Ray escrita por Raquel Franco


Capítulo 22
Eu te amo, Theodore!


Notas iniciais do capítulo

Como eu sou bondosa, postei dois capítulos hoje. Esse é de apertar o coração, se preparem hein hahahaha.



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Por Carol

Depois de ter passado um final de semana em lugar maravilhoso, com Théo ao meu lado em meio a risadas e muito amor, ligações das meninas também (só que lógico, eu não atendia MUAHAHAHAHA) tivemos que voltar, pois ainda íamos organizar nossa “tour”. Eu estava me arrumando (1) e depois fui para varanda da casa, sei lá, pensar um pouco na vida e recapitular cada momento desse final de semana. Até que...

─ Amor? ­─ ele sussurrou roucamente sexy, se é que essas palavras existem, e depois me beijou no pescoço ficando assim de frente para mim e encostado na varanda envidraçada.

─ Théo, não faz isso, por favor. Não...

Não resisti e o beijei, beijei-o como se aquilo fosse uma necessidade, como se ele fosse a minha heroína (N/A: antes que pensem que ele é viado ou algum fetiche deles, não, é droga mesmo), algo que eu realmente preciso, parte de mim, o homem da minha vida e ouvir ele me chamar de amor abalava totalmente as minhas estruturas. Senti um calor tomar conta de meu corpo, MEU ZEUS, esse homem... Mas tive que acabar com isso se não iria acontecer outras coisas cujas não falarei.

─ Amor, acho melhor pararmos. Eu já conversei com você sobre isso, por favor, não me desrespeite. ─ disse olhando-o nos olhos.

─ Tudo bem, eu espero e respeito você, nem mesmo que eu faça a piadinha da nuvem acontecer quando já estivermos caquéticos e de bengalas. ─ ele imitou um velhinho e eu ri.

─ Como é que eu fui me apaixonar por um idiota? ─ falei enquanto arrumava meu kimono.

─ Ah, então quer dizer que você está apaixonada por um idiota. Quem é ele? ─ ele perguntou com cara de cínico e os braços cruzados.

─ Digamos que ele está na minha frente. ─ levantei e dei um selinho nele.

Ele foi tomar banho e eu aproveitei para tirar um cochilo, mas meu celular apita. Que merda, sempre tem um ser que atrapalha tudo, eu hein. Era uma mensagem, mas não qualquer mensagem, era da pessoa que eu menos sonharia e queria receber uma mensagem nessas alturas. Matheus. Maldito Calenzzoni.

Oi Carol, eu sei que você não quer ver minha cara nunca mais depois daquele baile, e bom, eu vim pedir desculpa. Não aguento esse peso na consciência e nem brigar com você pois você marcou de verdade em minha vida. E bom, espero que qualquer dia nós possamos conversar, tomar um chá, sei lá. Do jeito que você preferir. Eu nunca esqueci você...”

Sinceramente, esse papinho furado me deu nojo. Como esse garoto não se manca? Ele estragou tudo o que tínhamos, ele e aquela vadia da “du puta”, AARGHH, me dói até pensar nisso, minha vontade é gritar um palavrão bem alto, mas só sinto lágrimas quentes escorrerem em meu rosto.

─ Amor, o que houve? ─ Théo (2) se agachou na minha frente e passou a mão em meu rosto.

─ Nada, esquece.

Mas por descuido meu ele pega o telefone e lê à mensagem, eu fico apenas calada e olho para seu rosto que possuía uma expressão séria e rígida.

─ Carolina, que história é essa? Esse menino acabou com um pequeno terço da sua vida e eu pego você chorando por isso!? ─ ele olha incrédulo para mim, senta em uma poltrona e coloca sua cabeça entre as mãos.

─ Théo, você não sabe o quanto isso foi ruim para mim e difícil. Você viu aquele dia o meu estado, tenha dó, pelo amor de Deus. O PROBLEMA É MEU!

─ O problema é seu, mas será que você não consegue notar que isso é passado? Que deve ser esquecido?

─ EU JÁ DISSE QUE O PROBLEMA É MEU, SE EU QUISER ENTERRAR ESSA PORRA DE UMA VEZ POR TODAS, EU ENTERRO E NÃO QUERO QUE NINGUÉM SE META. Você não sabe o que eu sinto e o quanto aquelas imagens horríveis passam pela a minha cabeça. Entenda Theodore.

─ Não entendo como posso gostar de você... ─ essa foi a ultima coisa que ele disse e depois saiu do quarto.

O que que eu acabei de fazer? Ai não. Fui ao banheiro, lavei meu rosto e desci com a minha mala em mãos. Encontrei Théo falando alegremente ao telefone com a sua mãe, depois de 10 minutos ele desligou e olhou sério para mim.

─ Vá para o carro, se acomode lá. Já vamos embora.

Ele disse isso e passou por mim como se eu fosse uma completa estranha. Me senti um lixo. QUE MERDAAA, pra quê isso tinha que acontecer? Estava tão perfeito. Sempre tem que acontecer uma besteira quando está acontecendo coisas boas. Só pode ser obra de satanás uma coisa dessas. Senti que lagrimei ainda mais com essa “ignorada” que ele me deu, eu fui muito idiota. Fui para o carro enxugando minhas lágrimas para ele não perceber e começarmos outra briga, era tudo o que eu menos queria agora. A viagem toda nenhum de nós falou um “ai”, ás vezes eu virava discretamente (N/A: fazia a Egípcia) e o olhava e ele continuava sério em seus óculos olhando sempre para frente. Eu virei o rosto e fiquei olhando para frente também, até que Miss Missing You começa a tocar

Don't panic

No not yet

I know I'm the one you want to forget

Cue all the love to leave my heart

It's time for me to fall apart”

E como dito a ultima frase, eu realmente desmoronei. Virei meu rosto e chorei rezando para chegar em casa. Peguei no sono mas acordei antes de chegar em casa. Chegando na mesma, acenei para Théo, ele só deu um sorriso amarelo e foi embora. Eu estava me sentindo uma bosta literalmente. Subi, tomei um banho e liguei para Anna.

─ Oi amiga.

─ Resolveu aparecer foi vadia? Tava sumida hein. NÃO ACREDITO QUE ESSE TELEFONEMA É PRA FALAR QUE VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA? OH ZEUS, TENHO QUE PREPARAR O ENXOV... ─ eu ri e a interrompi

─ Não é nada disso sua idiota, bom, é tanta coisa que meu Deus.

─ Me conta como foi esse final de semana. Vocês passaram uma noite em Paris, outra na Holanda, ou em um motel?

─ Deixa disso Anna. Não foi nada disso, pessoalmente eu te conto, mas eu precisava conversar com você. Estava tudo perfeito até que Matheus, aquele filho de uma puta me manda uma mensagem e o Théo, bom, ér, o Théo e eu brigamos, eu ainda tô chorando. Amiga, eu acho que, bom, amo o Théo.

─ Mas esse Matheus é um filho de uma mãe que trabalha em boates para ganhar dinheiro, mas veja só uma coisa dessas. Tu também não fica de fora, porra Carol, pra quê chorar por causa do passado? Eu te entendo, eu que te ajudei a superar o Matheus, mas poxa, bola pra cima. Será que tu não consegue ver que o Théo tá super apaixonado por você?

─ Anna, é que, eu não sei, eu simplesmente não tive outra reação

─ ANGELIC QUE PARIU, E VOCÊ AINDA GOSTA DESSE SANTAN? ─ achei graça do que ela disse.

─ Não, eu odeio ele, só que essa mensagem, eu não sei, eu amo o Theo.

─ E ama o Matheus também pelo visto.

─ Não, não , amo! Quer saber? To indo pra aí, espero que tu não esteja nua na cama com o Beto quando eu chegar. To indo aguarda aí, ainda tô de toalha.

─ Ta ta bom, vou jogar as camisinhas fora ─ eu gargalhei alto.

─ Ah, chamar o Matheus de Satan ofendeu o Satan. 2bjos ─ então eu desliguei.

Estava só de roupas íntimas quando o telefone da sala começou a tocar.

─ Pelo amor de Deus, quem será o individuo que tá me ligando agora? ─ falei enquanto descia as escadas.

Quando eu estava quase no ultimo degrau da escada, me deparo com Matheus sentado no sofá mostrando o celular e assim que ele desligou, meu telefone parou de tocar. Eu estava voltando para por alguma roupa, mas ele me puxou pelo punho.

─ Nã nã nã, onde pensa que a senhorita vai?

─ O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO NA MINHA CASA? SAI JÁ DAQUI SEU DESGRAÇADO, RIDÍCULO.

─ AAAAH, QUER DIZER QUE AGORA EU SOU DESGRAÇADO E RIDÍCULO NÉ? Eu duvido muito que você tenha esquecido os momentos maravilhosos que passamos juntos Carolina Iorc. ─ ele pronunciou meu nome como se fosse um deboche e depois deu uma risadinha. Ele mantinha meus punhos firmes em suas mão e o rosto dele estava a cerca de 10cm do meu.

─ MATHEUS, ME LARGA SEU FILHO DE UMA CACHORRA VELHA. ME LARGA!! SAIA DAQUI, SAAAAIA.

─ Agora fala olhando em meus olhos que me ama, fala, como antigamente. FALA PORRA!

─ Eu te odeio porque ainda assombra a minha vida. Eu nunca deveria ter namorado com você, você não presta, você é um cretino, um infeliz, um vadio, você nunca terá um amor verdadeiro. NUNCA. ─ nesse momento, cuspi em seu rosto. Ele limpou e virou para mim.

─ Ahhh, você quer ver o circo pegar fogo né?

Nesse instante, ele pegou meus punhos, me encostou na parede e me beijou forçadamente. E na mesma hora, Théo aparece na porta. Mas que djabos.

─ QUE PORRA É ESSA? ─ ele olha para Matheus e depois para mim totalmente incrédulo e com o rosto começando a ruborizar de ira.

─ Sai daqui mauricinho, você já perdeu. Ela é minha novamente. ─ disse Matheus rindo sarcasticamente.

─ LARGA ELA SEU IMBECÍL, LARGA ELA.

─ Hmm, o japinha quer brigar. Vem seu filho da puta, vem.

Nesse instante, Théo foi para cima de Matheus e lhe deu um soco certeiro que deixou Matheus zonzo, porém, ele não caiu.

─ PAREM COM ISSO, parem. ─ eu disse chorando em meio aos dois ─ SAI DAQUI MATHEUS, SAAAAI.

─ Eu vou embora. ─ ele passou os olhos de mim para Théo ─ Mas isso não vai ficar assim.

Ele saiu batendo a porta e me vi ali, quase semi nua, traumatizada, acabada, triste e sem chão.

─ Como você pode fazer isso, Carol? COMO? ─ Théo disse chorando.

─ Théo, eu, ele estava aqui na sala quando eu desci e...

─ NÃO PRECISA FALAR NADA, eu vi.

─ THÉO, EU NÃO QUER...

─ Carol, por que fez isso? Nessas 5h você estragou com tudo o que eu sentia por você, nossos 2 meses, nosso final de semana, nosso pequeno começo de um amor que eu pensava que iria não ser um para sempre, mas até quando desse. E isso aconteceu por causa de uma besteira, o passado que você não consegue esquecer.

─ Théo, não faça isso, você não entende.

─ Não entendo mesmo e nem pretendo entender. Adeus Carol.

─ POR FAVOR THÉO, NÃO VAI EMBORA. EU... ─ eu já estava soluçando/chorando, não conseguia mais falar.

Ele já estava lá fora e chovia muito, corri para alcança-lo.

─ NÃO VAI, POR FAVOR.

─ CAROLINA, CHEGUEI A CONCLUSÃO DE QUE EU NÃO ENTENDO MESMO. EU SOU LOUCO POR VOCÊ, EU ENCONTREI A FELICIDADE AO SEU LADO, EU ME PREOCUPO MAIS COM VOCÊ DO QUE COMIGO MESMO. EU FARIA LOUCURAS POR VOCÊ. EU TE AMO CAROL, EU TE AMO. Mas você não entende. ─ ele virou-se chorando e seguiu em direção ao carro.

Senti meu corpo desabar enquanto eu via seu carro indo embora, entrei em casa e me joguei no tapete. Chorei até o que não tinha para chorar. Porque eu magoei Théo? Porque as coisas sempre dão errado para mim? Porque eu sempre perco as pessoas mais importantes da minha vida? Como o Matheus entrou aqui e acabou com tudo? Porque tem que ser assim, meu Deus, porque? E como se fosse o último suspiro, eu disse:

─ Eu te amo Theodore.

E dormi lá mesmo.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu não aguento isso.
A Carol tem que ficar com o Théo e o Matheus tem que ir para o lado do pai dele (Satan).
Concordam comigo?
Qual a opinião de vocês?

(1) (http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_19/set?id=129770847)
(2) (http://www.polyvore.com/theodore/set?id=129856043)



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