O casamento escrita por Isa


Capítulo 1
O pedido


Notas iniciais do capítulo

Olá terráqueos apaixonados por Hetalia! Bem, depois de escrever uma two-shot eu acabei motivada a escrever uma fic mais comprida com esses dois, então espero que gostem!



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“Inglaterra-san, está tudo bem?” O motorista do carro perguntou ao britânico, que realmente parecia um fantasma e tremia loucamente no banco de trás.

“C-C-C-C-C-C-C-C-C-Claro, s-só s-s-s-se apre-apresse um pouco.” Arthur respondeu, tentando enxugar o suor que descia pela sua testa. Um cavalheiro não deveria aparecer todo suado em um restaurante.

“Ei, porque o Inglaterra está tão nervoso?” Duas fadinhas conversavam perto dos cabelos loiros do inglês.

“Você esqueceu? Ele vai pedir o América-kun em casamento!”

“Ah é mesmo! Eles formam um casal tão adorável!”

“Ei vocês duas parem de falar disso!” Arthur reclamou, completamente vermelho. Mas o que as duas estavam falando era verdade. Já fazia algum tempo que ele e América haviam se entendido (quer dizer que estavam juntos,não que tinham parado de brigar), e ele achava que já estava na hora de dar um passo a frente. Tinha esperado anos para finalmente poder ficar perto da pessoa que amava e agora tinha certeza de que isso seria o melhor. Se pelo menos suas mãos parassem de tremer até a hora de fazer o pedido...

“Inglaterra-san, chegamos.” O motorista avisou, e Arthur apenas murmurou um obrigado e saiu. Seu corpo funcionava de um jeito meio estranho por causa do nervosismo, e isso piorou logo que viu América já o esperando numa das mesas. Olhou para o relógio, ainda não era a hora marcada devia ter acontecido algum milagre para tirar sua sanidade pra Alfred não ter se atrasado. Milagre ou não, Inglaterra se dirigiu até a mesa e pegou o lugar vago.

“Você caiu num poço antes de vir pra cá?” América perguntou, com seu clássico senso de humor. “Seu rosto está todo molhado, se estava se afogando podia ter chamado o HERO aqui HAHAHAHAHA!”

“E você, porque chegou tão cedo?” O sorriso do mais novo desapareceu instantaneamente, enquanto um leve rubor invadia suas bochechas. “Não vamos pedir?” Alfred disfarçou.

Enquanto isso, numa mesa não muito longe dali...

“França-san, porque você me arrastou pra ver isso? Eu fiquei bastante feliz de alguém me convidar para passear, mas não acho certo ficarmos espiando o América e o Inglaterra-san.” Matthew falou, no seu tom calmo e desconcertado de sempre, enquanto certo francês espionava outra mesa com um binóculos.

“Não foi você mesmo que disse que o América estava numa joalheria na sua casa olhando anéis? Talvez ele vá pedir aquele maluco amigo de fadinhas e unicórnios em casamento, e eu não quero perder isso.”

“Ah? Aquele ali não é o França-nii-chan? FRANÇA-NII-CHAN AQUI!” Um italiano sorridente acompanhado de seu irmão mais velho, Alemanha, Japão e Espanha acenou alegremente, e Francis teve que correr a toda velocidade para que o garoto meio bobo não estragasse o disfarce dele. Problemas a parte, todos acabaram dividindo uma mesa.

“Então, o que vocês todos estão fazendo aqui, vieram espionar o casalzinho em pré-casamento ali?” O francês perguntou.

“Na verdade Itália-kun convidou a mim e Alemanha-san para jantar em algum lugar diferente com o irmão dele e por isso, Espanha-san também se juntou a nós.” Japão explicou.

“Mas França-nii-chan, de que casal você está falando?”

“Você não está vendo Itália? Ali no cantinho.”

“AH VOCE ESTÁ FALANDO DO INGLATERRA E DO AMERICA?” Espanha gritou, chamando a atenção de meio restaurante.

“Oy seu idiota, fique quieto ou eles vão nos ouvir!” França pulou em cima de Espanha, e uma confusão começou na mesa, e todos acabaram no meio de uma briga gigante, que obviamente foi parar perto de América e Inglaterra. Num segundo os dois estavam decidindo o que iam pedir, no outro tinham sido arremessados no chão por uma “mancha com vozes conhecidas.” Os dois loiros olharam para frente tentando se levantar, e perceberam uma coisa.

“DROGA, CAIU DO BOLSO DA JAQUETA/DO TERNO.” Ambos pensaram ao mesmo tempo.

“Oy, oy, o que está acontecendo aqui?” Francis perguntou, se referindo as duas caixinhas de veludo que estavam caídas no chão.

“EU QUE DEVERIA PERGUNTAR, O QUE DIABOS TODOS VOCÊS ESTÃO FAZENDO AQUI?” Arthur estava completamente nervoso, será que alguém já tinha juntado os pedaços e percebido suas intenções?

“Mil desculpas por atrapalhar Inglaterra-san, o Itália-kun nos convidou para jantar e acabamos no mesmo restaurante que vocês.” Japão falou.

“Se é você que está falando eu acredito nisso.” O inglês colocou a cadeira no lugar.

“Bem, nós vamos deixar vocês em paz, por favor desculpem o incomodo.”

“Você é mesmo muito sério Japão, está tudo bem, tudo bem! Ah, esse lugar não serve hambúrgueres?”

“Tenha modos América! Isso é um restaurante refinado, não uma daquelas lanchonetes que só servem comidas prejudiciais a saúde que você gosta.” O britânico e o americano começaram a brigar, e Itália se abaixou perto da mesa. “Eh? Alemanha, Alemanha, olha, eu encontrei duas caixinhas bonitas!”

“Hein? Que estranho tem alianças dentro delas. Itália! Como as encontrou você tem a obrigação moral de entregá-las ao gerente para que ele tome as devidas providências!”

“Sim senhor! Espero que eles me dêem desconto para comer alguma coisa, especialmente se for alguma massa!” Feliciano começou a procurar o gerente, mas duas mãos seguraram sua camisa.

“ESPERE!” Arthur e Alfred gritaram.

“Desculpem, desculpem, seja lá o que eu tenha feito de errado, só não me machuquem!” O italiano começou a choramingar.

“Oy vocês dois, o que está acontecendo? Não façam isso com o Itália-kun, sabem como ele é assustado.”

“F-Foi mal Itália...” América se desculpou, e a maioria das pessoas ali já tinha entendido o que estava acontecendo. Mas como não podia deixar de ser, quem falou o obvio foi certo francês.

“Então vocês dois planejaram fazer exatamente a mesma coisa no mesmo dia. Isso é que é sintonia de apaixonados.” França tomou as duas caixas de Itália e colocou nas mãos de Inglaterra e América. “Pronto! Agora deixem o Onee-san aqui bem orgulhoso!”

“Seu maldito viciado em vinho...” Arthur já ia começar uma lista de insultos, mas o que ninguém esperava era que Alfred se ajoelhasse e pegasse a mão do inglês.

“Bem, eu sou o HERO então vou falar. Inglaterra, só pra constar você é o ser mais irritante do universo inteiro. Suas mágicas só não são mais assustadoras que a sua comida, e você vive falando com amigos imaginários. Nunca me deixou em paz mesmo quando eu declarei minha Independência.”

“ORA SEU...”

“Deixe eu terminar. Mas mesmo sendo desse jeito maluco, eu gosto da sua companhia, de quando você dorme comigo quando eu assisto filmes assustadores. Eu gosto quando você se preocupa comigo me mandando parar de comer minhas deliciosas comidas, porque no fundo eu sei que você só quer meu bem com isso. Eu gosto do fato de mesmo cozinhando terrivelmente mal, você tenha esse trabalho por mim. Então, você quer casar...”

“Eu aceito.” Inglaterra falou, de cabeça baixa. Sua resistência quando a ex-colônia falava coisas tão doces era zero, e provavelmente seu rosto estava vermelho e cheio de lágrimas aquela altura.

“Você podia ao menos deixar eu terminar de falar! Para alguém que se diz tão cavalheiro isso não foi muito educado.” América falou de um jeito manhoso.

“Ta, ta, desculpe, eu aceito, agora preciso ir ao toalete por um segundo.” O britânico saiu correndo como se não houvesse amanhã.

“Ele foi chorar no banheiro não foi?” França perguntou, com uma gota de suor na cabeça.

Algum tempo depois...

“Inglaterra quanto tempo pretende ficar ai? Todo mundo sabe que você estava chorando.” Depois de quinze minutos, América decidiu ir chamar um certo inglês.

“Não é como se eu tivesse me emocionado com seu pedido ou coisa do tipo! Seria impossível para o grande Império Britânico ficar tocado com algo assim!” Arthur ficou completamente vermelho, enquanto enxugava os olhos, que estavam mais vermelhos ainda.

“Tudo bem, tudo bem. Você estava planejando fazer a mesma coisa? HAHAHA por isso que estava tão esquisito.”

“QUEM VOCE ESTA CHAMANDO DE ESQUISITO, SEU GORDO VICIADO EM FAST FOOD!” O loiro mais velho já estava entrando num clima de briga, mas foi interrompido por um abraço aconchegante.

“Porque não deixamos pra brigar depois? Ah, o Japão ofereceu um lugar na casa dele para fazer a cerimônia de casamento, ele disse que é bem bonito.”

“Parece uma boa ideia...”

“AGORA PORQUE NÃO SAIMOS DAQUI E VAMOS COMER ALGUMA COISA REALMENTE GOSTOSA, TIPO HAMBURGUERES E BATATA FRITA!”

“Só por hoje eu vou concordar com isso, só por hoje.”


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só, até quarta feira!



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