Lightning Hunter escrita por LauC


Capítulo 20
Capitulo- 20 - Interrogatório


Notas iniciais do capítulo

Em mãos pessoal demorei um pouco mais do que o prometido, mas terminei o capitulo. Agora estou de boa na faculdade :D
Espero que gostem do cap, e boa leitura.



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Resultado foi que fiquei sem comida pelo o que se pareceu 3 dias, e no meio disso cortaram o meu acesso a água. Na verdade nos últimos dias mal tinha visto guardas rodando o lugar, estava estranhamente quieto. Conversei com Exterminador sobre isso e ele também nunca tinha visto o lugar tão quieto, apesar de que ele estava recebendo comida regularmente.

Eu estava faminta no começo, mas depois a fome logo desapareceu, meu corpo parecia mais resistente agora. Mas mesmo assim, fiquei a maior parte do tempo deitada, economizando energia. Não tinha exatamente ideia se já era de noite ou dia, visto que as luzes nunca se apagavam, e estava quase delirando em minhas próprias ilusões, quando alguém bateu no vidro da minha cela particular.

Abri os olhos e levantei a cabeça, era um guarda, acenou para me aproximar e cerrei os olhos, porém obedeci. Não estava afim de ficar mais dias sem comida. Andei lentamente até a janela e olhei para o guarda, ele deu um olhar de cima a baixo e fechou a cara.

─ Você não aparenta estar com muita fome ─ Disse dando um sorriso sarcástico logo em seguida.

─ Aprecio uma dieta as vezes ─ Falei em tom de brincadeira. Apesar de sério, ele não parecia ser um dos que me odiava. ─ Então, qual o motivo da visita? Não está se sentido solitário, está?

─ Muito engraçado ─ Disse cruzando os braços. ─ A diretora, mandou verificar se você está disposta a cooperar agora.

─ Se eu disser que sim, vão me trazer comida? ─ Digo levantando as sobrancelhas.

─ Provavelmente ─ Respondeu. Então me deu um olhar em duvida. ─ Está ou não?

─ Que tal trazer a comida primeiro e depois debatemos sobre isso? ─ Dei um balançar de ombros e um sorriso, ele revirou os olhos e apertou um botão que provavelmente havia ao lado da janela. Balançou a cabeça e consegui entender o que ele disse, através do vidro aprova de som.

“Otária”.

Respirei fundo mantendo a calma e fui para a cama, deitei irritada e coloquei o travesseiro na cama, poderia muito bem comer o algodão.

─ Isso seria uma péssima ideia ─ Falei contra o travesseiro.

Suspirei e fechei os olhos. A primeira coisa que me veio a cabeça foi o passeio no parque que Rei e eu fizemos dias atrás, tinha sido um dia perfeito, sem preocupações. Nós duas andando de mãos dadas, enquanto Rei tirando várias fotos nossas, levei a minha mão a lateral da calça a procura do meu celular, mas senti apenas a minha coxa ali, velhos hábitos nunca morrem. Então involuntariamente a memoria mudou, estava novamente a frente de Artos, uma parede de músculos de 2.50 m de altura geneticamente modificado. Em um momento estou em pé, no outro estou sendo jogada no chão com força, corpo rolando no chão, boca sangrando. Logo em seguida tomo o soro e as coisas começam a ficar feias, para mim.

Acho que nunca tinha apanhado tanto quanto aquele dia, apesar de ter sido levada ao extremo quando me torturaram. Mas tinha resistido, resistido ao menos o suficiente para salvar Rei e matar Rider. Tudo tinha sido por Rei, minha fonte de força. Não deixaria ninguém tocar nela.

Tirei o travesseiro da cara e suspirei.

─ Rei ─ Sussurrei, quase em um prece. ─ Esteja bem.

Era engraçado com uma coisa desencadeava uma centena de outras coisas, tudo havia começado a piorar quando tive que assumir as dividas de meu pai, dividas que levaram à pessoas que queriam o que ele tanto lutou para esconder, o que acabou envolvendo a mim, e no fins das contas, levei uma surra e acabei presa em um lugar basicamente impossível de sair. Apenas a vida passando a perna em mim mais uma vez. Mas tudo bem. Eu iria ter o que queria.

E o que eu queria era nada menos e nada mais que vingar meus pais. E eliminar Artos, os gangsters, e principalmente Carlos, da face da Terra.

E Foi com esse pensamento que voltei a me exercitar, não hesitei em nenhum momento, nem quando meu corpo reclamou por falta de comida e água, nem quando minha mente repassava milhares e milhares de vezes minha derrota contra Artos, nem quando me vi sendo novamente chicoteada pelo agente de Rider. Minha cabeça trabalhava em um plano, uma maneira de sair dali, um jeito de como derrotar o gigante, e principalmente, uma forma de me vingar.

Perdi a noção de tempo e de tudo a minha volta, nada importava se não minha meta. Fiquei talvez horas me exercitando, Exterminador me olhava de vez em quando, até que ele mesmo começou a fazer uma serie de flexões. Depois de um tempo, estava ensopada de suor e tomei a minha decisão. Andei até a janela e esperei um guarda aparecer, o que demorou alguns minutos, até que um deles marchou a minha frente e bati na janela, ele olhou para mim em duvida, se aproximou e apertou o botão de som.

─ O que quer? ─ Perguntou com uma carranca.

─ Diga a Diretora Carter que estou pronta para conversar ─ Respondi o encarando seria.

─ Mas já? Pensei que iria resistir mais alguns dias ─ Disse dando um olhar irônico.

─ A não, ver a sua cara feia todos os dias, está me deixando para baixo ─ Falei colocando uma das mãos na cintura e dando uma piscada para ele, seu maxilar se fechou com raiva e saiu marchando para longe.

Minutos ou talvez horas se passaram e ninguém apareceu novamente, estava ficando preocupada se mais alguma coisa tinha acontecido, talvez Artos tivesse aparecido novamente e atacado, por isso não tinha muitos guardas aqui, ou simplesmente queriam me deixar angustiada. Mas era tudo uma questão de tempo. Eles iriam precisar da minha ajuda. E como o tempo é tudo, a água retornou a minha cela.

Quando escutei o barulho da água pingando, dei um enorme sorriso e corri para a pia do banheiro, abri a torneira e bebi o máximo de água que minha barriga aguentava, me engasguei uma serie de vezes, mas nunca tinha sentido tanta falta de água como nesses últimos dias. Minutos depois escutei a porta abrindo e inclinei o corpo para ver o que era.

Olhei para o chão e havia um par de roupas limpas. Estava na hora, minhas roupas estavam sujas e fedendo a suor. Peguei-as do chão e fui tomar um banho. No mínimo demorei uns 20 minutos debaixo do chuveiro e pela primeira vez não reclamei que a água estava gelada demais. Eventualmente, a comida iria aparecer logo em seguida, ao menos era o que esperava.

Mas quando terminei o banho e saí do banheiro com a toalha em volta do pescoço, não foi a comida que encontrei me esperando. E sim dois pares de olhos me encarando, um verde e outro dourado. Por um momento fiquei sem reação quando encarei o rosto de Dana, ela estava séria e seus olhos não tinham um gesto nem um pouco gentil ou agradável, estavam hostis, como se estivesse vendo um inimigo a sua frente, era o olhar que dávamos a pessoas que odiávamos. Na verdade, não era de se admirar que ela odiava a Lightning Hunter. Eu havia a ameaçado sem hesitar antes.

Engoli em seco e olhei para Carter ao seu lado, e felizmente percebi que haviam colocado uma mesa e três cadeiras na sala. Os guardas estavam encostados na parede, pronto para agirem caso algo acontecesse.

─ Espero que tenha gostado do seu banho de 18 minutos ─ Disse Carter olhando para o relógio de pulso em seu braço e apontou para a cadeira a sua frente. ─ Sente.

Obedeci e sentei na cadeira de ferro, coloquei as duas mãos sobre a mesa e esperei as duas se sentarem. Carter tirou um gravador do bolso da calça e colocou a minha frente.

─ Certo, comece ─ Disse apertando um dos botões do gravador, olhei para ela e depois para os guardas, e por fim para Dana.

─ Mas eu tenho uma condição ─ Falei.

─ Acho que você não está em condições de pedir nada aqui ─ Cortou Dana, a vi cruzando os braços de irritação e suspirei.

─ Pensei que os agentes da frente de batalha não soubessem a localização desse lugar ─ Comentei a olhando diretamente nos olhos e dando um balançar de ombros. ─ O que exatamente você faz aqui? Seus poderes não vão funcionar nessa sala.

Dana flexionou o maxilar e me deu um olhar fulminante. Eu sei que estava a irritando ainda mais, mas eu estava curiosa a respeito de qual era a sua função aqui, além de me julgar com o olhar.

─ Ela está aqui, por eu quis ─ Disse Carter colocando as mãos sobre a mesa, seus olhos verdes se fixaram em mim e deu um sorriso que nem de longe parecia amigável. ─ Qual é a sua condição?

─ Bem ─ Abri minhas mãos e dei um sorriso amigável, eles iriam odiar a ideia. ─ Minha liberdade.

─ Nem pensar ─ Disseram as duas ao mesmo tempo, até os guardas ficaram surpresos.

─ Sabe quantos aqui já pediram para sair? ─ Disse Carter levantando as sobrancelhas, fiz que não com a cabeça. ─ Todos, e nenhum saiu, a não ser morto. Você não vai ser diferente.

─ Hmmm, então boa sorte em matar Artos sem mim ─ Falei dando uma inclinada na cabeça e um sorriso, as duas cerraram os olhos com raiva e eu continuei a falar o que queria ─ Eu quero que todos os meus crimes sejam perdoados, sem mais perseguição pela policia, sem mais cadeias e agentes. Uma ficha totalmente limpa, só então confessarei os meus crimes e falarei o que sei sobre o cara que está dando uma surra em vocês e possivelmente destruindo a cidade.

─ E quanto a garota de cabelos vermelhos? ─ Perguntou Carter, levantei minhas sobrancelhas, o que diabos ela queria saber sobre Rei? Ela não tinha nada a ver com isso.

─ O que tem ela? ─ Perguntei fingindo imparcialidade. Dana se moveu inquieta na cadeira.

─ Me disseram que vocês eram próximas ─ Disse ela, encarei os seus olhos verdes.

─ Um pouco ─ Dei um sorriso de canto, se eles tivessem tocado um fio de cabelo dela, só Deus sabe o que eu faria com eles aqui. Dana cruzou os braços e dei um olhar de raiva para ela.

─ Imagino então, que vai querer imunidade á ela também? ─ Perguntou Dana.

─ Se possível ─ Respondi abrindo minhas mãos, que não tinha percebido que as tinha fechado.

─ Não vai ser preciso ─ Carter disse respirando fundo. ─ Apesar dos poderes da Sra. Sanchez serem extremamente perigosos, não temos nenhuma prova evidente de que ela esteja relacionada aos seus crimes.

Isso quer dizer que de uma forma ou de outra eles a interrogaram, e de fato Rei não estava envolvida nos meus crimes e missões, apesar de que, ela estava na guerra de gangues também. Mas não tinham provas, era tudo o que precisava ouvir. Dei uma respirada devagar e observei as duas.

─ Então, o que me diz? ─ Perguntei olhando para Carter.

─ Não posso dar a resposta á isso ─ Disse ficando de pé. ─ Mas vou conversar com o Comandante.

─ Isso é serio? ─ Dana ficou de pé, claramente irritada. ─ Vai deixar ela sair? Depois de tudo que ela fez? Depois de tudo que fizemos para prende-la?

─ Nós não sabemos se ela vai realmente conseguir se livrar ─ Disse Carter cruzando os braços. Dei um suspiro cansado, minha barriga estava implorando por comida, e estava ficando sem paciência com Dana.

─ Olha ─ Falei abrindo minhas mãos, os guardas devem ter visto algo diferente no meu rosto, pois eles posicionaram as armas para mim, o que deixou o lugar com um clima mais pesado. ─ Acredite, eu não quero o seu perdão tão pouco. Diferente de vocês, eu fiz tudo o que tinha de fazer para sobreviver, entre elas coisas boas e más. Só que os fatos são: Vocês precisam de mim para derrotar Artos, porque sem mim, acho melhor vocês acharem uma nova cidade para morar, pois essa cidade está condenada.

Eles olharam para mim surpresos, mas não como se estivessem com medo daquilo se tornar verdade, e sim porque já era a realidade. Eles se entreolharam e eu suspirei.

─ Ele atacou novamente nos últimos dias? ─ As duas concordaram com a cabeça. Então esse era o motivo de o lugar está tão quieto, estavam ocupados com a ameaça maior. Cocei a minha nuca e olhei para as duas calmamente. ─ Acho melhor decidirem rápido, então.

Deram-me um ultimo olhar e todos saíram da sala, dessa vez Carter não disse que iria ficar sem comida, na verdade não disse nada, apenas passou marchando pelo corredor com Dana ao seu alcanço. Os soldados não tiraram a mesa e nem as cadeiras, o que me fez pensar que não demoraria muito para eles voltarem com uma resposta.

Deitei na cama e encarei o teto branco da sala, algo me dizia que eles iriam aceitar a condição, eles tinham que aceitar.

Em meio a espera um soldado apareceu com uma bandeja de comida e me entregou pela portinha, olhei para a comida com um sorriso enorme, estava morrendo de fome, peguei a colher e enchi a boca de arroz, depois coloquei um pedaço de carne e macarrão, aquilo estava delicioso. Demorei poucos minutos para limpar toda a bandeja, entreguei-a para o soldado que estava esperando no corredor e fui para o banheiro, bebi a água da pia e suspirei.

Não estava completamente satisfeita, mas era melhor do que nada. Encarei o meu reflexo naquele espelho especial e virei de costas, levantei minha camisa e toquei minhas costas sem nenhuma cicatriz, ainda estava sem acreditar naquilo. Não havia se quer um arranhão em mim. Olhei para a minha barriga e as tatuagens estavam perfeitas, e meu abdômen estava mais definido que o normal, devia ser por causa dos exercícios.

Abaixei a camisa cinza e voltei para a cama, cobri os olhos com o braço direito por que a claridade estava me incomodando e olhei para os meus pés. Mais incrível ainda do que ter cicatrizes curadas, era poder sentir as pernas novamente. Se Artos realmente atacou novamente, espero que Rei e Grey estejam seguros, e todos os outros que trabalhavam no restaurante.

Fiquei ali pensando em diversas coisas por muito tempo, até quando um soldado bateu no vidro e eu sentei na cama, ele acenou para ficar quieta e então Carter apareceu, com o Comandante e Dana logo atrás. Cerca de 6 soldados se juntaram a eles no corredor, todos com escopetas nas mãos, e fiquei em duvida se aquilo era bom ou não. Um deles abriu a porta e o resto entrou na sala.

Carter acenou para sentar na cadeira e o fiz sem questionar, três guardas ficaram ao lado e atrás de mim, os outros dois ficaram encostados na parede a espera. Carter e London se sentaram nas cadeiras a minha frente e Dana ficou em pé logo atrás deles.

─ Então? ─ Perguntei olhando para Carter.

─ Nos aceitamos a sua condição ─ Disse o Comandante, Dana fez um barulho de desaprovação e Carter cerrou os olhos, ela provavelmente não gostava muito da ideia também. London juntou as mãos sobre a mesa, e olhei para o relógio digital dele. 16:34. ─ Mas temos uma condição também.

─ Não foi isso que combinamos ─ Falei colocando as mãos sobre a mesa e dando um olhar serio.

─ Ou é isso ou nada ─ Disse ele dando de ombros, cruzei os braços e suspirei, independente da condição, acho que não seria pior do que ficar aqui.

─ Ok, então ─ Digo finalmente, dei um olhar rápido para Carter e Dana ─ O que é?

London deu um sorriso de canto para mim, quanto que Carter e Dana estavam com os braços cruzados e com um olhar de que não pareciam estar satisfeitas com aquilo.

─ Bem, vai ter que trabalhar para nós ─ Disse London finalmente, olhei para ele surpresa.

─ De jeito nenhum ─ Respondi acenando com as mãos e logo em seguida cruzando os braços, aquilo não era nem de longe legal. ─ Por que diabos você pensa que eu iria trabalhar para você?

─ Liberdade, talvez? ─ Disse ele com o sorriso intacto no rosto. Fechei o meu maxilar com força e cerrei as mãos, os guardas se moveram atrás de mim e cerrei os olhos. Aquela proposta não era tão boa quanto parecia, se bem que eles não iriam me dar um passe livre depois de tudo, o mínimo que eles poderiam fazer era ter de alguma forma controle sobre mim, e não tinha melhor maneira do que essa.

─ Merda ─ Sussurrei coçando a minha nuca, meus cabelos negros caíram sobre o meu ombro e respirei profundamente, era isso ou nada. ─ Tudo bem.

─ Sério? ─ Carter disse aliviando os braços, me encarou com aqueles olhos verdes e eu concordei com a cabeça. ─ Vai trabalhar mesmo para a gente?

─ Vou, mas vou ter que assinar um contrato ─ Expliquei colocando as mãos sobre a mesa. ─ Não vou aceitar isso ─ Acenei em volta com o indicador ─ sem ter certeza que vão limpar minha ficha.

─ Isso não é problema ─ Disse London e ele levantou a mão na direção de Dana, que lhe entregou uma pasta. Abriu a pasta e retirou de lá dois documentos, entregou os dois a mim e tirou uma caneta do seu bolso da calça. Olhei para os papeis a minha frente e peguei um deles para ler. ─ Basta assinar e tudo fica resolvido.

No documento dizia quais eram as condições dos dois lados, eu teria que trabalhar para eles, obedecer suas regras e hierarquias, como também agir como um bom defensor da segurança pública e bem estar da sociedade. E em troca disso, eu deveria entregar todas as informações sobre o humanos Super dotado, e todas as queixas, crimes e provas contra mim seriam esquecidas pelo governo.

Terminei de ler todo o contrato e segurei a caneta na mão, olhei para onde tinha que assinar e dei um longo suspiro. Aquilo era a coisa certa a fazer, certo? Droga. Eu não queria trabalhar para eles. Mas se eu não assinasse teria que ficar presa aqui por sabe-se lá quanto tempo, levantei o olhar do papel na direção da janela e vi o exterminador observando pelo outro lado. Ele bateu no vidro rapidamente dizendo alguma coisa e demorei um pouco para decifrar o que ele disse. E se eu entendi certo, ele disse “Vai em frente, não tem como ficar pior”.

Levantei uma sobrancelha na direção dele em duvida e ele tornou a bater, senti os outros na sala me encarando a espera da resposta definitiva, mas me foquei no que exterminador estava falando. “ Eu assinei, e continuou aqui, pior do que isso não vai ficar”. Aparentemente, ele não conhecia a minha sorte, mas fiz um ok com a cabeça para ele, e olhei para o papel abaixo da minha mão, dei um breve suspiro e assinei meu nome no lugar apropriado, peguei a outra copia e a assinei também.

Empurrei os papéis na direção de London, que confirmou a minha assinatura e deu um sorriso quase amigável, aquele tipo de sorriso quando você consegue fazer um acordo com alguém que relutou muito. Carter e Dana me encararam sem nenhuma emoção no rosto e eu coloquei minha mão no rosto.

─ Ok, e agora? ─ Perguntei olhando para London.

─ Você fala ─ Disse Carter colocando o gravador de antes sobre a mesa. Olhei para o gravador e dei um olhar suspeito.

─ Tenho uma duvida ─ Falei levantando o indicador, os três me olharam surpresos, apontei para o gravador ─ Porque gravar se eu vou ser inocentada?

─ São apenas dados, controle de informações e essas coisas ─ Respondeu London dando de ombros ─ Você sabe.

─ Hmmmm.

─ Então vamos começar ─ Disse Carter cruzando os braços, olhei para ela e para os soldados com as armas apontadas para mim.

─ Mas antes ─ Comecei a falar, e os três fizeram careta, como se perguntassem o que era agora. Apontei para os guardas em torno de mim e eles se mexeram. ─ Tem como esses caras abaixarem as armas, não me sinto confortável com 5 escopetas apontadas para mim. ─ Os soldados olharam para London e Carter e eu abri minhas mãos. ─ Qual é? Eu não vou fazer nada, já negociamos minha liberdade de qualquer forma.

Os olhos de Carter estavam focados em mim, o mesmo era Dana, acho que as duas iriam juntar forças para me atacar se algo acontecesse. Carter deu um aceno com a mão e os guardas abaixaram as armas.

─ Obrigada ─ Dei um aceno com a cabeça para Carter. Dei um sorriso de canto e cruzei os braços ─ Então o que querem saber?

─ Seus crimes ─ Disse Dana de repente.

─ Qual deles? Tem muitos, não sei se vou lembrar de todos se não especificar ─ Digo dando um sorriso de canto e um balançar de ombros. Carter me deu um olhar furioso.

─ Se eu fosse você não dificultava as coisas ─ London disse cruzando os braços. ─ Primeiro nos fale sobre o assalto ao banco leste. Para onde levou o dinheiro? E para quem? E motivo.

─ Banco Leste? Humm ─ Coloquei a mão no queixo como se eu estivesse tentando lembrar, o que era uma atuação, por que claramente eu lembrava. ─ Bem, para um gangster chamado James. Ele me pediu que eu roubasse e eu o fiz.

─ Apenas isso? Você entregou os 40 milhões na mão de um criminoso sem nem pegar um S’s? ─ Perguntou Carter.

─ Hmm, eu não peguei nenhum dinheiro do banco se é isso que quer saber, mas recebi um pagamento de 5 mil S’s ─ Respondi dando de ombros.

─ Você rouba 40 milhões e ganha 5 mil? Isso não me parece uma boa proposta ─ Complementou Dana.

─ Yeah, mas quando você deve dinheiro á alguém como ele, você não reclama muito ─ Respondi olhando para os seus olhos dourados.

─ Então se trata disso, dividas? ─ Perguntou London. Fiz que sim com a cabeça e ele cerrou os olhos. ─ Quando devia para esse tal de James?

─ 20 milhões.

─ E como uma garota como você, fica devendo 20 milhões para um cara como ele?

─ Olha, é uma longa história ─ Falei colocando as mãos na mesa, senti a superfície gelada contra a minha palma. ─ Resumindo, o meu pai que se endividou com esses caras, daí quando ele morreu eu fiquei com a divida, então para acabar com elas, eu fazia esses serviços por eles.

─ Vejo que faz jus ao seu nome ─ Disse Carter parecendo um pouco surpresa ─ Lightning Hunter.

─ Faço o que posso ─ Dei um sorriso e uma piscada para ela, o que a fez fechar a cara.

─ Você disse caras, no plural ─ Comentou Dana, fiz que sim com a cabeça. ─ Para quantas pessoas exatamente?

─ Bem. Tem o James, Sam, Van, Phanix, Frank e Lyn ─ Citei o nome deles levantando um dedo da mão para cada e terminei com os seis dedos levantados. Eles olharam para minhas mãos.

─ Quanto ao todo? ─ Disse London.

─ 100 milhões ─ Respondi, e percebi que todos, incluindo os guardas deram uma respirada profunda, aquilo era muito dinheiro. ─ é, eu sei, é muita grana.

─ Ok, então já que você disse que os seus crimes foram ordenados por outros gangsters, fale sobre os pedidos que eles fizeram ─ Os olhos de Carter me observavam atentamente.

─ Tudo? ─ Perguntei e eles fizeram que sim com a cabeça. ─ Okay. Deixe-me pensar ─ Falei coçando o queixo, não deveria contar tudo em detalhes, apenas o necessário. ─ O próximo é o Sam.

─ Certo.

─ Bem, a primeira missão que ele me deu foi capturar um homem que tinha roubado 1 milhão dele, em troca ele eliminaria um pouco da minha divida com ele.

─ Quanto?

─ Eu devia 25 milhões dele, daí com essa missão eliminei 7 ─ Respondi.

─ Eu não estou entendendo uma coisa ─ Disse Carter em duvida. ─ Como funciona isso? Você as vezes paga mais e elimina menos da sua divida, e as vezes paga menos e elimina um numero maior.

─ Na verdade não tem muita lógica se você for pensar de forma econômica ─ Respondi cruzando os braços. ─ 1 milhão pode ser muito, enquanto que 20 milhões não. Veja, se você ficar me devendo 5 milhões por exemplo, dependendo da situação que aparecer, posso pedir de você uma coisa para mim, matar alguém ou roubar um banco, tudo é muito relativo para esses caras.

Olhei para eles que estavam com uma cara que não estavam entendo nada e cocei minha nuca.

─ Simplificando ─ Falei dando um suspiro ─ Eu posso preferir que você faça um favor, do que pedir o dinheiro. Visto que eu posso conseguir o dinheiro de outra forma. Entenderam?

─ De certa forma ─ Respondeu London dando um balançar de ombros. ─ Continue.

─ Tá. Daí eu capturei esse cara e entreguei para Sam, 7 milhões eliminados. Fim.

─ Aquele caso que teve do blackout na cidade, aquele que tinhas policiais fechando a entrada de uma boate ─ Tentou London relembrar o dia, e eu dei um sorriso, porque eu tinha lembrado da reação do Detetive Bornes quando viu que não iria capturar a mim e a Francis. ─ O que é tão divertido?

─ Nada não ─ Respondi sorrindo ainda. ─ Detetive Bornes iria gostar de escutar o meu interrogatório. Ah, cara! A cara dele foi impagável quando viu que consegui fugir.

Dana e Carter me deram um olhar de raiva e isso apenas me fez querer rir mais. London cerrou os olhos e eu levantei minhas mãos.

─ Ok, parei. Hmm, esse evento aí, bem, um gangster chamado Frank, me ofereceu um trabalho de 3 dias como segurança para um reunião que iria ter nessa boate, 2 milhões da divida para ser exata, e bem tudo correu bem, até o ultimo dia, quando a policia invadiu o lugar e então nós fugimos.

─ A reunião, você sabe do que se tratava? ─ Perguntou London.

─ Na época eles não me falaram, mas foi lá que conheci Artos ─ Eles levantaram a sobrancelha. ─ O Super humano.

─ Ah sim ─ Concordou Carter.

─ Bem, na época ele deu o nome de Gurt, e falou que aquela reunião era importante, porque estavam tramando algo grande que poderia mudar as coisas na cidade. Não fiquei muito preocupada, porque faziam anos que os criminosos queriam dominar a cidade e não conseguiam.

─ Entendemos ─ Concluiu London. ─ E quanto aquela chacina que teve em um bairro da cidade. Você estava envolvida, não estava?

─ Os legistas descobriram que alguns cortes eram provocados por uma espada ─ Disse Dana me encarando. ─ E descobrimos recentemente que você por acaso tem uma espada.

─ Por acaso você foi ordenada a... ─ Carter não terminou a frase, mas entendi aonde ela queria chegar.

─ Não tenho porque mentir mais, então sim ─ Olhei diretamente para Dana e seus olhos dourados. ─ Eram duas gangues em conflito, uma delas era de Sam, ele me pediu para ir lá e acabar com tudo aquilo. Eu fui, o lugar estava totalmente fora do controle, mas depois de um tempo acabou, e a minha divida com Sam também.

─ Então foi você que matou todas aquelas pessoas? ─ Perguntou London, seus braços estavam cruzados e eu pude notar a tensão no seu maxilar.

─ Não todas, mas uma considerável parte delas ─ Respondi e passei a mão na minha nuca. ─ Deixar claro aqui que eu não sou muito fã de matar pessoas.

─Não? ─ Cortou Dana abrindo os braços. ─ Então como você matou todos aqueles caras? Como conseguiu todo aquele sangue no seu corpo, quando você me ameaçou de morte?!

Dana estava ficando sem paciência, seu maxilar estava flexionado com força e o seu olhar me fazia sentir que a qualquer momento eu seria incinerada por algum laser. Carter e London estavam me observando atentamente, a espera da resposta para aquilo. Dei um suspiro e fechei os olhos tentando me manter calma.

─ Olha ─ Comecei a falar ainda com os olhos fechados. ─ Eu realmente tento evitar o máximo possível em matar alguém, isso só acontece quando me ordenam ou quando as coisas saem totalmente do controle.

─ Certo, e você iria me matar só porque entrei no seu caminho naquele dia? ─ Questionou Dana com mais raiva ainda, e a minha paciência estava indo embora rapidamente.

─ Mas que merda Dana, sim você estava na hora e lugar errado! ─ Encarei ela com raiva. ─ Você acha que é fácil fazer as coisas que eu faço? Você não tem ideia do péssimo final de semana que tive quando você resolveu aparecer.

─ Você matou quantas pessoas, hã? ─ Disse ela.

─ O tanto quanto precisei para fugir dali ─ Dana levantou uma sobrancelha em duvida e eu abri a minha boca com raiva. ─ Ah claro, vocês só se importam com números, então vou mostrar o fato para vocês, daí vocês podem colocar nas suas estatísticas ─ Respirei fundo ─ Sim, eu matei muitas pessoas, mas isso foi porque eles mexeram com a pessoa errada, e não pensem que foi só porque eles me irritaram, mas porque eles me torturam por horas e horas. Acham que eu ganhei as cicatrizes nas costas por qual motivo? Acha que Rei tem uma cicatriz enorme na barriga porque? Vocês ficam aqui só reclamando e me acusando de quantas pessoas eu matei, mas no final não fazem nada. Não tem ideia do que acontece por debaixo dos panos da cidade, não sabem nem que os próprios gangsters andaram debaixo dos seus narizes no festival. Acreditem, eu fiz um favor para a sociedade quando matei todos aqueles agentes de gangues.

Um silencio tomou a sala e notei que os guardas estavam com as armas apontadas para mim novamente, percebi que minhas mãos estavam cerradas e os meus músculos tensos, levantei o olhar da minha mão para Dana e ela estava me olhando chocada, London estava surpreso, mas não estava olhando para o meu rosto, e Carter estava aparentemente surpresa, apesar de seus olhos demonstrarem uma certa fúria e nervosismo. Respirei fundo e relaxei meu corpo na cadeira, London deu um aceno para os guardas, e eles abaixaram as armas.

─ Certo, e quanto ao roubo na joalheria, o sequestro do cientista e o roubo dos equipamentos no centro de pesquisa? ─ Perguntou London, mudando de assunto felizmente. Olhei para os seus olhos cor de prata.

─ Missões. Phanix me ofereceu 4 milhões para roubar a pedra verde com dourada, a douratrix. E um tempo depois disse que iria esquecer minha divida se eu pegasse um equipamento no centro de pesquisa. Daí os meus 9 milhões com ele estavam quitados.

─ E a outra pedra?

─ Eu vendi ─ Dei de ombros e um sorriso de canto para o comandante.

─ Você sabia que esse equipamento que você pegou, era caro, e que era usado em laboratório para pesquisas com moléculas e DNA? ─ Perguntou Carter.

─ Não quando roubei ─ Respondi.

─ Você não perguntou o que era, antes de aceitar a missão? ─ London disse.

─ Da mesma forma que Carter obedece as suas ordens sem questionar o motivo, eu faço o mesmo com as minhas missões. Quanto menos eu souber para que merda eles querem aquilo, melhor ─ Falei cruzando os braços e dando um suspiro. ─ Ao menos era o que eu pensava.

─ E o que aconteceu com o cientista que você sequestrou?

─ Com sorte ele ainda está vivo ─ Os três me encaram esperando que continuasse, coloquei minha mão sobre a coxa. ─ Quem me deu a ordem foi outro gangster, Lyn, ele me disse que a sua sobrinha tinha uma doença rara e que queria o cientista para conseguir uma cura, eu peguei o doutor e quitei os 8 milhões.

─ Você disse que eram seis gangsters, quem é o que falta? ─ Perguntou Carter, olhei para ela surpresa por ter uma boa memória.

─ Bem, você está falando de Van ─ Comentei apontando para ela e passei a mão no cabelo. ─ E aí que as coisas começam a ficar estranhas.

─ Como assim? ─ Dana disse curiosa.

─ Eu quero saber onde Artos entra nessa história ─ O comandante parecia ficar cada vez mais curioso com o que eu falava. Olhei para eles e lambi os lábios, teria que achar alguma forma de explicar a respeito do soro sem mencionar que foram os meus pais que o fizeram. Olhei para o gravador na mesa e vi a sua luzinha piscando, sinal de que ainda estava gravando.

─ Explicar de um modo que vocês entendam ─ Sentei direito na cadeira e coloquei as duas mãos na mesa. ─ Existe um teia de aranha invisível na cidade, essa teia conecta pessoas a pessoas, gangues a outra gangues, uma divida a outra divida. Só quem realmente sabe disso, são as pessoas que possuem a sua teia ligada a outras teias.

Eles concordaram com a cabeça, sinalizando que estavam entendendo.

─ As minhas ações e missões de certa forma estavam conectas, mas fui perceber isso só depois ─ Falei, eles prestaram atenção no que estava falando. ─ Vejam, a douratrix, o equipamento, o cientista e a reunião na boate, estão todos conectados, mesmo sendo cada um deles ordenado por alguém diferente.

─ Como assim? ─ Dana estava tentando ligar os pontos.

─ Ela está dizendo que os lideres das gangues estavam trabalhando juntos ─ Concluiu Carter.

─ Exatamente ─ Concordei acenando para ela. ─ Phanix, Franks, Lyn e Van. Dos quatro, apenas Van não tinha entrado em contato comigo. Até que um dia ele o fez, pediu que eu pegasse alguma substancia escondida em um antigo departamento de pesquisa em outra cidade ─ Bem, estava na hora de mentir a respeito da origem do soro, olhei para o roto deles e felizmente eles não perceberam que estava mentindo. ─ Eram dois frascos de cor esverdeada. Levei o frasco até onde ele mandou entregar. No caso, a empresa de eletrônicos que estava pegando fogo, quando vocês me acharam quase morrendo.

─ O que diabos aconteceu lá? ─ London perguntou.

─ Vou resumir para avançarmos as coisas um pouco ─ Falei, ele fez que sim com a cabeça. ─ Sabe aquela reunião na boate? Onde encontrei Artos pela primeira vez? Onde ele me disse que estavam pensando em algo grande?

─ Sim ─ Responderam os três e mais os dois guardas que estavam ao meu lado, olhei para eles surpresa que estavam realmente interessados na historia.

─ O tal plano que eles estavam tramando, era criar algo super poderoso, capaz de lutar contra a policia e os agentes. Então os pontos começaram a se conectar no momento que vi todo aquele equipamento montado e conectado. Os quatros gangsters mais um homem, que considero o chefão, chamado Carlos, arquitetaram tudo isso. Usaram a douratrix, que era uma grande fonte de energia acumulada, ligaram os equipamentos roubados a computadores. Eles tinham o cientista para organizar tudo, e eu entreguei a ultima coisa que faltava.

─ O soro ─ Concluiu Dana, fiz que sim com a cabeça.

─ Esse soro, tinha a capacidade de aumentar as habilidades de uma pessoa em até 4x e até mesmo obter novos poderes se conseguir alguma espécie de DNA, que no caso conseguiram, pois o cientista genético estava lá.

─ E quem foi a cobaia? ─ Perguntou Carter respondendo o obvio.

─ Gurt ou Artos se preferir ─ Respondi passando a mão no braço esquerdo.─ Adicionaram DNA extra nele, e bem, ele se tornou no que vocês conhecem. Um cara com super força, velocidade, poder de cura anormal, absorção de qualquer tipo superfície, isso adicionado o fato que pode controlar o gelo e fogo.

─ É, disso já sabemos ─ Disse Dana com uma voz calma.

─ Ok, então, Artos é geneticamente modificado ─ London olhou para mim e concordei com a cabeça ─ Certo. E você disse que você era importante para derrota-lo, por quê?

─ Estava me perguntando a mesma coisa ─ Os olhos de Carter brilharam atrás das lentes do seu óculos, eu sabia que eles iriam saber isso. Afinal eu tinha deixado claro que eles precisariam de mim para derrotar Artos.

─ Você está olhando para a outra pessoa que tomou o soro ─ Respondi dando um sorriso e encostando minhas costas na cadeira calmamente, observei a expressão deles mudarem de uma quase animada para uma em choque completo.

─ Serio?

─ Yeah. Nada melhor do que combater um monstro com outro monstro. Apesar de que não sofri as mudanças que pensei que sofreria ─ Falei cruzando os braços sobre a barriga. ─ Haviam dois soros quando eu entreguei para Van. Depois que Artos se tornou o que ele é hoje, tentou me matar e em meio a isso consegui pegar o outro frasco e tomar.

─ Como então levou uma surra daquelas, se em tese o soro aumenta os poderes da pessoa? ─ Perguntou Dana ainda surpresa.

─ Na verdade ainda não descobri o porque exatamente. Mas o efeito deve ter sido diferente, porque ele injetou o soro diretamente nas suas veias, enquanto que eu não. Na hora os meus poderes apenas não respondiam adequadamente e Artos levou a vantagem, levei a surra do século e agora estou aqui.

─ Então como você sabe que o soro funcionou ou não? ─ London estava com as sobrancelhas levantadas.

─ Eu posso andar, minhas cicatrizes sumiram, e apesar de estar presa nessa super cela, consigo notar que meu corpo está diferente de alguma forma.

─ Compreendo ─ London coçou o queixo com a mão direita e olhei para o seu relógio, aquela conversa tinha demorado mais do que o previsto, já eram 18 horas. ─ Então você tem uma noção de como derrota-lo?

─ Mais ou menos ─ falei olhando para os seus olhos cor de prata.

─ Acho, então que terminamos por aqui ─ Carter disse pegando o gravador da mesa e apertando um botão nele, London ficou em pé, ajeitou a sua camisa e pegou os papéis sobre a mesa.

─ Vão me soltar agora? ─ Perguntei afastando a cadeira para levantar. Dana e Carter olharam para London, que deu um sorriso de canto e acenou com a cabeça.

A próxima coisa que sinto é a uma dor na lateral na cabeça e o chão frio abaixo de mim. O desgraçado tinha me dado uma coronhada segura, os guardas me seguraram com força e consegui ver Carter aplicando alguma coisa em mim, e minha visão aos poucos foi escurecendo.


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Notas finais do capítulo

Então o que me dizem? Cap, foi basicamente uma review de quase todas as ações de Sora, espero que tenham gostado mesmo assim, afinal era uma parte necessária de ser vista. Comentem e Obrigada >.



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