Pov's Hazel
Forcei um breve sorriso aos meus tios que pareciam dois bobos, o que era engraçado mas ao mesmo tempo estranho.
– Er...podemos entrar?- perguntei.
– Ainda não, temos que esperar uma pessoa- Poseidon disse sorrindo.
– Quem?- perguntei.
– A Annabeth, a festa é pra vocês duas, hoje ela recebeu alta do hospital. Está vindo direto pra cá- ele respondeu animado.
– A Annabeth é aquela loira amiga do Nico?- perguntei.
– Ela mesma- Nico afirmou.
– E porque ela estava no hospital?- perguntei.
– Ela sofreu um acidente, é uma longa história- papai disse.
– Agora ela faz parte da família. O seu tio Poseidon deu uns pegas na mãe dela e acabou casando- disse o tio Zeus, o que deixou Poseidon um pouco corado.
– Eu não dei uns pegas na mãe dela, tá?! Eu e Atena namoramos sério e...ah olha só aí estão eles- tio Poseidon disse no momento em que um carro estacionou em frente á casa. A porta do motorista se abriu e uma mulher alta, que só podia ser Atena, a mãe da Annabeth, desceu. Não lembro de tê-la conhecido na época em que vinha pra cá, mas seu rosto me era um pouco familiar, talvez porque Annabeth se parecesse bastante com ela, ela era muito bonita, tinha cabelos pretos e olhos cinzas como os da Annabeth e a mesma feição, estava usando um macacão com estampa floral, através do macacão dava pra percerber sua barriga um pouco maior que o comum, o que me fez perguntar se ela estava grávida. Atena deu a volta no carro e veio até nós.
– Vocês demoraram- disse Poseidon após dar um selinho nela.
– Desculpe, a Annabeth achou melhor passarmos em casa primeiro- ela explicou- O que rendeu mais uma discussão dela com o Percy, esses dois não cansam.
– Nem me fale- tio Poseidon disse e riu. Atena olhou pra mim e sorriu.
– Você deve ser a Hazel, é um prazer conhece-la- Atena disse sorrindo e eu sorri de volta.
– Igualmente- disse sorrindo. A porta do passageiro se abriu e um garoto desceu, era impossível não reconhe-lo, meu primo Percy não havia mudado muita coisa desde da última vez que nos vimos pessoalmente, apenas o corte do cabelo e é claro, estava um pouco mais velho.
– Eu consigo descer sozinha, Percy!- escutamos uma voz feminina falar de dentro do carro, só podia ser a Annabeth.
– Mas Annabeth, você pode cair!- Percy disse.
– Percy, minhas pernas estão funcionando bem, obrigado- retrucou Annabeth ainda dentro do carro.
– Mas e se você se machucar?- perguntou Percy.
– Eu não vou, cabeça de alga.
– Percy larga de frescura e deixa logo a Annabeth descer, a gente não aguenta mais ficar aqui fora- disse Nico e Percy revirou os olhos e saiu do meio da porta. Annabeth desceu, também não havia mudado muito desde da última vez que nos vimos, seus cabelos loiros estavam amarrados em um rabo de cavalo, em seu rosto havia apenas um leve arranhão no queixo, e ela andava mancando um pouco, acho que era por conta do acidente.
Annabeth andou até nós, com Percy ao seu lado parecendo mais preocupado que Atena.
– Annabeth!- Poseidon exclamou e deu um abraço forte dela.
– Er...Poseidon, ainda dói um pouco, dar pra abrançar menos forte?- ela pediu e ele riu.
– Tudo bem, desculpe. Estou muito feliz por você ter recebido alta- tio Poseidon disse animado e ela sorriu.
– Obrigada- ela disse e me olhou- Ah oi Hazel, desculpa te fazer esperar.
– Sem problemas- falei sorrindo e ela me deu um abraço, o que me deixou um pouco surpresa.
– É muito bom você está aqui.
– Obrigada- agradeci sorrindo.

Eu e Annabeth entramos juntas já que a festa era pra nós duas, com o resto do pessoal que estava lá fora mais atrás de nós.
– BEM VINDAAAS- me assustei com o grito e a quantidade de gente que estava ali.Tinha uma faixa enorme dizendo "Bem vindas Hazel e Annabeth". Reconheci ali algumas pessoas da família, havia alguns que eu não reconhecia, outros que eu nem fazia ideia de quem era, mas mesmo assim eu fui praticamente obrigada pelo meu pai á falar com todos, eram tantos nomes que eu me sentia totalmente confusa, apenas cumprimentava as pessoas e forçava um sorriso ao responder as perguntas que me faziam, eu apenas queria fugir pro quarto vazio mais próximo e me esconder lá, tudo era muito novo e estranho pra mim, confesso que me sentia meio deslocada. A família dançava loucamente com a música que tocava, eu me perguntava se um dia iria me acostumar e até mesmo me juntar á eles, mas no momento apenas queria ficar sozinha.

Assim que pude, fugi para um dos quartos vazios, entrei em um que parecia ser uma espécie de quarto de empregada, me sentei na cama pensativa, todo o meu mundo havia virado de ponta cabeça á algumas semanas atrás, desde de então eu vivia angustiada por conta da minha mãe, tinha um enorme medo de perde-la ou dela ficar louca pra sempre e nunca mais me reconhecer, o que também era horrível. Eu estava bastante feliz por terem preparado essa festa pra mim, mas não pudia deixar de pensar na minha mãe, enquanto eu aproveito aqui, ela está em uma clínica, provavelmente sendo entupida de remédios que podem gerar efeitos colaterais irreversisveis, ela pode até ficar pior do que está. Eu só queria poder voltar no tempo, na época em que eu era criança e mamãe me levava no parque pra brincar ou quando ela me ajudou á andar de bicicleta quando ela nem mesmo sabia, sentia muito a falta dessa época, a época em que sua mente estava sã. Soltei um suspiro tentando não chorar, a porta se abre devagar e Nico enfia a cabeça por ela.
– Ei, você está aí- ele disse sorrindo e entrou fechando a porta- Procurei você pela casa toda. Por que está aqui sozinha quando deveria estar aproveitando a sua festa?
– Eu...só estou descansando um pouco.
– Não minta pra mim, Hazel- ele disse se sentando ao meu lado- Eu sei que está assim por causa da sua mãe.
– Como pode saber?- perguntei um pouco confusa.
– Porque eu também já passei por isso, Hazel. Quer dizer, foi apenas dois dias, mas eu sei o que é essa angústia que você sente. Como se a qualquer hora ela fosse partir- ele disse, pude perceber um pouco de tristeza em sua voz.
– Exatamente isso- concordei assentindo.
– Contudo meu caso é bem diferente do seu, Hazel. Minha mãe estava á beira da morte, os médicos foram sinceros quanto á isso, pouca chance de recuperação. Mas, você...sua mãe ainda está viva.
– E provavelmente não vai me reconhecer pelo resto da vida.
– Não seja pessimista, Hazel. Ela ainda pode se recuperar- ele disse com tanta confiança que eu até podia senti-la. Ele não estava tentando me animar, ele realmente acreditava naquilo, talvez porque sabe o quanto é horrível perder a mãe e não queira o mesmo pra mim.
– Eu espero que sim- falei e soltei um suspiro.
– Quero que saiba que eu estou aqui pro que você precisa.
– Obrigada.
– E a família também, nós vamos estar sempre do seu lado independentemente do que aconteça. Eles podem parecer malucos e bastante estranhos, mas todos eles tem um coração enorme, quando a mamãe morreu, eles me ajudaram muito, ao papai e á Bianca também- ele deu um leve sorriso- Estou querendo dizer que você pode contar comigo e com eles sempre. Você faz parte da família Olympus, e nós nunca deixamos um membro da família na mão.
– Obrigada, de verdade mesmo- agradeci dando um pequeno sorriso.
– Mesmo que eu e você não tenhamos tanta convivência, eu amo você. É a minha irmãzinha, é minha obrigação cuidar de você- ele disse bagunçando meu cabelo.
– É, eu lembro como você sempre era super protetor quando eu vinha pra cá nas férias- eu disse e ele riu fraco- A Bianca também, eu mal aguentava vocês dois.
– A Bia é super protetora mesmo, acho que aprendi com ela, sabe? E quando você vinha pra cá eu sentia que era minha obrigação protege-la, da mesma maneira que a Bianca fazia comigo.
– Só não exagere- pedi.
– Pode deixar- ele disse me abraçando- Vou estar sempre do seu lado, maninha, se precisa conversar, eu vou estar sempre no meu quarto...mas bata na porta antes de entrar porque eu posso estar com a Thalia lá, sabe.
Eu rir.
– Por falar nela, como vocês começaram á namorar em?- perguntei.
– Longa história- ele disse- Quando tiver tempo eu te conto, ok?
– Ok- assenti.
– Ah e desculpa.
– Desculpa pelo quê?
– Pela quantidade de garotos que eu vou expulsar de perto de você- ele disse e eu rir.
– Ah deuses- falei- Vou tentar me acostumar com mais um pai e mais uma mãe.
Ele riu.
– Pro seu bem é bom que consiga- ele brincou sorrindo- Agora vamos.
– Pra onde?
– Voltar pra festa, ué. Você vai se divertir, eu juro pelo rio Estige- ele disse se levantando.
– Está bem- eu disse me levantando também.
– Lembra do Léo?
– Aquele que parece com um elfo do papai Noel?
– Ele mesmo!
– O que tem ele?
– Você tem que ver ele dançando, tenho certeza que irá rir muito.
– Bem, se você diz- falei enquanto nós saíamos do quarto.
Eu e Nico voltamos pra festa e fomos pro quintal onde a maior parte das pessoas estavam dançando, inclusive...meu pai.
– Ah deuses- murmurei. Acho que ficarei traumatizada pelo resto da vida com essa visão, meu pai dançando Living La Vida Loca sem camisa junto com o tio Zeus e o tio Poseidon.
– Com o tempo você irá se acostumar com isso, acredite, eu já me acostumei- Nico disse.
– Acontece isso em toda festa?
– Na maioria delas- ele respondeu.
– Minha santa Hecate!- exclamei.
– REMEXE ESSE TRASEIRO, ZEUS!- Poseidon gritou enquanto tentava sem sucesso rebolar, acho que tava tentando imitar o Rick Martin, mas parecia mais uma lombriga.
– ZEUS NÃO TENHO O REMELEIXO- papai gritou e riu.
– EU REBOLO MELHOR QUE VOCÊS DOIS, RECALCADOS- tio Zeus gritou rebolando mais ainda.
– É impressão minha ou meu pai chamou meus tios de recalcados?- Thalia perguntou se juntando á nós.
– Não, não é impressão- Nico respondeu.
– Era o que eu temia- ela disse e logo depois riu fraco- Bem, vim chamar vocês pra se juntar ao pessoal. Estão todos doidos pra rever você, Hazel, lembra deles?
– Lembro da maioria- respondi.
– Ótimo, então se prepare pra revê-los e conhecer gente nova. Vem- Thalia sorriu e começou á me puxar me fazendo segui-la enquanto Nico vinha mais atrás de nós.

Fomos até um grupo de adolescentes que eu reconhecia, bem pelo ou menos a maioria. Léo não havia mudado muito coisa e continuava praticamente do mesmo tamanho e do mesmo jeito brincalhão. Já meu primo Jason, ele sim havia mudado bastante, estava mais alto e mais forte, um pouco sério também, só não sabia dizer se ele era sempre assim ou havia acontecido algo. Pra falar a verdade a maioria não havia mudado quase nada na aparência, muito menos no jeito, continuavam os mesmos loucos de que eu me lembrava.
– Caramba Hazel, você pode não ter crescido em tamanho, mas com certeza tá mais bonita- Léo disse.
– Er...obrigada- agradeci meio sem jeito.
– Ei, sem gracinhas pro lado da Hazel. To de olho em você, Valdez- Nico disse e Léo ergueu as mãos.
– Calma, só to elogiando sua irmã, queria que eu á chamasse de baranga?
– Não...mas ainda to de olho em você. E em você também, Luke.
– Eu? Mas eu não disse nada- Luke disse. E Thalia riu.
– Todos nós sabemos que Hazel não é a irmã por quem Luke está interessado- Piper disse e Luke corou.
– Eu e a Bianca não temos nada- ele disse.
– Eu não falei que era a Bianca, você que tá se entregando- Annabeth disse e todos nós rimos da cara super vermelha do Luke e da Bianca.
– Own que fofos, ficaram vermelhos- Percy disse sorrindo, ele estava abraçado com a Annabeth que havia colocado a cabeça no ombro dele.
– Tão fazendo cosplay de pimentão é?- Léo perguntou e riu.
– Cala a boca, Valdez. Não pense que eu esqueci o que você fez com meu teto- Luke disse e eu fiquei confusa.
– Que teto?- perguntei.
– É que Luke tem uma fixação maluca pelo teto do carro dele- Thalia explicou.
– Já tentamos explicar pra ele que é só um teto e...- Jason começou á falar.
– Não é só um teto, é O teto. Quantas vezes terei que repetir isso?
– Er...muitas vezes- respondeu Piper. Luke ia responder quando Léo deu um grito quando começou á tocar a música Bang Bang.
– É A MINHA MÚSICA!- ele berrou, pensei que só eu havia achado aquilo estranho, mas pelo visto, não era a única, todo mundo olhou pro Léo tipo "Oi?"
– PERCY E LUKE, MEUS PARÇAS VENHAM DANCEM COMIGO. EU SOU A NICK MINAJ!
– Er...- os dois ficaram com uma cara tipo "É alguma pegadinha?".
– LUKE VOCÊ É A JESSIE J, E PERCY VOCÊ É ARIANA GRANDE! VENHAM!- ele começou á puxar os dois.
– Mas eu queria ser a Jessie J- Percy reclamou enquanto seguia Léo.
– VAI LÁ, CABEÇA DE ALGA- Annabeth gritou e riu.
– Preciso gravar isso- Nico disse tirando o celular dele do bolso.
Os meninos foram pro meio do quintal.
– ABRAM ALAS QUE AS DIVAS VÃO DANÇAR!- Léo gritou e todos se afastaram- VAI LUKE!
Eu juro que pensava que Luke não faria isso e sairia correndo, mas surpreendentemente assim que a Jessie J começou á cantar Luke á acompanhou com uma dancinha que devo dizer, não foi lá muito masculina. Todo mundo começou á rir enquanto os três dançavam o refrão.
– Cara, eu não sabia que esses três tinham tanto talento pra dança- Thalia disse e riu.
– Nem eu- Annabeth concordou.
– ARRASEM, BICHAS!- Nico gritou enquanto gravava.
– BANG BANG NO MEU QUARTO DEPOIS EM!- Chris gritou.
– VAI LÁ PERCY, AGORA É CONTIGO!- Léo gritou e Percy começou á dançar de uma forma muito, muito estranha o que me fez rir mais ainda. Tava tudo ótimo até que meu pai e meus tios decidiram entrar dança.
– Ah minha nossa senhora da coca cola com mentos- Jason murmurou ao meu lado e eu rir. Tio Zeus jogava os "cabelos" de um lado pro outro se sentindo uma diva pop, já Poseidon dançava em dupla com Percy, parecendo Madonna e Britney Spears, Léo não estava muito diferente deles e meu pai tentava cantar a música mas não parecia saber muito a letra além do bang bang.
– VAMOS LÁ TIO SUQUINHO, BOTA A CARA NO SOL, MONA!- Léo gritou e ele e meu pai começaram á cantar...ou melhor, tentar cantar a parte da Nick Minaj, bem, digamos que eles não tiveram lá não tiveram muito excito nisso, mas o pessoal pareceu adorar e bateram palmas enquanto se acabavam de rir. Léo parecia mais uma lombriga pegando fogo dançando o que era engraçado, já meu pai..bem...não tinha uma desenvoltura muito boa pra dança. Mas nenhum deles dois pareceram se incomodar, dançavam como se não houvesse amanhã. Ao fim da música todos mundo aplaudiu e gritou.
– EU SEI, EU SEI, EU DIVO!- disse Léo e nós rimos.
– Só que não né. Eu divo mais- Luke falou.
– Epaaaa, quem diva aqui sou eu, tá?!- falou Percy.
– Podem parar vocês três, como ancião dessa família, eu que divo mais!- tio Zeus disse com a cara mais séria do mundo.
– Ah que injustiça Zeus, só porque você é o mais velho isso não significa que seja o mais divo- tio Poseidon protestou.
– É, eu como o mais novo é que deveria ser o mais divo, sou o mais conservado- meu pai disse. Ah deuses...essa família é mais maluca do que eu pensava.
– Olha aqui, querido...- tio Zeus começou á dizer fazendo gestos muito...er...não masculinos.
– Vocês querem fazer o favor de parar, isso tá ficando muito...estranho- Thalia interrompeu a breve discussão- Vamos continuar a festa.
– Isso aí. SOM NA CAIXA DJ!- tio Zeus berrou e Fancy começou á tocar- I'M SO FANCY.
– Alguém deu alguma droga pro meu pai e eu não to sabendo?- perguntou Thalia se virando pra nós.
– Acho que a pergunta vale pra mim também- Nico disse.
– Sei lá, mas ele ficou mais solto depois que se separou da vaca da Hera- Annabeth disse.
– Tio Zeus se separou?- perguntei.
– Pra nossa alegria sim- respondeu Annabeth.
– Papai não te contou?- Nico perguntou.
– Não- respondi.
– Ih tá por fora- ele disse.
– Quem tá por fora?- uma garota alta de longos cabelos pretos e olhos da mesma castanhos escuros chegou com um sorriso no rosto. Ela não me era muito estranha, talvez já a tivesse visto e não me lembrava.
– Hey, Reyna!- Percy exclamou sorrindo e deu um breve abraço nela- Que bom que veio.
– Eu não podia perder, ué. Annabeth, está melhor?- ela perguntou.
– Sim, bem melhor- Annabeth respondeu sorrindo.
– Oi Reyna- Léo disse sorrindo mas me parecia um pouco nervoso.
– Oi Léo- a tal da Reyna respondeu um pouco fria, acho que não fui a única á notar, por todos pareceram confusos tanto quanto eu por ela mudar de humor tão rápido.
– Er...Reyna, lembra da minha irmã?- Nico perguntou cortando o breve silêncio.
– Pra ser sincera, mais ou menos.
– Acho que posso dizer o mesmo- falei e nós duas rimos.
– Bem vinda á Nova York- ela disse sorrindo amigável.
– Obrigada- agradeci.
– Então o que eu perdi?- Reyna perguntou sorrindo.
– Ah...você nem imagina- Nico respondeu dando um sorriso de lado e começando á contar pra Reyna da dancinha dos meninos.

Pov's Bianca
(n/Bianca: As filhas de Hades dominando os pov's hoje) (n/Hazel: nós divaaa, manaa) (n/Annabeth: O certo é "nós divamos") (n/Hazel: Dane-se!) (n/Annabeth: Olha aqui querida...) (n/Bianca: CHEGA! Vaza do meu pov Annabeth. Você também Hazel) (n/Hazel e Annabeth: Ok né). Enquanto Nico e os outros contavam pra Reyna a constrangedora dança dos "homens" (pelo ou menos eles se intitulam assim) da família Olympus, eu decido ir pegar algo pra beber, como sempre ninguém percebeu, em geral eu ficava mais na minha que quando me afastava nem percebiam.

Caminhei até a mesa que Persefone havia preparado cheia de comidas e bebidas, era toda decorada com vários tipos de flores do seu jardim, ela é meio maluca por flores e as usa em vários tipos de decoração, por mais que eu tentasse nunca decoraria o nome das flores do seu jardim, eram nomes demais para decorar. Peguei um copo vermelho de plástico vazio tentando me decidir entre o ponche ou coca cola.
– Se eu fosse você escolheria o ponche, está uma delícia- disse uma voz ao meu lado, e eu levei um breve susto me virando pro dono da voz, que era Luke. Ele tinha um sorriso meio tímido, seus olhos azuis não paravam quietos, olhando pra mim e para o chão, como se estivesse realmente com vergonha, o que definitivamente não fazia o seu jeito. Não sabia dizer se ele estava fingindo ou não.
– Er...obrigada pela dica- agradeci um pouco educada demais e coloquei um pouco de ponche no copo.
– Prova- ele incentivou ainda fazendo o jeito tímido. O que aquele garoto tinha afinal?
– Não foi seu pai que fez esse ponche não, né?- perguntei desconfiada.
– Não, meu pai nem chegou perto do ponche, nem eu...nem o Chris, juro pelo rio Estige- ele assegurou e eu assenti bebendo um gole.
– Está realmente bom.
– Eu disse- ele falou dando um sorriso um pouco mais aberto.
– É, e estava certo. Agora acho melhor eu voltar pra onde nossos amigos- falei me virando com um pouco mais de pressa e começando á andar.
– Bianca espera- Luke chamou, eu podia continuar andando fingindo que não escutei mas não sei porquê eu me virei tentando não parecer nervosa.
– Que foi?- perguntei e ele andou pra mais perto de mim com as mãos no bolso.
– Eu...hum...queria conversar com você- ele disse um pouco nervoso e receoso.
– Não temos nada que conversar, Luke. Acho que tudo queria conversar, você disse nos nossos sete encontros- disse um pouco sarcástica e Luke pareceu vacilar.
– Olha, eu sei que eu fui idiota. Por favor, me dar só dez minutos pra conversar- ele pediu.
– Luke, eu...eu não sei.
– Eu juro pra você que eu não vou jogar nenhuma das minhas frustações nos seus ombros. Eu só quero conversar, te explicar, já que você não responde minhas mensagens, nega meus pedidos pra sair e simplesmente me ignora desde do nosso último encontro.
– Você quer dizer, desde daquele desastre, não é?
– Eu pedi desculpas.
– Tanto faz.
– Conversa comigo, por favor, só por dez minutos- ele praticamente implorou.
– E sobre o que quer conversar?- perguntei arqueando as sobrancelhas.
– Sobre nós dois- ele disse firme.
– Não existe um nós dois, Luke.
– Eu sei- ele disse um pouco triste- Topa conversar comigo?
– Hum...eu...er....- balbuciei um pouco pensativa enquanto Luke me olhava cheio de expectativa- Tá, tá, tudo bem. Mas só dez minutos, em!
– Será o suficiente- ele disse sorrindo- Pode ser em um lugar mais calmo?
– Tá exigindo demais.
– É só porque aqui tem muito barulho e...pessoas.
– Ok, vamos pro meu quarto, mas se você tentar alguma coisa, eu juro que bato em você- falei firme o que o deixou surpreso, ele se limitou em assenti.
– Está bem.
– Vamos- falei fazendo menção pra ele me seguir enquanto ele me seguia

Enquanto caminhávamos pelo corredor vazio do andar de cima, dei uma rápida olhada pra Luke que parecia mais seguro já que eu havia aceitado conversar com ele, se eu fosse ele não ficava tão seguro assim, eu ainda ressentia o que acontecera entre nós no nosso último encontro. É, talvez eu tenha omitido um pouco os fatos da Thalia e do Nico, o real motivo de eu ignorar seus inúmeros convites pra sair.
FlashBack ON
Eu e Luke caminhávamos pela praça praticamente deserta aquela hora próxima a lanchonete em que tínhamos comido. Eu simplesmente não conseguia me concentrar em suas palavras, ele falava alguma coisa sobre seguro pro teto do carro dele...é eu sei, isso é estranho, pessoas normais fariam seguro pro carro, e não pro teto dele.
– Eu sei que vai custar caro, mas...
– Que tal nos sentarmos ali?- perguntei cortando Luke e apontando pra um banco que ficava em frente á uma fonte que não funcionava mais.
– Está bem- ele concordou andando até o banco e se sentando. Sentei ao seu lado fitando a fonte com uma estátua de uma sereia e peixinhos ao seu redor, era bonita mas precisava de cuidados.
– Bela fonte- comentei.
– Seria melhor se funcionasse- ele disse.
– É- concordei assentindo.
– Então como eu ia falando...
– Luke já entendi sobre o seguro pro teto, tá?- falei tentando não ser grossa.
– Que bom, poderia falar isso pro meu pai? Ele não parece entender- ele disse e eu suspirei.
– Acho que ele apenas acha isso estranho, qualquer pessoa acharia.
–É, talvez seja isso- ele disse dando os ombros- Você é uma ótima companhia, sabia?
– Você acha?- perguntei.
– Sim, e uma pessoa muito agradável- ele disse.
– Obrigada- agradeci com um leve sorriso.
– De nada- ele falou sorrindo e se aproximou mais de mim e me beijou, o beijo não demorou nem dez segundos e se afastou logo com uma breve careta, o que me deixou confusa. Já havíamos nos beijado antes, e isso não acontecera nenhuma vez.
– Algum problema?- perguntei confusa e ele negou com a cabeça.
– Nenhum, nenhum- ele negou, mas não parecia estar falando a verdade. Soltei um suspiro.
– Você estava pensando nela, não é?
– Nela quem?
– Você sabe de quem eu estou falando, Luke- disse.
– Não estava pensando na Thalia, quero dizer, talvez um pouco.
– Talvez um pouco?- questionei.
– É- ele assentiu e eu fitei a fonte, pensativa. Estava difícil sair com o Luke desse jeito. Eu tentava, mas tava difícil, aquela situação estava começando á me incomodar.
– Luke?
– Sim?
– Se eu te fizer uma pergunta, promete ser sincero?
– Er...sim.
– Você acha que um dia vai chegar á gostar de mim?- perguntei e Luke me olhou como se eu acabara de fazer uma pergunta completamente idiota e soltou um riso.
– Por que pergunta isso?
– Porque eu quero saber, estamos saindo á mais ou menos um mês e você quando você não esta falando do seu teto, você fala da Thalia. Gostaria de saber se você está saindo comigo porquê quer algo sério, ou se eu sou apenas uma boa ouvinte que beija bem.
– Não sabia que você estava levando isso á sério.
– E não era pra levar?
– Não! Pensei que você quisesse apenas me ajudar, sei lá - ele disse dando os ombros.
– Pensei que você estava me convidando tanto pra sair porque gostava de mim.
– Eu gosto de você, mas não "daquele jeito", como eu disse, você é uma boa companhia e uma pessoa agradável- ele disse, aquela altura eu estava á ponto de chorar, porém estava me segurando- Quero dizer, não me leve á mal mas você não faz meu tipo.
– Não faço seu tipo?
– É, meu tipo é mais...mais...
– Mais a Thalia, não é?
– Tipo isso- ele disse e eu revirei os olhos- Não estou dizendo que é ela, estou dizendo garotas como ela. Você é muito diferente disso.
– Diferente?
– É, você uma garota normal, como as outras. Nada que realmente me chame atenção- ele disse dando os ombros.
– Você mal me conhece, mal me escuta quando estamos juntos. Como pode achar que me conhece?
– Não precisa ficar brava, só disse que você não faz meu tipo.
– Tudo bem, Luke, já entendi.
– Não fica magoada,Bianca. Você pediu que eu fosse sincero, e eu estou sendo.
– Você é um idiota, isso sim!- falei me levantando- Não sabe como tratar uma garota. Agora dá pra entender porque a Thalia preferiu o Nico.
– Ei, eu apenas fiz como você pediu- ele disse e eu revirei os olhos e comecei á andar pro mais longe dali- Aonde você vai?
– Embora, enquanto ainda me resta um pouco de dignidade- eu disse andando mais rápido.
– ESPERA- ele gritou mas eu não parei e pude ouvir seus passos atrás de mim- Eu te levo em casa.
– Não precisa, por que não recupera o tempo que perdeu comigo e vai atrás de uma garota que faça seu tipo?
– Olha...
– CALA A BOCA E ME DEIXA!- gritei e sair correndo- E NEM PENSE EM ME SEGUIR.
Corri pro mais longe dali, Luke não me seguiu, ainda bem, não queria vê-lo nem pintado de ouro. Como fui me envolver tanto? Eu me sentia uma boba, uma idiota. Só queria sair dali e ir pra casa o mais rápido possível
Flash Back OFF

Sai de meus devaneios parando na porta do meu quarto e abri entrando e Luke entrou logo atrás de mim.
– Fala logo o que quer- falei fechando a porta e me virando pra ele bebendo um gole do ponche.
– O que eu quero? Primeiro, quero te entender.
– O quê?!
– Eu pedi desculpas, você disse que tava tudo bem, mas depois simplesmente passou á me ignorar e recusar todos os meus convites, não responde minhas mensagens, e eu sei que você visualiza, também não atende minhas ligações.
– Eu disse que te desculpava. Há uma grande diferença em desculpar e em ficar tudo bem.
– Então você me desculpa mas não quer nenhum contato comigo?- ele perguntou com uma expressão confusa no rosto.
– Exatamente isso- confirmei assentindo.
– Olha eu sei que eu fui um pouco idiota e...
– Um pouco?- perguntei sarcástica inclinando levemente minha cabeça e Luke suspirou.
– Tudo bem, fui muito idiota.
– Melhor agora. Posso voltar pra festa?
– Não! Não te chamei aqui pra falar o quanto eu fui idiota- ele disse sério.
– Então, me chamou pra quê?
– Eu...eu...- ele começou um pouco nervoso.
– Você?- incentivei.
– Eu...só...
– Anda, Luke, não temos o dia todo- o apressei.
– Tá, tá, olha, eu sei que errei e...- ele deu um longo suspiro antes de continuar- Eu queria te pedir mais uma chance, é isso- ele falou tão rápido que foi um pouco difícil entender.
– Como?- perguntei incrédula.
– Exatamente o que você ouviu.
– Você pode estar brincando- soltei um riso nervoso, e Luke permaneceu sério olhando pra mim.
– Não estou, nem um pouco.
– Impossível, Luke você apenas me acha uma boa companhia, e uma idiota em quem você pode jogar sua maior frustação amorosa- falei tentando demonstrar que isso não me afetava.
– É sério, Bianca, eu sei talvez tenha demorado um pouco pra perceber que não era só da sua companhia que eu gostava, mas também de você.
– Como quer que eu acredite em você depois de tudo que falou nos encontros? Você só falava da Thalia, ou do seu teto, é difícil acreditar que possa gostar de mim.
– Mas eu gosto, Bianca. Acho que eu só não estava conformado em perde a Thalia tão fácil, eu sinto muito por ter agido daquela forma e por ter dito aquelas coisas no nosso último encontro.
– Quem pode garantir que ainda não gosta dela?
– Eu posso.
– Não, não pode. Depois daquilo que você me disse da última vez...
– Eu já pedi desculpa.
– Mas isso não apaga o que você disse. Eu entendi, Luke, que você não me quer, tá? Você mesmo disse isso, não temos nada á ver.
– Eu te quero, tá? Eu estava errado, eu nem sei porque eu disse aquilo. Acho que fiquei assustado quando você perguntou aquilo.
– Tanto faz pra mim se você estava assustado ou não- disse dando os ombros- Eu não quero sofrer por você, nem por ninguém. Não vou ser a garota boba de novo!
– Eu não vou te fazer de boba, Bianca.
– Você já fez, Luke!- gritei e Luke me segurou pelos ombros com tanta força que quase meu copo de ponche cai no chão.
– Me dar uma chance, uma chance pra te provar que eu estou sendo sincero. Por favor- ele pediu olhando nos meus olhos, seus olhos azuis estavam suplicantes.
– Eu...eu...- gaguejei sem saber o que falar.
– Eu prometo não te fazer sofrer, nem te fazer de boba. Estou sendo sincero quando falo que gosto de você, eu juro pelo rio Estige que você pode confiar em mim- as palavras saiam de sua boca firme e seus olhos não saiam dos meus, nem por um segundo. Eu não sabia o que fazer. Deveria tentar me arriscar mesmo que pareça que não vai dar certo?! Uma parte de mim queria muito, já outra parte simplesmente hesitava em acreditar nele. Seu olhar desceu pros meus lábios e foi então que percebi o quão próximos estávamos, aquela proximidade me deixava nervosa, e quando ele chegou mais perto, não consegui encontrar forças pra recuar.
– Luke, eu...
– Shii, não fale nada- ele pediu em um sussurro próximo.Eu estava tão nervosa que acabei sem querer derrubando o copo de ponche, que derramou na camisa de Luke, sorte que tinha pouco ponche no copo, mas o vermelho do ponche deixara uma bela mancha na camisa branca.
– Ops...
– Aii, tá gelado!- ele exclamou se afastando.
– Desculpa, foi sem querer.
– Não, tudo bem.
– Er...fica aí, eu vou pegar uma camisa do Nico pra você- eu disse caminhando até a porta.
– Ok- ele assentiu. Sai correndo até o quarto do Nico,e peguei qualquer uma de suas camisas que talvez poderia servir, e voltei correndo. Assim que entro dou de cara com Luke já seu camisa, juro que tentei não olhar muito mas não consegui e no momento em que Luke perceber pude sentir minhas bochechas corarem e imediatamente desviei o olhar pra qualquer lugar que não fosse ele.
– Eu...hum...acho que essa vai servir- falei entregando a camisa á ele que riu.
– Acho que você preferia que eu ficasse sem camisa, não é mesmo?- ele comentou e eu senti o rubor voltar ás minhas bochechas.
– Não!- exclamei e ele riu novamente.
– Então tá, se você diz- ele falou ainda rindo.
– Tá pra vestir logo isso pra podermos voltar pra festa?
– Ainda não.
– Como assim ainda não?
– Você ainda me deu uma resposta.
– Resposta pra quê?
– Não se faça de burra, Bianca. Eu te pedi uma chance, você vai me dar?- ele perguntou e pude notar um traço de esperança e expectativa em sua voz.
– Eu não sei, Luke. Ainda não consigo confiar nesse súbito sentimento que você diz sentir por mim.
– Bianca, eu fui sincero, eu sei exatamente o que sinto, só peço que você por favor acredite em mim- ele disse e jogou a camisa de Nico em cima da minha cama e pegou na minha mão tentei tirar mas seu aperto foi firme -Por favor. Apenas uma chance.
– Uma chance- repeti e ele assentiu.
– Sim. Se não der certo, não deu e eu não te perturbo mais- ele disse com firmeza. E eu suspirei, talvez me arrependesse do que ia dizer agora, talvez não.
– Er...tudo bem- confirmei e Luke abriu um enorme sorriso.
– Sério?!
– Si...- antes mesmo que eu pudesse terminar, Luke me puxou pela cintura e me beijou, retribui o beijo quase imediatamente colocando minhas mãos ao redor de seu pescoço e ficando nas pontas dos pés já que ele era mais alto que eu. De algo diferente de todos os beijos que ele já havia me dado, eu não sabia bem o que era, mas era bom, realmente bom. Ele aproximou mais seu corpo do meu e continuou me beijando da mesma forma.
– Bia, você tá...MAS O QUE É ISSO AQUI?!- reconheci a bela voz do meu irmão e eu e Luke nos afastamos rapidamente, Nico estava parado na porta com uma cara bem brava.
– Nico, eu...- Luke tentou falar alguma coisa.
– VOCÊ ESTAVA ASSEDIANDO MINHA IRMÃ, SEU TARADO!!- Nico gritou.
– Não era...
– ERA SIM, OLHA PRA VOCÊ ESTÁ SEMINU!- Nico praticamente berrou a última frase e Thalia brotou atrás dele.
– Quem estava seminu?! UHUUU NUDES!- ela gritou.
– Thalia, o Luke tava assediando a Bianca!- Nico exclamou e Hazel apareceu atrás dele.
– Quem tava assediando quem?- ela perguntou.
– O Luke!- Nico exclamou ainda olhando pra nós dois e Léo apareceu...sério vai aparecer o povo da festa toda, é isso?
– EU ESCUTEI NUDES?! AMO NUDES, MANDEM NUDES PRA MIM, MEU NÚMERO É...
– LÉO CALA A BOCA! LUKE EU VOU TE MATAR!
– Mas eu não fiz...
– SEU TARADO ALICIADOR DE MENORES INOCENTES!- Nico deu o maior berro de todos. Meus deuses quanto exagero!
– Nico, a Bianca não é menor, muito menos inocente- Léo disse, mas Nico não pareceu escutar.
– EU VOU ACABAR CONTIGO, SEU MANÍACO SEXUAL!- ele gritou e começou á correr atrás do Luke que deu um gritinho muito suspeito e saiu correndo com Nico atrás dele berrando xingamentos que eu nem sabia que existiam.
– NICO PARA, EU NÃO FIZ NADA- Luke gritou correndo feito um desesperado.
– Isso é como Velozes e Furiosos versão á pé- Léo disse.
– NICO, LARGA DE SER BOCÓ- Thalia gritou.
– EU VOU ACABAR COM TUA RAÇA, SEU VIRA LATA!- Nico gritou e eu comecei á correr atrás.
– NICO, PARA, CRIATURA!- gritei enquanto Nico corria atrás do Luke e eu corria atrás do Nico...