Juntos Pelo Acaso - 2º Temporada escrita por Thais


Capítulo 6
Capítulo 6 - Estava tudo bem... estava


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiie gente, tudo beleza?

Consegui um tempinho pra postar o Obrigada pelos reviews. Continuem!

Boa leitura!



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Estava tudo bem... estava

POV Clove

Um passo para direita e nada. Dois passos para esquerda, nada. Não importasse quantos passos eu dava ou quantas voltas eu fazia em torno da sala de espera do hospital. Isso não mudaria o resultado no exame.

Merda!

Okay, não que ficar grávida seja o holocausto. Eu e Cato temos perfeitas condições de criar mais um bebê, isso não é problema. Mas agora, nós dois nunca planejamos isso. Nunca fizemos aquela conversa séria falando sobre nosso futuro juntos, família, planos e etc. NUNCA!

Droga, maldita droga de camisinha! Porra, aquilo é tão simples, por que eu iria me esquecer? Por que infernos eu iria me esquecer de tomar aquela maldita pílula?

Clove Berenson, você é definitivamente uma grande burra.

Suspirei demasiado ao ver Glimmer voltar e se sentar ao meu lado. Ele ainda estava com o seu vestido roxo “cheguei chegando” com os cabelos soltos e dois copos de café em mãos. Sem permissão, peguei um e dei um longo gole, sentindo uma leve queimação em minha garganta.

– Ai Clovinha, não fica assim. – Glimmer falou, fazendo um biquinho e carinha de cachorro abandonado. Bufei estressada.

– Não é você que vai ter que trocar fraldas! – revidei. – Eu estou bem, só estou com medo.

– Você já ligou para o Cato?

– Não. – murmurei baixo demais. Eu ainda estou com medo.

– Tudo bem. – ela me estendeu a mão. Aceitei e caminhamos em direção do elevador. – Vocês vão à festa hoje, não é?

Porcaria! Como se não bastasse me esqueci da festa. Pobre Glimmer, mal sabia que hoje seria pedida em casamento na frente de todo mundo. Já podia ouvir os gritinhos histéricos dela e a cara de Marvel vermelha como um pimentão. Por mais de tudo o que os dois fizeram e de tudo o que eram, formavam um casal perfeito.

Sorri, passando meu braço esquerdo sobre seus ombros. – Eu não faltaria por nada.

Olhei no painel do carro e já eram seis horas da tarde. Virei na esquina perto do prédio em que Cato trabalha e entrei na escolinha de Prim. Gosto de crianças. Agora, na hora em que elas decidem passar como uma avalanche do meu lado e derrubar minha bolsa da Chanel. Não. Eu. As. Odeio.

– Mamãe! – Prim gritou, se jogando em meus braços. Deixei um beijo na sua testa. – Você se atrasou... Hum, um minuto! É muito tlempo!

– Eu sei. Eu sei. – a coloquei na cadeirinha. Liguei o carro e olhei para Prim pelo retrovisor interno. Eu iria falar agora. – Meu amor, você gostaria de ter um irmãozinho?

– Um só, Clovelita? Eu queria assim, uns dois ou três, acho.

– É muito, meu amor. Mas se você tivesse um só... iria gostar mesmo assim?

– Sim.

– Então – sorri pelo retrovisor e vi seus olhinhos brilharem em expectativa. – Acho que você vai ter um irmãozinho. Ou irmãzinha.

– Mamãe, é verdade? – assenti com a cabeça enquanto Prim batia palminhas. – Eu vou ter um irmãzinho!

E por um lado eu estou totalmente feliz. Eu iria trazer uma vida ao mundo, isso é agradável. Não parecia ser muito ruim. Bem, ao menos ainda não senti nenhum enjôo, desejo ou contração.

É claro Clove, são apenas dois messes, sua anta.

Agora eu só precisava contar para Cato.

[...]

Os braços de Cato sempre foram um lugar aconchegante. Eles sempre me acalmavam, mas agora, eu estou tão nervosa ao ponto de jogar tudo pra fora. Inspirei e soltei o ar, me sentando ao seu lado na cama.

Antes de chegar e deixar Prim na casa da domadora de bebês que se chama Rue – sim, nós finalmente descobrimos o nome da menina –, eu escrevi alguns bilhetinhos e colei na parede da sala.

“Amor, to grávida”. Esse soava muito ridículo e eu não conseguiria ser serena ou legal na hora.

“Cato é o seguinte: a gente vai ter um filho. A culpa não é minha se a camisinha estourou!” Eu parecia uma prostituta falando. Mas de longe não era o pior.

Cato me fitou serio. Pela minha expressão ele sabia que não estava nada bem e eu odiava isso.

– Você quer me falar alguma coisa? – Cato perguntou, se apoiando na cama.

– Quero.

– Pode falar...

– Agora?

– Sim.

– Agora mesmo?

– Clove, tem algo errado com você?

– Não!

– Então fale!

– Eu acho que to grávida. Ah, quero dizer, eu to! Droga se acalma, Clove – fui até a estante e peguei o exame. Cato estava paralisado me encarando. – Pelo amor de Deus, fala alguma coisa.

– Eu... Eu... É serio? – murmurei um sim. Cato andou até a mim e me abraçou. Um daqueles abraços que nunca havia me dado. – Eu sabia. Eu te amo.

– Eu também Cato. Eu também te amo.

Seus lábios se chocaram contra os meus de uma forma carinhosa. Ele acariciou meu lábio inferior antes de pedir passagem com a língua. Pousei minhas mãos em seus ombros e aproveite aquela sensação.

– Você precisa se arrumar. – Cato falou. Dei um beijo casto e fui me arrumar.

Dessa vez resolvi não exagerar em nada. Vesti um vestido branco larguinho e passei uma maquiagem leve. Okay Clove, são apenas dois messes ainda.

Cato já estava lá fora me esperando. Entrei rapidamente dentro do carro e fomos direto para casa de Glimmer. Era engraçado como ela ainda não havia desconfiado de nada. E bem, eu já estou cogitando a ideia de Cato ter a mesma ousadia de me pedir em casamento. Honestamente, não seria nada mal.

O quintal da casa parecia ser trocado por outra, de tão gigante que estava. Glimmer assim que viu se jogou nos meus braços. – Clovinha! Você sabia, não é? – Glimmer perguntou chorando enquanto me mostrava o anel.

– Todo mundo sabia. – respondi, olhando em volta. – Você viu o Cato?

– Sim. Acho que ele está perto da piscina com Gloss.

Segui com dificuldade no meio de tanta gente. Esse é uma grande sorte de ser baixinha. Você é quase pisoteada.

Avistei Gloss conversando com outro cara na beira da piscina e nada. Fui até o salão externo e encontrei Enobaria. Suspirei impaciente. Eu precisava achar aquele desgraçado.

E eu achei. Não da forma que queria, mas havia achado.

As mãos dele apertavam os braços dela como se a quisesse afastar de si. Mas sinceramente, não parecia o que eu havia acabado de presenciar. Ela lançou um olhar triunfante pra mim e Cato me olhou confuso, empurrando a loira para longe.

Ele não tinha apenas beijado ela. Ele a beijou na minha frente.

– Desculpa por atrapalhar sua diversão, Cato. Aproveita e tenha uma boa noite. – falei, antes de dar as costas para ele e Delly.


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