Irremediavelmente Grávida escrita por PepitaPocket


Capítulo 4
Sintomas


Notas iniciais do capítulo

Olá sejam bem vindos.
Façam uma boa leitura.



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(Dois meses depois da confraternização):

Omaeda só chorava e relinchava pelos cantos, sua taichou havia comido seus biscoitos, suas jujubas e até seu almoço, ele iria ficar desnutrido daquele jeito. E isto irritava a mulher que estava enfrentando um dia particularmente difícil, ela levantou da cama, como se não tivesse dormido, porém ela prolongara a noite de sono, e isto pareceu aumentar ainda mais aquela soneira infernal.

Ainda por cima ela não conseguia comer, tudo lhe embrulhava o estomago, e agora ela deu para pegar raiva de tudo, especialmente de perfume. Não suportava o de Omaeda ou o de Rangiku. Na verdade, não havia cheiro no mundo que a deixasse satisfeita, porque a maioria deles deixava-a indisposta.

E ainda tinha seu humor, ela mesma tinha de reconhecer que estava instável. Havia momentos que se sentia alegre, daqui a pouco tinha que correr até um canto se esconder pra chorar como se fosse uma torneira aberta, isto a irritava e fazia com que descontasse em seus subalternos.

E para completar o seu dia da penitencia ela viu uma pessoa que por alguma estranha razão ela não queria ver. Há alguns dias ela estava com ganas de livrar-se de todos os gatos que comprou ao longo do tempo, não podia nem olhá-los, e isto só piorou quando Yoruichi aproximou-se com aquele seu típico sorriso arrogante e lhe entregou algo que geralmente faria seus olhos brilharem, porém daquela vez a fez ficar com raiva.

_ Veja o que trouxe para você. – Era um grande gato branco, com uma coleira rosa e uma fivela em forma de coração.

_ Não quero. – Disse ela com rispidez.

Yoruichi ergueu a sobrancelha em choque.

_ Como não quer? – Soifon sabia que era estranho. No fundo parte dela, queria aceitar, afinal em sua cabecinha entupida Yoruichi ainda era sua “superior”, porém, ela não estava tendo muito sucesso em conter suas ações ultimamente.

_ Não querendo, agora se me der licença. – Disse Soifon seguindo viagem e deixando a morena no vácuo.

Enquanto voltava para casa, Soifon foi tomada por um súbito desejo de tomar sorvete. O problema é que ela queria um de cada sabor, mas não levou dinheiro suficiente... O sorveteiro por causa de Omaeda não queria pendurar para ninguém do 2º Esquadrão, até que Byakuya gentilmente ofereceu-se para pagar, e ela geralmente teria deixado tudo para trás, porém a infeliz vontade de comer foi mais forte... A ponto de ela resolver o problema ameaçando mortalmente até a última geração do dono da sorveteria, o que ela não sabia é que Byakuya mesmo assim pagou a conta.

Chegando a casa, ela só queria sentar-se no sofá e comer sorvete até aquela onda de infelicidade passar. Para sua decepção, ela acaba encontrando Yoruichi que assim que a vê toca sua testa, indagando se ela tem febre.

_ Eu estou bem. – Disse ela tentando indicar de todas as maneiras que não queria conversa.

_ Oba sorvete... – Yoruichi desfez a expressão de preocupação e sorriu como uma criança feliz. – Sabia que você não esqueceu o quanto sua amada senpai gosta de sorvete... E que fofo não sabia qual o sabor eu gostava então comprou todos... Esta tentando se desculpar, então. – A mais velha disse fazendo carinho na cabeça da menor, porém quando ela foi pegar um pote Soifon gritou.

_ TOCA NESTE SORVETE E EU TE MATO. – Se fosse qualquer um já teria saído correndo apenas com o olhar que a chinesa lançou lhe, porém não se tratando de Yoruichi Shihoin.

Ela coçou a cabeça olhando assombrada para a cena em sua frente. Era assustador ver Soifon abrir, vários potes de sorvete e comer um atrás do outro, como se nunca mais fossem fabricar sorvetes, sabendo que ela odiava sorvete ou qualquer coisa excessivamente gelada, na verdade ela não gostava de nada excessivamente quente também, por isto alimentá-la deve ter sido o inferno para sua mãe. E mais a mulher nunca foi de comer muito também...

_ É falta de educação ficar olhando os outros comer... Vai dar uma volta vai. – Tais palavras foram à gota d’água. Yoruichi tirou-lhe o sorvete e ergueu lhe olhando no fundo dos olhos parando assim com todos os seus protestos.

_ Tem certeza que esta bem? Não andou fazendo alguma missão idiota onde tenha batido com a cabeça ou coisa parecida? Quem sabe um Hollow com alguma habilidade psíquica, mudou parcialmente sua personalidade, ou esteja controlando-a remotamente... Céus, eu preciso falar com Kisuke... – Disse ela parando ao ser pega desprevenida por Soifon, que começou a falar apontando o dedo na sua cara e instintivamente empurrando-a para saída da casa.

_ Três coisas: não fale o nome do sabugo de milho na minha frente. Devolva meu pote de sorvete. – ela avançou em sua mão pegando o pote e por fim gritou em alto e bom tom:

_ E SAIA DA MINHA CASA.

Yoruichi deu um suspiro, estava irritada, estava magoada, estava assombrada, tudo ao mesmo tempo. Precisava espairecer. Ia pegar o gato, mas Soifon gritou:

_ Deixa o gato ai. – Yoruichi fez uma expressão de incredulidade, antes de ir para o lado de fora antes que acabasse tendo um segundo embate com sua ex-discípula.

_ Só pode ser a TPM então. – Deu as costas, mas não sem abrir mão de uma última piada, porém parou no caminho quando sua pupila disse-lhe algo:

_ Nem sempre você tá certa sabia? Minha menstruação esta atrasada há algum tempo... – E então quando Yoruichi a olhou, o sorvete abriu caminho em sua garganta e ela simplesmente vomitou.

_ Soifon é isto... VOCÊ TÁ GRÁVIDA. – Disse Yoruichi chocada.

_ NANI? – Ambas as mulheres se olharam em choque. Yoruichi não conseguia acreditar que a sua pequena menina havia feito sexo com alguém. – Sua menstruação não desse, você esta comendo como um cão, tudo pra vomitar logo em seguida, tá num humor do capeta, agora chora sem motivo... – Disse ela vendo sua eterna pupila chorar.

_ TUDO BEM, TUDO BEM... – Disse Yoruichi. – DIGA-ME QUEM É O POBRE COITADO? – Perguntou Yoruichi, arrependendo-se do tom de brincadeira com a forma que ela a olhou.

_ EU NÃO ESTOU GRÁVIDA. – Soifon enfatizou entredentes.

_ Então prove... – Disse a outra em desafio estufando o peito isto sempre coagia Soifon a fazer o que ela queria. – Vamos na 4º divisão e resolvemos isto.

_ Eu não vou a lugar nenhum com você. – Disse a menor realmente furiosa agora.

Porém, Yoruichi a segurou pelos ombros tentando apertá-la, mas Soifon estava instável até na força num movimento rápido ela a empurrou para fora, de sua casa, Yoruichi não se deu por vencida, levantou-se e foi em direção à porta, mas não esperava que ela batesse literalmente em sua cara.

Ficou tão atordoada, com tudo que nem conseguiu reagir depois disto, nem depois que percebeu que seu alvo saiu pelos fundos.

Kuso, e ainda fui capitã especializada em captura, tortura e assassinatos... – Pensou ela segurando com força o nariz, o qual ela nem mesmo sentia mais no lugar.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura e até o próximo.