Once upon a Love escrita por Anne Atten


Capítulo 10
Recordações


Notas iniciais do capítulo

bom dia!



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–É melhor irmos para nosso salão comunal. - falou Draco, se afastando de Hermione.
–Sim.
A garota tinha lágrimas nos olhos e enxugou-as com a manga da blusa. Draco choraria mais tarde.
–Vou dormir, Malfoy.
Ele sentia como se tivesse levado um tapa na cara. Malfoy, e não mais Draco.
–Vá, Granger. - ele continuava de costas para ela, não queria se despedir. Depois daquele dia, só seriam brigas, e não mais tempos com divertimento com a garota, que a pouco, ele descobrira que gostava muito.
Hermione respirou fundo, abriu a porta da sala precisa e saiu. Draco correu até ela e puxou seu braço. Ficaram cara a cara e ele a beijou pela última vez.
–Eu não posso ficar sem você, Hermione. Eu não posso e nem quero. - ele a abraçava, dessa vez permitiu-se chorar.
–Nem eu, não depois que descobri que gosto de você. E que você gosta de mim. Mas é para o seu bem, e para o meu bem. Eu nem sei o motivo, já que não quis me contar, mas iremos correr perigo se ficarmos juntos, disso eu sei.
Ela se afastou dele e pegou em sua mão.
–É melhor eu ir, ninguém pode saber disso.
Ele assentiu com a cabeça. Então Hermione resolveu falar tudo o que tinha para falar, ela não era uma garota que ia ser usada:
–Se um dia quiser me falar o por que disso, ficarei feliz de saber que não está me chutando por conta de não querer que seus amigos saibam que me beijou. Que você não está fazendo isso só para não ficar com a sangue ruim.
–Hermione...
–Não me chama de Hermione! E que você não está fazendo só um joguinho comigo!
–Eu não estou fazendo joguinho nenhum!
–Então é melhor eu ir embora! - ela bateu a porta e saiu correndo.
O que deu em mim? Num momento estou doida porque tenho que largar dele, em outro... Caiu no choro mais uma vez. E se as palavras doces de Malfoy fossem uma farsa? Ela não queria nem imaginar. Não. Já era difícil ter se declarado, aberto o coração, e ele dizer que gostava dela também, e então se separaram. Se ele estivesse mentindo para ela...
De repente, ela estava sentada na frente da porta do salão da grifinória. Enterrou o rosto das mãos e dobrou os joelhos.
–Mione?
Era Gina.
–Agora não, tá? Depois a gente conversa...
–Hermione, saia do chão e me conte por que está assim.
A menina queria gritar para a ruiva deixá-la em paz, mas seria falta de educação. Gina estava tentando ajudar. Hermione se levantou do chão e secou os olhos.
–Que horas são? - perguntou.
–Nove da noite.
Tinham se passado uma hora e meia desde o "encontro".
–O que aconteceu?
A menina apenas abraçou Gina.
–Você sabe que pode me contar o que quiser, não sabe? - perguntou.
–Sim, mas hoje não quero, eu preciso dormir. Amanhã será um novo dia.
Gina assentiu com a cabeça e as duas foram para o salão da Grifinória.

A garganta de Malfoy estava seca. O que ela queria dizer? Ah, ele sabia. Hermione estava pensando que ele podia estar só querendo usá-la. Mas como ela podia pensar naquilo? Ele tinha se declarado, beijado ela e tudo mais. Mas você não contou o motivo, fica sem sentido para ela, você sempre a desprezou. E ele começou a se odiar por aquilo. Não queria que ela pensasse que ele estava fazendo um joguinho com ela. Draco realmente gostava dela! Como iria provar? Pelo menos, Hermione ficaria longe e assim, não correria nenhum perigo.

–Boa noite, Gina.
Hermione entrou no dormitório, as meninas já estavam todas deitadas. Ela tirou os sapatos, colocou um pijama e se deitou também. Fechou a cortina da cama ao redor de si e fechou os olhos, lembrando-se da primeira vez em que tinha visto Draco Malfoy.

Hermione e seus pais trouxas estavam no beco diagonal, guiado por alguém de Hogwarts, já que não eram bruxos.
–Mãe, olha só aquilo! - exclamou a garota, animada. -Uma coruja, de verdade!
A acompanhante sorriu.
Você vai gostar bastante daqui, te garanto.
Os pais da garota se entreolharam, felizes, mas ao mesmo tempo, com um pouco de medo. Para eles, magia não existia, até que ela recebeu a carta.
–Você leu a lista? - perguntou a moça, Hermione assentiu. -Primeiro, vamos comprar os livros para você.
Os olhos da garota brilharam com a menção dos livros. Então ela viu um garoto através de uma janela, sendo medido. Isso a deixou curiosa. Como será que eram os uniformes da tal escola de magia? Resolveu dar uma espionada. Parou na frente da janela e ficou observando-o. Ele estava de costas, era loiro, alto, mas não muito. Uma senhora apareceu com uma capa, para ver se servia nele. Então, Hermione viu seu rosto de perfil. Era...bonito e parecia ser um bruxo, não tinha ninguém guiando-o. A costureira desapareceu por uma das portas e só ficou ele, se olhando no espelho. Do jeito que se olhava, Hermione percebeu que era bem metido. Deve ser um ridículo, pensou ela. Mas nada daquilo importava, tinha meio que gostado dele, se é a palavra certa.
Draco se olhava no espelho quando viu que tinha alguém o observado. Ele se virou, Hermione se abaixou.
–Quem está aí?
Sua voz estava um pouco aguda.
–Eu vou contar pro meu pai que...
–Aqui, acho que achei uma que serve perfeitamente. - falou a costureira.
Draco saiu da janela, e Hermione se levantou. Nunca se esqueceria dos olhos azuis acinzentados do menino.

Com essa lembrança, ela adormeceu.


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Notas finais do capítulo

quando comecei a escrever a fic, ia colocar essa lembrança bem no começo, mas daí pensei melhor. O que acharam?