Different Worlds escrita por myla


Capítulo 8
Cavalheiro


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelas reviews! Vamos ao capítulo!



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POV´s Annabeth

Acordo atordoada e pensando que estava atrasada. Olho o meu celular eram 5h30mim. Ufa! Mas percebo que agora estou deitada e Percy não está aqui. Então a porta se abre e Percy aparece com um copo de café na mão.

– Para você. – Diz ele entregando. – Vai precisar.

Sento-me e ele vem para meu lado.

– Desculpe, eu não podia deixar você passar tudo isso, eu não mereço você, acho que deveríamos acabar tudo aqui. – Fala ela depressa.

– Não, foi tudo culpa minha... Na escola... Lee

– Esse é o nome dele?

– Sim, posso explicar! – Digo me adiantando. – Antes de conhecer você, ele me convidou para sair, mas não houve nada, não falei mais com ele, então ele resolveu tomar uma atitude.

Ele concorda e responde:

– Às vezes me esqueço de que você tinha uma vida normal até semana passada, então um cara como eu chegou e jogou tudo para o alto. Você deveria seguir sua vida, como se nada tivesse acontecido, como se eu não existisse.

– Nunca conseguiria esquecer você, isso parece à coisa mais idiota a se dizer, já que até na última semana eu não sabia que você existia. Mas é a verdade. – Respondo tomando o café que ele me trouxe.

– Você poderia tentar.

– Mas não quero.

– Você está parecendo uma criança mimada.

– Talvez eu seja isso.

– Talvez?

O clima ficou mais leve e a conversa foi se esvaindo.

– Vamos? – Pergunta ela quando termino de tomar o café e me sinto mais disposta.

Ele pega as chaves do carro.

– Ahn... Eu vim de carro.

– Eu sei, mas tenho que sair. – Responde ele. – Nico levou uma surra ontem, está na casa de Clarisse vou lá vê-lo.

– Uma surra?

– É, Thalia acha que foi seu pai, mas não sabe porque.

Quando ouço isso uma pergunta se forma em minha mente. Como Thalia e Nico tinham vindo parar nessa vida?

Mas guardo a pergunta para outra hora.

– Posso vir te procurar? – Pergunto.

– Apareço para jogar tampinhas de cerveja na sua janela. – Responde ele beijando minha testa, entrando no carro e partindo a toda velocidade.

– Espero seja um pouco mais civilizado! – Grito para poeira que me sobrou.

Entro no carro e vou para minha casa. Tomo um banho e pego minha mochila e vou finalmente para a escola.

Quando chego à escola todos já estão lá, ainda parecem meio desconfiados com os acontecimentos de ontem. Localizo um copo de café na mão de Silena e pego para mim.

– Ei! – Protesta ela.

– Desculpe, mas eu preciso disso. Não dormi nada essa noite. – Disse eu, antes de perceber que tinha falado demais.

– O que você para não dormir de noite, Annabeth? – Pergunta Calipso desconfiada.

– Nada.

– Quem nada é peixe Annabeth! O que você está escondendo? – Pergunta Silena.

– Como eu já disse, não tenho nada a esconder.

– Quem é?

– Quem é quem? – Tento me livrar, mas já está mais do que na hora, de contar a eles, mas não aqui, não nesse zoológico, como diria Percy.

– Não adianta esconder! Quem você acha que engana Annabeth? – Pergunta Piper.

– Não deu certo com o Lee, acho que a fila está aumentando. – Brinca Leo.

– Quem disse que não deu certo com o Lee! Ontem pode ter sido só uma encenação. – Fala Silena.

– Eu não sou tão boa atriz assim. – Respondo revirando os olhos.

– Então quem é?

– Ninguém! Não tem ninguém! – Tento novamente.

– Conta agora! – Quase grita Calipso.

Sou salva pelo sinal que toca bem na hora.

– Essa conversa ainda não acabou. – Lembra Piper.

Passo a maior parte da aula distraída e com sono. Quando o sinal para saída toca e eu praticamente saio voando, lembro-me do que aconteceu no dia anterior e da conversa com meus amigos nessa manhã, tenho ainda mais motivos para correr. Hoje Sr.D havia me liberado do “trabalho voluntário” que não tinha nada de voluntário.

Antes de me dar conta já estou em casa. Deixo os deveres para depois e fico pensando como minha havia mudado. Me recordo do primeiro dia do trabalho voluntário, que uma garota veio falar comigo, que seu nome era Kelly, me convidou para uma “festa” bem legal, e eu na maior inocência fui, chegando lá me deparo com um bar cheio de gente mal encarada. No fundo Kelly estava na companhia de dois garotos, Luke e Ethan, vou até eles, passando um tempo Luke dá em cima de mim e tenta me arrastar para uma sala, então Percy, o lindo e incrível garoto de olhos verdes e cabelos negros chega para me salvar, junto com seu amigo de olhos negros e cabelos igualmente negros, Nico. Sou tirada lá por Thalia e me vejo sozinha até Percy oferecer um carona e me levar para casa, me dando sua jaqueta, que aliás, está comigo até agora. E por último chegando a minha casa me convida para ir ao tal bar na noite seguinte. Então desde esse dia, minha pequena e insignificante vida se resume a ele.

Percy apareceu mais tarde e dessa vez jogou tampinhas de vodca (olha o progresso!). Fui até a janela e o encontrei apoiado em seu carro com uma garrafa de vodca na mão e fumando um cigarro. Ótima influencia aos vizinhos.

Desci as escadas de dois em dois degraus.

– Não sabia que você além de beber também fumava. – Falo me aproximando dele.

– Você não sabe muita coisa sobre mim.

– Chegou o sr.Mistério.

– Chegou mesmo. – Disse ele abrindo um sorriso.

– O que vamos fazer?

– Não sei, Thalia está cuidando de Nico no galpão, então temos que riscar de nossa lista. Alguma ideia?

– Você não conheceu meu quarto ainda. – Respondo. – E pode ir tirando esse sorrisinho malicioso do rosto!

– Eu não falei nada! – Responde ele levantando as mãos.

– Mas pensou.

– Não sabia que tinha o poder de ler mentes.

– Não precisa ler mentes para saber o que você está pensando seu bobo!

– É mesmo minha princesa?

– Sua princesa?

– Isso. Minha.

– Não sabia que fui comprada para pertencer a você.

– Seu coração pertence a mim, não preciso de mais nada.

– Vamos, sobe logo, antes que eu de o fora em você.

– Você nunca faria isso. – Responde ele me prendendo em seus braços.

– Como você sabe?

– Uma princesa nunca despreza seus súditos leais.

Fico sem palavras, como alguém que havia sofrido tanto na vida poderia ser tão doce, poderia ter um coração tão gentil por baixo dessa armadura que escondia um cavalheiro?

Puxo sua mão para porta, mas ele não se mexe.

– Sua família? Não está em casa?

– Tenho minha mãe, ela é minha única família e está viajando.

– Seu pai?

– Para mim ele não existe.

Ele não fez mais perguntas. Meu pai era um dos assuntos mais dolorosos para mim, não me agradava falar dele, depois de tudo que fez com minha mãe...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não gostaram? Reviews? Quarta acho que posto o próximo! Beijos!