New Age escrita por Rafaela
Notas iniciais do capítulo
Desculpem a demora
Por volta de todos esses anos envolvidos com assuntos de Radioatividade e em conseguir manter a Terra em pé, o Governo se tornou rígido e por isso foram criadas as Províncias no que, agora, eles chamavam de New Land.
Depois do que me foi dito no teste eu percebi o porquê de não existirem tantos Radioativos. Os que existem podem não saber dos riscos, que para ser bem sincera, eu também não sei. Eles escolheram ser Radioativos admitidos. E eu não sei o que escolher.
Força. Radioativa. Crânio.
Eu havia chegado em casa mais ou menos há uma hora e meia, vim do mesmo jeito que fui, andando, a diferença é que eu estava sozinha. Eu passei por um senhor na rua, um sem província, e ele me disse algo que não quer sair de minha cabeça.
Os sem-províncias são pessoas que não passaram nos testes de suas províncias escolhidas. Eles moram nas ruas e eu tinha medo disso, ao escolher uma província diferente da minha. Mas não queria ser uma Crânio para o resto da vida.
Estava deitada na cama, em meu quarto, olhando para o teto, quando alguém bate na porta.
–É o Thomas. -Diz.
–Entre. -Peço.
Thomas entra em meu quarto e fecha a porta atrás de si. Ele veio em direção à minha cama e eu me sentei, colocando as pernas em meu peito e abraçando-as.
–Que foi? -Pergunto.
–Por que foi embora mais cedo? Disseram que tinha passado mal.
Oh.
–Sim. Eu fiquei um pouco tonta e enjoada. -Menti.
–Você está bem, agora? -Questionou-me, colocando uma mão em minha testa para ver se não estava com febre.
–Estou. -Menti de novo. Na verdade, estava confusa.
–Por que será que isso me parece mentira? -Ele me questionou de novo. Dei de ombros, não podia falar.
–Nós não temos permissão para falar dos testes. -Digo.
–Tudo bem, eu sei. -Ele concorda. -Mas, me promete que não vai fazer nenhuma burrice e vai pensar em você, não em mim ou nos nossos pais, mas em você. -Pediu. Franzi o cenho. -Só me prometa. -Pediu de novo.
–Prometo. -Concordei balançando a cabeça.
–Ótimo. Agora desça que o jantar está pronto. -Ele se levanta e sai porta á fora. Depois de uns segundos parada, levanto-me e desço.
–Você está bem? Disseram que passou mal. -Perguntou minha mãe.
–Sim, estou bem melhor agora. -Digo sentando-me à mesa, junto com a família.
–Você pelo menos conseguiu concluir o teste? -Perguntou meu pai.
–Sim. Conclui. -Respondi, querendo sair daquele assunto.
–Então vai ter a semana toda para pensar em sua escolha. -Disse meu pai.
–Sim. -Concordei e bebi um gole de água.
Jantamos em quase total silêncio, exceto por uns assuntos que surgiam aqui ou ali, e depois que todos terminaram, ofereci-me à lavar a louça. Queria ocupar minha cabeça com algo, ou ficaria maluca. Meus pais foram fazer algo e Thomas veio me ajudar. permanecemos em silêncio enquanto trabalhávamos e então fomos para nossos quartos. Escovei meus dentes, tomei um banho rápido, coloquei meu pijama -uma blusa velha e uma calça de pijama- e fui para baixo das cobertas. Essa seria uma longa semana.
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