A Última Filha de Perséfone escrita por Miss Jackson


Capítulo 7
Eu sou transformada em loba


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu não quero ser chata e nem dramática, nada disso, mas eu não quero ficar escrevendo para o vendo, eu sou movida a reviews galera. Quando eu conseguir cinco reviews nesse capítulo e no mínimo um favorito na fanfic eu posto o próximo capítulo.
Enjoy ~



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"Seis meio-sangues partirão em busca do Elmo roubado

Dois terão que abandonar, dois terão que retornar

A Princesa da Primavera e o Príncipe Fantasma se unirão

E os deuses contra eles estarão

Voltarão sã e salvos para aquilo que chamam de lar

O objeto sagrado do Rei irão entregar

E o que marca o início do laço o Fantasma há de salvar"

Era a essa a profecia que ficava ecoando pela minha cabeça enquanto eu, Nico, Annabeth, Percy, Natalie e Louis íamos em uma missão para Anchorage, Alasca, em busca da porcaria do Elmo de Hades, e tínhamos somente até o solstício de verão, daqui há uma semana e meia, mais ou menos. Acho que o fato de que metade da profecia trata-se sobre eu e Nico já me deixava bastante apavorada. Os deuses contra nós estarão? MAS QUE PUTARIA É ESSA?!

O.k, Andrômeda, respira.

– Que profecia maluca – comentou Percy pra quebrar o silêncio, eu grunhi e Nico se encolheu ao meu lado. – Princesa da Primavera e Príncipe Fantasma, quem serão?

Annabeth revirou os olhos.

– Quem é o deus dos mortos, Percy? – perguntou ela.

– Hades, ué.

– E a deusa da primavera?

– Perséfone, ué.

– E quem são seus filhos GREGOS?

– Nico di Ângelo e Andrômeda Walter, ué.

– Então, Perseu! – exclamou Annabeth. – O Príncipe Fantasma é o Nico e a Princesa da Primavera é a Andrômeda.

Natalie riu.

– A lerdeza é infinita.

– Hã? – disse Percy e todos riram, menos eu e Nico.

– Ei, vocês dois, saiam dessa depressão – disse Louis olhando para nós dois. – Não sei se vocês perceberam mas vocês estão um pouco longe de nós.

– Tanto faz – dissemos nós dois em uníssono, Louis revirou os olhos. Estávamos realmente mais atrás deles, e eles nos ignoraram, seguindo conversando.

– Estou com medo – comentei baixinho para que somente Nico ouvisse. – Essa profecia me assusta.

Ele enfiou as mãos nos bolsos e baixou a cabeça, soltando um suspiro longo e pesado.

– Ela também não me traz boas coisas, mas vamos tentar esquecer isso.

– Não há como esquecer – retruquei. – Nico, eu estou com medo e não há como afastar isso. Dois de nós terão que ser abandonados, outros dois terão que retornar, e só dois vão conseguir o Elmo, e ambos nós dois sabemos que esses que vão seguir sozinhos somos nós dois!

Eu estava estressada, muito estressada. Tão estressada que sentia que eu poderia dar uns bons tapas na cara do Nico se ele dissesse qualquer bobagem, mas ele ficou quieto e com a cabeça baixa até pararmos em um posto de gasolina com uma lanchonete para comprarmos alguma coisa pra comer.

– Precisamos debater um pouco sobre a profecia – disse Natalie assim que nos sentamos em volta de uma mesa na lanchonete. – Alguém aí já tem uma interpretação formada?

Todos nós olhamos para Annabeth, ela sorriu.

– Começa falando sobre nós seis, depois diz que em alguma ocasião dois de nós terão que ser abandonados, e outros dois terão que retornar ao acampamento. Aí chega a hora em que a profecia foca no Nico e na Anddie. Eles vão se unir, e os deuses estarão contra eles, mas eles conseguirão voltar para o acampamento, entregarão o Elmo para Hades, e o último trecho... – ela pareceu pensativa. – Não consigo entender o último trecho.

– "E o que marca o início do laço o Fantasma há de salvar", é estranho, não dá pra entender – disse Percy, fazendo uma careta.

– O início de um laço... – murmurei. – Um laço de amizade?

– Sem sentido, o que marca o início de uma amizade? – perguntou Nico.

– Sei lá – dei de ombros.

– As duas pessoas se conhecendo – deduziu Louis. – Mas o que marca o início desse tal de laço vai salvar o Nico, e ele e a Anddie já se conhecem, não faz sentido.

– Isso é confuso – comentou Natalie. – O início de um laço... Um laço...

Di immortales! – exclamou Annabeth. – Isso é difícil.

– Então vamos ter que resolver isso quando chegar o momento de salvar o Nico – disse eu. – O problema é: Salvar o Nico de quê?

– Concordo – concordou Percy. – De quê salvaríamos o Nico?

Todos ficaram em silêncio, Nico pigarreou e disse:

– Uma doença?

– Credo, Nico – disse eu. – Não exagera.

– É uma probabilidade – ele deu de ombros. – Me salvar da morte?

– Ironia da vida – riu Louis. – Salvar o filho de Hades da morte, há há.

Mas ninguém achou graça. Annabeth o olhou com cara de tédio.

– Não teve graça? – perguntou ele.

– Não – respondemos todos em uníssono, ele bufou.

– Não estamos aqui para brincar – disse Annabeth. – Precisamos nos concentrar.

– Acho que devemos seguir o que a Anddie disse, resolver isso quando chegar o momento – disse Natalie.

– Mas a própria Anddie vai ter que resolver isso, provavelmente – disse Percy.

– Legal lembrar disso, fera – revirei os olhos, girando um anel de cebola nos meus dedos, lentamente ficando sem a mínima vontade de comer. – Vou ter que fazer algo que marca o início de um laço pra salvar o Nico.

– Buguei – disse Louis, todos nós o olhamos com cara de interrogação. – O quê foi? O computador de vocês nunca deu um pane?

– Deuses, Louis... – murmurou Natalie, colocando a mão na testa e balançando a cabeça negativamente, fazendo um "tsc tsc" com a boca.

– O que marca o início de um laço... – murmurou Nico, olhando para mim, assim que eu percebi seu olhar ele corou e desviou o olhar dele para a janela. – Comam logo isso, temos que ir.

. . .

– Droga, eu pensei que estávamos no caminho certo! – exclamou Annabeth, rasgando o mapa dela.

– Estamos perdidos? – perguntou Percy, Annabeth assentiu. – Nico...

Nico o interrompeu.

– Viagem nas sombras não é possível com tantas pessoas.

– Você está estressado, Nico? – perguntei.

– Não – respondeu ele rapidamente. – Talvez sim...

Ele foi interrompido pelo barulho de pneus raspando no chão. Natalie gritou bem na hora em que Nico me puxou para o chão e uma van foi lançada por cima de nós. Eu olhei para a cena, assustada, mas depois vi quem lançara a van, que agora pegava fogo e lentamente fazia o trânsito parar; Um gigante lestrigão que parecia furioso, acompanhado de mais quatro lestrigões.

– Você está bem? – perguntou Nico, se levantando e estendendo a mão para me ajudar a levantar, eu suspirei e levantei.

– Estou, não posso reclamar porque caso o contrário eu teria tido a cabeça arrancada por uma van. Então obrigada.

– Lá estão eles! – gritou um lestrigão chamado Leãozão (dizia em uma tatuagem dele!). Os gigantes se viraram para nós.

– Tá na hora de agir – murmurei.

– Não temos muito o que fazer com eles, eles são fortes, nem os guerreiros esqueletos do Nico serão páreos contra eles – disse Natalie.

– Mas e isso? – perguntei, erguendo os braços, o chão se abriu e um monte de plantas gigantes cresceram, enrolando os gigantes e os apertando, mas eles não se dissolviam em cinzas. Todos me olharam, espantados. – Deem um jeito, tão esperando o quê? Eu não posso ficar aqui para sempre!

– Ela tem razão, não dá pra resistir por muito tempo! – disse Nico, desembainhando sua espada. Todos desembainharam as suas e Annabeth sacou sua adaga, tudo isso bem na hora que eu perdi as forças e os gigantes conseguiram partir minhas plantas ao meio. Eu caí de joelhos no chão, agora realmente notando o quão exausta eu havia ficado. Um dos gigantes correu em minha direção. – Parando por aí, grandão!

Nico se pôs na minha frente e abriu os braços, de dentro do chão surgiram centenas de guerreiros esqueletos que partiram para cima do lestrigão na nossa frente. Eu tentei me levantar, mas caí.

– Nico... – chamei, ele se virou para mim e me olhou com uma expressão triste. – Lute, pare de ficar me encarando!

– Eu não vou te deixar sozinha.

– Cacete, Nico, vai logo! – xinguei, ele se assustou. – Desculpe, isso acontece às vezes. Agora vá logo!

Ele murmurou algumas coisas e correu para ajudar os outros.

– Pensou que escaparia de nós? – disse uma voz feminina ao meu lado, eu apertei os olhos.

– Quem é você? – perguntei, a garota me ignorou e gritou algumas palavras em uma língua que eu não reconheci.

– Adeus – disse ela, eu comecei a ficar mais comprida e olhei para mim mesma, eu estava criando pelos negros pelo corpo, meu nariz e minhas orelhas sumiram e meu rosto se esticou, ficando no formato de um focinho de um lobo, senti duas orelhas pontudas surgirem na minha cabeça e uma cauda no meu traseiro. Eu me assustei comigo mesma quando em vez de gritar eu uivei.

Ah, meus deuses, aquela maldita garota que eu nem sei quem era havia me transformado em uma loba!

Me sacudi, uivando outra vez e correndo até meus amigos, sentindo-me com mais energia. Pulei para cima de um lestrigão, cravando minhas garras nele, estranhamente ele se dissolveu em cinzas.

– Um lobo? – perguntou Percy enquanto eu derrotava o último lestrigão e me parava na frente deles, sentando-me. – Cadê a Anddie?

– Anddie? – perguntou Nico, se ajoelhando na minha frente, eu gani e assenti. – Ah, deuses, quem fez isso?

Eu rosnei. Como eu iria responder, animal?!

Ops, o animal era eu.

– Ah, claro, você não pode falar – ele revirou os olhos. – Como eu posso te ajudar, Anddie?

Balancei a cabeça negativamente, colocando uma pata em cima de uma das mãos de Nico.

– Anddie, nós vamos dar um jeito nisso, o.k? – prometeu Louis, preocupado, eu assenti e olhei nos olhos de Nico, vendo preocupação. Quis dizer para ele não se preocupar, que tudo iria se resolver e eu voltaria a ser uma humana, mas infelizmente eu não podia.

Privilégios de ser uma loba: Você pode fazer o que quiser que as pessoas não vão interpretar errado.

Seguindo essa linha de pensamento eu lambi o rosto de Nico e ele riu, se levantando, eu me levantei e me sacudi outra vez, balançando minha cauda.

– Como não vimos quem fez isso com ela? – perguntou Annabeth, decepcionada, enquanto voltávamos a caminhar. Eu gani, desanimada.

AU! – lati.

– O quê? – perguntou Natalie, eu revirei os olhos.

AU! – tornei a latir. Eu estava vendo algo no bolso das calças de Nico.

– O quê ela quer dizer? Ajudem! – disse Louis, parando de andar, eu apontei para o bolso de Nico, mas ninguém pareceu entender.

Eu rosnei e passei uma pata pelo bolso. O bilhete que estava ali caiu. Nico se abaixou e pegou, lendo-o em voz alta:

Senhor Hades me pediu para fazer isso em troca de algumas coisas bem interessantes, eu não tive escolha, sou uma filha de Hécate. Mas se quiserem que a garota volte a ser uma humana é só prestarem bem atenção em um lugar da qual vocês pararão. Ou melhor, na anfitriã – leu Nico, cerrando os punhos. – Eu não acredito que meu pai fez isso!

– Nico, calma – disse Annabeth. – Ela disse que há um jeito.

– Mas meu pai fez isso!

Eu gani e me esfreguei entre as pernas dele, ele fez atrás de uma das minhas orelhas. Agora eu entendo o porquê de cães gostarem tanto de carinho atrás da orelha.

– Ainda terei uma conversinha bem séria com ele – disse Nico. – Podem esperar.

– Nico, não vamos nos alterar, cara – disse Louis. – Há um jeito para resolver o problema da Anddie, é o que importa.

Nico olhou para mim e soltou um longo e triste suspiro. Eu abaixei a cabeça e nós todos ficamos em silêncio, voltando a andar.


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