New Age escrita por Rafaela


Capítulo 33
Capítulo 32- E a Guerra continua


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo é curto, desculpem. O próximo terá mais ação e novas descobertas.



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Passei a noite em claro. Thomas estava no mesmo quarto que eu, eles haviam colocado uma cama a mais para ele.

Através da ligação eu podia sentir que J-Hidden estava muito atarefado e pensava demais. Era estranho saber que em poucas horas estaríamos enviando estas pessoas para outros continentes que eu nem se quer sabia da existência até horas atrás e que depois teríamos a pior luta até agora, contra a Força.

Apesar de tudo sabíamos que não iríamos conseguir salvar muitas pessoas e isso me preocupava. Preocupava-me com Lia também se Thiago estivesse lá ele poderia avisá-la, mas ele não está.

10 horas da manhã.

Todos estávamos sentados á mesa depois de termos feito nossa refeição. Nunca estivemos em tamanha maioria e agora todos esperavam pelo que J falaria.

–Então, como muitos já sabem teremos que enviá-los para diferentes continentes. –Começou. –Não se preocupem, tenho amigos espalhados pelo mundo todo e eles cuidarão bem de vocês. O que eu gostaria de pedir a vocês é para que as pessoas que não querem se separar vistam-se com uma cor diferente dos outros. Por exemplo, vocês dois. –J apontou para pai e filho. –Vistam-se os dois com uma cor azul, um boné, uma camisa... Qualquer coisa azul. E todos os que quiserem ficar no mesmo continente que eles usem a cor azul.

J ficou um tempo em silêncio até que todos entendessem que já era hora de se retirarem. Sendo assim ficamos apenas nós, Radioativos, incluindo Matt e Mad. Meus pais, Thomas e Thiago.

–Senhor e Senhora Skytbus, vocês não poderão permanecer com Candy até que tudo por aqui esteja acabado.

Meus pais se olharam e antes que pudessem discutir com J eles olharam para mim e perceberam que eu tinha pedido por aquilo.

–Candy! –Exclamou minha mãe.

–Não. Vocês não permanecerão aqui, encontrarei vocês depois que isso tudo acabar. Vocês ficarão em segurança.

–Somos seus pais, você não tem que nos dizer o que fazer. –Argumentou meu pai.

–São meus pais, mas não podem ficar aqui. J é nosso líder e ele diz o que fazermos. –Mãe e Pai olharam para J que negou com a cabeça.

–Madson e Matthew irão se separar também. Não será uma distância de continentes, mas irão se separar. –As crianças, ou melhor, adolescentes, se olharam, mas não discordaram. –Thomas você....

–Eu fico. –Disse meu irmão sem deixar que J terminasse a frase. Olhei para ele suplicando para que fosse com nossos pais. Apesar de querer sua segurança não pedi para que J proibisse sua permanência. Sabia que ele não gostaria.

–Candy? –J-Hidden perguntou com os olhos ''Ele ficará?" Olhei para Thomas e os olhos dele diziam ''Não me impeça.'' e então eu simplesmente respirei fundo e murmurei um ''tá.''

...

Meio-dia e já tínhamos bolado um plano para invadirmos a Força e conseguir salvar o máximo de pessoas antes da SSUCOR descobrir. O clima dentro do LdR era de tensão e stress. Todos que iriam partir estavam na Sala Maior. Outros Radioativos que não quiseram fazer presença enquanto os outros iam embora ficaram treinando.

Gatte criou um portal Verde. Isso significava que era para uma distância maior levando maior quantidade de pessoas. Nimble havia me explicado isso quando o perguntei.

O primeiro grupo de pessoas estava passando pelo portal, eles vestiam a cor Amarela e alguns davam as mãos para o outro. Ainda parecia um sonho a imagem que estava na minha frente: Uma sala branca com grupos usando cores diferentes de outros grupos. Uma bola de luz verde enorme no centro da sala e as pessoas entrando e sendo engolidas pela luz do Portal.

Alguns segundos e Gatte direcionou o Portal para outro continente onde ficariam as pessoas de verde. Seguindo assim todos atravessaram o portal. Meus pais nos abraçaram por um longo tempo, nos aconselharam e disseram que nos veriam em breve. Nós concordamos e então vimos eles passarem para o Portal.

O tempo se passou e estávamos todos nos preparando para invadir a Força. Nosso grupo estava maior que antes: Eu, Thomaz, Thiago, Nimble, Care, J-Hidden, Gatte e mais dez Radioativos que eu não lembrava os nomes.

–Todos lembram o plano? –J-Hidden perguntou antes de sairmos. Dissemos um ''sim'' em uníssono e Gatte criou um Portal azul que nos teletransportou para a minha ex-Província.

O cheiro do Portal passava rápido e era como um cheiro de queimado. Era segundos que ficávamos dentro daquilo, pelo menos era o que parecia. E era escuro, completamente escuro.

...

Quando chegamos a Força já estava com um clima tenso. J conseguiu fazer com que todos ficássemos invisíveis.

Nunca parei para pensar no quanto essa Província teria mudado, mas mudou. Havia ''guardas'' espalhados por cada corredor com grandes armas nas mãos. As pessoas estavam tudo dentro de seus quartos e a ''folia'' que antes havia na Força se transformou nesta tensão.

–Vou procurar por Lia. –Falei para eles.

–Não conseguirei expandir o escudo de invisibilidade por longa distância. –J respondeu.

–Tudo bem, eu me viro. –Falei e segui deixando-os com o resto do plano.

...

–Lia? –Abri a porta de onde costumava ser o quarto da minha amiga. –Lia? –Chamei em sussurros.

–Candy? –Foi a resposta que recebi. Entrei no quarto dela e a vi sentada com o braço ensanguentado.

–Oh meu Deus, Lia! O que aconteceu?

–Um desses guardas idiotas quase arrancou meu braço. –Ela falou do mesmo jeito que eu lembrava. Exagerando na parte do ''quase arrancou meu braço'' como sempre, mas ainda era do jeito que eu lembrava. –O que faz aqui? –Acrescentou.

–Vim para te buscar. Precisamos sair daqui, vamos. –Chamei e ela se levantou me encarando com a testa franzida. –Te explico depois, só digo que terá um pandemônio na Força se não tirarmos as pessoas a tempo.

–Eu posso ajudar. Thiago me contou sobre você. Eu posso ajudar.

Assenti e corremos até J-Hidden e os outros.

–Não é possível! Eles estavam aqui! –Gritei para ela, muitas pessoas já haviam saído de seus quartos e os guardas estavam machucando-as.

–Candy! O plano já era, começou. Gatte está no quarto 41 com um Portal aberto. Leve quem você conseguir para lá. –Nimble correu até mim e despejou tudo isso.

Lia ouviu junto comigo e corremos para levar mais pessoas ao quarto 41. Levei socos, chutes e cotoveladas enquanto lutava contra os guardas. Mas consegui me soltar quando acertei o nariz de um deles com o cotovelo e corri. Corri e peguei o máximo de gente pelo caminho sem dizer nome apenas

–Confiem em mim e agarrem qualquer pessoa que conseguirem. Temos que ir para a sala 41, vocês serão salvos. Repassem.

E então eu os levei até o quarto. Gatte criou o portal e eu saí correndo.

Ao colocar meu pé para fora do quarto e seguir em direção para o outro corredor que estava tomado por uma piscina de sangue que me deixou tonta e enjoada.

–Não olhe! –Lia correu até mim abraçando-me para que eu não desabasse no chão. –Está tudo bem. Vamos. –Eu não retruquei, mas nada estava bem.


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