O Anjo e o Demônio escrita por Frozen Heart


Capítulo 2
Capítulo 2 — Queda


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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“Tudo é passageiro e do fim não se escapa...”

Tudo ficou escuro, nada fazia sentido tão distorcido. Começando a cair em espiral sem fim apenas escuridão e uma fumaça negra, várias tentativas inúteis de impedir o que estava por vir, mas lutar contra era como não conseguir respirar, fleche de luzes impedindo sua visão, apenas caindo sem saber onde ou pra onde, uma dor insuportável fez com que fechasse seus olhos, as suas asas pareciam ser arrancadas a cada segundo que tentava abri-las, não tinha maneira de impedir a queda. Talvez se ela aceitasse o seu fim a dor seria menor ou maior, lutar pela sobrevivência não errado e sim um ato de heroísmo.

O anjo fechou os olhos e deixou-se cair de repente tudo começou a desaparecer, toda a fumaça. Escuridão... Dor. Nada mais fazia sentido se tudo desapareceu por que não conseguia ver nada, suas asas se contraíram isso nunca significa boa coisa, elas simplesmente não se abriam tentava inutilmente fazê-las abrirem, percebendo que não poderia respirava mais, tudo começou novamente fumaça, escuridão e dor. Dessa vez era pior suas asas estavam sendo arrancada, a sensação era de que alguém estivesse puxando com as próprias mãos uma parte de seu corpo a dor era insuportável.

— Vai passar... Eu prometo! — uma voz sussurrou em seu ouvido.

O anjo caiu na inconsciência...

Acordou sobressaltada gritando com todas as forças de seus pulmões, sem abrir os olhos com medo de ver escuridão e fumaça negra não sentiu dor, isso era sem dúvida um progresso. Devagar ela abriu os olhos, a claridade era gritante em seus olhos, mas aos poucos se acostumou com toda a luz vida de fora da janela.

— O que esta acontecendo? — perguntou a garota pra si mesma — OMG! Isso foi só um sonho? Onde esta Rebekah e Stefan?

Por um segundo a garota se lembrou de suas asas, tentou abri-las. O que tinha de errado com ela, não sentia suas asas olhou para trás pra ver o que estava acontecendo com suas asas, cicatrizes se cicatrizando rapidamente parecia até surreal, onde deveria estar suas asas.

Levantou-se com dificuldade de colocar os pés no chão, foi ate a janela, a visão que viu foi devastadora em sua opinião ela não estava em casa, nem de longe aquela era sua casa, seus olhos começaram a lacrimejar. Os prédios a sua volta a rua barulhenta, pessoas nas ruas. Ela se lembrou da sua decisão em fazer sua missão, mas todos os anjos sempre disseram que nas missões eles tinham seus poderes e suas asas, aparentemente ela não possuía nenhum.

O anjo saiu do apartamento em New York de pijama e descalço, ela não sabia exatamente o que faria, estava chamando a atenção de todas as pessoas que estava passando Oitava Avenida (Manhattan). As pessoas começaram a esbarrem nela o barulho estridente dos carros buzinando, construções perto, a garota estava ficando tonta. Foi direto para o chão.

— Ei... Cuidado você não parece nada bem, o que ouve? — perguntou alguém ajudando ela a se levantar.

— Quem é você? — perguntou ela se livrando da ajuda vinda dele.

— Só estava tentando ajudar... Me chamam de Damon... Dam... Lindo... Damon Salvatore... Como preferir — ele sorriu malicioso olhando os trajes em que estava.

— Pare de me olhar assim — disse ela vermelha de vergonha.

— Claro que paro... Se me deixar te pagar um café — ele convidou com um sorriso cafajeste e ela assistiu.

Juntos entraram no café próximo a onde ela havia caído, ele sentou em uma dos sofás que estava vago, àquela hora era muito difícil achar um lugar vago em um café, ela sentou de frente para ele, uma garota morena atendeu ambos com um belo sorriso nos lábios. Rapidamente percebeu a troca de olhares entre a garçonete e o rapaz.

— Você não me disse seu nome? — perguntou Damon.

— Caroline — ela disse o encarando.

A garota morena chegou com o pedido, depois foi atender outra mesa Damon olhou para a bunda dela, fez com que Caroline revirasse os olhos, Damon pegou o café e bebeu Caroline fez o mesmo, mas se engasgou no meio do caminho. Um fleche de memória a atingiu levando as mãos até a cabeça e fechou os olhos, começou a ver qual era sua missão. Damon e a garçonete deveriam ficar juntos. Eles não podiam pelo passado, havia tornados eles duas pessoas diferentes do que eram para ser.

Ela se levantou rapidamente, voltou para seu apartamento o garoto de cabelos pretos e olhos azuis, começou a correr atrás dela, nada fazia sentido em sua mente. Porque isso era tão importante? Porque estava fazendo aquilo? Depois de subir pelas escadas de emergências correu para dentro do seu apartamento fechando a porta, uma batida estressante na posta fez a garota estremecer.

— Ei! Garota o que tem de errado com você? — perguntou Damon.

— Vai embora, por favor! — gritou Caroline encostada na porta.

— Tudo bem eu vou, mas ficara bem sozinha? — perguntou preocupado.

Como não houve resposta Caroline pode ouvir passos se afastando da porta onde estava encostada, suspirou aliviada levantando e se jogando na cama, outro fleche de memória, dessa vez fazendo cair no chão de tanta dor sua cabeça parecia explodir a cada vez que tentava se levantar uma memória do seu passado onde se lembra de estar tudo escuro em chamas, mas pela primeira vez viu um rosto.

Depois de se debater pelo chão frio de seu apartamento ouvi-se silêncio, a respiração calma dentro do apartamento escuro pela chegada na noite a garota se levantou do chão, nenhuma dor foi sentida tudo parecia calmo e sereno, alguns segundos depois uma dor na barriga o fez bufar de raiva com todos esses fleches de memória ela tinha ficado o dia inteiro sem comer.

— Droga! — falou baixo

No mesmo instante lembrou-se de Rebekah e Stefan, por onde estariam seus melhores amigos, mas de todo o caso precisaria comer para fazer qualquer coisa, vasculhando todo o apartamento encontrou algumas roupas, pouca comida na geladeira, nesse ritmo teria que arrumar um emprego ou então morreria de fome.

Comeu algumas das coisas que tinham na geladeira tomou um banho vestindo algumas das roupas que achou e novamente se deitou na cama, pegando no sono rapidamente, o sono foi tranquilo sem nenhum problema com fleches de memórias.

Acordou se sentindo mais leve que o normal, se levantou e caminhou vagarosamente até a cozinha comendo tudo o resto da comida que sobrara de ontem, depois de saciada sua fome saiu do seu apartamento caminhando calmamente pela Oitava Avenida entrou no mesmo café da manhã interior, observando a garota atender quase todos os clientes com um sorriso no rosto, sempre recebendo olhares maliciosos dos homens ali presentes. Com razão ela era muito bonita.

— O que a senhorita deseja? — perguntou a garota morena.

— Oh... Um emprego, por favor! — brincou a loira.

— Não acredito estou procurando alguém para trabalhar já faz seis meses, mas ninguém está realmente interessado, você gostaria de trabalhar aqui? — perguntou a garçonete com um brilho nos olhos.

Caroline pensou por um momento não tinha comida, suas roupas eram sei lá de quem, a casa onde acordará como foi parar lá? Droga! Pensou a loira. Tantas perguntas sem respostas, se ela aceitasse aquele emprego ficaria perto da garota e poderia mais rápido voltar para casa com sua missão cumprida.

— Mais é claro que eu quero! — sorriu de canto — Estou sem dinheiro, sem roupas e sem comida, Oh meu Deus como eu me deixei chegar a essa situação?

— Se quiser começar hoje. Provavelmente no fim da tarde terá algumas gorjetas... Às vezes eles são bastante generosos — riu a morena de algum pensamento interno — A propósito me chamo Elena...

— Caroline — disse ela simplesmente — Eu vou aceitar, sua proposta parece bastante tentadora — as duas riram.

Elena mostrava exatamente tudo o que era preciso saber para trabalhar no café, não era nada complicado, Caroline fazia tudo que Elena mandava totalmente sem jeito nunca havia feita coisas desse tipo antes. Quando chegou a hora do almoço Caroline estava visivelmente exausta.

— Hey? — Elena chamou Caroline — Quer vir almoçar comigo?

— Pode ser! Onde? — Caroline a olhou.

— Minha casa! — falou Elena — Eu sempre almoço sozinha, você seria uma ótima companhia... Na verdade sempre trabalhei aqui com Lucas e Diego nunca tive tempo para uma amiga.

Elena ordenou para Lucas que também fossem almoçar e Diego ficasse que quando ela voltasse, ele poderia ir os dois fizeram o que ela havia mandado. Elena puxou Caroline que parecia um poste observando tudo, Elena se direcionou para um lugar ao lado do café mostrando uma escada.

Depois de subir alguns lances de escada Elena abriu a porta do seu apartamento bastante peculiar na visão da loira, de onde estava dava pra ter uma visão privilegiada de todo o mini apartamento. Elena seguiu para a cozinha mexendo nas gavetas e abrindo varias vezes a geladeira enquanto Caroline apenas a observava.

— Caroline da para me ajudar aqui? — chamou Elena despertando Caroline de seus pensamentos.

— Sim, claro... O que é pra fazer? — perguntou a garota indo em direção a cozinha.

— Bem, não muito só seja mais esperta do que eu e não deixem que o almoço queime, vou fazer uma ligação! — saiu Elena do lado do fogão e foi para a sala deixando Caroline bastante apavorada.

Elena pegou o telefone e discou um numero bastante conhecido o primeiro toque foi ouvido depois o segundo o terceiro, quarto no quinto toque a voz rouca soou.

“Alô”

— Matt?

“Sim?!”

— Está tudo bem querido?

“Elena! Ó sim... Bem! E as coisas no café?”

— Vai bem... Encontrei uma garota pra me ajudar! — Elena sorriu.

“Ela é boa?” perguntou Matt sem interesse.

— Não reclama, faz tudo o que eu mando, ela é uma ótima pessoa só um pouco perdida, mas eu não quero falar sobre ela... Quero falar sobre a gente.

Silêncio...

— Matt, esta ai?

“Sim Elena”

— Você vem me ver hoje? — perguntou ela alegre sentindo um cheiro de queimado vindo da cozinha.

— Meu Deus... Beijo te amo, te espero hoje à noite. — Elena disse rapidamente.

Matt finalizou a ligação Elena correu para cozinha se deparando com Caroline literalmente desesperada.

— Elena eu juro que tentei... Eu não sei fazer nada... Droga! — resmungou a loira levantando as mãos para tampar o rosto.

— Tudo bem Car... — Elena a abraçou e ela retribuiu.

Uma dor de cabeça horrível atingiu Caroline, novas memórias invadiram a loira que por um segundo sentiu seu corpo ir de encontro ao chão, a dor ficou mais intensa fazendo ela se contorcer no chão da cozinha de Elena. Uma garotinha abraçada em duas pessoas desconhecidas, mas adultas, a garotinha se vira vendo que sua irmã se contorcia em raiva, a garotinha abraça a irmã que olha com desgosto afastando-a com repulsa, depois de alguns segundos a garotinha se tranca no quarto chorando. Elena olha para Caroline e se agacha tentando mantê-la acordada. Quando Elena toca em Caroline novamente, a loira se contorceu entregando-se a inconsciência.

Quando a loira acordou estava no sofá da casa de Elena com um pano úmido em sua testa, a morena a olhou preocupada e Caroline abriu um sorriso frouxo.

— Tudo bem com você? — Elena a fitou por alguns instantes.

— Oh, sim... Isso acontece ás vezes — falou Caroline despreocupadamente.

— Você tem que ir ao médico, sabia? — disse a morena maternal.

— Não é necessário — resmungou a loira de frente para Elena.

— Lógico que é necessário, você apagou por uma hora — Elena olhou incrédula para Caroline.

— Temos que voltar para o café certo? — falou a loira.

— De jeito nenhum, até parece que eu deixarei você ir — Elena bateu o pé frustrada — Vamos, agora se deite novamente ou farei você ir ao médico!

Caroline relutante obedeceu, voltando a se deitar logo o sono veio fazendo-a dormir tranquilamente no sofá. Elena voltou para o café ordenou que seus ajudantes tomassem conta do estabelecimento enquanto ela resolvia alguns problemas pessoais. Voltou ao apartamento para sua sorte a loira continuava dormindo, caminhou para a cozinha onde fez dois lanches, um para si outro para a loira. Caroline despertou do seu sono e encarou o apartamento a sua volta.

— Elena? Você esta aqui? — perguntou levando a mão direita à cabeça.

A dor que estava sentindo era só um dor de cabeça comum, não eram tão intensas como as dores quando algumas memórias eram implantadas em sua mente.

— Caroline aqui na cozinha! — gritou Elena da cozinha.

A loira caminhou lentamente até a cozinha, onde viu Elena comendo seu lanche preparado, estava com um cheiro bastante convidativo Elena demorou um pouco para perceber a presença dela, mas logo ofereceu outro lanche que estava tampado com um pano, no instante seguinte Caroline devorava tudo o que tinha em cima da mesa.

Depois de algumas horas Elena “liberou” Caroline para ir embora vendo que a mesma estava com uma aparência mais saudável. Elena ordenou que ela acompanhasse Caroline para casa, nada contente Caroline concorda emburrada.

— Tudo bem, daqui eu consigo sozinha! — debochou a loira em frente ao seu prédio.

— Ok! Só me promete que se tiver outro desses seus episódios me liga? — Elena a encarou e olhou para a fachada do prédio.

— Tá eu prometo! — falou impaciente — Que horas é pra chegar amanhã?

— 7h30min. Tenha uma ótima noite Car... — a morena se virou indo em direção ao seu mini prédio a três quadras dali onde também ficava o café.

— Elena? — chamou à loira fazendo-a parar — Obrigado!

— Você foi a pessoa mais próxima que cheguei a ter como amiga em muito tempo... Eu é que agradeço — Elena sorriu e voltou para seu caminho.

Caroline caminhou apressadamente até o elevador que daria ao seu apartamento no 4º andar, apertou a botoeira para chamá-lo quando seu dedo foi empresado por outro.

— Desculpe! — murmurou o garoto.

— Não tem problema! — ela abriu um sorriso sincero que só era visto quando estava encrencada com seu supervisor.

— Tudo bem! — o garoto disse

Os dois ficaram se olhando por alguns segundos até a porta do elevador os interromper com seu barulho irritante, ambos entrou no elevador vazio em silêncio, o garoto se apressou e apertou a botoeira para o 4º andar ela o encarou por um instante e em seguida abaixou a cabeça fitou o chão.

— Não vai apertar para o seu andar? — a voz do garoto se formou encostando-se na parede fria do elevador, sem nenhuma resposta da loira as portas do elevador se fecharam.

***


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Notas finais do capítulo

Bem obrigado a quem leu, favoritou e comentou ^^
Até a próxima!



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