Por toda a minha vida escrita por Elle Targaryen


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas...
Antes de tudo quero agradecer a Vivi pela recomendação, eu fico mto besta quando leio uma recomendação, sério. Fiquei aqui toda besta lendo a sua tb. Muito obrigada sua linda.
A fic recebeu muitos acompanhamentos desde a última atualização. Me diverti mto com os comentários de leitoras novas que leram a fic inteira em uma semana e até menos, gurias loucas. (risos).
Leitoras fantasmas apareçam de vem em quando pra dizer o que estão achando, ok? não sejam tímidas.
Agora sem mais enrolação, boa leitura.



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Emma andava apressada pelos corredores do Instituto Mills.

Havia acabado de receber uma SMS de Regina. A morena a esperava no lugar de sempre: o Jolly Roger. Lugar que guardava mais que um simples amor proibido. Na cabeça de Emma as paredes daquele navio eram como um berço que acolhia o sentimento que explodia dentro de si e crescia cada vez mais, pois amar Regina era mais que a sensação de estar a vinte e cinco centímetros do chão, mais que sentir borboletas no estômago, mais que um coração batendo acelerado. Amar Regina era olhar pra cima, pra baixo, pros lados, dentro e fora de si e perceber o mundo completo. Perguntava-se, todos os dias, se era realmente capaz de aguentar tanto amor e sorria ao dizer a si mesma que sim, seria capaz. Seria capaz de tudo por ela.

–Hey, Emma... Emma!!

A loira olha pra trás ao ouvir seu nome sendo chamado com insistência e vê Zelena que também andava apressada tentando alcançá-la.

–Aonde vai com tanta pressa? – Pergunta ao alcançar à loira.

–Hum..., pra casa. – Responde desacelerando o passo.

–Com tanta pressa? – Zelena pergunta curiosa colocando a mochila meio de lado e procurando alguma coisa.

–Sim. Tenho muita coisa pra fazer hoje.

–Hum..., ia convidar você pra..., pra sairmos um pouco hoje à noite, talvez. – Fala num sorriso meio amarelo.

–Ain, eu realmente tenho muita coisa pra fazer, mas..., podemos sair no final de semana. O que acha?!

–Ótimo! – Diz num tom mais animado do que gostaria.

Emma espera que a conversa termine por ali, mas a garota parecia determinada a acompanhá-la.

–Eu queria te dar isso. – Fala após retirar da mochila uma Polaroid e estendendo à outra.

–Uma Polaroid? – Pergunta surpresa.

–Sim. Sei que gosta de fotografia. Encontrei essa no porão lá de casa, tem bastante coisa antiga por lá e, bem..., lembrei de você.

–Sério? Nossa..., eu acho que nem posso aceitar.

–Por quê? Ela ainda funciona e olha, até encontrei alguns filmes usáveis.

–Não é isso, Zelena, é que..., isso é muito gentil da sua parte e..., não sei. Eu nunca te dei nada e nem é meu aniversário ou natal, nada.

–Você não gostou? – Pergunta baixando a cabeça e fazendo um leve bico.

Emma para de frente pra garota. Pega a câmera de suas mãos e levanta seu rosto com a ponta dos dedos:

–Eu adorei e com certeza vou usar muito, ok? Podemos até mesmo sair qualquer dia desses pra fotografar árvores.

–Árvores?

–Sim. É o que mais temos aqui em Storybrooke, né?

–É verdade. – Confirma sorrindo animada.

Emma guarda a câmera na mochila e as duas saem da escola. Continuam caminhando lado a lado. A loira não conseguia dispensar a garota. Sabia que Zelena se sentiria descartável e talvez até ficasse magoada ou com raiva, preferia não criar desentendimentos. Para ela Zelena era uma garota muito carente de atenção, de amigos, de amor. Sabia que era sua primeira e única amiga e Zelena estava se esforçando ao máximo para ser agradável não custava nada, portanto, retribuir.

–Então. Já decidiu que atividade vai fazer já que não está mais no Rugby? – A ruiva pergunta caminhando ao lado da loira.

Ao seu lado, Zelena sentia coração em pulos dentro do peito. Sabia que estava atrapalhando ou atrasando a loira, mas não se importava.

–Não. Tenho usado esse tempo pra fazer as lições, os trabalhos ou simplesmente ler na biblioteca.

–Ou... eu não sabia.

–Você está fazendo alguma coisa?

–Jardinagem. – Fala franzindo a testa.

–Não gosta?

–É até interessante, mas..., sei lá. Minha família tem uma parada com essa coisa de árvores, macieiras, fazenda, flores e coisas do tipo. Não gosto muito.

–Você não é muito família, né?

–Nem um pouco.

–Acho que vou entrar pro grupo de literatura. Tenho lido bastante coisa ultimamente.

–Uau! Isso seria muito bom. Eu... – Cala-se antes de terminar a frase.

–Você pode entrar também, não sou dona do grupo. Boba. – Emma fala sorrindo ao perceber o embaraço da garota.

–É. Desculpe. Às vezes penso que talvez esteja sendo muito chata, te perseguindo.

Emma ri alto.

–Claro que não. Eu gosto de você e você sabe disso, né? – Pergunta piscando um dos olhos para a garota.

–Sei sim. – Zelena confirma tentando esconder as bochechas que sentia queimando.

–Deixou o fusca em casa? - Pergunta.

–Sim. Meu pai resolveu que levaria no mecânico pra fazer uma revisão.

–hum..

–Pra onde você foi no final de semana? Sua mãe não me disse.

Emma disfarça o desconcerto. Não esperava que a garota perguntasse justo aquilo. Não queria dizer que esteve em Boston com Regina e Henry. Sabia o quanto Zelena não gostava da família Mills e realmente não estava a fim de criar nenhum desentendimento com a garota e talvez vir a por tudo a perder com Regina.

–Boston. – Responde sem olhar a garota nos olhos.

–Hum..., visitar os amigos?

–É, sim...

–O namorado?

–Não! Não tenho namorado.

–Nem ninguém em vista?

–Não?! E você? Já se declarou? – Pergunta mudando de assunto.

–Não. Tá meio difícil, sabe. Temos nos desencontrado.

–Hum..., me conta quando acontecer. Tenho certeza que você não vai levar um fora.

–Só fala isso por gentileza, Emma.

Emma sorri.

–Talvez. Digamos que você não é a pessoa mais fácil, né?

–É.

As duas chegam em frente ao prédio de Emma.

–Então..., acabei vindo até aqui. Desculpe. – Diz numa expressão clara de culpa.

–Não precisa pedir desculpa o tempo todo. Não tem problema me acompanhar até em casa, certo?

–Certo. – Confirma mais animada.

–Agora eu realmente preciso ir.

–Tudo bem. Falamos outro dia?

–Sim. Temos de experimentar a câmera nas árvores, lembra?

–Tá..., então..., tchau! – Zelena diz num tom meio tímido sem saber se as mãos ficariam melhores livres ou dentro dos bolsos do casaco.

Emma percebe mais uma vez o jeito retraído da garota. Não sabia o motivo de ela estar agindo daquela forma. Na verdade, Zelena estava meio estranha desde o dia em que havia contado sobre essa paixão misteriosa. Não fazia ideia de quem poderia ser. Nunca a via com mais ninguém. Talvez esse fosse o motivo da estranheza da garota, ela queria contar quem era e estava com vergonha. Quem diria que uma garota tão encrenqueira e cheia de si se tornaria um coelhinho manso quando se tratava de amor?

Emma dá um passo para frente e se despede da garota com um abraço.

No inicio, a ruiva não sabia onde colocar as mãos. Nos cabelos, nas costas, na cintura de Emma? Decide por nenhum desses lugares e logo desfaz o contato com o corpo da outra e se despede o mais rápido possível, saindo assustada como se tivesse visto um fantasma.

Emma ri da situação. Olha o relógio de pulso e se repreende mentalmente: meia hora de atraso, Regina devia estar impaciente.

***

Fecha o alçapão e segue passo a passo pelo corredor. Do quarto ao fundo podia ouvir Jopling cantando:

Maybe...

Oh, if I could pray, and I try, dear

You might come back home, home to me…”

Faz seu pequeno ritual: para no portal e observa a mulher sentada na cama distraída com os pés balançando no ritmo da música. Deixa a mochila no chão. Vai até a morena e lhe estende a mão direita.

–É um convite? – Regina pergunta.

–Como da primeira vez.

A morena sorri encaixando seus dedos.

Agarradas uma ao corpo da outra: Regina com os braços em volta do pescoço da garota e a cabeça repousada em seu ombro brincava com os cachos de seu cabelo enquanto era conduzida pelas mãos firmes e suaves em sua cintura.

–Você demorou. – Diz numa voz dengosa sem levantar a cabeça do ombro de Emma.

–Desculpe. Foi um pequeno imprevisto.

–Tudo bem. O que importa é você aqui agora. – Fala num quase sussurro se acomodando ainda mais em seu peito, como uma gata manhosa, enquanto a loira continuava a conduzi-la lentamente numa dança de passos leves.

Vez em quando sorria e apertava os olhos por alguns segundos toda vez que a morena se afundava mais em seus braços ou lhe falava dengosamente que a chamara até ali assim, no meio da semana, por não conseguir ficar longe mais um dia, nem uma hora, nem um segundo.

–A saudade é tanta assim? – Pergunta com os olhos fechados.

Regina levanta a cabeça de seu ombro. Segura o rosto de Emma com ambas as mãos e, olhando profundamente seus olhos verdes que brilhavam como duas esmeraldas, diz:

–Você não faz ideia do quanto!

As palavras são seguidas pelo toque dos lábios macios e quentes. Convidativos como oásis num deserto, porém sem pressa ou desespero. Apenas um desejo que se consumia lentamente na medida em que crescia em cada toque, palavra, som.

Emma e Regina eram um círculo infinito.

A música se havia mudado, se havia acabado, do que importava?

A única coisa naquele momento que fazia sentido era o aconchego de seus corpos unidos balançando lentamente de um lado pro outro como se fora dali o mundo tivesse parado.

Beijando-a Emma corre as mãos por sua silhueta: do quadril à cintura, até as costas, dedilhando cada pedaço, sentindo o prazer de ter aquela mulher nas mãos. A troca de carinhos se intensifica lentamente. Regina encosta a garota na parede e de leve toca suas coxas introduzindo as mãos por baixo de sua saia xadrez e deslizando os dedos suavemente por toda a extensão. Emma fecha os olhos e suspira. Arrepia-se com os beijos em seu pescoço, completamente entregue.

A morena as conduz até a cama. Emma senta enquanto a outra abre os botões da camisa lentamente deixando de fora um sutiã cor de uva. Aproxima-se da garota que já não conseguia deixar suas mãos afastadas e faz a curva da cintura de Regina enquanto beija sua barriga do umbigo até o cós da saia social. A morena desce o zíper mostrando a calcinha cor de uva que já não conseguia mais segurar seu desejo, transbordava.

Regina deita a loira na cama ajudando-a a livrar-se do uniforme e do lingerie adolescente. Une seus sexos num vai e vem lento enquanto seus lábios brincavam entre o pescoço, os lábios e os seios da garota.

–Já disse que amo você? – Pergunta no intervalo de um suspiro.

–Não hoje... – Emma responde quase num gemido. As mãos nos quadris da morena apertando ainda mais seus centros.

–Eu amo você, Emma Swan. – Diz num sussurro.

Emma se derrete num sorriso e, completamente embebida pelo prazer do corpo da outra, passeia com as mãos até seu sexo deslizante e a penetra fundo e sem pressa, tirando de seus lábios um gemido rouco.

–Também amo você, Regina Mills.

***

Emma se aninhava ainda mais no colo da morena. Seus corpos despidos entrelaçados em baixo das cobertas era o lugar perfeito. A garota se agarrava ao corpo da outra, se espreguiçava e lhe depositava leves beijos pelo vale dos seios.

–Emma..., é seu celular. – Regina diz acarinhando os cabelos da garota, espalhados por seu colo enquanto ouvia o telefona da garota tocar dentro da mochila.

–Eu sei. - Responde sem levantar a cabeça. O momento era bom demais pra ser interrompido.

–É a terceira vez. – Regina comenta.

–Eu sei. – Responde outra vez.

–Pode ser importante. Ninguém ligaria três vezes seguidas se não fosse importante.

A garota levanta a cabeça apoiando o queixo no braço da morena.

–Não quero levantar. Não quero... – Fala fazendo bico e enterrando o rosto no pescoço da morena.

–Pode ser importante.

–Ok. – Emma revira os olhos, bufa e levanta-se da forma mais lenta possível. Enrolada no cobertor vai até a mochila e atende o celular.

–Alô!?

–O quê?! No hospital?! Hoje?!

Regina ouvia a garota curiosa.

–Tá to indo praí. Também te amo, pai.

–Então? O que aconteceu? – Regina pergunta curiosa e preocupada.

–Meu irmão tá nascendo. – A loira responde.

–Vai pro hospital? – Pergunta levantando da cama e se vestindo.

–Vou. Queria ficar aqui e passar mais tempo com você. – Diz com uma voz manhosa deixando o cobertor cair e abraçando a morena.

–Emma..., não faz assim. – Diz retribuindo o abraço.

–Vai visitar minha mãe no hospital?

–Se você quiser.

–Eu gostaria. – Diz percebendo a ruga de preocupação na testa da morena.

–O que foi?

Regina tira um dos braços do pescoço da garota e põe uma mecha de cabelo atrás da orelha.

–Não sei. Me aproximar dos seus pais vai ser..., estranho. Não sei se consigo.

–Não precisa ser amiga deles só..., ficar um pouco mais próxima.

–Emma..., você sabe que eles nunca aceitariam, né?

–Não sei. Meu pai talvez não, mas minha mãe não é impossível.

–Tá. – Concorda com um sorriso meio forçado.

Emma abraça forte a morena.

–Vai dar tudo certo. – Fala em seu ouvido. De certa forma, realmente acreditava naquilo ou queria acreditar.

Regina toma seu rosto entre as mãos mais uma vez. Arruma seus cabelos e lhe beija as bochechas, a testa, os olhos, vagarosamente:

–Eu sei que vai. – Diz com sua voz rouca e suave ao mesmo tempo.

****

–Ah..., ia esquecendo. – fala enquanto abotoa a camisa de Emma e arruma a gravata– Henry vai passar o final de semana na casa de um colega da escola.

–Ele tem feito amigos?!

–Sim. Ótimo isso, não?

–Sim, sim...

–Então..., ele vai ficar lá o fim de semana todo e, pensei que, talvez..., você e eu pudéssemos ter a casa só pra nós.

Emma sorri com a ideia. Era tudo bom demais pra ser verdade.

–E Neal? – Pergunta.

–Despacho ele pra casa de Gold sem problemas. – Regina diz com seu ar de superioridade.

Emma sorri para ela mais uma vez.

–Você consegue ser adorável até mesmo com essa carinha de má. - Fala dando um leve peteleco no nariz da morena que sorria meio acanhada, como uma criança que acabara de aprontar.

As duas saem do navio com a noite alta no céu. A morena deixa a garota em frente ao hospital. Despedem-se com ainda mais vontade de estarem juntas e seguem.

Enquanto dirigia de volta pra casa os últimos meses passavam como um trailer na cabeça de Regina. Era completamente imprevisível saber o que aconteceria dali pra frente. Se os pais de Emma descobrissem tudo seria um caos, um caos que envolveria não apenas a família Swan, mas a Mills; e envolver a família Mills seria envolver Cora e sua obsessão por tradição familiar e poder.

Respira fundo recheando todos os espaços dos pulmões. A imagem da garota preenche seus pensamentos mais uma vez, como tantas vezes desde sua chegada à cidade e sorri involuntariamente.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam desse cap? Me deixem saber. O próximo sairá ou na quarta ou na quinta, depende do meu tempo essa semana. :( mas não quero que demore mto.
Obrigada pela paciência.