Verdades de um passado escondido escrita por Cibaa


Capítulo 5
A festa/ O Diário


Notas iniciais do capítulo

Oiee povo!
Um cap um pouquinho maior
espero q gostem...
:D



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O baú era cheio de detalhes entalhados na madeira. Luana só abriu ele dois dias depois do enterro de sua avó. . Ela deixou o baú no seu quarto, no lado do guarda roupa.

Ela abriu o baú e se deparou com alguns livros.

O primeiro que ela pegou era bem grosso e se chamava "Chave do passado". Deixou ele em cima da cama e começou a espalhar todos os livros por ali. No fim, eram onze livros.

Deu uma rápida lida em todos. Nada que lhe chamou muito a atenção: dois eram de auto ajuda, quatro eram de religião, dois eram crônicas e três eram romances.

Procurou por mais alguma coisa dentro do baú e nada encontrou. Estranho. Um baú tão grande para guardar só onze livros?

Ouviu o seu se nome. Alguém estava chamando. Flávio bateu na porta do quarto e então entrou. Ele avisou que Letícia, amiga de Luana, estava esperando na sala. Rapidamente ela guardou os livros e desceu para ver Letícia.

Há dias já elas não se viam. Estavam de férias e com a viajem que Luana teve que fazer ficaram mais distantes.

–Oiiieee Luaninhaa!!!- gritou Letícia enquanto corria para abraçar a amiga - Eu sinto muito, vim correndo assim que eu soube.

Letícia estava vestida com um short jeans e uma camiseta vermelha meio curta demais, como de costume.

– Tudo bem. Já estou começando a me conformar...

– É isso aê! Não da pra ficar pensando na perda para sempre. E é por isso que estou aqui. Você quer ficar quietinha no seu canto, mas eu não vou deixar. Agora mesmo ta rolando a maior festa na casa do Guto, aquele gato do colégio, alto, de olhos azuis iguais ao mar, sabe de quem eu estou falando?

– Sei, sei sim

Claro que sabia. Em segredo, ela era apaixonada por aqueles olhos azuis, aqueles cabelos negos e por aquele sorriso lindo. A maior parte das garotas eram. Babavam em cima do garoto. No começo, Luana achava elas ridículas. Mas ela viu além das aparências. Viu firmeza em seus passos, viu inteligência em seus comentários , beleza em seus gestos, amizade em suas brincadeiras... E aí... bem, ela falava muito pouco com ele, talvez tivessem uma pequena amizade nunca assumida, mas mesmo assim...Mesmo assim ela acabou se apaixonando.

– ... e então o que você acha? Vamos?

Luana nem percebeu o que Letícia estava falando.

– Poisé né Le, não sei se vai ser uma boa ideia.

– Mas é claro que vai. Você vai ficar bem animada. Faz assim, vai se arrumar que eu vou perguntar se sua mãe deixa.

Luana pensou na avó. Priscila não era o tipo de pessoa que gostaria que ficassem chorando por ela, provavelmente queria que a neta estivesse curtindo a vida. Pensando nisso, Luana respondeu:

– Minha mãe? Ela nem se importa... Tá eu vou me arrumar, já venho.

Luana tomou um banho rápido e vestiu um vestido acima do joelho, nem muito justo, nem muito solto, branco com detalhes pratas e vermelhos. Caprichou na maquiagem e vestiu um salto pequeno. Deu uma última olhada no baú e saiu.

Tiveram que passar na casa de Letícia para ela se trocar. Depois do que pareceu anos, Letícia ficou pronta. Com um vestido justo preto e azul escuro muito lindo e saltos altos ela parou na porta de seu quarto, a mão na cintura e disse para Luana:

–Vamos logo que a noite nos espera.

Luana riu. Elas pegaram carona com o irmão mais velho de Letícia e chegaram na festa rapidinho.

Era visível que estava acontecendo uma festa no local. Vários carros estavam parados na rua e músicas misturadas com vozes muito altas eram ouvidas de longe.

– Letícia?- perguntou Luana enquanto elas caminhavam em direção a porta.

–Sim?

–Tem certeza que fomos convidadas para essa festa?

Letícia deu uma risada de deboche.

–Eu nunca disse isso.

Tocaram a campainha várias vezes e então Guto apareceu para abrir a porta.

– Pois nããã... ual. Olá garotas.- Ele ficou ereto de repente, ajeitou os cabelos negros e olhou Luana dos pés a cabeça.

–Oi, disse Luana. Como vai?

– Muito melhor agora. E você querida? - Ele estava com dificuldades em manter o equilíbrio e nem reconheceu Luana; estava meio embriagado.

–Digamos que as coisas estão começando a melhorar...

–Aff, dá pra vocês pararem? Eu ainda estou aqui. E, realmente, gostaria de estar lá dentro.

– Ah não, você de novo? Letícia, não é? Ou melhor a garota chata de sempre. Eu nem devia deixar você entrar.

Por um segundo, Luana ficou triste. 'Dela ele lembra...' Seria impossível não lembrar. Letícia vivia implicando com Guto. Nem se falavam muito, e quando se falavam, só brigavam. Letícia dizia que ele era o garoto que tirava saro da cara dela e fazia brincadeiras maldosas quando eles estavam no jardim de infância, em uma creche. Ele, claro, negava.

– É, talvez não devesse, mais vai se não quiser apanhar de mim de novo.

Ele fez uma careta e deixou elas entrarem. A sala era enorme e estava cheia de gente. Por uma porta no fundo do cômodo era possível ver que muitas pessoas estavam em volta da piscina.

Elas rapidamente se misturaram a pequena multidão. Conversaram muito, dançaram ao ritmo de músicas eletrônicas e pararam um pouco para tomar uma bebida.

Letícia não parava de olhar para uns garotos enquanto as duas conversavam. Luana, ao perceber isso revirou os olhos.

– Letícia, eu não estou afim de pegar ninguém, não hoje, sabe, quero esperar mais um tempo... Mas não estou impedindo você. Se quiser - ela acenou em direção aos garotos- não me importo.

Letícia parou por um segundo para analisar suas opções. Então balançou a cabeça negativamente.

– Estou com você nessa.

De repente, a música eletrônica parou de tocar e deu lugar ao rock. Luana e Letícia gritaram e foram sorridentes para a pista de dança.

Nem perceberam as horas passarem. Perto das três da manhã, resolveram chamar um táxi.

Luana chegou exausta em casa. As luzes estavam todas apagadas e todos estavam dormindo. Sem tentar fazer barulho tomou um banho e foi se deitar.

Por pura preguiça, não ligou a luz do quarto e acabou dando uma topada no baú, caindo em cima dele. Ela se levantou, ligou as luzes viu que onde ela tinha batido no baú havia aparecido uma gavetinha. Um compartimento secreto.

Nele havia um caderno. E, na primeira folha do caderno estava escrito: "Diários não foram feitos para serem lidos".

Não eram um caderno.

Era um Diário.


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Notas finais do capítulo

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