Já fazia um tempo desde que ela começara a ter aqueles sentimentos. Era uma sensação esquisita, sério. Não fazia sentido algum. Por que com ele? Por que, de todas as pessoas existentes no mundo, com Mutano, pelo amor de Azar?!

Ravena realmente não conseguia entender. Era quase surreal para ela levar aqueles sentimentos a sério. Algumas partes de sua mente diziam: "é porque você realmente gosta dele!" (a essas partes, elas sendo Felicidade e Afeição, Ravena deu sua ignorância final); outras partes diziam: "talvez seja porque vocês são parecidos" (a estas partes, sendo Conhecimento e Sabedoria, ela dava um pouco mais de crédito); e as outras partes de sua mente... Realmente, Ravena não tinha muitos motivos para levar o que elas diziam a sério.

"De que sentimentos você está falando?", você me pergunta.

Já fazia um tempo desde que ela começara a ter aqueles sentimentos. Ela começara a ter aqueles sentimentos apenas quando estava perto do montinho de grama que as pessoas chamavam de "Mutano".

Era esquisito.

Era incompreensível.

Mas, quando ela estava perto dele, se sentia segura. Como se ninguém fosse capaz de ferí-la. Como se ela fosse incapaz de machucar alguém. Como se o demônio que ela carregava dentro de si nunca fora capaz de ferir alguém, como se este demônio sequer existisse.

Quando ela estava perto de Mutano, Ravena sentia como se ela não tivesse quaisquer demônios interiores em sua vida.

(Era desconhecido para a nossa linda empata que, para o mocinho verde que as pessoas chamavam de "Mutano", os mesmos sentimentos floresciam ao ficar perto dela. Sentia-se protegido e livre de todos os seus próprios demônios…)