– Bem... Agora iremos apresentar um novo aluno. Entre, por favor. – a professora disse e a porta se abriu revelando um garoto meio emburrado e ele parou na frente da classe – Apresente-se, por favor...
– Eu tenho que me apresentar? – ele pergunta e a classe ri do comentário.
– Ira! Não é porque nunca frequentou uma escola que não sabe o que fazer. – uma loira o repreendeu.
– Não seja assim tão chata... – ele disse dando de ombros – Bem, sou Ira Yoshida, como ela disse, eu nunca frequentei uma escola, espero me dar bem com quem puder.

O sobrenome dele surpreendeu a todos. Yoshida era o sobrenome de Regina, isso queria dizer que eles eram parentes? Todos ficaram curiosos, mas sabiam que aquela não era a hora de responder perguntas.
Apesar do rapaz nunca ter frequentado uma escola, como Regina havia dito, ele sabia o básico, graças a ela, aliás, foi a família dela que o adotou.

No horário de almoço, Regina o obrigou a acompanhar ela e as garotas para o local que almoçavam.

– Essa era a surpresa, Regina? – Mana perguntou e a loira concordou com a cabeça.
– Quando você entrou na sala, fiquei realmente surpresa. – Rikka comentou abrindo o lanche.
– Voltar a dormir por dez mil anos... Tch! Não era isso que eu queria, então me despedi daqueles dois e pedi ajuda para a Regina.
– Bom, depois de você explicar suas razões, eu realmente não podia recusar! – ela sorriu.
– E quais são as razões dele? – Makoto pergunta, não estava gostando da presença dele.
– Eu prometi segredo, mas mesmo que ele esteja com seus poderes ainda, ele tem razões fofas.
– Não diga fofo. – ele disse começando a comer – Aliás, eu não entendi nada do conteúdo de matemática de hoje.
– Rikka pode te ajudar, ela é a mais inteligente aqui.
– Sim, sim! Eu posso te ajudar também! – Mana disse acrescentando.
– Mana, você prometeu ajudar a mim e a Makoto hoje! – ela disse fingindo estar brava.
– Prometeu?! – Makoto e Mana perguntaram
– Prometeram. – ela disse piscando discretamente para ambas que entenderam um pouco.
– Não decida as coisas sozinha. – Ira repreendeu a nova irmã – Você está sendo egoísta.
– Como se o seu objetivo não fosse egoísta. – ela disse dando de ombros.
– Tá legal! Você venceu! Conto com você essa tarde, Rikka. Aliás, posso te chamar assim?
– P-Pode... – ela respondeu tentando esconder a vergonha.
– Então... Pode me chamar de Mana, também! – a rosada diz – E chame a Makoppi de Makoto!
– Não decida as coisas sozinha, Mana! – a cantora repreende.
– E qual o problema? Somos todos bem intímos, não? – Makoto suspira.
– Pode me chamar de Makoto, Ira. – ela disse com certa insegurança.
– Sim, sim. – ele terminou de comer e entregou a caixa de obento para Regina que a pegou para guardar – Cadê as fadinhas de vocês?
– Estão todas na casa de Alice, nesse momento. – Mana disse terminando de comer.
– Então o perigo acaba e vocês relaxam? Não deviam ser assim... – ele comenta.
– Por quê não?
– O mundo é uma caixa de surpresas, um novo inimigo pode aparecer a qualquer momento, se bem que se aparecer um, ajudarei vocês, assim como essa daí. – ele diz apontando para Regina.
– Claro que você ficaria do nosso lado, você quer proteger a... – a boca é tampada a tempo.
– Cala a boca! Você prometeu segredo.
– Desculpa, Ira!! Quase escapou! – ela diz e se desculpa juntando as mãos e o rapaz suspira.
– Bem, eu te desculpo, afinal, você está me ajudando. – ele diz e o sinal toca avisando a todos que é a volta as aulas.

Após as aulas, na casa de Rikka.
– Confira se está certo, por favor. – ele diz entregando o caderno e a azulada confere a conta dando um sorriso no final.
– Está tudo certo, parabéns!
– Finalmente entendi esse conteúdo! – ele disse fechando o caderno.
– Ei, ei! Você deveria fazer mais exercícios para não esquecer tão rápido o conteúdo!
– Mas isso é tão chato... – ele diz entediado.
– O que você gosta de comer?
– Nada em especial...
– Gosta de curry?
– Gosto...
– Se fizer essa lista de 15 exercícios, te farei um curry, que tal? – ela pergunta entregando a lista.
– P-Pode ser... – ele diz e começa a fazer.

Ele foi bem rápido, quando terminou, o curry já estava pronto.
– Obrigado pela refeição. – ele diz começando a comer e Rikka faz o mesmo – Gostoso.
– Fico feliz que esteja bom. – ela sorri – Eu não tive uma opurtunidade de dizer isso, mas... Obrigada por nos salvar aquele dia.
– Aquele em que eu tive amnésia?
– Isso.
– Não é bom ficar em divída com os outros. Aliás, você realmente é estranha... Me ajudou mesmo sabendo que eu era inimigo e ficou feliz que eu recuperei as memórias.
– E qual o problema nisso?
– Nada, apenas gosto disso em você. – ela cora.
– Q-Que bom... Eu acho... – ela diz voltando a comer.

Ambos terminam de comer e ele pega a mochila.

– Eu vou indo. Obrigado por tudo.
– De nada e... Ira.
– Sim?
– Não se incomode em me pedir ajuda de novo será uma honra.

Ele já havia colocado o calçado e a garota não estava muito longe, mas só conseguia pegar sua mão, então a pegou a puxando para perto de si e a beijou.

– Eu não me incomodaria se você me amasse. – ele diz a abraçando.
– I-Ira?! – ela estava com o rosto todo vermelho.
– Desculpa, mas eu tinha que fazer isso. O único jeito de me aproximar de você era me juntando a vocês. – ele pausou – Aqui estou eu, sendo um egoísta e querendo que você me ame.
– Será que seria egoísmo da minha parte querer que você me ame também? – ela pergunta enfim retribuindo o abraço.
– Não sei, mas será que não podemos ser egoístas as vezes? – ele pergunta brincando com os cabelos dela
– Acho que podemos fazer disso uma exceção, certo?
– Certo. – eles se encaram finalmente, após a confissão e notam que seus rostos estão vermelhos, mas não importa.
– Eu te amo. – eles dizem ao mesmo tempo e se beijam novamente.