Líccia esperou que Demétrius tomasse a frente da situação. Mas olhou para Demétrius e o viu parado encarando aquela vampira de cabelos vermelhos. E logo percebeu o que estava acontecendo. Era uma briga mental. A dúvida era: Qual perdia, qual vencia. Líccia ia ajudá-lo só que ela tinha agora que se ajudar, porque ela estava sendo sugada pelo chão, mas rapidamente ela flutuou para cima e localizou o seu agressor, um pirralho de cabelos azuis, que sorria para ela zombando de sua cara. Ela avançou em cima dele o arrastando pelos cabelos para fora da casa. Ela só conseguiu logo se livrar do poder da ilusão do garoto, porque ela tem o poder de controlar a mente de outros, então sua mente é forte e consegue reagir muito bem ao poder da ilusão. Mas é claro que ela sabe que começar uma luta mental tão logo vai a deixar mais fraca do que se começar uma luta física.

Ângelus vendo a cena de Líccia arrastando o vampirinho para fora lhe rendeu boas gargalhadas. Mas ele não riu por muito tempo, começou a sentir uma dor torturante no corpo que o fez se ajoelhar. Ele agora não tinha nenhuma vontade de rir, ele tinha vontade de chorar. Agora ele só não sabia se era de dor ou de raiva. Raiva da maldita vampira de cabelos pretos como a escuridão, tê-lo feito provar do seu próprio veneno. Pois ele é quem faz os outros sentirem dor e não o contrário.

Vinícius vendo o que a garota de cabelos pretos como a escuridão, tinha feito com Ângelus, ordenou dentro de sua cabeça que ela parasse, e a resposta dela não foi nada agradável, ela começou a fazê-lo também sentir dor. O que o fez jurar dentro da cabeça dela que ela iria se arrepender quando os vinte minutos se passassem.

Lúcius estava ali só esperando a sua deixa. Quando viu que a garota tinha cuidado dos seus irmãos. Ele resolveu cuidar dela. E não seria tolo de deixá-la atacar primeiro, por que ele conhece esse poder que ela tem. É o poder da incapacitação, a dor que ela produz incapacita qualquer um por pelo menos vinte minutos, é uma dor agonizante, que o indivíduo não consegue se mexer, só agonizar. Lúcius tem o poder da ilusão, e a fez provar do seu próprio veneno, fazendo-a achar que estava morrendo, fazendo a sentir a dor de um vampiro quando é destruído, que é uma das piores dores.

Mas o fato dessa vampira saber usar tão bem o poder da incapacitação lhe impressionou. Pois ele sabe que esse poder não se aprende a usá-lo do nada, não que ele o tenha quem o tem é Ângelus, que não é o único vampiro a possuir esse poder, mas um dos dois que teve séculos para desenvovê-lo, até ele conseguir deixar alguém de joelhos, ele treinou bastante. Primeiro ele conseguiu imobilizar por meio da dor partes isoladas do corpo até conseguir o corpo todo, — Eu sei bem disso, porque eu fui à cobaia para isso, era eu que ficava sendo imobilizado pela dor. — Lúcius

Lá fora da casa dos Novos:

Não no chão, mas no ar estavam dois pontinhos a lutar, que eram Líccia e Kayo, que eram tão rápidos, como se fossem só borrões. Ela tem o poder do controle mental, mas como Kayo tinha o poder da ilusão, então ela achou melhor começar com a luta física para depois ir para a psicológica.

Ela era muito forte, mas o vampiro de cabelos azuis cor do céu também era. Nem um dos dois mostrava sinais de cansaço ou fraqueza. Lutavam de igual pra igual. O que só aumentava o ódio de Líccia por esses Novos.

A situação era a seguinte dentro da casa dos Novos:

Morgana, a vampira dos cabelos cor de sangue estava a travar uma briga mental com Demétrius.

Ester, a menina dos cabelos cor da escuridão estava a brigar com os três irmãos: Ângelus, Vinícius e Lúcius. Claro que não com todos ao mesmo tempo. Ela atacava um e enquanto esse caía, ela atacava outro e assim por diante.

Demétrius com todo o seu esforço conseguiu ao mesmo tempo em que se defendia dos ataques mentais de Morgana, enviar uma mensagem mental a todos os outros antigos, dizendo-os que quando ele falasse chega em voz alta todos iam embora.

E foi muito rápido, quando ele falou chega, eles já não estavam mais ali.

Na mansão dos Antigos:

— Eu não posso entender como isso é possível! — exclamou Demétrius

— Como ele pode estar em três malditas crianças vampiras! — Líccia

— Do que vocês estão falando? — perguntou Ângelus

— Você é muito lento irmãozinho! — Lúcius disse rindo

— Július. — respondeu Vinícius a Ângelus

— Július! — exclamou Ângelus levantando-se de susto da sua poltrona

— É. Você não viu os poderes deles, que só os antigos possuem tão desenvolvidos por séculos de prática, em que eles sabem tão bem sendo ainda crianças e não tendo vivido mais do que doisdias. — Líccia

— dois dias?— perguntou Vinícius

— Exatamente. — respondeu Líccia

— Mas como os poderes de Július podem estar neles se sua alma foi despedaçada? — perguntou Lúcius que por séculos não ficava tão sério

Todos olharam para Demétrius para ele lhes dá a resposta. Pois sempre foi Demétrius que tinha sempre as respostas. Mas nesse caso ele não falou nada porque simplesmente ele não sabia mais que os outros pelo menos no que se diz respeito à Július.

— Vocês sentiram o poder deles e eu também, fiquei impressionado confesso. Mas nós somos os Antigos, somos os que mandam e não vão ser fedelhos que irão tomar nosso comando. Vamos ensinar a eles que nesse jogo de poder nós estamos há mais tempo. E garanto que eles não vão gostar nem um pouco de aprender. — Demétrius

— Era isso que eu queria ouvir! Então vamos começar a brincadeira? — Líccia perguntou sorrindo para Demétrius

— Agora mesmo! — Demétrius

— Mas como exatamente derrotamos os pirralhos, já medimos forças com eles e deu empate. — Vinícius

— Vamos mexer no ponto fraco deles! — Líccia

— Nas suas mães! — Ângelus

— Nosso problema é com os filhos e não com as mães! — Vinícius

— Vinícius não deixe a paixão por uma vampirinha ser a sua ruína. Não se meta no meio caminho. Só o avisarei uma vez! — Demétrius

— Obrigado pelo seu aviso querido irmão. — Vinícius disse com ironia