I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 36
Capítulo 36- Moscow


Notas iniciais do capítulo

ei geeeeeeeente, como eu falei nos comentários eu postaria hoje. o capítulo está curto comparado aos anteriores, mas eu não podia colocar mais detalhe. tenho que deixar emoções para o próximo capítulo.



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–Falta mais 100 quilômetros e chegamos lá. –eu dizia para animar Gabrielle que resmungava.

–Tem certeza que não está cansada?

–Tenho.

Eu estava dirigindo faz mais de um dia. Paramos várias vezes no caminho para comer, compramos uma blusa falsificada da Lacoste com o dinheiro que encontramos na carteira do médico ucraniano que roubamos, além disso algumas revistas e comida. Tudo estava bem.

–Vamos chegar rápido. Você lembra do endereço deles em Moscou? –pergunto.

–Mais ou menos. Mas acho que pelas ruas vou conseguir lembrar.

Como Moscou era mais próxima da fronteira da Rússia e Ucrânia estávamos indo para lá. Havia outra sede da ALRS onde poderíamos pedir ajuda. Vladisvostok fica a milhares de quilômetros. A única coisa que me movia a continuar dirigindo era chegar em casa.

–É melhor você voltar a dormir. Vamos ter mais problemas quando chegar em Moscou...

–Você acha?

–Sim. Você sabe como eles são. Ficamos mais de uma semana presas á SHIELD. Vamos ser interrogadas, talvez nem recebidas. –eu certeza disso.

Algumas horas depois, avistei a placa de boas vindas. Estávamos em Moscou. Gabrielle demorou um pouco para reconhecer as ruas. Ficamos perdidas e chegamos a um bairro estranho, quase deserto. Não havia nenhum carro, apenas alguns comércios.

–Pare ai. –mandou ela procurando no mapa que compramos alguma informação. Qualquer coisa familiar.

–Você não vai achar. Me dá ai. –peço impaciente.

Ela estava demorando e finalmente me entregou.

–Você disse que tinha um Mac Donalds perto certo? E o que mais?

–Havia um prédio importante e grande. Uma estátua. –minha irmã enrugou a testa, tentando se lembrar. –Me dê isso.

–Não. Espere.

–Vamos pedir informação.

–Não. Espera ai.

–Tem um carro vindo. Podemos pedir ajuda.

–Vamos nos virar sozinhas ok?

–Você tem que deixar de ser orgulhosa.

–Eu não sou orgulhosa.

–Flyer.

Eu não iria respondê-la. Ela ficou me irritando o caminho inteiro e agora queria me coordenar.

–Flyer. Tem um carro vindo rápido demais.

–O que?

Eu abaixo o mapa da minha frente. Ela tinha razão. Um carro preto vinha em nossa direção muito rápido. Jogo o mapa no chão e ligo a nossa caminhonete. O carro com certeza queria nos acertar. Apoio meu braço no banco para olhar para trás e dar a ré, mas vi outro carro preto correndo também.

–Tem um outro carro.

–O que? –ela olha para trás.

Piso no acelerador, a caminhonete não correria tanto igual aos outros carros. Eles estavam a 40 metros ainda de distância. Dobro a esquina, sumindo de vista, mas logo vejo os carros novamente atrás.

–Não tem nenhuma arma ai?

–Não sei! –minha irmã exclamou procurando no porta luvas, no chão. –Droga.

Viro a rua novamente. Eles estavam cada vez mais próximos. Dou outra curva e vejo mais adiante, um carro preto bloqueando a rua e dois caras posicionados com armas. Eles atiram e Gabrielle e eu nos abaixamos. A bala acerta o pneu e faz no carro dar voltas, até batermos em alguma coisa muito forte.

Gabrielle estava apagada e com o nariz sangrando. Sinto gosto de sangue em minha boca e minha cabeça extremamente zonza. Abro a porta do carro com dificuldade, mas como a caminhonete era alta, caio de vez no chão.

–Hum. –escuto uma riso pelo nariz.

Um sapato toca minhas costas e me faz virar de barriga para cima.

–Ty.

–Flyer. Porque estava correndo tanto?

Era o namorado da minha irmã e o mesmo com quem eu trai Klaus e inclusive Gabrielle. Eu desisto de responder sua pergunta, coloco a mão na testa e fecho os olhos.

(...)

Minha irmã não gostaria nada disso. Ainda bem que ela estava desacordada fazia algumas horas, ver Ty novamente só faria mal a ela e a mim também. Porque há pouco tempo que ela havia descoberto que Ty passava um bom tempo comigo. E eu também acabei descobrindo que quando a intrusa estava no meu corpo, ela ficou com o Klaus.

–Como você está Flyer? –uma mão tocou meu ombro.

Era Djok! Ele era um dos melhores amigos do meu e inclusive se tornou um grande pai para mim.

–Quanto tempo.

–Desculpe não ter te visitado quando fizeram a operação em você, mas não podia voltar a Vladivostok novamente. –ele beijou meu rosto.

–Então você conversou com a garota que fingia ser eu?

–Pouco. –Djok desviou o olhar do meu. –Eles maltrataram você?

–Não.

Eles foram incrivelmente gentis. Até mesmo quando eu e a minha irmã tentamos fugir. Provavelmente, se eu fosse sequestrada pela ALRS, eu não teria o mesmo tratamento. Logicamente, eles começariam com as perguntas, em seguida tortura e talvez morte.

–Tem certeza? Não está tentando encobrir a SHIELD certo?

–E porque eu faria isso? –arqueei minhas sobrancelhas.

–Não sei. Mas acho estranho demais a garota que estava no seu lugar ser tão próxima deles, mesmo sabendo que ela era da ALRS, que é inimiga da SHIELD. –ele cruzou os braços ficando de costas para a parede de vidro do quarto onde minha irmã estava apagada.

Seus olhos percorreram meus pés até minha cabeça e eu senti um calafrio.

–E quais são as suas hipóteses? –fiz o mesmo que ele.

–Algum romance.

–Com quem? –eu ri pelo nariz.

–Não sei. Capitão América, Clint, Tony Stark, Natalia Romanova, Hulk, Thor.

–Natalia Romanova?

–Não sei. Talvez as intenções delas sejam outras. Algum deles tentou alguma coisa com você? Eles ainda acreditam que você tem amnésia certo?

–Eles continuam acreditando. Mas não aconteceu nada. –eu suspirei e me virei para olhar minha irmã dormindo.

Uma sombra apareceu no final do corredor e vi o Ty em pé, vestindo roupas escuras me observando. Eu precisava falar com ele. Despeço de Djok e quando vejo, Ty está andando calmamente em direção ás portas de saída. Era o que ele fazia quando queria dar sinal para nos encontrar escondido, dava as costas e andava lentamente até alguma sala.

–Ty!

Ele olhou para trás, mas continuou andando tranquilamente até entrar em uma sala de reunião vazia.

–Não precisava disso tudo. Gabrielle está apagada.

–Eu sei. Mas os corredores tem câmeras e pessoas vigiando.

Seu braço me puxou pela cintura e seus lábios encostaram nos meus. Sua mão acariciou o meu rosto, era o que ele fazia quando ficávamos tempos sem nos ver. Ty era sentimental e romântico.

–O que está fazendo?

–Senti a sua falta. –seus olhos azuis estão brilhando.

Dou um passo para trás e acerto o seu rosto com um tapa. Sua bochecha, que era branca demais, se tornou vermelha.

–Porque?

–Eu quero saber onde está o Klaus!


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Notas finais do capítulo

e ai? gostaram?