Os segredos de uma Sereia escrita por Thalia Winchester


Capítulo 4
Quebrando as regras


Notas iniciais do capítulo

Uhuul mais um cap. estou super animada com essa fic *-*
Espero que estejam gostando.
E agora a primeira conversa da Lisandra com o ... leia e vai saber kkk



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O que eu estava fazendo? Conversar com um humano quebrava todas as regras impostas por Minity. Eu estava ferrada.

– Alôôô, terra chamando. - disse ele balançando a mão na minha frente.

Não sabia o que dizer então permaneci quieta.

– Nossa será que eu vou ter que ficar falando sozinho mesmo? - disse ele dando uma risadinha.

– Ahn, oi. - disse olhando pra água

– Prazer meu nome é Erick.

Continuei calada.

– Geralmente quando uma pessoa se apresenta é educado que a outra faça o mesmo. - Um largo sorriso não saia do seu rosto.

– Lisandra.

– Como?

– Meu nome, Lisandra.

– Olá Lisandra, você vem sempre aqui? -

Estava travada, não conseguia dizer nada.

– É, pelo visto você é do tipo caladona.

– Por que você vem aqui todos os dias? - dessa vez olhava nos olhos dele.

– Ahh, sei lá. A paisagem aqui é bonita. - o sorriso continuava - E você? Também vem apreciar a paisagem ou tem algum outro motivo?

Minha vontade era de dizer: tenho sim eu venho pra ver você, seu lindo. Mas eu só disse:

– Sei lá, gosto daqui.

Por um instante ficamos em silêncio nos olhando, até que eu quebrei o silêncio:

– Preciso ir.

– Já? Bom, amanhã voltarei aqui pra ver a paisagem se quiser vir vai ser um enorme prazer.

Nadei de volta para casa. Fui a primeira a chegar, afinal ainda tinha muito tempo até a hora que geralmente voltávamos.

Pensei nele cada segundo do restante do meu dia. Naquele sorriso, aquela voz grave e ao mesmo tempo suave, naqueles olhos verdes. Eu precisava voltar, estava começando a gostar da Paisagem.

Minity estranho por eu ter chegado mais cedo, mas não disse nada. Já Sofie me olhava com um sorriso sarcástico.

Naquela noite sonhei com ele. Erick. No sonho ele dizia que me amava e que eu era tudo pra ele, seus fortes braços me abraçavam me dando a sensação de proteção. Mas de repente algo começou a puxá-lo para longe de mim, eu tentava segurá-lo, mas era inútil então ele se foi. Acordei com a respiração acelerada. Ainda era madrugada, não consegui mais dormir, continuava pensando nele. Eu devia estar ficando louca, mas sentia que essa loucura valia a pena.

Amanheceu e as outras acordaram. Comemos algas silianas, as melhores dos sete mares segundo o vendedor, o tritão Claud. Mas eu não pensava nas algas e sim em reencontrá-lo. Minity nos indicava novamente onde iríamos ficar e por sorte não me colocara com a Sofie de novo. Fui para o meu posto e aguardei um pouco, mas depois de uns 20 minutos me deu uma vontade de admirar paisagens.

Cheguei ao mesmo lugar do dia anterior e para minha surpresa ele já estava la.

– Não sabia que madrugava aqui. - dei um leve sorriso.

– Olha quem decidiu falar.

– Aproveita que hoje você está com sorte.

– Todos esses dias que eu te vi eu estava com sorte.

Ta, eu não esperava uma resposta daquele. Por dentro eu estava: Uhuuul case-se comigo! Podemos ter um peixinho de estimação chamado Freddy. Mas por fora eu apenas dei um leve sorriso e olhei para a água.

– Então... Você é uma sereia?

– Talvez isso explique o fato de eu ter uma cauda. Dei um sorriso - e se não estou enganada você é um humano.

– Creio que sim. - ele também sorriu. - Quantos anos você tem?

– Você encontra uma sereia e entre mil perguntas, fala sobre a idade dela?

– Sim. - ele deu uma risada - não sou muito normal, acostume-se.

– Bem, quase 18.

– Isso quer dizer que tem 17.

– não, quer dizer que tenho quase 18 mesmo. E você?

– 23. Ou se preferir, quase 24. Por que não falou comigo antes?

– Não converso muito com humanos. Aliás, nunca conversei com um humano.

– Opa! Isso quer dizer que sou especial?

– Talvez. - corei um pouco. Você não se importa por estar conversando com alguém com uma cauda?

– Não, sempre gostei de peixes.

– Talvez você não tenha percebido mas não sou um peixe.

– É. Os peixes não são assim tão bonitos.

Durante mais meia hora ficamos observando alguns peixinhos que passavam perto do seu barco. Ele me disse que no primeiro dia que nos vimos ele estava pesquisando algumas espécies de peixes, que ele é um pesquisador da vida marinha. Falei sobre coisas que eu gostava de fazer no fundo do mar, desmenti algumas coisas que dizem sobre as sereias. Enfim foi um tempo maravilhoso. Mas eu sentia que precisava ir. Quando cheguei de novo ao meu posto vi Sofie se aproximando. Mas eu estava tão feliz que nem ligava mais para aquilo. Ela se sentou ao meu lado e disse:

Está na hora de você me fazer um favorzinho, em troca do meu silêncio.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Comentem Please!
E obrigada a Lena Grigori pela sugestão do nome :D



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