I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 48
Capítulo 48- Cama de Repouso




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Ao sermos transferidos de base, a sensação era bem melhor. Não era um avião pequeno, era como uma cidade especial da SHIELD. E apenas os Vingadores e uns funcionários de alto nível estavam presentes.

—O almoço dos Vingadores está servido. –diz Phil Collins como boas vindas. –Sigam-me.

A base era moderna. Me lembrava a base da ALRS, porem com cores mais claras. A ALRS era como um escritório. A SHIELD me lembrava realmente uma base secreta, eu nem imaginária onde estávamos localizados. Chegamos a sala de reuniões, uma mesa redonda enorme, para vinte pessoas, com microfones e computadores instalados e um computador digital no meio.

—As sacolas tem o nome de vocês.

A minha se encontrava entre Romanoff e Thor. Claro que a sacola dele estava muito maior do que a das outras, como a de Steve também. Mas fiquei surpresa em ver que havia Pelmeni, meu prato russo favorito! Eram massa recheadas de almondega. Eles haviam selecionado o gosto de cada um afim de nos agradar.

—Acho que eles estão realmente querendo nos mapinular. –susurro a Romanofff.

—Bom, seu prato não está mal. –disse ela.

Observo o do Thor, havia salada e muito churrasco. Que tipo de alimentação ele tinha? Bom, ele parecia satisfeito. Steve havia simples batatas com carne, Clint macarrão e Tony comia Ratattouille. Aquilo parecia um estranho jantar entre família, em uma mesa grande demais para todos nós.

—Que horas será a reunião para terminarmos de discutir o assunto anterior? –perguntou Stark.

—Não precisa ser hoje. Acabamos de chegar. –responde Clint.

—Porque não fazemos mais tarde? –propõe Bruce.

—Não. Não estou disposta. –diz Romanoff. –Já começamos essa conversa inúmeras vezes. Precisamos de um tempo.

—Concordo. Vocês querem impor suas ideias e não discutir. –Thor acusa Tony e Steve erguendo a mão.

—Alguém precisa ter uma ideia. –rebate Steve.

—Deixemos pensar. –diz Romanoff.

—Vocês já estão discutindo de novo. –repara Flyer. –Achei que fossem mais organizados.

—Acontece que nós não planejamos atacar ninguém. Não somos a ALRS. Não queremos matar ninguém. –rebate Tony. –Só protegemos pessoas, certo Steve?

Stark olha para o Capitão esperando a sua aprovação. Eu não precisava escutar isso, eu sabia que ele provaria. Steve é do tipo protetor. Ele me olha, sem querer me magoar e concorda com a cabeça.

—Sim.

—Eu também quero proteger as pessoas. As que eu amo. Sabem porque meu pai odeia tanto os Estados Unidos e vocês? Porque em 1956 vocês prenderem meu avô, soviético e torturaram. Então como ele tinha desaparecido, minha avó foi atrás. E aconteceu o mesmo com ela. Só que ninguém nunca foi atrás dela. Meu pai perdeu os dois pais.

—Não temos culpa do que aconteceu no passado. –Tony relaxa na cadeir cruzando os braços.

—Não tem. Mas alguém que viveu com essa dor a vida inteira não enxerga isso. Ele só quer destruir o ponto mais forte dos Estados Unidos, os Vingadores. E por isso preciso ajudar ele. Hugh é meu pai.

Eu sinto algo pingar na minha camisa. Passo a mão no meu nariz. Estava escorrendo sangue. Tampo com as mãos. Sinto meus olhos se fecharem com força, quase sendo obrigada e meu corpo ficar fraco. As mãos de Thor seguram a minha cabeça, Bruce, Phil e Steve vinham com guardanapo.

—Flyer. –Phill dava leve tapas no meu rosto.

Eu me sentia fraca demais para responder. Olhei para ele e balancei a cabeça concordando com os olhos pesados.

—Isso é loucura. Ela está morrendo! –exclama Steve.

—Colocamos ela na cama de repouso? –Bruce vira para Tony.

—Até quando?

—Por dois dias. Será nosso maior prazo. –Bruce volta a sua atenção a mim. Ele sorri levemente.

Eu precisava de contato com a terra. Minhas veias pediam, pulsavam.

—Não toquem no sangue dela! –alerta Bruce. –Steve, vamos levar ela para cama de repouso. Pode ajudar?

—O que é isso? –ele estranha franzindo a testa.

Bruce aproxima dele e sussurra em seu ouvido. Steve escuta atentamente e baixa o olhar. Meu corpo estremece. Onde eu estava indo não parecia boa coisa. Mas se Steve não havia relutado tanto, quer dizer, ele gosta de mim certo? Não deixaria que ninguém fizesse nada. Viro meu rosto para trás terminando de secar o sangue. Minha cabeça gira.

—Flyer. –Steve toca meu rosto e coloca as mãos nas minhas costas.

Eu fecho os olhos por alguns instantes. Dormir alguns minutos me faria bem. Eu podia sentir Steve me carregando, ele conversava calmamente comigo tentando me distrair enquanto mais atrás os outros Vingadores nos seguiam.

—...Isso será por dois dias apenas. –eu escuto ele dizer. –Você sabe que eu não deixaria que te machucassem.

Eu pisco os olhos duas vezes tentando mostrar que entendia. Eu tinha um certo medo no fundo. Entramos no laboratório e ele me coloca sobre uma maca dura e bem iluminada branca. Ela era diferente das outras, extremamente moderna e metálica. Não tinha botões ao lado da cama para ajustá-la.

—Você vai dormir por dois dias Flyer. É a morfina agindo sobre seu corpo e quando acordará, você vai estar bem. –Bruce diz arrumando meu cabelo.

Dormir por dois dias? Meus olhos se abrem totalmente. Eu tusso levemente. Eu não confiava neles a esse ponto. Sei lá o que fariam comigo. Olho para Steve, ele segurava minha mão. Bruce se afasta e puxa o braço dele. Um vidro começa a cobrir a maca e uma fumaça também. Eu não sabia como reagir, eu não conseguia. Me sentia mais fraca, meu pulmão tentava retirar o ar e eu tento sair, mas o máximo que consigo é tocar o vidro com a minha mão, ate dormir.

Até que em alguns dias... Uma sirene forte demais irritou meus ouvidos, quase os fazendo explodir e o vidro que envolvia o tubo se quebra.


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Notas finais do capítulo

GOSTAAAAAAAAAAAARAM
o que vai acordar ela:



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