Safe and Sound escrita por Aline Martins


Capítulo 19
Capítulo 19 - Johanna


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer a todos os comentários que recebi ontem! É tão bom saber que vocês estão gostando! s2

Esse capítulo está tenso, vou avisar antes :

A pedido e sugestão da minha leitora Babi Olih a Annie Cresta está de volta antes do que eu planejava, mas acho que ficou bom assim *-* Me digam o que acharam, ok?
Obrigada Babi, esse capítulo fica dedicado a você :P

Bom, não vou prolongar muito... nos vemos nas notas finais. *-*



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As investigações não tinham previsão para serem concluídas, embora Gale e Johanna estivessem com o nome Enzzo Snow como suspeito número um, isso no mínimo seria o inicio de uma busca implacável. Procura-lo na Cidade 12 seria como encontrar uma agulha no palheiro e ambos estavam cientes do trabalho que teriam que desempenhar.

O escritório de Gale já perdera toda a sua organização, papéis para um lado, documentos para o outro, fotos no chão e todos os computadores ligados trabalhando sem descanso. Johanna estava com uma aparência horrível, desde que chegou não tinha dormido praticamente e muito menos Gale. Não existia um acordo, para falar a verdade, que ambos teriam que se manterem acordados até encontrarem algo mais concreto, mas isso estava embutido em suas atitudes.

Johanna compreendia que não iria conseguir descansar sabendo que existia uma ameaça por vir. Seu trabalho ali teria que ser dobrado porque não era possível prever quanto tempo ainda restava para que Enzzo decidisse sair do escuro e mostrar suas asas. Esse pensamento fez seu estômago revirar.

Hazelle a todo o momento tem se demonstrado a mãe mais prestativa do mundo para Gale, ela levava comida para ambos, o lembrava a ele que tinha que tomar banho, ficava preocupada quando Gale soltava suas crises de nervosismo. Johanna já havia se acostumado, toda a vez que ele chegava perto de alguma pista e não dava em nada, o Major via vermelho e explodia, levando tudo que tinha ao seu redor.

Johanna não tinha como duvidar, Gale amava Katniss de uma forma que nunca sonhava ser possível. Mesmo ele tendo sofrido muito, ele em nenhum momento cogitou a possibilidade de desistir, não em relação a investigação porque isso nem ele e nem Johanna fariam, mas sim em relação a seu sentimento. Gale sabia que Peeta ainda estava morando com a Katniss, não precisava ser um gênio para concluir que tinham se acertado. Mesmo apesar de tudo, toda a vez que era comentado algo a respeito de Katniss, ele não escondia que a amava. Em algum ponto, apesar de ser um sentimento doloroso, Johanna tinha vontade de experimentar algo assim, de ter alguém por quem destruir tudo ao seu redor, de ter alguém por quem lutar, de ter alguém simplesmente para amar.

– Johanna, você já verificou se tem alguma câmera intacta na cidade? – perguntou Gale afastando os pensamentos de Johanna.

– Ah... sim, Gale. – disse atrapalhada. – A Paylor ainda não mandou instalar as câmeras. As que existiam antes estão todas quebradas, só tem uma funcionando no centro.

– Nossa, mas eu pedi pra Paylor essas câmeras com urgência. – disse emburrado.

– Eu sei, mas não depende dela, Gale. Tem que ver com a central da F.A.P – Forças Armadas da Panem – se não existe a possibilidade deles adiantarem o serviço.

– É, eu vou ligar pro Beetee e me certificar.

Dito isso, Gale ficou completamente inquieto, Johanna sabia que ele estava passando por muita coisa e não era de se imaginar que ele estivesse bem com tudo isso. Mesmo eles não sendo melhores amigos, Johanna se sentiu na obrigação de ajuda-lo.

– Hey – disse Johanna arrastando sua cadeira para perto de Gale. – Você está bem?

– Estou. Vamos continuar trabalhando. – disse ele sem parar sua atividade.

– Gale, olha aqui pra mim. – disse Johanna pacientemente.

– O que houve, Johanna? – questionou enquanto a olhava.

– Gale, você não tá legal e não quer conversar sobre isso. – afirmou. – Será que ao menos você pode deixar de ser orgulhoso e me falar o que tá acontecendo?

– Eu não tenho que me abrir pra você, Johanna. – disse secamente.

– Acontece que somos parceiros nessa, se você não me contar o que está acontecendo eu não vou ter como te auxiliar. – suspirou. - Eu preciso te ajudar porque tanto eu quanto você precisamos estar bem para continuar com essa investigação. Se você cai, eu caio, entendeu?

– Johanna, o meu desempenho está ótimo e nada vai atrapalhar a investigação. – disse impaciente.

– Vai sim senhor, Gale! Claro que vai! – gritou irritada. - Ou você esqueceu que precisamos estar bem fisicamente e psicologicamente? Você já pensou na possibilidade de nós dois sermos capturados por Enzzo? Já pensou nas coisas que ele irá usar contra você ao te ver que nem um trapo? Você não faz a barba, mal toma banho, fica obcecado com essas coisas e sei que esse não é o seu jeito de trabalhar! Você pode me dizer o que for, que estamos sem tempo e que tudo precisa ser feito para ontem, mas na verdade você está se escondendo do inevitável. Você sabe que Katniss está com Peeta e você está se afundando nessa merda!

– Você acha que elevar o tom de voz pra cima de mim vai adiantar alguma coisa, Johanna? – debateu em alto tom. - Quer saber? Foda-se você. Eu não estou fazendo isso tudo pra poder ter uma chance com a Katniss, estou fazendo isso porque quero ela viva e feliz. Dane-se se for com o Peeta. Não te devo satisfações também.

– Você me deve satisfações sim! A partir do momento em que me tirou da minha vida, do meu trabalho e me arrastou pra cá o mínimo que você me deve são satisfações. – Johanna levantou da cadeira com o sangue fervendo.

– Agora você vai ficar nervosinha porque eu pedi a sua ajuda? – Gale agora estava de pé. – Você mesma disse que isso aqui seria o mínimo que poderia fazer pela Katniss, agora está irritada? – Gale a olhou incrédulo.

– Como você pode dizer isso, Gale?! A Katniss é para mim como da família! Não ouse dizer que estou aqui por obrigação. – Johanna estava com lágrimas nos olhos. - Não estou irritada porque você me trouxe aqui, Gale! Estou puta da vida porque você está trabalhando que nem um mendigo e eu estou me sentindo sozinha nessa, eu que tenho que correr atrás dos arquivos, eu que tenho que fazer as averiguações. Você fica aí, que nem um morto-vivo! – As lágrimas não conseguiam se conter.

– Johanna, eu não quis te magoar. – disse Gale se aproximando.

– Se afasta de mim. – o empurrou com as duas mãos. – E eu aqui, me preocupando com você enquanto você joga mil pedras pra cima de mim! Sabe, você é um babaca!

– Johanna... para com isso, nós somos amigos. – afirmou ponderadamente.

– Amigos? – gritou Johanna enquanto batia os pés e se encaminhava até a porta da frente - Quer saber? Se fode! Eu vou embora daqui, vou voltar pra casa da Annie e vou morar lá com ela e com o bebê Finn.

– Não Johanna, eu preciso de você! – disse desesperado a acompanhando. – Poxa, agora você é da F.A.P também, não pode simplesmente ir embora.

– Me prenda então! – gritou Johanna, saindo as pressas da casa de Gale. - Vem Hatchet!

Hatchet a olhou duvidoso e abanou o rabo.

– VEM AGORA, HATCHET! - gritou Johanna.

O cão não a acompanhou o que a deixou mais irritada.

– Fica aí, então!

Ao sair pela rua a fora Johanna ainda pôde escutar Gale gritar pelo seu nome e Hazelle a chamar também. No momento, aquilo tudo pouco importava, ela tinha que sair dali o mais depressa possível. Sua raiva era tanta que suas bochechas estavam queimando de ódio. Como Gale pôde ser tão insensível? Eu estava o ajudando, eu só queria que ele ficasse bem! Pensava Johanna enquanto suas lágrimas desciam constantemente.

Johanna caminhou tanto que mal pôde saber onde estava. Ela não conhecia a Cidade 12 e só de olhar para sua volta sabia que estava perdida. Com a maior agonia que existia em seu peito, decidiu ligar para Annie. Verificou se estava com o aparelho celular que ganhara de Gale no bolso e sem pensar duas vezes, ligou.

– Annie, sou eu. – disse em meio a lágrimas.

– Johanna? - disse Annie sonolenta.

– Sim, me desculpe te ligar essa hora.

– Joh! Meu Deus, o que houve? - disse Annie bocejando. - Eu liguei pra você por todos esses dias e você não me atendeu! Eu falei com seu chefe e ele me disse que você estava morando na Cidade 12! – afirmou preocupada.

– Eu sei, Annie, são muitas informações, mas no momento eu não posso te explicar. Eu quero saber se posso morar aí com você por um tempo.

– Claro que pode, Johanna. Minha casa sempre será aberta pra você. – disse Annie. – Mas por que você está me ligando de madrugada e por que você está chorando?

– Eu discuti com o Gale, não quero vê-lo nunca mais. – disse secamente.

– Nossa Johanna, mas por quê? Vocês estavam tipo... juntos? – perguntou delicadamente.

– Não, credo! Longe disso! Eu estava ajudando ele em uma investigação e acabei me irritando. – bufou Johanna.

– Mas isso é típico seu né? – riu Annie. – Mas quando você vem pra cá?

Johanna sentiu que alguém estava em sua espreita, quando se virou viu que tinha um homem alto, forte, vestido todo de preto com uma arma na mão. Em um milésimo de segundo recebeu uma paulada da arma em direção a sua cabeça. Tudo estava escuro, mas Johanna conseguiu ouvir gritos da Annie pelo telefone, ouviu também o homem conversar alguma coisa com ela e logo desligar. Sua voz era rouca e cheia de maldade. Johanna estava tão atordoada que não conseguia distinguir mais nada.

Pegaram-na no colo e a jogaram-na em algum veículo. Johanna tentava contar em tempo quantos minutos iria levar até chegar ao seu destino, mas sua cabeça estava sangrando em demasia e sua mente não conseguia trabalhar direito.

Ainda sonolenta e com dores por todo o corpo, Johanna conseguiu ouvir um diálogo.

– EU FALEI PARA ME TRAZER ELA BEM, NÃO QUASE MORTA! – gritou o primeiro homem.

– Não importa, eu a trouxe. – disse firme o segundo.

– É verdade, senhor. Seria difícil se não a atordoássemos. – falou um terceiro.

– VOCÊS SÃO UNS IMPRESTÁVEIS DE MERDA! AGORA VÃO, SUMAM DAQUI ANTES QUE EU ATIRE EM TODOS VOCÊS! – Johanna ouviu vários passos denunciando que havia muito mais do que três homens naquela sala.

– E você. – disse o homem se aproximando dela. – Eu vou brincar muito com você, Johanna Mason.

– O-o-quê você vai f-f-fazer comigo? – disse Johanna ainda de olhos fechados.

– Isso só o tempo dirá, minha linda. – disse o homem maldosamente injetando um líquido gelado em suas veias, o que fez Johanna apagar em meio a pesadelos.


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Notas finais do capítulo

Tenso né? :
Bom, agora vai virar uma salada! Todo mundo vai ter que se virar nos 30 aueuahue xD
Espero que eu tenha surpreendido vocês com esse sequestro, vocês estavam esperando que eles fossem logo na Katniss, né?
Bom, eu tentei surpreende-los, espero que tenha dado certo. ^^
Não se esqueçam de me mandar o feedback, ok?
E me digam o que estão achando da história.
Beijos,
Line.



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