I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 13
Capítulo 13- Prisão


Notas iniciais do capítulo

demorei e postei mesmo recebendo pouquíssimos comentários. apenas postei por causa da Abby, que é muito fofa e me fez um tremendo favor. ai está, grande revelações...



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Meus olhos ainda estavam pesados quando acordo com o barulho irritante de uma sirene de emergência. Varias pessoas corriam pelos corredores. Ergui meu corpo rápido e senti o impacto da dor de cabeça.

–Flyer.

–Estamos sendo atacados? -pergunto apavorada para Bruce.

–Não. É apenas um teste que deu errado. Melhor você dormir.

Eu não queria voltar a dormir, só que era tarde demais. Minha visão voltou a embaçar e o melhor que fiz foi encostar minha cabeça no fino travesseiro.

(...)

–Senhorita Morozov. Senhorita Morozov. -dedos grossos me cutucaram.

Abri os olhos calmamente e sorri, era Phil Coulson. Minha mente ainda estava em desordem total.

–Me chame de Flyer... -minha voz era lenta e um pouco alterada, como se tivesse dormindo faz tempos.

–Como se sente?

–Confusa. -cubro meus olhos com as mãos. -Porque...? -franzo a testa para ele.

Flashbacks voltaram em minha mente. Lembrei daquela sala escura, com um mural lotada de fotos minhas! Eles sabiam sobre mim e me vigiavam antes de eu perder a memória. Uma raiva preencheu meu corpo e Phil percebeu na hora a mudança do meu comportamento.

–Porque? Porque fizeram tudo isso comigo? Vocês causaram a amnésia de propósito não é? Era tudo armação para que eu me juntasse a vocês.

–Flyer, não é isso. Nosso objetivo nunca foi esse. A ALRS não é boa como você pensa. Eles fazem experiências de laboratório, sequestram e matam pessoas. Para provar isso, precisamos pegar informações suas. Mas você acabou perdendo a memória lutando com a Natasha. -Coulson falou calmamente.

–Não vou cair nessa. Aposto que eu também fui uma experiência. Se eu não lembrasse do meu passado e fizesse laços aqui, me juntaria fácil aos Estados Unidos. -aumento meu tom de voz.

Levantei da cama furiosa. Coulson retirou uma pistola do bolso e a apontou para mim.

–Calma Flyer.

–Atire logo! -insisti.

Eu percebi que ele não faria isso. Nunca atiraria em mim. Seria inútil e também sairia perdendo. O empurrei no chão e sai pela porta do quarto. Estava perdida, atravessando corredores que nunca havia visto antes. Porque aquela base era nova para mim. Meu objetivo era pegar um avião ou qualquer veículo e me mandar daqui. Eu iria para Russia e ficaria pedindo esmolas até alguém me encontrar.

–Vá para o setor B, eu procuro no C. -escuto agentes conversando.

Escondo na primeira sala que vejo. Encontro trajes da SHIELD de todos tamanhos, formas e materiais. Troco aquela roupa ridícula de hospital e continuo andando quando a barra está limpa.

–Flyer, não faça o que estiver pensando em fazer; -escuto uma voz e me viro.

–Thor, você não pode me impedir.

–O que você está pensando é mentira. Eu não estaria servindo a SHIELD se o objetivo fosse induzir você a se aliar aos Estados Unidos.

–Eu não acredito mais no que você ou qualquer um pode dizer. Se quiser me impedir, me mate. -eu o encarei e ele suspirou.

–Você não vai conseguir sair daqui.

Olhei para trás sobre o ombro e continuei a andar. Senti algo passando por minhas pernas e cai no chão. Apenas não bati a cara, porque meus braços impediram. A crucial rasteira da Natasha havia me atingido. Eu sabia que ela não tinha medo de me enfrentar.

–Levante Mozorov. Se você acredita que estamos errado, venha e lute. Quem sabe um soco na sua cara a faça voltar ao normal? -a russa cospe nas minhas costas.

Bufo e me levanto furiosa. Fecho os punhos e a soco, sua mão pega meu braço e me gira. Sinto uma terrível dor. Ela está me prendendo totalmente, tendo dar uma cotovelada com o outro braço livre, mas foi em vão. Então, eu ando para trás, a levando junto, e pressiono Natasha contra a parede. Finalmente ela me solta.

–Você não sabe o que fala. Nem pode ser considerada russa. Meu país deve ter desgosto por você, lutando cegamente pelos outros como uma marionete.

–Cale a boca! Você não lembra de nada sobre sua vida. A verdadeira marionete é você.

–Pare com isso! Agora! -Furry gritou.

Era a primeira vez que o vi gritando. As veias sobressaltavam sua cabeça e aquele tapa olho se tornou mais assustador.

(...)

Logo estava eu, praticamente domada, presa em uma penitenciária. Eu me recusei a falar com qualquer um ou responder qualquer coisa. Eles tentaram me agradar trazendo meu diário, roupas e um ótimo almoço. Era fácil saber o que agradava, com eles vigiando meu passado 24 horas. E ainda havia torta de coco de sobremesa...

–Não queremos que seja assim. -disse Phill Coulson.

Cale a boca Phill. Mas eu não disse nada.

–Trouxe livros para você. -Bruce entrou sorridente com uma pilha de livros grossos e finos, alguns coloridos. -Não sei qual tipo de livro gosta. Esse é Mil e Uma Invenções que Mudaram o Mundo, Frankstein, Orgulho e Preconceito.

Bruce, das três vezes que veio, havia um enorme sorriso no rosto e um humor agradável. Se eu fosse ele desistia. Coloquei os pés no chão e peguei o livro que estava no topo "Frankstein". Abro a primeira pagina, rasgo a folha e taco o livro em seu ombro.

–Não precisava disso. Se quisesse, eu teria ido antes.

Ele dá as costas e me tranca novamente. Minha última opção era deitar e fechar os olhos. Acordo novamente com o jantar, um maravilhoso fast food com batatas fritas e durmo novamente.

Passei algumas horas escrevendo no diário. Aproveitei e desenhei nos livros. Escrevi coisas como Frankstein = Bruce Banner, mas logo apaguei. Eu estava sendo injusta? Claro que não, Bruce era mais um nos planos. E havia Steve... Ele não veio me visitar hora nenhuma.

–Bom dia senhorita Morozov. -me cumprimentaram deixando perfeitas panquecas na porta.

Flyer Morozov é a única coisa verdadeira que eles haviam me contado e a minha nacionalidade. Seria tão difícil para a ALRS entender que eu, agora, estaria do lado deles? Um ataque surpresa seria perfeito.

–Bom dia Flyer. -era Bruce. De novo.

Mais dois agentes entraram carregando uma televisão. Fiquei animada. É ótimo ser tratada bem. Me ajeitei na cama enquanto eles instalavam aparelho e o doutor acompanhava sorridente, atencioso e carinhoso. Eu queria acreditar que estavam sendo sinceros.

–Não é melhor? Está gostando dos livros? -perguntou e eu continuei silenciosa. -Vou deixar você sozinha, já que não quer falar. Qualquer coisa Flyer, pode contar comigo. Eu não teria coragem de usa-lá como acha que fiz.

Seu tom apreensivo mexeu meu coração. Mas o sorriso bobo voltou ao seu rosto e fiquei aliviada por ele ter ido. Depois de cinco minutos encarando a tela, peguei o controle e fui mudando os canais. Havia canais nacionais e internacionais, de filmes, programas, séries e desenhos.

Duas batidas na porta e um homem alto de cabelos loiros entra. Seus olhos azuis pousam em mim, depois no desenho que passava do Bob Esponja.

–Trouxe o nosso almoço. Que tipo de coisa é essa? -o deus fica entretido e senta ao meu lado me entregando um prato de macarrão de camarão.

Ele nem parecia ligar por eu não responder. Thor viajava no Bob e em seu macarrão.

–Essas coisas realmente existem na Terra? E falam? -ele ria.

Tentei diversas vezes segurar o riso. Era terrivelmente engraçado. Alguns minutos depois, ele ficou em silêncio e o desenho tinha acabado. Mudei de canal apenas para ver se ele diria algo, mas quando percebi, seus olhos estavam fechados e Thor caia em um terrível sono.

–O público aguarda a tão chegada do herói americano. Ele desapareceu após lutar na segunda guerra mundial. Se tornou um grande símbolo nacional. E ele... -a repórter ruiva anunciava ao vivo.

O som da TV se encheu de gritos e aplausos. Atrás dela, em uma espécie de palco ao ar livre, Steve surgiu acompanhado de seguranças, do Presidente e mais outros homens importantes.

–É o Steve Rogers. O Capitão América está vivo e impecável.

–Bom dia americanos. -dizia o presidente.

Meu coração acelerou. Como assim Steve estava se apresentando? Não, não! Ele não podia ser se juntado ao exército.

–Como soldado e cidadão americano, lutarei até o fim pela nossa nação. -disse o Capitão sorridente fazendo o público agitar, pular, aplaudir e gritar.

–Mas que diabos... -murmurei baixinho.

A porta da penitenciária se abre e Bruce surge apressado. Ele não está sorridente e nem reparou no Thor roncando ao meu lado. Ele me encarou depois a TV.

–Precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

o que Steve pensa que está fazendo se apresentando pro mundo? e Flyer? como vai lidar descobrindo a verdade? ela ficará presa para sempre? e o que Bruce tem para falar? qual é o verdadeiro objetivo da SHIELD?
perguntas que só serão respondidas com comentários.
não me desanimem



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