os suspiros de chateação do resto das pessoas. Piores. Férias. Da. Minha.Vida.

— Eu não acredito que tem como sentir tédio em Miami.

— O pior é que as meninas devem estar se divertindo.

— Meninas sempre se divertem até no banheiro. Eu só gostaria de saber o que elas fazem lá dentro. Imagina se nós fossemos os primeiros caras a descobrir? Cara, isso ia gerar uma grana até razoável.

— É claro que elas vão ficar fofocando, idiota. Isso é o que elas fazem em 99,9% das vezes.

Esfreguei as mãos na cara com força, querendo que, ao invés de Luke e Nico ficarem discutindo que nem duas maricas, um deles realmente tivesse uma ideia legal pra poder acabar com esse clima entediante. Mas, claramente, isso é uma coisa que não vai acontecer com essas duas mentalidades fracas.

Foi quando, olhando para o console do videogame, foi como se uma lâmpada acendesse na minha cabeça. Cara, como eu não pensei nisso antes?

— Cara, é isso! Tive uma ideia.

— Fala.

— Meninas e fofoca. Isso é simplesmente genial.

— Está sugerindo que nos transformássemos em travesti e sair andando por aí? — manifestou Charles irônico.

— Não, cara. Por que a gente não chama as meninas pra uma partida de "Verdade ou Consequência"?

— Credo, cara, que brincadeira de menininha.

— Cara, pensa. É a sua provável única chance de ter um lance com a Beauregard.

Isso provavelmente faria o Beckendorf pensar duas vezes antes de recusar. É bem óbvio que, por trás daquele ódio falsamente mortal que ele sentia pela garota, o amor era o sentimento que andava o dominando. Pensando bem, acho que é impossível realmente odiar Silena. Por mais que ela seja meio... animada demais, é simplesmente impossível nutrir um sentimento de aversão real.

Fiquei olhando vagamente para o quarto azulado, quando a porta alva foi aberta por um grupo de meninas com feições risonhas e uma garrafa de um refrigerante mais nojento de toda a história. Thalia não fazia o mínimo esforço pra tentar esconder o seu sorrisinho lateral de quem quer aprontar, mas aparentemente apenas eu o notara.

— Vamos começar logo esse jogo ou eu vou ter que fazer vocês admitirem que não passam de um grupinho de maricas problemáticas?

Revirei os olhos pra Clarisse. É claro que ela não sabia guardar os seus sentimentos pra si mesma, com aquela pose de quem está a ponto de quebrar o nariz do próximo infeliz que ousar atravessar o seu caminho. Não que eu duvide que ela realmente pode fazer isso, — na verdade até acredito mais do que deveria — mas simplesmente não consigo me acostumar com aquela pose de "eu posso tudo".

Annabeth se sentou ao lado da minha mais nova gatinha e começou a acariciá-la com FatLouie aos seus pés. Não sei como essa menina consegue sentir um afeto tão grande por um animal e depois tratar as pessoas como se elas simplesmente não fossem dignas do oxigênio.

Desde ontem ela vem me ignorando pra valer. Não que isso me seja surpresa, porque a Chase não é do tipo de menina que fica puxando assunto, mas sempre que a fazia uma pergunta era respondido com alguma frase com menos de dez palavras. Nem quando abordei o assunto da última Revolução Russa, um dos seus assuntos prediletos na atualidade, logo atrás de gatos e me dar cortes.

Suspirei e, sentando, bati a mão da colcha da cama pra que ela entendesse que era pra sentar do meu lado. Ela respondeu ao meu pedido, contudo não me parecia muito animada pra fazer nada. Coloquei a minha mão direita sobre o gato e ele aproveitou o carinho, o que devia significar que o impossível FatLouie, um dos gatos mais pesados que eu já conheci, finalmente estava me aceitando mesmo com o fato de eu ser um homem.

Cada vez que a sua mão encostava levemente na minha, era como se uma corrente elétrica atravessasse todo o meu corpo, mas tinha que fazer o máximo pra não deixar claro o que realmente estava sentindo. Senti a sua mão tocar a minha intencionalmente e, virando meu rosto pra ela, a peguei de leve.

— Eu não quero participar. — sussurrou.

— Vamos pra outro lugar, então.

— Só quero que você me faça sumir daqui, pode aproveitar o jogo.

— Sem a pessoa que eu queria cumprir a minha consequência não tem graça. — sorrio de lado, o que faz com que ela me dê uma pequena gargalhada.

— Você pode ser legal as vezes, Jackson. — indagou bem baixinho enquanto saíamos do quarto.

Fomos andando para o restaurante do hotel, pegamos alguns doces e nos sentamos lado a lado em uma das mesas. Não era como se algo tivesse mudado, pois ela ela ainda mantinha mais distância de mim do que gostaria. Sorri levemente e tirei o gato dos seus braços.

— Vamos lá, você não pode estar tão desanimada assim. Me conta o que houve.

Ela colocou o cabelo do outro lado do ombro e, me olhando de soslaio, soube que as coisas estavam piores do que geralmente.

— Minha mãe falou comigo. Eu nunca tinha pensado nisso, mas FatLouie já tem doze anos e semana passada, quando eu entrei no petshop aqui perto, eles me disseram que ele está com uma infecção pulmonar por causa da idade. — as suas palavras eram calmas, mas podia notar medo no seu meio.

Puxei-a pro meu lado, atravessei meus braços pelo seu pescoço e beijei o seu cabelo. Poderia ser uma perda de tempo, entretanto naquela hora simplesmente não consegui imaginar forma melhor de confortá-la. Não, simplesmente não poderia deixar que isso acontecesse com a única coisa que a mantém humana.

— Acho que eu tenho uma ideia, Annie.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, my amoritwas *u*
Não se esqueçam dos meus reviews, okay?
XOXO, Mayy