I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 30
Capítulo 30- Eu Voltei


Notas iniciais do capítulo

DEEEEEEESCULPA GENTE POR TER SUMIDO, mas tenho mil coisas para falar. Eu tive um leve bloqueio para escrever, mas consegui e sinceramente amei este capítulo, acho que vocês vão adorar.
Eu realizei um grande sonho meu! Vi um jogador de futebol que eu sempre amei, mas bem de longe claro. Porém valeu a pena.
E tenho que dizer que eu fiquei muito emocionada com a recomendação da linda da Belatriix! Bela, você nem acredita quantas vezes eu li. Muito obrigada sério mesmo. E esse capítulo é para você, sei que você vai amar. Juro! Especialmente para você.
E obrigada também a Jessica, Savannah, Dark Horse, Ketly e a belatriix (novamente) que comentaram na fanfic não no ultimo capítulo, mas no outro também.
E chegamos ao capítulo 30! Eba! Sem enrolações, ai está:



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–Ela está acordando.

Abri os olhos lentamente me irritando com o ambiente a minha volta. O que havia acontecido? Tento me levantar, mas a forte dor de cabeça me impede. Eu desisto.

–Flyer Morozov. –diz o médico, fazendo minha cabeça doer ainda mais.

–Sim? –o olho com desprezo.

–Fly, querida, como você está? –minha mãe se aproximou.

O rosto velho dela parecia ainda pior com as orelhas escuras e seu cabelo parecia não ver um pente há um bom tempo.

–Mau. O que houve comigo?

–Você reagiu em um assalto e te machucaram muito. Principalmente, com pancadas na cabeça. –explicou minha mãe.

De inicio fiquei assustada, mas depois relaxei. Ela era tão burra para acreditar nisso? Atrás dela Gabrielle colocou as mãos sobre seu ombro e a levou para beber água agora que eu estava melhor. Eu estava sozinha com o médico.

–Agora, me diga a verdade.

–É uma longa história...

–Sim. E eu estou aqui para conta-la. –Burlem apareceu.

Parecia fazer anos que a gente não se via, seu rosto estava mais velho e a barba começou a receber uns fios brancos. Como eu fiquei feliz em vê-lo.

–Você está aqui! –sussurrei sorrindo.

–Sim. Está disposta a ouvir tudo? É uma longa história... –falou.

–Claro, eu apenas quero sentar melhor.

A enfermeira me ajudou. Burlem se tornou um pai para mim. Assim que entrei na ALRS, meu verdadeiro pai sumiu e nunca mais falou comigo, nem com a Gabrielle, minha irmã. E no início, Burlem me assustou com a sua severidade, mas eu comecei a receber muitos elogios sobre como eu melhorei. E quem não ama elogios? E eu passei a amar Burlem também, porque ele queria me tornar a melhor. E eu podia.

–Quando você estava nos Estados Unidos, ainda não sabemos direito, mas você ficou com amnésia devido a uma forte pancada na cabeça. Isso foi assim que você chegou lá e ficamos sem contato com você por nove meses! Pensamos que tinha morrido. Então, sua irmã começou a treinar comigo também.

–Gabrielle entrou para a ALRS? Como assim?-fiquei chocada.

–Espere. Ela queria ir atrás de você. Criamos um plano e como suspeita, imaginamos que a SHIELD tenha capturado você. Conseguimos entrar na base aérea deles. Você estava lá e lutando por eles. E ainda atacou sua irmã.

–Isso não é possível. Eu não lembro de sofrer pancada nenhuma...Ai meu deus! –viro meu cabelo para trás. Ele parecia mais seco e duro do que o normal.

–Fique calma.

–Estamos investigando. Já vasculhamos sua casa inteira e não foi encontrado nenhum dispositivo estranho e seu óculos também não sofreu nenhuma alteração.

–Óculos?

Ele apontou para a mesinha ao meu lado. Havia um copo de água, um livro de poesias e um óculos quadrado com uma enorme fita adesiva no meio. Isso me lembrou os óculos que Ty usava. Eles eram assustadores.

–E quanto tempo eu fiquei assim?

–Por volta de 7 meses, ainda não sabemos.

Continuamos a conversar por um tempo curto, mas ele teve de ir, antes que minha mãe voltasse. O médico me liberou e em pouco tempo eu estava em casa. Eu não sentia falta daquele lugar, minha mãe voltou a encher o meu saco sobre o meu bem estar, que eu não podia fazer muito esforço, para eu relaxar. Mas eu estava nervosa demais.

–Eles já procuraram por tudo. Passaram detectores de sinais eletrônicos, de metal e não encontraram nada. –relembrou Gabrielle enquanto eu fitava, paralisada a minha parede de câmeras.

–Já me falaram. –respondo seca. –Se me der licença, eu agradeceria.

Gabrielle revirou os olhos e saiu. Eu queria um tempo sozinha. Estava irritada demais. Uma pessoa esteve no meu quarto e mesmo sendo no meu corpo, ainda era um ser estranho. Essa pessoa pertencia á SHIELD e usava grandes óculos. Era nojenta. Essa pessoa já tinha encontrado meu notebook e aberto, mas ainda bem que exclui todos os arquivos antes de ir.

–Que fofo! –sorri ao ver um buque de flores vermelhas bem secas sobre a mesa. –Klaus.

Só poderia ser ele. Abro a janela do meu quarto, que era de frente á dele, mas não o encontro. Ele devia estar trabalhando. Faço com que as flores voltem a vida e me sinto ótima por isso. Pelo menos Klaus estava comigo. Ele ainda não me esqueceu.

–Querida, eu trouxe... –minha mãe chegou com uma bandeja. –Porque você está em pé? O médico mandou você relaxar.

–Minha cabeça apenas dói. Eu não preciso de tudo isso. –reviro os olhos.

–Bom. Eu trouxe café e biscoitos que eu mesma fiz. Aqueles de canela que você gosta.Vou sair para ir ao mercado. Sua irmã saiu com o Ty e não sei que horas volta. Qualquer coisa, chame os vizinhos. Eu não vou demorar.

–Está bem mãe. Eu estou bem e vou ficar bem. –acalmo ela.

Mamãe aproxima, mexe no meu cabelo e beija a minha testa. Tudo o que eu precisava era ficar sozinha. Ligo o som, mas não consigo escutar música agitada por causa da minha cabeça. Coloco algo tranquilo e bem baixo. Tomo um longo banho de banheira e visto meu conjunto Juicy Coutre. Devia haver outra coisa que a intrusa mexeu por aqui.

–Ei! Flyer! –uma voz grita.

Olho para a janela do quarto de Klaus e... Era Irina. Ótimo. Nos odiávamos agora. Ela descobriu o meu caso com Ty, o namoradinho da Gabrielle e me obrigou a terminar com o Klaus. Como se ela mandasse em mim.

–Sim? –a olho com superioridade.

–Você viu Klaus?

–Claro que não. Eu fiquei no hospital por cinco dias.

–Para de mentir Morozov. Eu sei que você voltou a vê-lo. Vi vocês conversando várias vezes. Ele está ai agora? –Irina ficou estressada.

Ela me chamou de Morozov, com certeza estava tentando me irritar.

–Ele não está aqui agora e inclusive ele mandou flores para mim.

–Quando foi isso? –estranhou ela.

–Não sei. Eu estava desmaiada.

–Klaus sumiu faz uma semana já. Estamos procurando ele por todos os lugares. Meus pais estão preocupados. Eles acreditam que Klaus tenha ido para essas praias do caribe. Mas eu acho que não.

Klaus sumiu? E foi pouco antes da minha internação no hospital. Agora eu estava preocupada, e se tivesse alguma relação esses dois acontecimentos. Quer dizer, ele e a intrusa se conheciam.

–Não sei em como te ajudar.

–Ok.

Ela dá as costas e sai. Eu fecho a janela e as cortinas. Era hora de me concentrar. Na verdade, é difícil. Devo admitir, eu gosto do Klaus e o sumiço dele me preocupa. E se a SHIELD o tivesse pegado? Encosto na cômoda do meu quarto e um dos pés quebra, levando tudo ao chão. Livros e um porta retrato de fotos que eu tirei. Além disso, uma outra foto caiu.

–Mas o que!

Era uma foto da minha Polaroid, na verdade era eu mesma com uma cara de cansada. Porém eu não lembrava de ter tirado. A fotografia havia caído de uma agenda que eu nunca tinha visto antes e que estava entre os livros da cômoda.

“Não sei começar. Aliás, não sei onde estou, quem sou e se as pessoas á minha volta falam a verdade. Segundo eles, meu nome é Flyer Morozov e tenho 20 anos. Quando eu digo eles, quero dizer a SHIELD. É uma organização secreta estadunidense, não tão secreta assim, pois há poucos dias nossos computadores foram controlados e recebemos uma tentativa de ataque, mas como eu estou viva e escrevendo agora, quer dizer que não morri e ninguém se machucou.

As pessoas aqui são legais, quer dizer, eu sigo uma rotina todos os dias para a minha melhora. E o doutor Bruce é um dos melhores companheiros. Ele realmente me entende e tenta me ajudar, pelo menos se esforça.”

–Flyer, cheguei! –minha mãe gritou. –Precisa de alguma coisa?

–Não. Eu vou dormir. –menti.

Ao invés disso, deitei na cama e comecei a ler o diário. Era fantástico como a invasora era burra. Quem deixaria uma agenda dessas para trás? Com certeza ela não era profissional. E parecia ser idiota quando falava desse tal de Steve, dos seus cabelos loiros, olhos da cor do céu, corpo alto e largo e blá, blá, blá. Meio patético não?

–Flyer! Já são nove horas, não quer comer nada?

–Não mãe. –respondo ainda com os olhos pregados na agenda.

–Está lendo? Desde quando?

–Comecei hoje e vou acabar logo. –digo indiferente, porque ia ser difícil de terminar com ela falando.

–Bom. Quando estiver com fome me avise.

–Claro mãe.

Eu não conseguia desviar os meus olhos da agenda. Aquilo não era um livro, nem chegava perto. Mas é maravilhoso. A intrusa era uma boa... Escritora. Não, ela não era. O que ela escrevia era obvio. Ela apenas escrevia os seus sentimentos. Como a ligação entre ela e o Bruce de amizade e as loucuras que o Steve Rogers provocava nela.

“Eu já nem me sentia como uma estranha em um ninho. Eles se tornaram uma família para mim, uma bem estranha, mas me faziam sentir bem e segura. Quem duvida que Stark é a mãe e o pai superprotetor, e Bruce como meu melhor amigo, Clint como um irmão e Thor o outro irmão mais velho, eu a caçula e Natasha...Bom, uma amiga. E agora Steve? Era meu amigo que virou um suporto amante.”

Ela é bem bobinha e fofa.
“Conheci o presidente dos Estados Unidos da pior maneira possível. Como ele podia ter a cara de pau de me pedir para eu e o Steve nos unirmos ao exercito estadunidense? E ainda veio com discursos sobre combater o mau, salvar vida de milhões de pessoas e que seriamos imbatíveis.

Mesmo não lembrando da minha vida passada, eu sei que a antiga Flyer nunca aceitaria uma proposta dessas. Ela totalmente contra aos Estados Unidos e eu devo essa mesma fidelidade. Só espero que eu tenha feito a escolha certa...”

O que? A intrusa tentava ser fiel? Ok. Eu posso ter lido errado. Mas... Ela não se juntou aos Estados Unidos por causa da ALRS. Talvez ela não seja tão ruim assim como pensei... Continuei a ler.

“Seja forte Flyer, seja forte. Finalmente, quando me entreguei totalmente ao amor que sinto pelo Steve já era o meu clima de despedida. A nossa ultima noite juntos foi a melhor em toda a minha vida. Eu descobri da melhor maneira possível que ele me amava e eu o amava também. Ele apenas me dava os melhores abraços, ele apenas era sincero comigo sempre, ele apenas me protegia de tudo, ele apenas se juntou ao exército em troca que eu voltasse á Russia, ele apenas disse ‘Eu te amo’ no momento certo.

E agora teríamos que dar nosso adeus. Mas eu sentia que não era um adeus, vamos nos encontrar de novo e quero dizer novamente ‘Eu te amo’. Assim como ele falou sobre as flores que me deu, que se eu cuidasse bem delas, eu estaria cuidando de nós e eu não as deixaria morrer. Por favor, não chore hoje a noite. Sou uma garota de sorte.”

–Flyer... –minha mãe de uma leve batida na porta e entrou de uma vez. –Trouxe comida.

–Ah, sim. –tento disfarçar encarando o diário.

–Você está chorando?

Droga, ela percebeu. Limpei as lágrimas rapidamente, mas já era impossível me segurar. Deixei todas elas caírem. Como eu era frágil.

–Porque? O que aconteceu? –ela sentou na beirada da minha cama.

–Nada. Só lendo umas coisas que o Klaus escreveu para mim.

–Que fofo querida, não sabia que ele escrevia para você. Klaus é um menino de ouro.

Mamãe sorriu e se levantou.

–É mesmo...

(...)

–Flyer! Flyer! Acorde.

Comecei a ser sacudida por uma pessoa igual a mim. Não era eu, ou a intrusa, era apenas Gabrielle e eu não estava sonhando. Quer dizer, não apenas. Que diabos ela estava fazendo aqui?

–O que foi? –levanto irritada.

–A SHIELD foi atacada pela ALRS. Quer dizer, nosso pai comandou um ataque há quatro horas atrás.

–O que? Eles estão bem? –fico preocupada.

Gabrielle me olha com ódio e eu começo a me odiar por ter perguntado aquilo. Mas aquele diário me fez sentir tão próximos á ele, igual quando eu me sinto com o Klaus. E Klaus era meu porto seguro, assim como Steve era pra intrusa.

–Flyer! Nosso pai comandou o ataque! Nosso pai! Faz mais de um ano que ninguém tem noticia dele e de repente ele comanda um ataque? Ainda mais á SHIELD?

Massageio minha cabeça. Gabrielle estava certa. Ele nunca deu noticias, nem á diretora Yvana tinha contato com ele. Apenas as vezes ele escrevia um email. Mas as únicas palavras eram “estou bem”.

–Estão convocando a gente para uma reunião na ALRS. Não precisa trocar de roupa. Vamos passar para pegar o Ty.

–Claro.-concordo.

Antes de ir, pego uma arma que eu escondia dentro de uma caixa de sapatos e desço as escadas. Para a nossa segurança. No caminho nós duas estávamos assustadas. Porque nosso pai fez isso sem avisar á ninguém? Olhei o relógio, eram cinco horas da manhã. Eles provavelmente receberam o ataque quando começava a escurecer.

–Ei. –Gabrielle cumprimentou Ty com um selinho curto.

–Ei. Ei Flyer.

–Oi.

Ty era filho da diretora, mas os dois não tinham uma relação muito boa. Tanto que ele nem morava com ela, mas sim em um apart hotel que eu odiava e ele amava. Coisas velhas era a sua cara.

–Você falou com a sua mãe? –perguntou Gabrielle.

–Não. –Ty respondeu seco. Quem dirigia agora era ele, ao seu lado minha irmã e eu sentada no banco de trás.

–Então como você ficou sabendo do ataque?

–Ela me ligou e me mandou ir á ALRS. Mais nada.

–Grosso... –sussurro e recebo uma encarada dele pelo retrovisor.

–Não sou grosso. Apenas estou cansado e um pouco preocupado...

Ele era grosso sim, sempre. Ainda mais com a minha irmã, ela amava ele, porém ele a traia e comigo... Mas Ty nunca foi uma paixão minha, era apenas divertido quebrar as regras com ele. Principalmente porque ele era filho da diretora.

–Se você está assim, imagine nós duas que somos filhas do Hugh Morozov, o cara que comandou o ataque e que fugiu sem avisar há mais de um ano e sem mandar nem uma mensagem. –retruco indiferente e Gabrielle me olha com ódio.

Ela odiava quando eu confrontava Ty. Problema era dela! Eu estava falando a verdade.

–Fantástico você Flyer e fantástico também esse trânsito que acabamos de pegar. O dia está ótimo. –Ty estressa e bate a mão no volante.

–É Ty, somos super fantásticos.

Já eram seis horas da manhã e pegamos o terrível transito matinal.

–Desvie dos carros. Precisamos chegar rápido. –Gabrielle fala desesperada.

Ty pressiona o pé contra o acelerador. Pronto, morreríamos também. Ele desviou de cada carro até a pista se encontrar vazia e ele chegar á 160 quilômetros por hora. Era agora a minha morte.

–Mas que merda é essa?! –ele exclama.

Á uns 80 metros um cara vestido de preto ocupa a pista e fica parado, de pé.

–Ty! Pare o carro! –Gabrielle e eu gritamos, mas ele continuou indo.

Tento colocar o cinto desesperada, mas minha mão tremia muito. Ele não pararia. De repente um laser atravessa a metade do carro e divide o veículo em dois, Gabrielle e Ty se separam de mim. O impacto é tão grande que meu corpo é arremessado para fora. Eu colidiria com o chão e quebraria o pescoço morrendo rapidamente. Mas antes disso acontecer, minha queda é amortecida por um corpo quente.

–Cuidado com a velocidade garoto. Nós voltamos. –uma voz um pouco robótica pronuncia afastada de mim.

Abro os olhos assustada e dou de cara com um cara loiro e com olhos da cor do céu, vestindo uniforme azul e vermelho.

–Steve?


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Notas finais do capítulo

SIIIIIIIIIIIIIIIIIIM, THE BITCH IS BACK! haha. e não só a antiga e real Flyer voltou, como os Vingadores também! uhu! desculpe qualquer erro no capítulo, mas eu digitei correndo porque eu vou viajar daqui a trinta minutos! sim, de novo. mas eu volto sexta e postei mais. além disso, o capítulo ficou gigante e fiz do jeito que vocês queriam.
vejo vocês nos comentários. por favor não me matem com o final.
amo vocês, beijos.