A Última Filha de Perséfone escrita por Miss Jackson


Capítulo 14
Dois terão que retornar...


Notas iniciais do capítulo

Tenho a tristeza de anunciar que daqui há mais ou menos cinco capítulos a fanfic chegará ao fim. :(
Ah, mas se gostarem da minha fanfic, gostaria que lessem minha nova fanfic com a minha amiga (diva linda maravilhosa Larissa), é uma fanfic Octachel. Link: http://fanfiction.com.br/historia/482111/Octachel_-_O_Impossivel_Acontece/



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Parei para pensar que nós já estávamos parecendo os personagens de The Walking Dead (não os zumbis); Exaustos, suados, sangrando e com as roupas rasgadas. Pensem bem, estávamos no meio de deuses e monstros que queriam me matar, e mesmo assim meus amigos continuavam insistindo de que não me deixariam só. Poseidon já deveria estar querendo torcer o pescoço de Percy, assim como Atena com Annabeth. Era triste pensar nisso, mas é a realidade.

– No fim não conseguimos comprar nada para comer – lamentou Annabeth. – Parece até que eu vou desmaiar de tanta fome.

Passei a mão pela minha barriga, choramingando.

– Querem que eu cace alguma coisa? – perguntei.

– Acho que você podia se transformar em uma loba e pegar alguma coisa nessas casas – sugeriu Percy. – Não gosto de roubar, mas é nossa última chance.

– Boa ideia, me esperem aqui – sorri e me transformei em loba. Eles se sentaram em um banco da praça onde havíamos ido parar e eu corri para o outro lado da rua. A primeira casa que eu vi foi a que eu comecei a tentar entrar.

A porta tinha uma passagem pra um tipo de cachorro maior, o que foi muita sorte minha. Entrei pela portinha e olhei em volta. Era uma casa bonita, mas eu não estava ali para apreciar a decoração da casa, então corri para a cozinha. A casa estava muito silenciosa, comecei a estranhar, mas no fim decidi aquietar os pensamentos e fiquei procurando lanches.

Me transformei em humana, peguei uma sacola e joguei dentro dela todos os tipos de suprimentos que eu encontrei. Amarrei as alças da sacola e voltei a ser uma loba, colocando a sacola entre os dentes e tranquilamente saindo da cozinha. Azar o meu, pois eu encontrei um pastor alemão furioso com minha “visita”.

O cão rosnou para mim. Imaginei que, pelo fato de eu ser parente dele, eu poderia conversar com ele e e tentar convencê-lo de que eu precisava disso.

Er, oi – disse eu mentalmente, o cão se sentou e deitou a cabeça um pouco para o lado.

O quê você está fazendo aqui? – perguntou ele.

Eu preciso de suprimentos – respondi rapidamente, olhando para a sacola. – Estou com alguns amigos que também precisam, estamos morrendo de fome.

Mas essa é a minha casa, não vou deixar você roubá-la.

Tecnicamente essa casa é dos seus donos – retruquei. – Por favor, hm... – Olhei para a plaquinha da coleira dele. – Max. Precisamos muito disso.

Max ganiu.

Tudo bem... – disse ele. – Mas ande logo antes que eu me arrependa.

Obrigada, Max! – agradeci e comecei a andar, mas Max veio atrás de mim.

Qual seu nome? – perguntou ele.

Andrômeda – e saí de casa, deixando Max no vácuo. Atravessei a rua e larguei a sacola em cima do banco, voltando a ser uma humana. – Tive que convencer um pastor alemão de que eu precisava mesmo disso, ou eu estaria em uma bela briga com dentes e garras com ele agora.

Nico abriu a sacola e sorriu, tirando dali de dentro um pacote de Cheetos e o abrindo. Me sentei ao lado dele e ficamos dividindo o Cheetos e uma garrafinha de Coca-Cola, Percy e Annabeth faziam o mesmo.

– Ah, como é bom comer! – exclamei.

– Depois de ficar bastante tempo sem comer, sim, é – sorriu Nico.

– Maggie não te deu de comer? – perguntei.

– Não, ela só me levou pro quarto.

– Quarto? – perguntou Annabeth. – Que história é essa?

– Longa história – respondemos eu e Nico em uníssono.

– Sobre a Terra Mágica – completei. – Prefiro não falar sobre isso.

– Aquele lugar era horrível – comentou Percy.

– Um falso País das Maravilhas – abri um sorriso torto. – Me senti jogando Alice Madness Returns.

– Hm, Anddie – chamou Annabeth. – Quando você vai parar de ser estranha e vai começar a falar a nossa língua?

– Eu costumava jogar muito videogame e assistir muita TV quando ainda morava com meu pai – bufei. – Não há como não falar sobre isso.

– Faz um esforço, filha – disse Percy.

– O.k, “pai” – debochei.

Cinco dias depois...

– Onde a gente já está? – perguntei.

– Waterbury, eu acho – respondeu Annabeth, eu me indignei.

– AINDA? – gritei. – NÃO ESTAMOS NEM NO CANADÁ? O SOLSTÍCIO DE VERÃO É DAQUI HÁ DOIS DIAS!

Todos estremeceram.

– Nico, não há como irmos em uma viagem das sombras até Anchorage? – perguntou Percy, Nico balançou a cabeça negativamente.

– Só consigo transportar uma pessoa comigo, e mesmo assim só chegaria até a fronteira do Canadá com o Alasca amanhã de noite, se não pararmos – respondeu ele tristemente.

– Então você vai levar a Anddie – decidiu Annabeth. – Eu e Percy voltaremos.

– O quê? Não! – protestei. – Estamos nós quatro em missão, seguiremos nós quatro.

– “Dois terão que abandonar, dois terão que retornar”, nós abandonamos Natalie e Louis, e agora eu e Annabeth teremos que retornar, é o destino – disse Percy, dando um sorriso fraco. – A coisa agora é com vocês dois.

– N-Não... – gaguejei.

– Vamos lá, Anddie – sorriu Annabeth. – Vocês vão conseguir, eu sei disso.

– Vou chamar Blackjack, sei que ele vai conseguir suportar o peso de dois – disse Percy e assoviou, em menos de cinco minutos um lindo pégaso negro pousou na frente dos dois. – Ei, cara, pronto para uma viagem para o Acampamento Meio-Sangue? Sim, eu vou te dar lanches. Sim, a Annabeth vai junto. Ótimo, então vamos!

Os dois montaram em Blackjack e, antes de partir, Annabeth disse:

– Estou torcendo por vocês.

E Blackjack saltou, decolando voo, e dentro de pouco tempo ele não passava de um pontinho preto no céu.

– Legal, agora estamos sozinhos nessa – murmurei e olhei para Nico. – Vamos seguir viagem?

– Hã, claro – assentiu ele. –Me abrace.

– O quê?

– Me.Abrace – repetiu ele calma e pausadamente. – Para viajarmos nas sombras.

– Ah – abri um sorriso torto e o abracei, ele riu.

– Não vai ser uma sensação muito boa para quem é iniciante como você, mas se você ficar nervosa lembre-se de que eu estou aqui, o.k?

– O.k...

Tudo ficou escuro e um frio horrível tomou conta de mim, mas aos poucos eu fui me acostumando. Dava tontura, então eu fechei os olhos e escorei a cabeça no peito de Nico, torcendo logo para chegarmos na fronteira do Canadá com o Alasca.


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Notas finais do capítulo

http://fanfiction.com.br/historia/482111/Octachel_-_O_Impossivel_Acontece/ NÃO ESQUEÇAM