A consequência de uma brincadeira escrita por R Marxx


Capítulo 1
Capítulo 1 - OneShot


Notas iniciais do capítulo

Yeeeap! Espero que gostem! :D



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Tinha começado como uma brincadeira. Estávamos comemorando o fim e a vitória dos grandes jogos mágicos, no telhado da pousada começamos uma competição de bebida e eu odiava perder, foi uma atrás da outra e quando acordei estava nua e deitada ao lado dele que se encontrava no mesmo estado.

Eu e Jellal tínhamos transado e eu nem ao menos me lembro como viemos parar no quarto. Levantamos os dois assustados e ele parecia saber tanto quanto eu e como nossa situação continuava complicada, ele enrolado com o conselho, decidimos nos separar e esquecer aquele pequeno e feliz incidente seguindo vidas separadas.

O tempo passou, sem notícias dele e então 2 meses se completaram. Estava no meu quarto quando o borbulhar no estomago começou e vomitei. Foi uma semana nessa torturante rotina, parei de me alimentar com a esperança de que a falta de algo para botar para fora fosse eliminar aquela sensação, porém só piorou. Sem mais como fugir chamei Wendy no meu quarto e o resultado me inquietou mais ainda. Grávida, eu estava GRÁVIDA! O choque ficou estampado em meu rosto na semana que se seguiu, Wendy tinha prometido não contar nada e nem ao menos tocar no assunto até que eu tomasse a minha decisão.

Depois de mais uma semana tinha decidido o que faria. Uma missão, de dois anos no mínimo até conseguir me estabilizar e acostumar com a vida de mamãe. Com mais uma promessa de Wendy sobre não comentar nada com ninguém segui no mesmo dia, com receio de que a barriga passasse a aparecer. Era uma missão classe-S e todo o time acabou por ficar de fora.

Terminei-a antes mesmo de completar um ano, mas a barriga já estava aparecendo e a alegria passou a ocupar aos poucos o lugar do medo. Meu humor passou a se modificar e eu tinha recaídas o tempo todo, comia o triplo de antes e minhas armaduras já não serviam. Eu tinha decidido ficar lá até minha filha (Isso mesmo é uma garota :D ) completar dois anos. Uma senhora me acolheu e cuidou de mim como uma mãe e mandava noticias a guilda a cada semana, sem nunca mencionar a novidade.

Com isso o tempo passou, ela nasceu saudável e ‘modéstia parte’ PERFEITA ~le mãe coruja~.

As notícias dele pararam de chegar já fazia um mês, ninguém mais comentava sobre a Crime Sorciere, e eu já estava me aprontando para viagem. Isso mesmo, minha pequena já tinha chegado aos dois anos.

- Mamãe? – Ela vinha em minha direção com um sorrisinho fofo. Estava doidinha desde semana passada quando mencionei que ela finalmente iria conhecer a Fairy Tail da qual eu tanto falava.

- Já arrumei tudo aqui, estamos de partida. – Sorri largo ao vê-la pulando no lugar com as bochechas coradas.

Arrumei as minhas bagagens que continuavam as mesmas. Meu corpo tinha voltado a forma original (hahahaha’) e a pequena ia em cima de tudo. Foi uma despedida dolorosa, aquela casa tinha sido um lar e aquela mulher um anjo.

Passava pelas ruas e como sempre ouvia os comentários sobre o exagero de bagagem ou até mesmo sobre o fato de ser Titânia - a maga mais forte da Fairy Tail. Estava chegado na estação de trem, mas algo que ouvi me desviou do objetivo.

- Vocês souberam? Parece que o tal de Jellal e a amiga dele Meredy foram perdoados pelo conselho e ficarão em vigilância da Fairy Tail.

- Eu soube, e também ouvi que durante a comemoração a Fairy Tail destruiu metade de magnólia e eles ainda nem chegaram lá. – Eles estavam rindo. Senti meu estomago afundando e as borboletas ricocheteavam dentro.

Eu estava perdida. Ele descobriria mais rápido do que eu pretendia. Porque? Apesar de sua aparência, cabelos - nariz - boca, ter sido puxada totalmente de mim ela tinha aquela maldita marca no rosto. Era impossível não perceber que o pai era Jellal.

Dirigi-me a eles pedindo qualquer informação que pudessem me dar sobre o paradeiro deles. Era melhor ele saber por mim não? Eu esperava que sim.

A sorte estava a meu favor, eles foram vistos numa cidade muito próxima de lá. Minha pequena estava ansiosa perguntando o tempo todo o porque da mudança de trajeto, mas eu não sabia o que responder, a tempos ele me perguntava sobre o pai, e agora?

- Estamos indo ver uma pessoa muito especial, ela nos acompanhará a guilda depois. – Dei-lhe um beijo na testa e permiti que ela se aconchegasse em mim enquanto seguíamos viagem de trem até o meu pequeno pesadelo.

Meu estomago afundava cada vez mais e a vontade de vomitar para botar todas aquelas borboletas pra fora me atingiu em cheio quando foi avisado a chegada ao destino. Peguei minha mini-versão e me encaminhei a todas as pousada de lá a procura deles, a ansiedade era tanta que nem as bagagens eu tinha lembrado de pegar.

Ela dormia tranquilamente em meu colo enquanto eu praticamente me jogava no mato de um parque deserto que tinha ali, estava cansada de procurar e minha barriga decidiu mostrar sinais de vida. Ela roncou e eu gemi em desespero.

Enquanto cantarolava uma música baixinho pude ouvir o meu nome ser chamado em um tom abafado e quando olhei para a direção de onde o som vinha pude ver uma cabeleira rosa. ESTAVA SALVA.

- Erza, o que faz aqui? – Ela me encarava e miinhas alucinações poor conta da fome mostravam um ponto de interrogação dançando em cima da cabeça dele – Pensei que estivesse em missão, já faz três ... – Sua fala ficou perdida quando ela pareceu finalmente notar a presença da mini-Erza.

Seus olhos desviaram da pequena pra mim e logo depois pro rosto dela de novo e então um gritinho. Ela apontava freneticamente para o lugar onde a maldita marca se localizava e tive a certeza de que lhe contradizer não adiantaria de nada então optei pela melhor opção. Para mim.

- Tem comida, estou com fome! – Me vi soltando uma careta enquanto implorava com o olhar e pude vela soltar uma risada abafada andando novamente em direção ao lugar de onde tinha vindo e entendi como um pedido mudo para segui-la.

Andamos, andamos e andamos mais um pouquinho.

- Em que porra de lugar você ta me levando? – Minhas pernas já amoleceram e por mais que ela tivesse somente dois anos já estava cansando os meus pobres braços. Mei ( Minha filha O/) dormia que nem pedra.

- Nos abrigamos em uma casinha no meio da floresta, a noticia da nossa libertação virou assunto e as pessoas estão nos tratando como bichos de estimação. – Eu ri descontrolavelmente imaginando os dois naquela linda situação em que se encontrava. Acho que minha risada era contagiosa porque quando chegamos nós duas estávamos quase rolando no chão e minha pequena ainda dormia tranquilamente.

Quando vi a cozinha e o armário com deliciosos doces e salgados depositei minha pequena no sofá a cobrindo com a blusa que usava e me direcionei aos tropeços aquele paraíso.

- Então você tem uma filha com o Jelly? – ela se sentara do meu lado enquanto me observava fazer evaporar a comida que aquela casa possuía.

- Se eu disser que não você acreditaria? – Via ela balançando a cabeça um um sorrisinho tímido brincando nos lábios. – Ok, foi sem querer sabe. Aconteceu no dia da comemoração dos jogos, bebemos demais e eu nem sequer me lembro de algo. 2 meses depois descobri sobre a gravidez.

- E porque não contou a ele?

- Pelo mesmo motivo de não ter ido atrás dele naquele dia. Não faria diferença enquanto ele estivesse sendo perseguido não? – eu ainda tentava me convencer disso e ela me direcionou um olhar compreensivo me fazendo esboçar um sorriso. – E também ninguém sabe somente a Wendy. Logo que descobri decidi sair em missão até me acostumar com toda aquela ideia de ser mãe. Eu vim aqui com o objetivo de contar pra ele sabe? Acabei de saber que vocês tinham sido libertos.

- Foi uma boa escolha.

- Na verdade não foi bem uma escolha, eu fiquei encurralada. Já que vocês iriam para a Fairy Tail e eu também, assim que vissem ela ia ficar na cara não? Ela tem aquela marca que se torna impossível negar o parentesco dela. Achei que era melhor ele saber por mim, só isso. Se não estivesse nessa situação ele só saberia quando ela fosse maior de idade e decidisse procurar por ele. – Ahhh eu sou uma baita medrosa quando o assunto era esse. E esse medo só aumentou quando ouvi uma risada, a risada dele.

Me virei cautelosamente e o encarei, sentado ao lado do sofá, com as mãos embaraçadas aos cabelos da MINHA filha e as lágrimas nos olhos enquanto ria do meu pequeno período de fraqueza.

Nem preciso contar o que aconteceu né? Eu ameacei ele de morte caso continuasse com aquela porra de risada, deu um ataque a la mãe coruja o impedindo de se aproximar da minha filha e fui agarrada enquanto tinha como plano de fundo as risadas de Meredy por conta das minha ridículas tentativas de escapar daquele beijo que eu tanto queria.

Resumindo o resto: Nos casamos ao estilo Fairy Tail duas semanas depois do ocorrido, afinal a cagada já tinha sido feita faz tempo e nos amávamos não? A festa foi de arromba e a recém-restaurada Magnólia sofreu novamente com a nossa belíssima comemoração.


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Notas finais do capítulo

Deixem comentários e façam uma autora feliz! XD
Beijoss