Lembranças - Hayffie escrita por F Lovett


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olááá, leitores lindos *-------*

Como prometido, aqui vai o capítulo 7! E está cheeeeio de respostas, acho que consegui responder a todas nele xD Estão com raiva do Caesar? Querem matá-lo para a tia Lovett fazer tortas? Façam suas apostas!

Bom, estamos chegando perto da reta final da fic (chorandoney), mas eu disse que estava alongando, então nem tudo está perdido! ;)

Então, coloquei um pouquinho de "Zack and Miri make a porno" (Pagando Bem, Que Mal Tem?, título em português), porque eu amo aquele filme!



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Estou num labirinto escuro. Os muros ao meu redor são fatais. Qualquer toque pode causar a minha morte. Estou correndo sem parar em busca da saída que parece estar há quilômetros de distância. Não sei há quanto tempo estou aqui.

Continuo correndo e percebo que ainda tenho forças para isso, mas as marcas na minha pele continuam escuras. As dores no meu corpo continuam, mas não tão fortes.

Finalmente chego num percurso reto e lá no final há uma luz. Começo a correr em direção a ela, sentindo-a mais próxima, até que noto uma figura parada no fim do labirinto. Desacelero o passo, tentando descobrir quem é, mas a luz me impede de enxergar.

De alguma forma sei quem é.

– Hymitch! - grito e ele abre os braços em resposta. Volto a correr em sua direção, as lágrimas caindo, o sorriso estampado nos lábios. Finalmente ele voltara para mim. Eu poderia dizer tudo o que queria. Mas algo está errado: quando chego a ficar a 3 metros de distância, ele começa a se afastar. Grito cada vez mais, tentando correr, mas começo a ficar sem fôlego. - Haymitch! - grito novamente, mas ele está cada vez mais distante.

– Effie, acorda! - é a voz de um homem me chamando, e não é Haymitch. Eu conheço essa voz. Quando abro os olhos, vejo Plutarch Heavesbee. O que ele está fazendo aqui? Acordo de súbito com ele me balançando, tentando me despertar. - Já pode acordar, Effie!

Não consigo entender realmente o que ele quer me dizer. Eu o fito ainda desorientada, sem entender o que está se passando.

– Conseguimos salvá-la! - ele continua a gritar. Quem me salvou? E como se ele tivesse lido meus pensamentos, continua: - Você está a salvo agora – ele conseguiu falar mais calmamente. Plutarch sorria para mim de uma forma carinhosa. Pensei se ele realmente sentia algo por mim. Lembro-me que uma vez Haymitch teve um ataque de ciúmes por causa dele.

Haymitch!

– O que aconteceu? - pergunto.

– O Distrito 13 se reergueu! Snow está preso e Katniss irá executá-lo! - responde Plutarch. Quanta informação! Quanto tempo eu estava desacordada? Acho que seu senso de humor foi a única coisa inalterada nisso tudo. Ele não era mais aquele homem sério que eu via nos jogos. - Você foi resgatada soldados do 13, mas tiveram que trazê-la desacordada para dar a impressão de que eram pacificadores. Então deixaram você aqui para esperar pelos garotos. Aliás – ele continua, dando uma piscadela – esse é o seu trabalho, não é?

Estou boquiaberta. Como tanta coisa assim aconteceu tão rápido?

– Mais uma coisa – ele acrescenta: - agradeça ao Haymitch. Foi ele quem mandou buscar você. E, é claro, com minha ajuda.

Eu não posso acreditar: Plutarch se rebelou! Ele está contra a Capital!

– O que houve com Caesar? - pergunto. Caesar foi a última pessoa que vi antes de parar naquela prisão. Algo me dizia que ele tinha algo a ver com isso.

– Já estamos cuidando dele – respondeu. - Mas acho que você tem outras pessoas para ver agora.

– Onde eles estão? - pergunto, pondo a mão na cabeça, ainda tentando entender tudo que está acontecendo.

Ele está lá fora – responde. Ele sabia de quem eu queria falar.

Abro um sorriso e corro até a porta do cômodo onde estávamos, não antes de dizer um “obrigada” para Plutarch, afinal, também foi graças a ele que eu estou aqui. Então sinto minha perna doer, mas não ligo. Abro a porta e me vejo num corredor imenso. Olho para a esquerda e não vejo nada além de soldados andando de um lado para o outro. Não sei por onde começar. Onde posso encontrá-lo?

– Princesa? - ouço uma voz atrás de mim. Meu coração acelera e me viro para confirmar o que eu já sabia.

Lá está ele: encostado de lado na parede, as pernas cruzadas e os braços também. Me olha de uma forma despreocupada, mas não demora dois segundos para abrir um sorriso ao me ver.

– Haymitch! - corro até ele e o envolvo em um abraço. Então percebo que estou soluçando. Ponho todas as minhas forças neste abraço, como se não houvesse amanhã.

– Ei, ei, ei! - ele diz, se afastando um pouco para enxugar as minhas lágrimas. - Por que você está chorando?

– Porque eu senti muito a sua falta – e o abraço novamente, sentindo-o retribuir. Passo a distribuir beijos pelo seu rosto até chegar nos seus lábios doces e quentes. - Eu te amo – sussurro entre um beijo e outro.

– Eu te amo – ele diz, sorrindo para mim.

– O amor é realmente lindo – comenta Plutarch, saindo do quarto. - Parece que finalmente estamos vendo algo concreto! - e dá uma risada um pouco sem graça. - Ah, acho melhor eu ir andando.

Plutarch sai em direção ao fim do corredor e dobra à direita, deixando-nos a sós.

– Então, como anda a vida, queridinhos? - ouço uma voz estranha, porém um pouco conhecida. Viro-me e dou de cara com Caesar sendo carregado por dois soldados do 13, com uma faixa na cabeça e alguns ematomas. Ele passa por nós, mas parece não reconhecer ninguém. Olho para Haymitch e vejo um sorriso de triunfo nos seus lábios.

– Alguém tem que pagar pelo que fez – ele diz.

Levanto uma sobrancelha.

– Como ele descobriu onde eu estava? - pergunto. Haymitch suspira.

– Quando você se escondeu – começa Haymitch, virando-se para mim novamente – junto a uma parte de habitantes da Capital, ele estava junto. Caesar é um covarde, então achou que se escondendo, não teria mais tanta responsabilidade quanto ao que estava acontecendo e se livraria de tudo. Mas Snow o encontrou e ofereceu a ele muito mais do que ele imaginaria um dia ter. E, claro, ele aceitou fazer o que Snow queria: encontrar você para saber onde Katniss estava.

– Nossa – é o que consigo dizer. Em resposta, Haymitch passa a mão pelos meus cabelos e inclina a cabeça, me fitando.

Fico na ponta dos pés e mordo seu lábio, lançando-lhe um olhar sedutor. Haymitch me abraça pela cintura.

– Adoro quando você faz isso – murmura.

– Se quiser, posso fazer isso pelo resto das nossas vidas.

Haymitch concorda com a cabeça (”ótimo”, diz) e me coloca em seus braços. Deixo escapar um grito de susto. Ele começa a rir da minha reação.

Voltamos ao quarto onde eu estava antes e Haymitch fecha a porta, empurrando-a com o calcanhar.

– Vamos matar as saudades – diz, após me colocar na cama. Ele fica um tempo me admirando.

– Obrigada – digo. Haymitch levanta uma sobrancelha. – Por tudo. Você salvou a minha vida.

Haymitch sorri e me dá um beijo.

– Eu nunca iria me perdoar se algo acontecesse a você.

Passo a mão pelo seu rosto, sua barba malfeita da qual eu senti tanta falta. Do modo estranho como ele me olhava. Sorrio ao ver que tudo voltara.

– Depois quero que me conte tudo o que aconteceu – digo. – Quero saber de tudo.

– Contarei tudo que você quiser, princesa – responde. Em seguida se inclina sobre mim e me beija. Me deixo envolver, deixando de lado, pelo menos por alguns momentos, todas as minhas preocupações.

Não posso negar que senti muita falta disso. De como Haymitch me tomava em seus braços, de como seu toque era carinhoso e preciso. De como nossas respirações pareciam uma só, sincronizadas. De como, facilmente, eu me tornava só dele.


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Notas finais do capítulo

Então, gente... gostaram? Querem mais? Não querem? Consegui explicar tudo? Ai socorro USHFOQUWEFIWUFQWEF

Comentem e deixem a Lovett felizona ♥