Happy Valentine's Day, Mônica escrita por Dominique


Capítulo 5
Cebola


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal! Voltei!
*Desvia de pedras
Calma! Eu sei que demorei 6 meses (isso mesmo, SEIS MESES) para postar, mais é que eu passei por uma longo período de depressão nesses últimos meses ( notas baixas, brigas com os pais, exclusão etc), mas já superei e voltei com tudo para terminar as fics que começei!

Nos vemos nas notas finais!

P.S Tentem não ficar chocados, pois a partir daí a fic vai conter muito yuri/yaoi.



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Cebola's P.O.V

Não.

Não.

Não.

Meu corpo doía devido ao longo tempo em que fiquei sentado naquele sofá, mas eu mal percebia. A única coisa que me passava pela cabeça era a estupidez de meu julgamento.

DC realmente era apaixonado por mim. Seria possível? Se tivéssemos continuado amigos após a declaração, o que teria acontecido? Eu certamente não estive nem estou apaixonado por DC. Como isto nos afetaria?

Balanço a cabeça com um profundo desgosto de mim. Bom, certamente seria melhor do que é agora. Que babaca fui! Não me admira que ele me odeie. Um melhor amigo deveria ser mais compreensível à dor do outro.

Dou um tapa na minha testa e então me lembro de Mônica. Oh, ela deve ter ido embora em algum momento depois daquela briga espetacular.

Suspiro. Agora minhas chances estão certamente aniquiladas. Mõnica jamais namoraria um traíra como eu.

Continuo ainda mais desgostoso comigo. E daí que Mônica não vai querer me namorar? O que são relacionamentos perto da integridade?

Fui um monstro e não me orgulho disso. O que fazer?

Relembro das palavras de DC e sinto meu estômago revirar.

"Você é pior do que Denise, muito pior. E sabe o que ela fez? Vendeu a Charlie!"

Oh, Céus! Aquela menina sempre foi encrenca, eu sabia, mas ser comparado com ela machuca muito.

Preciso fazer alguma coisa, qualquer coisa. Mesmo que DC decida não ser meu amigo e continuar um verdadeiro chato, preciso que ele me perdoe.

Toco algumas notas no teclado em busca de inspiração. Minha cabeça grita uma única maneira, mas não posso considerá-la. Se Denise realmente vendeu Charlie, ele pode estar em qualquer parte do país agora! Recuperá-lo será uma tarefa inútil.

Mesmo assim, tenho de tentar. Suspirando, guardo minhas coisas e troco o uniforme por uma roupa mais descolada. O Bar Limoeiro teria um visitante inesperado naquela noite.

~’~’~’~

– Olá, Denise!

A morena olhou-me detalhadamente.

– Hey, Ceb. – Nunca a ouvi me chamar com tamanha intimidade e, embora aquilo me desse nojo, também poderia significar um passo a mais na busca por Charlie. – O que um nerd como você faz aqui?

– Decidi relaxar. É tanto trabalho com a banda. DC e Mônica me deixam loucos!

Os olhos da moça cintilaram.

– Eles estão juntos?

– Oh, não! Eu não diria isso. Bom, ao menos por enquanto. Ele compôs uma música para cantarem em dueto, mas acho que não significa nada...

Agora Denise estava furiosa.

– Como ele ousa? DC nunca escreveu uma música para mim!

– Ora, às vezes ele não escreve quando está apaixonado...

Ela me dedicou um olhar de desprezo.

– Realmente acredita nisso, Ceb? – Pensativa, virou um copo de uísque. – Não posso deixar aquela fedelha roubá-lo de mim. Ele ainda me ama, posso sentir!

– Falando nisso, Denise, se vocês se amam tanto, por que não estão mais juntos?

Encarou-me longamente, como se quisesse se assegurar de que sou confiável.

– Vendi aquele baixo estúpido e ele surtou! – Seus olhos se encheram de lágrimas. – Estava todo sujo, velho e desafinado, por que ele ainda o queria? Consegui algo muito melhor por ele. – Os olhos dela eram pura vaidade agora. – Uma guitarra chinesa tão linda! Deve custar uma fortuna, mas a pechincha por Charlie foi justa. – Soltou um suspiro frustrado. – Se houvesse algo que pudesse ser trocado! Conseguiria Charlie e Do Contra de volta! Mas a Berenice não quer de jeito nenhum...

Arrepiei-me ao ouvir aquele nome. Berenice era a dona de uma loja de trocas e conhecida por sua habilidade de enganar os possíveis consumidores. Tirar o baixo das mãos dela seria uma tarefa terrível!

– Por que não vamos até a casa dela e tentamos alguma barganha? – Sugeri. Ainda eram 8 horas da noite e Berenice certamente não se importaria. Ganhar dinheiro a todo momento era seu lema.

Denise depositou uma nota no balcão e levantou-se.

– Tudo bem, mas acho que é uma causa perdida. Acredite-me, já tentei. – Parou. – Por que está tão interessado nisso?

– Bom, talvez eu também tenha meus interesses em manter Mônica distante de DC...

Odiei-me por sequer cogitar essa hipótese, porém não me senti com remorso por muito mais tempo. É claro que não era verdade e, entretanto, o necessário para tentar reaver Charlie das mãos daquela bruxa.

Denise soltou uma risadinha sarcástica.

– Boa sorte com aquela lá.

Meu sangue ferveu. Controlei minhas expressões, porém, e a acompanhei até a casa da comerciante.

– Quem se atreve a incomodar-me em minha casa? – Perguntou Berenice assim que abriu a porta. – Denise, sua banana! Não adianta, não aceito nada em troca de Charlie. Ele é meu!

– Olá, Sra. Berenice! – Cumprimentei alegremente. – Tem certeza de que não há nada que possa querer em troca dele? É só pedir.

Percebi que o olhar dela se demorava longamente em mim. O que estava acontecendo?

– Oh, há algo que eu gostaria em troca de Charlie. – Eu e Denise sorrimos. – A seu bracelete!

Olhei para meu braço e reconheci o bracelete preto de um cantor de rock que fazia parte de uma banda dos anos 90 que DC havia me dado há alguns anos atrás. Eu normalmente a utilizava como amuleto de sorte, mas a ocasião pedia um look mais despojado e, infelizmente, eu não possuía nenhum igual. Tive de me virar.

Senti um aperto no coração, aquela bracelete era realmente muito importante pra mim. Se era o jeito, porém... Que fosse.

– Concordo.

Olhei pela última vez para o bracelete repleto de "espinhos" antes que Berenice fechasse a porta atrás de si. Denise segurava o baixo com alegria.

– Finalmente! – Olhou para mim. – Obrigada, Cê. Pode deixar que Do Contra jamais saberá de nosso segredinho.

Agradeci. Seria mesmo melhor que DC não soubesse o que fiz.

Corri para casa. Embora meu coração estivesse mais leve, o vento gelado em meu torso nu me dava arrepios.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Comentem o que acharam please!
Mas e aí? Cebola merece ser perdoado?



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