New Age escrita por Rafaela


Capítulo 4
Capítulo 3 - Apenas do começo das Dúvidas


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora



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Por volta de todos esses anos envolvidos com assuntos de Radioatividade e em conseguir manter a Terra em pé, o Governo se tornou rígido e por isso foram criadas as Províncias no que, agora, eles chamavam de New Land.

Depois do que me foi dito no teste eu percebi o porquê de não existirem tantos Radioativos. Os que existem podem não saber dos riscos, que para ser bem sincera, eu também não sei. Eles escolheram ser Radioativos admitidos. E eu não sei o que escolher.

Força. Radioativa. Crânio.

Eu havia chegado em casa mais ou menos há uma hora e meia, vim do mesmo jeito que fui, andando, a diferença é que eu estava sozinha. Eu passei por um senhor na rua, um sem província, e ele me disse algo que não quer sair de minha cabeça.
Os sem-províncias são pessoas que não passaram nos testes de suas províncias escolhidas. Eles moram nas ruas e eu tinha medo disso, ao escolher uma província diferente da minha. Mas não queria ser uma Crânio para o resto da vida.

Estava deitada na cama, em meu quarto, olhando para o teto, quando alguém bate na porta.

–É o Thomas. -Diz.

–Entre. -Peço.

Thomas entra em meu quarto e fecha a porta atrás de si. Ele veio em direção à minha cama e eu me sentei, colocando as pernas em meu peito e abraçando-as.

–Que foi? -Pergunto.

–Por que foi embora mais cedo? Disseram que tinha passado mal.

Oh.

–Sim. Eu fiquei um pouco tonta e enjoada. -Menti.

–Você está bem, agora? -Questionou-me, colocando uma mão em minha testa para ver se não estava com febre.

–Estou. -Menti de novo. Na verdade, estava confusa.

–Por que será que isso me parece mentira? -Ele me questionou de novo. Dei de ombros, não podia falar.

–Nós não temos permissão para falar dos testes. -Digo.

–Tudo bem, eu sei. -Ele concorda. -Mas, me promete que não vai fazer nenhuma burrice e vai pensar em você, não em mim ou nos nossos pais, mas em você. -Pediu. Franzi o cenho. -Só me prometa. -Pediu de novo.

–Prometo. -Concordei balançando a cabeça.

–Ótimo. Agora desça que o jantar está pronto. -Ele se levanta e sai porta á fora. Depois de uns segundos parada, levanto-me e desço.

–Você está bem? Disseram que passou mal. -Perguntou minha mãe.

–Sim, estou bem melhor agora. -Digo sentando-me à mesa, junto com a família.

–Você pelo menos conseguiu concluir o teste? -Perguntou meu pai.

–Sim. Conclui. -Respondi, querendo sair daquele assunto.

–Então vai ter a semana toda para pensar em sua escolha. -Disse meu pai.

–Sim. -Concordei e bebi um gole de água.

Jantamos em quase total silêncio, exceto por uns assuntos que surgiam aqui ou ali, e depois que todos terminaram, ofereci-me à lavar a louça. Queria ocupar minha cabeça com algo, ou ficaria maluca. Meus pais foram fazer algo e Thomas veio me ajudar. permanecemos em silêncio enquanto trabalhávamos e então fomos para nossos quartos. Escovei meus dentes, tomei um banho rápido, coloquei meu pijama -uma blusa velha e uma calça de pijama- e fui para baixo das cobertas. Essa seria uma longa semana.


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