No lasts forever escrita por Spaild


Capítulo 1
And i'm slipping off the course that prepared


Notas iniciais do capítulo

Fic de um dia. kkkk
Em uma das nossas conversas essa ideia surgiu, e pra ganhar uma Linzin eu estou dando de presente uma Linumi a Anny.
;*

Aguardo a retribuição do carinho!



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– Comandante? – Korra parou sua pequena corrida e olhou para o irmão mais velho de Tenzin a fazer algumas flexões.

– Me dê um minuto. – terminou uma série e se levantou secando o suor de seu rosto com o dorso de sua mão.

A avatar segurou o riso. Primeiro porque sabia que o comandante Bumi não se importava com piadas ou brincadeiras, segundo... Só tinha graça quando era Tenzin o implicado. Mas mesmo assim o cutucou com o cotovelo, levantando as sobrancelhas.

– Mulher huh? – ela sabia que somente uma mulher o faria voltar a malhar para ter o corpo do antigo comandante de tropas especiais de volta.

– Mulher difícil e exigente, preciso me cuidar. – ele riu alisando o abdômen ainda um pouco saliente. – Mas o que quer?

Durante aquele momento a cabeça de Korra trabalhava em um turbilhão de idéias sobre quem seria a mulher que estaria exigindo de Bumi a velha e boa forma do exército?

– Nada, apenas... – ela pensou por um breve momento. – Sabia que hoje é o exame do Bolin?

– O irmão do seu ex ex-namorado? – ele parou um instante para pensar se aquela sentença era a correta. – Ou seria ex ex ex-namorado?

Os olhos dos dois se encararam por um longo momento onde a duvida escorria em suas mentes. O caso de Korra era uma bagunça só. Mas felizmente ela havia conseguido por algum ponto conclusivo naquilo.

– Sim e Não. – respondeu se jogando no banco próximo. – Sim é o irmão do Mako, que eu não estou mais namorando.

Bumi se aproximou, tencionando a continuar a conversa sobre amores passados e essas coisas, mas antes que ele se sentasse Korra pulou ficando de pé. Não iria discutir sua vida amorosa com o irmão de seu mestre em dobra de ar.

– Quer ir a academia Beifong ver a Chief dando uma surra no Bolin?

Bumi sorriu mostrando os dentes. Se Korra parasse um pouco para ouvir o comandante, ela logo teria decifrado o código mais fácil do mundo. Bumi tinha uma antiga e forte paixão por Lin Beifong. Mas as pessoas raramente ouviam o que ele tinha a dizer.

-x-x-x-

– Medo?

– Totalmente. – Bolin respondeu a Asami enquanto ajeitava a roupa acolchoada que lhe deram. – Korra!

A herdeira das Future Industries revirou os olhos verdes. Estava claro que mesmo depois de todo esse tempo Bolin tinha uma enorme queda pela avatar. E que a mesma parecia ainda não o notar. O que Asami não entendia era o homem ao lado de Korra. O que faria ali o ex-comandante Bumi?

E no momento em que eles se aproximavam do local onde a jovem estava a comitiva de Beifong entrou pela porta principal. Marchavam em uma organização simples em v. Havia com ela mais três homens que como ela, estavam completamente vestidos em uniformes de metal. Certamente eram alguns dos subordinados dela. Bolin correu até os outros candidatos tremendo levemente.

A certa distancia Beifong percorria os olhos verdes por todo o dojo. Haviam outros aspirantes a dobra de metal e nenhum deles tinha no rosto confiança em si mesmo. Lin metia medo em todos ao seu redor.

– Chegamos a tempo. – Bumi disse cutucando Asami. – Linlin vai ver quem tem potencial de dobra.

– Mas são todos dobradores de terra. – ela comentou olhando para o banco onde estavam Bolin e alguns jovens. A maioria homens.

– O que não significa que podem dobrar metal. – a voz de Bumi estava grossa com algum tipo de alegria. – Me lembro de quando Toph fazia isso, sabe que nunca vi Lin fazer? Estive na nação do fogo depois que ela assumiu a academia.

Shiiii... Podem fazer silencio?

Bumi se virou e viu ao lado da avatar o seu nobre irmão que dobrava o ar. O que raios Tenzin fazia ali? Bumi estava ali, pois tinha fortes intenções de falar com a Beifong e tentar alguma aproximação. Sempre nutrira sentimentos por aquela mulher, respeitara o irmão antes, depois respeitara o tempo que ela precisava. No entanto agora, ele podia tentar alguma coisa. Mas com Tenzin ali...

O som de metal se retorcendo tirou o comandante das divagações dele. Estava começando. Sem a armadura, os oficiais exibiam apenas uma camiseta cinza com o símbolo da polícia de dobra e suas calças militares. Eles se afastaram de Beifong carregando consigo suas fardas.

A frente de dez jovens apenas Lin Beifong. Ela encarava um a um. Olhos nos olhos. A tensão era quase palpável. Confiança era algo que Lin sabia aniquilar. E como seus subordinados ela se afastou um passo e como se o grosso metal nada fosse, ela retirou sua armadura.

Bumi quase assoviou ao ver novamente a mulher com o traje de treino. A camisa justa em seu corpo a calça militar. Tudo servia para deixar Lin Beifong ainda mais sexy. Mas o som da respiração de Tenzin o irritou.

– Você é casado.

– O que quer dizer com isso?

– Pare de suspirar por Lin e vá cuidar de seus filhos.

Tenzin revirou os olhos. Ele tinha sido convidado a estar ali, Lin e ele conversavam bastante depois de terem reatado a amizade. Era fácil estar com ela, o difícil mesmo era resistir a ela. Porque sem esforço ela conseguia seduzir e o reduzir a mero homem com desejos carnais. Mas ele não era um monge equilibrado a toa. Tinha uma família que respeitava, jamais trairia sua mulher.

– Cale a boca Bumi, estou prestando atenção.

– Sei bem o que prende sua atenção.

Os irmãos se entreolharam irritados perdendo o momento em que a mulher enfiou a mão no bolso de sua calça e retirou um pedaço de matéria escura. O que parecia ser um pedaço de rocha negra se moldou na mão de Beifong e se enroscou em seu braço, como se tivesse vida. Vibrou nitidamente por alguns segundos e ficou inerte.

– Levantem-se. – ordenou. – Vocês não estão aqui para se tornarem dobradores de metal, estão aqui para que eu diga se podem ou não serem dobradores de metal.

Ela deu um leve sorriso de canto de lábios ao ver que alguns deles já tremiam. Era seu intuito por medo, os deixar ansiosos ou irritados. Ela precisava que houvesse algum desequilíbrio emocional nos aspirantes.

– Não há lugar na academia Beifong para fracos! O metal não é algo facilmente maleável. Ele impõe resistência. Acham mesmo que tem potencial para isto? Eu os respondo, certamente não!

Ela já sentia novamente a vibração vinda do bracelete de sua falecida mãe. Aquela era a maneira como Toph descobria quem tinha potencial em dobra de metal. O objeto vibrava ao menor desequilibro emocional de dobradores em potencial.

Aproximou-se de um por um, o objeto em seu bíceps tremia levemente. Aumentava a velocidade em um ou dois casos. Eles não estavam abalados o suficiente. E então, um a um ela os ‘convidou’ a um duelo de dobra.

Apenas dois fizera seu bracelete zunir. Uma jovem garota de cabelos castanhos e o irmão de Mako. Os dividiu em 4 4 2 e os deixou com seus subordinados. Ditava a eles algumas regras, algumas dicas de dobra. Com oficial Song ficara os quatro com menos poder de dobra, os intermediários foram direcionados ao oficial Tyro e Bolin e a jovem menina com o melhor homem em sua força militar, Loukai.

Os olhos azuis de Bumi seguiam o corpo esguio de Beifong. Ela mantinha seu corpo perfeitamente trabalhado mesmo depois de todos estes anos. Era como se ela ainda tivesse vinte anos. Podia ver os músculos das costas dela se moverem enquanto ela andava e dava ordens sobre posições a se adquirir.

E o ‘milagre’ da dobra de metal era totalmente ignorado pelo filho mais velho de Aang. Lin era uma visão muito melhor que moedinhas a voar pelo dojo. Aquele era o motivo de estar voltando a forma de muitos anos atrás. Lin não gostava de homens desleixados com seu corpo.

Bumi sequer notara quando a seleção havia terminado. Assustou-se olhando para o lado onde Korra, Asami e Tenzin aplaudiam. O rapaz Bolin tinha um grande sorriso de alivio em seu rosto. Ele havia conseguido.

Aprumou o corpo quando a viu se aproximar. Os braços a moverem-se a lateral de seu corpo, os cabelos em um gracioso desalinho. Lin era a definição perfeita para beleza natural.

– Poucos este ano. – a voz de Tenzin novamente se fez presente.

– A cada ano está mais difícil. – ela respondeu de pé a pouca distancia dos dois irmãos. – Olá Bumi.

– Oi.

A expressão do antigo comandante era a de uma criança birrenta. Os olhos de Tenzin reviraram em suas orbitas. Ele conhecia bem o irmão para saber que estava com ciúmes porque estava ali conversando com Lin.

– Boa tarde Lin, eu preciso ir.

– Boa tarde. – ela se despediu com um leve tocar de mão ao ombro.

O tom cordial de amigos se despedindo não chegava aos ouvidos de Bumi quando ele estava sendo irracional. Não suportava a idéia que seu irmão ainda pudesse sentir ou querer algo com Lin. O tempo do cabeça de vento havia passado e ele tinha escolhido a mulher sem graça que o dera quatro filhos.

– Porque a cara de enterro?

– Ah sei lá, me diz você. – respondeu a olhando de canto de olho.

– Não tenho tempo para criancices Bumi, ou cresce ou desiste de manter uma conversa coerente comigo.

Ela ainda esperou alguns segundos. Bumi se levantou suspirando, tentando tirar o ciúmes do seu tom de voz. Ele a olhou novamente. Continuava belíssima, talvez até mais bonita que antes.

– Gosto de ver o bracelete espacial em você. – ele tocou o objeto e afastou o dedo. – Como aguenta esse troço quente no braço?

– Acostumei. – e ela sorriu. – Já teve anos, onde eu garimpei os melhores depois de mim, que o bracelete ficou incandescente.

– Você se orgulha disso não? Do dojo, e do QG.

– É o legado de minha mãe.

A conversa com Lin desenvolvia cada dia mais. No passado ela sequer conseguia ficar ao lado dele por muito tempo. Agora ela ria de algumas gracinhas e o tocava quando ia falar certas coisas. Bumi sabia que aquilo significava muito, Lin não gostava de contato físico a não ser que a pessoa fosse importante em sua vida.

Era isso o que dava mais força a Bumi, ele vinha ganhando terreno sem que a mulher percebesse. Logo ele teria conquistado a mulher e ela não teria como se esquivar.

– Lin?

Uma voz atrapalhou a conversa que estavam tendo. Parado a certa distancia estava um dos oficiais que ela trouxera consigo. O que fizera Bumi unir as sobrancelhas grossas fora o modo como ele a chamara. Normalmente os oficiais temiam aquela mulher. Ninguém na academia ou na polícia a chamava de Lin. Algo não estava certo.

Quando ela virou o rosto para olhar ele sorriu. Maldito rapaz. O frangote não tinha mais que trinta anos. Os cabelos negros estavam colados na testa e os olhos verdes brilhavam. Bumi trincou os dentes. Nos braços grossos ele exibia tatuagens com padrões lineares, típicos de descendentes do reino da terra.

– Quem é?

– Um dos meus subordinados. – Lin respondeu tranquilamente. – Loukai.

Com o consentimento dela o rapaz se aproximou, tocou o braço da chefe, deslizando os dedos lentamente até o bracelete e fechou a mão. Bumi travou seu maxilar ao ver a cena. Os dois caminharam até certa distancia, ele se aproximou do ouvido feminino, deixando ali palavras que Bumi daria uma mão para saber o que eram, o moleque tinha um brilho forte e sacana nos olhos. Um a um, sem dobras e Bumi podia acabar com aquele sorriso.

Ele se afastou dela, ofereceu-lhe uma continência e a deixou sozinha. Bumi teve pouco tempo para se recobrar do pequeno ataque de ciúmes e Lin estava de volta.

– Vamos jantar hoje? – saiu dos lábios dele sem que pudesse pensar antes.

– Agradeço o convite, mas já tenho compromisso.

Lin o tocou no ombro amigavelmente e se afastou. Bumi quase a segurou para confrontá-la sobre o rapaz, mas sabia que ela poderia se irritar e o afastar de vez. Justo quando tinha conseguido fazer avanços significativos. Haviam até saído juntos uma vez.

O velho comandante sabia que Lin tivera alguns companheiros, nada muito sério nem duradouro. E aquele rapaz tinha tempo contado para aproveitar a companhia da Chief Beifong, porque o Comandante Bumi estava preparando os canhões para o ataque direto. Ele ia afundar o navio do rapazinho e aportar na baia Beifong muito em breve.


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Notas finais do capítulo

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