Capítulo 06

Os olhos dele se cravaram nos de Paulina. Na escuridão e sob o imperturbável foco de seu olhar, tanto ela como ele sentiram como se, de algum modo, fizesse uma promessa importante. Embora não fizessem a mínima ideia do que tinham prometido.

Manha seguinte

–Bom dia, Paulina! (disse Carly)

–Por dia, Carly! (disse Paulina)

–O seu chefe já chegou. (disse Carly)

–Ele já está na sala? (perguntou Paulina)

–Não! (respondeu Carly). Ele está na sala do senhor Rodrigo. (disse Carly)

–Ok! (disse Paulina)

–Como foi o jantar? (perguntou Carly)

–Depois eu te conto! (disse Paulina)

Apesar de Paulina não ter contando nada, Carly percebeu, através de seus olhos verdes que estavam com um brilho especial, que o jantar tinha sido maravilhoso.

–Você está apaixonada por ele? (perguntou Carly)

–Claro que não! (respondeu Paulina desviando o olhar)

–Meu Deus, você está apaixonada por ele. (disse Carly)

–Com licença! (disse Paulina)

Paulina foi para sala

...

...

...

–Quer dizer que você a levou para jantar? (perguntou Rodrigo)

–É! (respondeu Carlos Daniel)

–Suponho que a levou para cama também! (disse Rodrigo)

–Claro que não, a Paulina é diferente, delicada. (disse Carlos Daniel)

–Carlos Daniel! (disse Rodrigo surpreso). Desde quando isso te impende de leva uma mulher para cama? (perguntou Rodrigo). Não, vai me dizer que... (Carlos Daniel o interrompeu)

–Que o que? (perguntou Carlos Daniel)

–Que você está apaixonado por essa moça! (respondeu Rodrigo). Estar? (perguntou Rodrigo)

–Claro que não! (respondeu Carlos Daniel nervoso)

–Pois parece que você estar! (disse Rodrigo)

–Claro que não, você viajou na maionese. (disse Carlos Daniel irritando)

Carlos Daniel saiu batendo a porta.

–Tenho certeza que ele está apaixonado e não sabe lhe dar com isso! (disse Rodrigo)

...

...

...

–Tudo bem, senhor? (perguntou Carly ao ver a expressão de Carlos Daniel)

–Sim! (respondeu Carlos Daniel)

–Posso te fazer um pedido? (perguntou Carly)

–Qual? (perguntou Carlos Daniel)

–Não brigue com a Paulina. (respondeu Carly). Ela já sofreu muito nesta vida, e ela precisa desse emprego. (disse Carly)

Carlos Daniel ficou sem palavras

–Se ela perde esse emprego, ela vai ter que volta para Cancun. (disse Carly)

–Volta para Cancun? (perguntou Carlos Daniel preocupado, mas preocupado com que?).

–Sim! (respondeu Carly)

–Pode fica tranquila, Carly, por mim a Paulina não vai perde esse emprego e muito menos sofrer. (disse Carlos Daniel sincero)

–Ela é tão forte, tão objetiva no que quer e ao mesmo tempo tão delicada, tão frágil. (disse Carly)

–Verdade, ela é muito delicada, delicada como uma rosa. (disse Carlos Daniel sem percebe que um sorriso brotava em seus lábios)

...

...

...

Ao entra na sala, Paulina percebeu que em cima de sua mesa, havia uma sacola preta e outra, menor, branca. Ela se aproximou da mesa e pegou a sacola branca. Calmamente ela retirou o que estava dentro dela.

Dentro da sacola havia um ibope e um bilhete

“Como disse na noite passada, o celular para mim é muito útil e para você também será, desfrute do presente, linda”.

Carlos Daniel Bracho

Paulina o colocou em cima da mesa e pegou a outra sacola e retirou o que estava dentro dela.

–Meu Deus! (disse Paulina ao ver o que tinha na sacola)

–Gostou? (perguntou Carlos Daniel sussurrando no ouvido de Paulina)

Paulina se afastou dele e ficou em completo silêncio

–Então, gostou? (perguntou Carlos Daniel)

–Não! (respondeu Paulina)

–Porque não? (perguntou Carlos Daniel). Vai fica perfeito em você. (disse Carlos Daniel sorrindo)

–Você só pode ter enlouquecido em acha que eu vou vestir isso. (disse Paulina)

–Vai e essa noite. (disse Carlos Daniel)

–Como? (perguntou Paulina)

–Eu quero que você vista essa lingerie. (respondeu Carlos Daniel). Hoje a noite vai ter uma exposição de fotos, fotos essas, que eu mesmo as tirei, eu gostaria que você fosse e usasse essa lingerie. (disse Carlos Daniel)

–Desculpa, mas eu não posso usa isso. (disse Paulina colocando a lingerie dentro da sacola)

–Porque não? (perguntou Carlos Daniel se aproximando)

–Porque ela é muito... Muito sexy, vulgar. (respondeu Paulina)

–Mas ninguém vai te ver com ela, além de mim, e além do mais, você vai fica ainda mais linda com essa lingerie. (disse Carlos Daniel).

Paulina o olhou

–Mas, a calcinha é um pouco transparente. Eu não vou usa isso. (disse Paulina)

–Eu sei, foi por isso que a escolhi. E ela nem é tão transparente assim. (disse Carlos Daniel sorrindo)

–É sim! (disse Paulina)

–Quando você coloca-la vai ver que não é. (disse Paulina)

–Quem disse que eu vou coloca-la? (perguntou Paulina dando de ombro)

–Vai, pois você é muito obediente. (disse Carlos Daniel se aproximando). Você vai usa-la, né? (perguntou Carlos Daniel olhando fixamente para os olhos dela)

Paulina queria responder que não, mas, em vez disso, saiu um sim de sua boca.

–Sim! (disse Paulina)

–Aqui está o convite! (disse Carlos Daniel entregando o convite a Paulina)

–Posso leva alguém? (perguntou Carlos Daniel)

–Depende! (respondeu Carlos Daniel)

–Como assim? (perguntou Paulina)

–Se for homem, não, mas se for mulher pode. (respondeu Carlos Daniel). Se bem, que eu preferia que você fosse sozinha. (disse Carlos Daniel)

–Por quê? (perguntou Paulina)

–Acho que você não vai querer sabe. (disse Carlos Daniel a olhando da cabeça aos pés)

Paulina engoliu em seco

O dia passou rápido e logo Paulina já estava em sua casa.

–E agora, o que eu faço? Vou ou não vou? (perguntou Paulina para si mesma)

Paulina pensou por mais um tempo e acabou optando por ir. Ela tomou um banho, vestiu uma lingerie simples, claro que não foi a que Carlos Daniel deu, um vestido perto básico, tomara que caia e um sapato, não muito alto.

–Será que ele vai gosta? (perguntou Paulina para si mesma de frente para o espelho). Paulina acorda isso não importa a única coisa que ele quer de você é sexo, nada mais do que isso. (disse Paulina para si mesma, um pouco triste).

Paulina pegou sua bolsa e saiu

Ao chega à exposição, Paulina, viu Carlos Daniel rodeado de pessoas no centro da sala. Estava vestido com sua descuidada elegância. Usava a gola da camisa aberta. Ele olhou para cima e seus olhos castanhos se fixaram nela. Paulina sentiu um choque e mal conseguiu manter a compostura. Não queria interrompe-lo e decidiu dar uma volta para ver as fotografias. Mas, Carlos Daniel já estava se afastando do grupo e aproximando-se. Quando a olhou, também fizeram a maior parte dos presentes na sala.

–Estou feliz que tenha vindo! (disse Carlos Daniel sorrindo)

–Parabéns. Não entendo muito de fotografia, mas tenho certeza que isso é algo grande. (disse Paulina)

Carlos Daniel riu

–Diria que é algo menor ou médio. Mas poderia considerar como se eu estivesse abrindo caminho para o estrelato. (disse Carlos Daniel)

Carlos Daniel guiou Paulina através das pessoas que os rodeavam. Ela resistiu ao impulso de volta para casa. Ela se sentia fora do lugar. Eles seguiram até o fundo da sala e percebeu que numa parede estava escrito o nome de Carlos Daniel com grandes letras pretas.

–É esse o seu trabalho? (perguntou Paulina)

–Sim! (respondeu Carlos Daniel)

–Quero vê-lo. (disse Paulina se aproximando das fotografias, ela notou que Carlos Daniel parecia impaciente e isso a surpreendeu). Não foi para isso que me convidou? Para ver as suas fotografias? (perguntou Paulina)

–Não! (respondeu Carlos Daniel). Te convidei porque queria te ver. (disse Carlos Daniel)

Paulina não soube o que responder assim se voltou para a parede. Todas as fotos eram em preto e branco e se deu conta de que todas eram da mesma mulher, um rosto tão famoso que inclusive Paulina a reconheceu, era a modelo Kate Moss.

–São incríveis! (disse Paulina). Para qual revista a fizeste? (perguntou Paulina)

–São fotos pessoas, nunca foram publicadas. (disse Carlos Daniel)

Paulina sentiu uma desagradável chama de ciúmes... E insegurança. Ele havia saindo com Kate Moss? E se era assim, como poderia estar interessado agora nela, logo nela?

–São realmente lindas... (disse Paulina)... São as suas favoritas? (perguntou Paulina)

Carlos Daniel soltou uma risada

–Não! (respondeu Carlos Daniel). Por quê? (perguntou Carlos Daniel)

–Bom, as escolheu para a exposição. (respondeu Paulina)

–Eu não as escolhi, é o que a galeria me pediu. As fiz quando estava começando. Em parte é por isso as tenho expostas aqui. Está exposição é sobre os inícios da carreira de três fotógrafos. (disse Carlos Daniel)

Carlos Daniel com a mão nas costas de Paulina, a guiou até um discreto canto sob as escadas.

–Por que não está usando os sapatos que eu te dei de presente? (perguntou Carlos Daniel)

Ela o olhou, surpreendida.

–Está em sua exposição de fotografia e se preocupa em quais sapatos eu uso? (perguntou Paulina)

–É evidente que sou uma pessoa visual. Disse-te que esse tipo de coisas era importante para mim. (disse Carlos Daniel). pelo menos está usando a lingerie que te dei mais cedo? (perguntou Carlos Daniel)

–Oh, sim! (mentiu Paulina)

Carlos Daniel olhou fixamente para Paulina e ela riu nervosa

–Me diga! (disse Carlos Daniel)

Carlos Daniel começou a subir a estreita escada preta e Paulina foi atrás dele.

–Acredito que não deveríamos estar aqui em cima. (disse Paulina)

–Eu estou seguro de que não! (disse Carlos Daniel sorrindo). Agora me mostre a sua roupa intima! (disse Carlos Daniel se encostando-se à porta)