Irremediavelmente Grávida escrita por PepitaPocket


Capítulo 32
Enquanto Puder Estarei em Teus Braços


Notas iniciais do capítulo

Ola sejam bem vindos.
Façam uma boa leitura.



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Os dois tomaram banho, Soifon até mesmo aceitara uma das camisolas que Byakuya havia encomendado.

Era um modelo de tule azul com um bojo de renda preta, tudo muito transparente para seu gosto, Hisana nunca se vestiria assim, mas logo afastara este pensamento quando Soifon lhe encarou enquanto penteava suas madeixas pretas.

Aquela era outra página de sua vida. Outra história. Outro tipo de mulher.

O homem usava um pijama bege muito claro, estava descalço.

Por conta do estado de sua parceira, o homem havia substituído o fuuton, por uma cama king size extragrande tudo para o conforto de sua amada que lhe deu um arrepiante sorriso quando ele se aproximara.

A intenção de Byakuya era deitar e dormir, de conchinha com ela. Estava cansado e tinha de acordar cedo.

Mas, sua jovem acompanhante tinha outros planos. Ela deslizara as mãos por seu peito, passando pelo seu abdômen, indo em direção a sua virilha, fazendo uma carícia tão íntima numa parte tão inesperada, que Byakuya revirara os olhos de constrangimento, embora uma parte de si não conseguisse negar o prazer que aquele toque lhe causava.

_ SHAOLIN. Vamos dormir?! – Ele pedira com uma voz de suplica.

Mas ela continuara com movimentos mais e mais ousados, até extrair um gemido dele.

_ Eu sei que você não quer dormir! – Ela falara grudando em seu pescoço e enroscando sua língua na dele de um jeito doce, mas sem esconder toda a luxúria daquele ato, sobretudo quando ela subira em seu colo, e o mordiscara dolorosamente, o homem tremera por conta de uma sensação que viera a seguir da dor, e fora algo surpreendentemente bom.

_ De quem será a culpa? – Ele perguntara com um sorriso cínico que se desmanchara com a resposta provocativa dela.

_ É toda sua que perde tempo falando quando eu quero mais ação. Muito mais ação. – Ele sorrira fazendo com que as roupas voassem em todas as direções.

Depois de duas horas Soifon finalmente adormecera, deixando Byakuya satisfeito, mas sentindo o cansaço se abater sobre ele.

Fechara os olhos, contudo não conseguir dormir direito tudo por que a pequena abelha era agitada demais. Passava das duas quando apagara, mas exatas seis horas ele fora acordada por uma Soifon sonambula sentando em seu colo em busca de algo que ele não estava com tanto gás para oferecer.

Sua sorte é que a pequena era muito boa em acendê-lo.

Depois disto ele perdera o sono. Ficara observando Soifon dormir, mais tranquilamente. Vezes ou outra se remexia, mas aquela altura ele tinha perdido o sono ele tinha trabalho no esquadrão e constatou que estava muito atrasado.

Levantara-se e fora para o banheiro pensara em se deliciar em sua jacuzzi, mas quando as pessoas se atrasam é preciso ter praticidade, inclusive os ricos e nobres.

Então, fora até a ducha.

Estava com dor em partes que ele nunca imaginou que pudessem doer tanto.

Fechara o chuveiro pronto para pegar seu roupão, mas o mesmo não estava ao alcance de suas mãos. Tudo por que uma grávida brincalhona o pegara, e agora lhe sorria de forma travessa no batente da porta.

_ Você não vai! – Byakuya arqueara a sobrancelha por causa do jeito autoritário que falava.

_ Dê-me isto agora, alguém tem de trabalhar. – Dissera ele em meio a um bocejo, aquela era uma péssima hora para se sentir sonolento daquele jeito.

_ Eu já disse que você não vai. – Ela falara jogando para longe o roupão e cruzando os braços, e inflando as bochechas como uma criança birrenta.

_ Alguém aqui tem que trabalhar... – Ele dissera tentando se defender.

_ Acredito que o sustento de nosso filho esteja mais do que assegurado. – Soifon dissera deixando que a camisola que usava deslizasse por seu quarto.

E quando ela aproximou-se Byakuya rezara para que Kami-sama o ajudasse.

O que começara no banheiro, se estendera para a cama, e ele acabara dormindo junto com sua pequena abelha.

Quando acordara ela estava deliciando-se com um cacho de uvas, e espalhado pelo tapete havia o que poderia ser chamado de banquete.

Aquilo não era obra de sua tia. Talvez algum criado com olho aguçado. Pelo menos seu apetite fora direcionado para outro tipo de refeição.

_ Finalmente acordou.

_ Que horas são? – O nobre quis saber.

_ Sei lá, passam das sete eu acho. – Soifon dissera desinteressada, para alguém tão obsessiva com o trabalho, ela parecia bastante confortável em meio à ociosidade.

O homem levantara-se sentindo o estomago reclamar de fome. E não era apenas esta parte de seu corpo que reclamava.

_ Querida, não podemos continuar assim. – Byakuya dissera preparando-se para tomar um chá de erva doce com alecrim, mas tivera suas mãos repelidas pelas de Soifon.

_ Estes não. Aqueles! – Ela dissera apontado para uma bandeja onde havia uma variedade de porções.

Chá de manjericão com mel, chocolate com morango temperado com pimenta preta também avistara mamão e banana picados com umas folhinhas de anis. – Byakuya ficaria feliz por sua linda companheira ter preparado seu tardio desjejum, se as receitas não fossem tão inusitadas e pior ainda, todas eram compostas pelos ditos afrodisíacos.

_ O que é isto? – Ele quis saber com uma veia saltando em sua cabeça, e esta se tornou maior quando ela fora colocar uma colher de banana com mamão em sua boca, e acabara enfiando a colher em seu olho.

_ Argh, é você que mexeu a cabeça na ora errada... – Ela dissera fazendo bico.

Byakuya contara até dez, para não falar as coisas sem pensar e depois se arrepender.

_ Querida, isto não pode continuar.

_ Isto o que? – Ela dissera cruzando as pernas enquanto mordia uma banana de um jeito provocante.

_ Tudo! – Ele dissera dando mais ênfase do que queria. – Caso não tenha percebido nossos esquadrões estão abandonados, eu preciso ver como estão às coisas, Renji e Omaeda concorrem no quesito incompetência, e agora com aquela ruiva da divisão dez as coisas ficam perigosas, mulheres como aquela vira a cabeça de qualquer homem seu fukataichou Omaeda vai ficar desnorteado.

Ele dissera pensando que assim traria a razão para a pequena taichou, mas no lugar disto ele acabara vendo-a chutar para o alto todas as jarras de suco, chás, os pratos com bolos, salgadinhos, tortas, frutas, tudo derramara no chão fazendo uma miscelânea que não era maior do que aquela que estava na cabeça do Byakuya que não entendia o que ele tinha falado de errado.

_ Tanto faz idiota. – A pequena falara depois de observar atentamente os próprios seios, naquele momento ele sabia o que tinha dito de errado.

_ Abre a porta, Soifon. – Ele dissera pela centésima vez. Há três horas ela havia se trancado no banheiro. Ele chamara-a mais uma vez em meio a um bocejo, ele deveria aproveitar aquele tempo para dormir, mas estava com medo que ela cortasse os pulsos, o castrasse a noite ou mandasse tudo pelos ares com sua bankai.

Nenhuma resposta.

Então, um de seus servos trouxera uma tigela com salmão grelhado com batatas e ervas-finas. O cheiro era convidativo até mesmo para alguém como ele acostumado com iguarias muito mais sofisticadas que aquela.

_ Ok, se você não vem jantar eu comerei sozinho. – O homem dissera sentando-se na mesa de jantar que ele mandara instalar ali no tempo que ela esteve de birra para ele.

Quando ouvira a porta se destrancar ele fizera um sinal para que o servo saísse, pois seu instinto dizia que aquele não seria um espetáculo bonito de se ver. Mas, tarde demais, muito antes de saber, a mulher arremessara um vidro de shampoo em sua direção acertando seu ouvido direito, e fazendo-o se desequilibrar da cadeira e cair para o lado.

_ Byakuya-sama. – O sujeitinho muito franzino chamara por seu lorde desesperado por vê-lo ali no chão.

Mas, ele não pudera fazer nada, por que acabara imprensado na parede por uma grávida muito zangada e armada com um vidro de condicionador.

_ Saia daqui ou eu quebro sua cabeça junto com a dele. – Ela falara de um jeito assustador.

_ Byakuya-dono! – Ele resmungara, mas acabara sendo chutado para fora do quarto. Ele ficara tão feliz ao saber que seu mestre se casaria, mas agora ele queria aquela doida fora da casa de seu senhor, e acabara nos pés da aliada ideal a linda e sorridente Amaranthine.

De volta, ao quarto.

Byakuya se levantara p*** da cara.

Chegando por trás ele tirara o condicionador de sua mão

_ Mas, o que foi que deu em você? – Nunca mais faça isto com nenhum de meus funcionários ouviu bem.

A pequena não respondeu apenas se sentou como se fosse uma criança levando bronca. Ela olhara faminta para a bandeja, mas Byakuya tirara de seu alcance.

_ Você não come até me dizer o que eu fiz de errado dessa vez.

Ele ficara com uma gota na cabeça ao vê-la começar a chorar copiosamente.

_ E agora? – Ele dissera mais amolecido por suas lágrimas.

_ Ainda pergunta seu pinguim de água doce sem sal. – O homem não entendera absolutamente nada, até para xingá-lo ela estava perdendo o jeito.

_ Juro que não. – Ele falara soltando um suspiro.

Ela o olhou raivoso.

_ Se esta zangada por eu não poder ficar todo o tempo com você, eu não posso fazer nada, temos deveres que devemos cumprir e você sabe perfeitamente bem isto.

_ De preferencia com uma mulher como Rangiku. – Ele arqueara a sobrancelha agora enfim compreendendo o momento de sua irritação, sua abelha estava com ciúme.

Ele acabara sorrindo de um jeito bobo.

_ Não ria seu infeliz. Você disse que ela vai virar sua cabeça. Mas, eu não tenho culpa de não ter tetas grandes, só uma barriga ao invés disso. E nem isto vai durar muito.

O homem se aproximara lentamente dela, puxando-a para seus braços. Às vezes, sua tentação era coloca-la em seu copo e enche-la de palmadas.

_ Para mim você é linda e ponto final. – Soifon franzira o cenho. – Eu não tenho olhos para mais ninguém a não ser você, então não há nem por que fazer comparativos.

_ Eu sei que mente. – Ela falara jogando uma mecha de seu cabelo para trás.

_ Como prova disto eu ficarei aqui amanhã todo dia. – O homem falara com candura deslizando sua mão pela face que ele aprendera amar tanto.

Seu olhar se iluminou.

_ Promete? – Ela perguntara de um jeito infantil.

_ Eu nunca minto minha pequena.

Então ela alocara-se em seu copo depois de ter distorcido suas palavras, depois de ter ficado brava com ele sem nenhum motivo para isto, depois de ter quase o matado e levado seu funcionário junto, ela enfim se acalmara e por incrível que pareça ali em seus braços ela parecia tão inofensiva.

Então, ela dera um selinho. Depois um beijo molhado. Então, na terceira vez, ele lembrara-se de um pormenor depois de uma briga, vinha sempre à reconciliação regada a muitos carinhos íntimos.

Definitivamente ele seria um homem morto, até o dia depois de amanhã.

E assim...

Três dias e três noites havia se passado.

Byakuya e Soifon ficaram todo este tempo desfrutando a companhia um do outro, como se o ambiente de sua suíte fosse todo o seu mundo.

Contudo, quando despertaram aquela manhã, eles sabiam que não podia continuar se escondendo para sempre. Era hora de sair e enfrentar seus muitos adversários do mesmo jeito que sempre fizeram.

Byakuya fora o primeiro a abrir os olhos, e diferente de outrora ele se permitira sorrir, mesmo que os primeiros raios de sol penetrassem dolorosamente em sua pupila tudo por que ela estava ali do seu lado dormindo de forma despachada na cama com seu nada a perturbasse o que o nobre sabia não ser verdade.

Ele sabia que podia protegê-la o máximo que desse das ameaças que a espreitavam em seu mundo tangível, mas não poderia nunca salvá-la do quer que a perturbe no mundo de seus sonhos.

Ele pensara enquanto a puxava para mais perto de si. Ela choramingava baixo, e a vontade que o homem tinha era de acordá-la, mas a julgar pela hora que foram dormir tarde da noite, ele sabia que ela não havia atingido o tempo que ela e o bebezinho precisavam de sono.

Deslizara as mãos pelo seu cabelo, escorregando-a até sua barriga cada vez mais protuberante. A pressionará de leve buscando indícios de que seu filho tivesse acordado, mas ele estava quietinho Byakuya perguntava-se se o pequenino sofria alguma influencia dos pesadelos de sua mãe?

_ NÃO, NÃO, PARE! POR FAVOR, PARE! – Soifon despertara repentinamente aos soluços, lágrimas rolavam de sua face e ela ainda entorpecida tentava alcançar algo que se desvanecera naquele instante de sua vista.

Byakuya também se sobressaltara. Ela costumava ter pesadelos sim, mas nunca acordara daquele jeito.

_ Você está bem? – O homem perguntou com calma. Soifon o olhara, mas seu olhar vagara perdido num mundo que não era o deles, disto o homem sabia. Ele precisara sacudi-la de leve, para que ela de fato acordasse. Então num gesto automático, quase desesperado ela grudara-se em seus braços, permitindo-se chorar uma dor que Byakuya não entendia.

_ Shi, se acalme, eu estou aqui, vai ficar tudo bem! – Byakuya dissera apertando o máximo que seu estado permitia, ela estava tremula, e ele sentia as suas lágrimas molhando sua pele tamanha sua abundancia.

_ Não nunca estará bem. Eu nunca obterei perdão, nunca. Eu nunca... – Soifon falava inconsciente do que falava, e isto o fizera ficar com medo, ela sempre foi tão controlada, ela sempre suportara o peso de ser uma assassina, seria aquele um efeito da gravidez?

_ Do que esta falando? – O homem quis saber, afastando-a com delicadeza de si, buscando seu olhar que parecia naquele instante tão atordoado.

A jovem abrira a boca para falar, mas neste momento batidas ecoaram pelo quarto.

_ BYAKUYA! BYAKUYA. – A voz de Mikoto reverberara pelo quarto. – BYAKUYA.

_ Vá falar com sua tia. – A jovem dissera deixando-se cair na cama, ela estava tão fragilizada que tudo o que o homem queria era trazê-la para perto. Contudo, aquilo não seria prazeroso não com sua tia gritando daquele jeito do outro lado da porta.

Por isto e um pouco mais, Byakuya abrira a porta, deparando-se com sua tia encarando-o de um modo altivo, e seu olhar não recuou nem mesmo quando o homem lhe encarou cheio de ameaças singelas.

_ É bom que seja realmente importante para vir até o meu quarto e o de minha mulher nos perturbar. – Dissera o homem o mais educadamente que fora capaz.

Ao ouvir isto a mulher endureceu o queixo em um claro sinal de afronta.

_ Deprimente um homem em sua posição se trancar no quarto para fazer safadezas enquanto seus deveres ficam correndo soltos. – Se ela queria constranger seu sobrinho havia conseguido, mas não o bastante para fazê-lo mudar sua fisionomia que continuara fria e impassível como sempre.

_ Não sabe nada de meus deveres. – Ele dissera um tanto irritado.

_ E suponho que você saiba. – A mulher questionara em tom de ironia. O homem estava ciente que havia sido um erro se trancar no quarto com Soifon, mas ela estava um tanto digamos fogosa, e ele não queria correr o risco de ela sair pela Sereitei em busca de alguém que lhe desse carinho enquanto ele estava ausente.

Descontrolada como ela estava ele não duvidava nem um pouco que ela não fizesse isto ou coisa pior.

_ Isto não quer dizer que você seja a pessoa indicada para me lembrar. – Dissera ele dando as costas para a mulher que teria falado muito mais... Se ele estivesse ficado e escutado, mas ele fechara a porta em sua cara.

Então um envelope passara por baixo de sua mesa. E o que estava transcrito ali perturbara o taichou ainda mais.

_ Algum problema? – Soifon perguntara ao vê-lo encostar a cabeça na parede.

Ele nada respondera ficara ali buscando um jeito para viver em paz, antes que ele acabasse indo pelos ares sem que ela precisasse usar sua bankai.

Mas, acabara erguendo a cabeça, ao senti-la o abraçando por trás.

Era incrível o poder que ela tinha sobre ele. Sua energia influindo em seu corpo misturando-se com a sua.

_ Erga a cabeça taichou. – Ela dissera em tom baixo, apesar de aquilo soar como uma ordem e não como um pedido.

Ele não pudera deixar de sorrir.

_ Você ainda não me disse o problema. – Soifon deslizara a mão por seu rosto, ela também não tinha o feito, mas agora ele não tinha mais como perguntar, na verdade estava com a cabeça cheia demais para tomar conhecimento de mais um problema.

Mas, logo eles descobririam que tem coisas que são inadiáveis, elas vêm até nós e abalam as estruturas do que nem ainda estava consolidado.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura e até o próximo.