I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 6
Capítulo 6- Tela Radioativa


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer aos comentários que tive a Abby Rushell, Emmy Queen e TS, por me motivarem a postar. Bom, vou postar hoje e, como disse, sempre que puder.
Espero que gostem!



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Eu nunca me acostumaria a andar de cadeira de rodas, ainda mais porque eu me sentia apta a andar, porém eles queriam meu recuperamento total até me “arriscar” a andar.. A enfermeira me ensinava às técnicas para guiar. Minha perna parou de doer depois do remédio que recebi. Eu estava apenas exausta. O Agente Coulson bateu na porta de vidro e acenou para mim.

–Sinto muito por isso Srta. Morozov. -lamentou. -Furry está chamando você para uma reunião.

Meus olhos se avivaram. Uma reunião? Eles nunca me chamaram para isso. Fiquei esperançosa, eles poderiam querer me contar a verdade, porque estava desconfiada de tudo. Agradeci a enfermeira e pedi a Coulson que empurrasse a cadeira.

–Não esta exausto? -perguntei tentando puxar assunto.

–Não. Servir meu país me deixa satisfeito.

O Agente possuía um olhar observador e tranquilo, não é atoa que é o melhor de todos. Chegamos a tão temida sala do chefe. Era a ultima porta.O avião possuía dois corredores principais, que iniciavam no painel de controle, onde Furry passava o maior tempo e termina em sua sala, fora isso há outros pequenos corredores. Bati na porta e Stark abriu para mim.

–Não vai entrar? -digo ao Coulson.

–Não. Até mais.

Meus olhos contornam a sala. A reunião não era só para mim, também estava ali Natasha, Stark, Steve, Bruce, Clint e Thor. Esse ultimo é totalmente estranho, vestia uma capa vermelha, com um enorme martelo e seu cabelo era comprido um pouco amarrado.

–Srta. Morozov. O Agente 37 relevou suas ações de coragem e fidelidade. Fiquei extremamente satisfeito. Sua segurança é extremamente importante e esse atentado apenas comprovou que você é o que eles querem. Não sabemos por que, mas estão tentando te matar.

Aquelas palavras eram o que eu esperava. Talvez eu pudesse ser liberta agora, mas provavelmente, depois de ter “traído” minha irmã, a ALRS não me aceitaria de volta. E o fato de quererem me matar era porque não queriam que eu contasse as informações confidenciais da Rússia, porém eles não faziam ideia que eu havia perdido a memória.

–Eu suspeitei. E o que faremos? -arqueei as sobrancelhas.

–Você tem duas opções.

Fiquei animada com as duas opções. Era a primeira vez em que eu poderia escolher alguma coisa ali.

–Ir para Argard. -Thor disse.

–Ou ficar na Terra, escondida.

A primeira eu rejeitei rapidamente, nunca passou em minha cabeça a ideia de estar em outro planeta.Ainda mais do Thor! Olha a maneira como ele se vestia! Não era por mal, mas não. E ficar na Terra não era má ideia.

–Escondida como?

–Irreconhecível, poderá sair no máximo duas vezes ao dia, por duas horas. Sem internet, cartões de créditos ou telefone. Sem televisão.

–Uh. -pronunciou Stark.

Eles pegaram pesado. Não tinha como escolher. Se eu fosse para a Terra, provavelmente morreria entediada. E Asgard era a minha melhor opção. Lembrei de quando minha irmã gêmea disse "Se estivesse na Terra, nós saberíamos. ".

–Vou para Asgard. Porém podemos ir depois? Estou cansada. -olhei para Thor e me imaginei vestindo aqueles trajes.

Com muito esforço, me arrastei pelas cadeiras. Clint ofereceu ajuda, mas neguei diversas vezes. Fui para o laboratório e encarei as cinzas que sobraram do meu celular. Havia montanhas de pó em uma caixa e a tela de cristal permanecia intocável mesmo com a explosão. Levantei da cadeira, sentindo minha perna latejar. Peguei a caixa e coloquei na máquina para identificar o nível te radioatividade.

–Flyer. -o Capitão me chamou da porta. -Precisa de ajuda?

–Não. -respondo seca e me seguro na mesa de vidro tentando passar uma imagem que eu estava bem, não precisava de babá.

–Você precisa descansar. -insistiu se aproximando. -Não é fácil para ninguém passar por uma explosão, atentado e continuar trabalhando.

Lancei um olhar furiosa e o ignorei. A máquina apitou terminando o exame. Níveis de radiação baixo, eu poderia vascular usando luvas ou uma espátula. Não havia nada na montanha de pó, apenas restos e restos de poeira. Peguei a tela do celular. Não era de cristal. Era um material extremamente resistente e que eu nunca reconheceria.

–Srta. Morozov, gostaria de anunciar que o povo de minha terra a acolherá com todo amor. Asgard é um belo reino. -explicou Thor formalmente tentando me confortar com a ideia.

–Obrigada, será que você poderia... -olhei para seu martelo e em seguida a tela.

Ele assentiu com a cabeça. Deixei o material no chão e me afastei a pedido de Steve mancando. Com um salto, o deus acertou a pobre tela. O chão tremeu e ela continuou intacta. Muitos, assustados, se aglomeraram na entrada. Fiquei perplexa, Thor e Steve me olharam do mesmo jeito. Peguei o caco com as duas mãos. O material era extremamente resistente, provavelmente deve estar escondendo alguma coisa.

–O que aconteceu? -Bruce apareceu correndo acompanhado pelos outros Vingadores e o Furry.

–Esse material não quebrou com o Thor.

Stark tomou de minhas mãos. E eu rapidamente tomei de volta, lembrando dos níveis de radiação. Ele olhou para a palma de sua mão assustado, estava sangrando.

–Isso é radioativo e não sabemos do que é feito! -resmunguei e peguei suas mãos. -Bruce!

–Droga. -murmurou Stark.

–Retornem aos seus postos. A situação foi controlada. -ordenou Furry e os outros funcionários se afastaram.

–Precisamos lavar com álcool. -determinou o doutor urgentemente.

–Morozov, levaremos isso á Jarvis. -o bilionario apontou para mim com a mão machucada antes de ser levado igual uma criança para ser tratado.

Comecei a me preocupar. A tela causou um grande estrago apenas com leve toque. Coloquei de volta na caixa de vidro ao lado das cinzas. E sai mancando, extremamente exausta. Minha perna doía absurdamente, me sentei no corredor, eu estava arfando mesmo com pouco tempo de caminhada.

–Srta, Morozov, não pode ficar aqui. -a enfermeira alertou e olhou para minha perna, depois para meu rosto pálido e quase morto. -Estique as pernas, não dobre! Chamarei ajuda.

Assenti lentamente, a visão começou a ficar embaçada. Com as duas mãos, consegui força suficiente para entender as pernas. Encostei a cabeça na parede com dificuldade para respirar. Alguns flashes se passaram em minha cabeça, primeiramente Clint me carregou. Em seguida estava nos braços de Thor e eles discutiam. Furry estava no meio, com Romanoff.

–Senhorita? -chamou o Deus.

–Ei. –digo arfando.

–Ela esta com sinais de exaustão. -escutei Bruce falando e girei lentamente meu rosto para vê-lo.

–Eu disse para ela descansar. -Steve olhou para mim.

–Ela não pode viajar agora, deixe-a dormir! -a voz de doutor sobressaiu.

Eu assenti mesmo não compreendendo a discussão. Fechei os olhos e dormi. Mais tarde acordei, havia tido um sonho estranho. Na verdade, foi um flashbacks de quando minha suposta irmã gêmea atirou no Agente 23. Aquela cena rodou minha cabeça diversas vezes.

–Bom dia! -cumprimentou a enfermeira. -Esta melhor?

–Sim, totalmente. -sorri.

Eu realmente me sentia. Estava claro lá fora, Eu havia dormido o dia anterior inteiro. Nem minha perna eu sentia. Sentei na beirada da cama e meu corpo formigou.

–O banheiro está ali e tem roupas suas.

Agradeci e caminhei para o banheiro. Tomei banho. O machucado continuava carne viva. E novamente o flashback do atentado voltou a minha cabeça. Após terminar, resolvi refazer o caminho que segui com os Agentes quando fugíamos. Havíamos passado pelo corredor três, onde apenas agentes tinham permissão de transitar. Depois seguimos para a saída de emergência e chegamos ao depósito de pequenas aeronaves.

–Flyer? -o capitão me chamou. Ele estava atrás de mim. Rodei o quadril para olhá-lo.

–Olá.

O depósito estava intacto. Nada de diferente. Steve ainda esperava a resposta sobre o que eu estava fazendo ali.

–Estou procurando minha arma. Pensei que tivesse deixado cair aqui. Não sei como são as coisas em Asgard. -expliquei e ele pareceu compreender.

–Thor está te esperando. Se sente melhor?

–Um pouco. Tudo o que eu desejo é ter minha memória de volta, minha antiga vida tranquila. Antes eu nem tinha cicatrizes, agora vou iniciar uma coleção.

Steve riu, mesmo eu não tendo feito piada alguma. Observei novamente o depósito. Lembrei-me de pegar meu diário antes de ir, eu deveria registrar minha passagem em outro planeta.

–Você se lembra de alguma coisa? -perguntei e ele balançou a cabeça.

–Sobre como era sua vida? –tentou compreender.

–Sim.

–Sua família não gostava de mim, sua irmã me odiava. Raramente nós víamos, por isso não sei o que você fazia ou onde morava. Apenas sabia que você era da ALRS. -relevou confiante.

Eu desconfiava dele, mas suas palavras foram contraditórias aos meus pensamentos. E se ele estivesse falando mesmo a verdade? Olhei para baixo, eu deveria ser louca por manter um relacionamento como esse.

–Será que posso...? -perdi as palavras e olhei em seus olhos.

–Pode? -franziu a testa.

Aproximei meu rosto do seu. Ele se assustou no inicio, mas tomou a iniciativa e nós beijamos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Infelizmente eles terão que se separar, porque teremos Asgard como um lar!
Mereço comentários? Eu tenho 12 leitoras e raramente recebo dois comentários por capítulo!
Não me desapontem, vejo vocês em breve!



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