Choose Your Battles escrita por Ferla, Cami


Capítulo 13
Marcas de guerra


Notas iniciais do capítulo

Oláá~~
Bom, eu não sei nem o que dizer mais, até porque dou a mesma desculpa em todos os capítulos. Vocês deviam estar me odiando por ver minhas outras fanfics atualizando, eu mudando o nick de Sakuranee para Pequena Ferla, mas nada de capítulo aqui desde agosto. É eu sei, dói tanto para as autoras quanto pra vocês :c
Minhas sinceras desculpas, eu realmente espero que gostem desse capítulo, que eu demorei duas horas fazendo :c PLAYLIST: http://8tracks.com/pequena-ferla/choose-your-battles-playlist-3
Espero que gostem amorekos



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(nova playlist: http://8tracks.com/pequena-ferla/choose-your-battles-playlist-3)

— Annabeth, queria que visse a sua cara quando você me viu no seu piano — disse Felipe enquanto soltava uma gargalhada.

Estávamos fazendo uma caminhada simples após o jantar no jardim do palácio. Felipe pareceu bem humorado a refeição inteira, ao meu ver ele não tinha mudado muito, mas parecia mais maduro e responsável. Mesmo que fosse muito cedo para tirar conclusões.

— Mas é claro! Eu estou dormindo e quando abro os olhos tem um homem tocando no meu quarto.

— Ora, eu não sou só um homem, sou seu melhor amigo! — ele falou e em seguida fez um bico como se estivesse emburrado.

Até então tanto eu como Felipe sabíamos que em alguns meses nos casaríamos e que o baile de noivado seria em torno de um mês, mas não tínhamos falado nada sobre o assunto, parecia que ambos temiam que o outro não estivesse gostando muito daquilo, embora não aparentássemos.

— Perdão, melhor amigo! Mas olhe só quem anda sumido tem anos?

Ele ficou quieto e colocou uma mão no queixo, como se estivesse pensando. Em seguida, afirmou com a cabeça.

— É, eu desapareci mesmo — ele riu. — Pois Annabeth, eu ando muito ocupado, entende?

— Anda mesmo? O que um moço crescido em seus 23 anos gosta de fazer? Ir à festas? — eu disse, em seguida lancei um olhar provocador com a piada.

Olhei bem para o rosto de Felipe. Sob a luz fraca de um lampião pude notar que seus olhos não eram mais da mesma cor. Digo, o seu olho direito tinha um verde vivo como o do mar, já o esquerdo era bem mais claro, como o mar quando cristalino. O que eu não tinha notado antes era que no olho em que a cor era mais clara tinha uma longa cicatriz que passava desde as maçãs do rosto, pelo olho, e terminava no começo da testa. Não pude deixar de pensar em quem causara aquela cicatriz, afinal ele não a tinha quando menor.

— Quem me dera! — ele riu novamente. A parte boa de conversar com Felipe é que ele estava sempre rindo. — Eu sou comandante do maior esquadrão do castelo, não sabia?

— Você?! — eu perguntei já me mostrando mais interessada.

— Sim, faço parte da guerra contra os semideuses agora, uma hora eu teria que fazer minha parte como príncipe, não acha?

Ah sim, eu tinha esquecido. Felipe era o príncipe do reino que estava em guerra contra os semideuses - ou seja, a minha verdadeira família. Era de se esperar que ele comandasse algum tipo de grupo. Provavelmente era dessa forma que tinha conseguido a cicatriz.

— E... Qual esquadrão que você comanda?

— É um tipo de ataque, mas não em linhas de frente diretamente. Nós atacamos por trás — disse ele. — Digo, nós vamos direto aos acampamentos após descobrir suas localizações para destruí-los.

Eis que eu entendi o fato por trás de toda aquela guerra insana. Enquanto Felipe contava com honra sobre isso, Percy temia por perder mais de seus irmãos. Meu melhor amigo, que era um doce de pessoa, com certeza já matara meus irmãos, os mais caçados por bolarem as melhores táticas de ataque.

Tudo aquilo soava muito cruel e doloroso. Eu me via numa linha de divisão onde minha verdade estava em acampamentos escondidos pelos reinos, e meu passado em castelos armados e protegidos contra minha verdadeira família. Minha vida estava um caos.

Afinal, o que eu deveria fazer? Ficar no castelo e admitir que meu futuro era ao lado de Felipe e de seu reino que travava uma guerra contra aqueles que eu adquirira um cativo tão grande? Ou fugiria quando tivesse uma chance, e então voltaria para Percy?

Mas por que eu pensava tanto em Percy? Isso não fazia sentido.

— Annabeth? — chamou Felipe, abaixando a cabeça para mim. — Você ficou quieta de repente...

— O quê? Ah, perdão. Eu disperso um tanto fácil — sorri e me virei para ele, observando sua cicatriz mais uma vez. — Felipe... Sobre a cicatriz....

— Sim sim, imaginei que você iria perguntar. Esperta demais como sempre — ele se sentou num banco e pendurou o lampião num suporte para isso logo ao lado, em seguida pediu para que eu me sentasse. — Essa marca é a prova de que estou sendo útil para o povo. Mas as vezes penso que é parte de algum conflito pessoal. Como eu explicaria? Bom, existe um acampamento em especial com o qual eu tive muito trabalho. Era pequeno comparado aos outros, mas a força de vontade deles era admirável, devo admitir. O acampamento em si não ganhava ou perdia dos outros em força. Era o de se esperar. Contudo, Annabeth você não imagina — ele colocou as mãos na cabeça e soltou um suspiro. Seu cabelo um pouco comprido preso num rabo médio era muito bonito.

— O que foi? — perguntei.

— Falar sobre ele me dá nos nervos — ele suspirou novamente para concluir sua fala. — O líder daquele acampamento é impossível. Suas habilidades com a espada me deram muita dor de cabeça. Eu sempre fazia questão de travar uma luta diretamente com ele por ter tido treinamento de elite no castelo, porque achava que meus soldados não dariam conta, sério. Nós sempre acabávamos empatados e nunca fizemos questão de matar um ao outro. Mas como tudo na vida, isso mudou com o tempo. O ódio que eu sentia por aquele homem começou a se tornar cada vez maior, e parecia que o sentimento era recíproco.

— Por que tudo isso?

— Pelo simples fato que um nunca conseguia matar o outro. Parecia que nossas batalhas nunca saiam do lugar, como se algo maior estivesse ordenando aquilo, era agoniante.

— Então isso foi gerado pelo orgulho? — perguntei.

— Podemos dizer que sim. Além de sermos de lados inimigos, lutar com uma pessoa por tantas vezes acaba gerando esse tipo de sentimento.

— E a sua cicatriz?

— Perdão, vou continuar. Foi em nossa última luta há um ano. Depois dela meu pai não permitiu que eu voltasse àquele acampamento temendo a perda do filho — ele fez novamente uma pequena pausa. — Daquela vez o líder quase tirou minha vida. Estávamos lutando na beira de um rio, ele estava prestes a realizar um movimento que iria praticamente me fatiar ao meio, mas algo pareceu puxar seu pé. Foi muito estranho. Bom, não questionei, visto que seu ''tropeço'' só custou a visão de um dos meus olhos.

— Ele tropeçou no meio de uma luta?!

— Sim, pareceu que não foi ele o que o fez, mas sim alguém. Lembro-me de ouvi-lo gritando algo como ''Novamente pai?!'' com indignação quando recuperou o equilíbrio. Esses semideuses são todos meio loucos, não acha? Eles agem como se seus pais estivessem os ouvindo o tempo todo — ele deu risada.

''Porque eles estão.'' Pensei

Assim que Felipe terminou a fala, fiquei me questionando sobre qual acampamento seria, por mais que eu não conhecesse outro senão o que eu estava. Contudo, comecei a ligar os fatos após passar seu discurso novamente pela minha cabeça. Ele falara que o acampamento não era grande. Dissera também que o líder tinha uma ótima habilidade com espadas.

— Você disse que estavam lutando perto do rio? — perguntei.

— Sim. Ele pegava força da água. Achava que eu era idiota e não sabia, eu fazia de tudo para não deixá-lo se aproximar de uma fonte.

Filho de Poseidon, isso eu tinha certeza.

Não poderia ser.

— Felipe, e qual era seu nome?

— Seu nome? — ele riu e se levantou com calma. — Percy Jackson.

# # #

PERCY JACKSON

Mais uma droga de dia no acampamento novo. Dessa vez o rio estava muito longe, era uma merda. Felizmente tudo já estava pronto, não precisava mais ficar me preocupando com as cabanas ou com os pertences importantes perdidos no meio do caminho.

Contudo, essa falta de assuntos para pensar estava me deixando louco. Nunca desejei tanto que um filho de Ares e um de Hefesto brigassem feio como normalmente faziam. O motivo era claro, embora eu não quisesse admitir.

Sim, Annabeth fazia falta reclamando sobre ter que cozinhar, se gabando por atirar perfeitamente e me dando dores de cabeça. Por mais estranho que soasse, não sentir mais o cheiro doce dela - o qual tinha inventado de rosas que encontrara da floresta - ao lado da cama era insuportável.

Eu queria esquecê-la, na verdade eu devia, não tinham motivos para que ela retornasse. Afinal, por mais que ela fosse semideusa, o que isso mudaria? Ela entraria numa guerra contra os aliados de seu próprio reino? E não tinha cabimento deixar as melhores refeições pela nossa carne feita na fogueira, deixar as melhores camas pela minha com um colchão maltratado que mal cabíamos os dois em cima, muito menos abandonar a segurança do palácio, aqui ela poderia ser morta em qualquer momento. Ela estava no lugar em que deveria estar.

Ouvi o sino do jantar tocar e eu nem tinha preparado a banqueta do discurso.

— Ei Jackson, eles estão te esperando — disse Thalia.

— Ei sei. Pegue a banqueta para mim na barraca, Annab... — parei minha fala e posicionei minha mão na cabeça enquanto soltava um longo suspiro.

— Sentindo falta da princesa, primo? — ela deu risada. — Bom, você não é o único.


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Notas finais do capítulo

Olá pessoal!
Aqui é a CamiChan, peço também desculpas pela demora, apesar de ser mais culpa da Eduarda por ter 1881881 fanfics AAHSUAHSJAJS meu pedido de desculpas é a playlist que organizei exclusivamente para a fanfic! http://8tracks.com/pequena-ferla/choose-your-battles-playlist-3
~CamiChan



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