(Nick narrando)

Ok, após ouvir toda aquela história horrível diga-se por sinal, eu estava me sentindo inútil pois, eu sabia que não conseguiria fazer Ross se sentir melhor, um pouco que fosse pelo menos.

Ouvi cada palavra dele bem atenta e era notável o tamanho do seu sofrimento com sua irmã mais nova que havia sido cruelmente assassinada.

– Ei.. – falei tentando quebrar o silêncio que havia se instalado. Ross fitou meu rosto. – Vamos para minha casa, vou passar no departamento e pedir para o Sr. Smithers nos liberar, pegos os documentos do caso de Megan e vejo os relatórios em casa, depois encaminho tudo para o Collins.

– Não precisa Nick, não quero que isso atrapalhe você também e.. – o interrompi no mesmo instante.

– Não irá me atrapalhar. Prometo! – sorri a ele que me deu um sorriso um pouco mais bonito do que nos últimos minutos. – Vamos? – vi Ross assentir e fomos direto ao departamento.

Ao entrar no departamento conversei com Sr. Smithers que parece não ter ficado muito feliz com nossa ausência naquele dia, mas como eu disse que enviaria todo o relatório a eles até o final do mesmo, então ele acabou cedendo e concordando que Ross não iria conseguir trabalhar daquela maneira.

Saí do departamento e Ross estava encostado em seu carro.

– Me passa a chave – falei e ele apenas riu arqueando a sobrancelha. – Qual a graça?

– Até parece que vou te dar meu bem precioso nas mãos né? – ele perguntou rindo.

– Ah vai sim, porque primeiro você não está em condições de dirigir, segundo porque sou sua parceira e terceiro porque se não me der por bem vai me dar por mal você quem sabe – falei cruzando meus braços parando a sua frente.

Vi ele revirar os olhos e me jogar as chaves, ainda rindo. Entrei em seu carro e fomos em direção ao meu apartamento.

(...)

Estávamos a pele menos duas horas sentados no tapete da sala de casa bebendo vinho e comendo pipoca, ok duas combinações um pouco diferentes eu diria.

Ross estava um pouco mais animado o que havia me deixado mais feliz, afinal tê-lo visto daquele modo mais cedo havia me cortado o coração.

– Obrigado – ele me disse enquanto tirava uma mecha de meus cabelos do meu rosto. Sorri a ele fitando os meus olhos avelãs favoritos.

– Pelo que? – perguntei sorrindo mais.

– Por ter me escutado e por ter ficado ao meu lado, sem querer fugir de mim – ele falou engraçado me fazendo rir.

– Eu não fugiria de você. – respondi seriamente, o que o fez sorrir novamente.

– Que bom saber isso – ele respondeu com a voz rouca em meu ouvido e passou seus lábios delicadamente por meu pescoço, causando um arrepio intenso em meu corpo.

– Ross, comporte-se – falei e fechei meus olhos. Cada toque dele fazia eu sentir coisas completamente inusitadas.

Ross me abraçou e continuou a distribuir os beijos por meu pescoço e meu ombro. Minha mão foi direto para seus cabelos, fazendo meus dedos deslizarem lentamente por sua nuca.

– Nick! Cheguei coisa linda da minha vida – disse Molly rindo ao entrar em casa. Eu e Ross nos separamos e eu nem preciso falar que fiquei extremamente vermelha. Assim que Molly cruzou a porta da sala sorriu mais ainda. – Desculpe crianças, não sabia que vocês já estavam em casa e juntos – ela riu mais – Olá cunhado! – Molly falou sorridente e eu me interpus.

– Ei, que história é essa de Cunhado? – perguntei enquanto a encarava.

– Se não é ainda, será! Ross, você está muito devagar. – ela disse brincando e jogou-se no sofá.

– Eu só estou esperando a oportunidade certa – ele falou e me lançou um olhar profundo. Ok, eu estava perdidamente apaixonada por ele, a voz, os olhos , o corpo, a boca, TUDO! Era TUDO extremamente convidativo nele.

– Opa! Espero que ela seja em breve – Molly disse risonha e eu apenas revirei meus olhos. Depois eu me entenderia com ela. – Mas, me digam chegaram cedo hoje, o que houve?

– Ah fomos dispensados mais cedo e então resolvemos trabalhar em casa – respondi rapidamente. Não queria que Ross tivesse que explicar toda a história de novo. Seria muito sofrimento. – E você e o Tyler?

– Ah eu estava na revista até agora, acertando alguns detalhes para a próxima edição. Tyler está em uma reunião no escritório do pai. – ouvi Molly falar e sorrir.

– Bem, eu vou preparar algo pra vocês comerem devem estar famintos – falei e dei um beijo leve nos lábios de Ross. – Se quiser ir tomar um banho, tem toalha no meu banheiro, fique a vontade.

– Não tenho roupas – ele falou divertido.

– Não se preocupe, meu irmão deixou algumas roupas aqui. Às vezes ele dorme por aqui quando vem passar alguns dias em Nova York. Vou deixar tudo em cima da minha cama. – sorri e notei Molly apenas nos observando. Eu sabia que ela comentaria alguma coisa.

Subi com Ross até meu quarto e deixei tudo arrumado em cima da cama. Desci novamente e lá estava Molly com aquele sorriso de meninona me esperando.

– Ah nem vem – falei antes que ela pudesse pensar algo e ela me riu divertida pulando em cima de mim.

– Estou tão feliz por você, ain minha irmã mais velha está apaixonada! – ela disse alto e eu tapei sua boca.

– Cala a boca Molly – falei arregalando meus olhos e ela riu mais ainda.

Fomos para a cozinha preparar o jantar, nossa especialidade : Macarrão. Deixamos quase tudo pronto enquanto conversávamos.

Molly estava arrumando a mesa do jantar enquanto eu terminava de preparar o molho do macarrão. Olhei para a porta da cozinha e Ross estava ali parado me encarando extremamente sexy sem camisa e com os cabelos molhados, apenas com a calça de moletom cobrindo o corpo. Mordi meus lábios em um ato impensado e vi o sorriso formar-se no rosto de Ross.

– Perdeu alguma coisa? – ele perguntou aproximando-se e me levando pra mais perto dele. Nossa Senhora do Controle me ajude!

– Não, nada – sorri e dei um beijo demorado em seus lábios.

– Ah bom – ele falou sorrindo e dei um tapa leve em seu peito.

– O jantar já está pronto, vou levar para a mesa. – falei sorrindo e peguei a porcelana com o macarrão já dentro. Ross respirou sentindo o cheiro delicioso do macarrão e sorriu em seguida.

Nos sentamos a mesa e logo Tyler também juntou-se a nós. Ficamos jantando e conversando por algumas horas, apenas nos divertindo como se fossemos bons e velhos amigos.

(...)