Mate-me se for capaz escrita por KyonHiryu


Capítulo 9
Capítulo 9 - Festa


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora enorme pelo capítulo. Estive ocupado! :3
E a história recebeu uma recomendação da minha DIVA. Obrigado, sua linda!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/467232/chapter/9

Uma semana se passou e finalmente era a noite da festa de aniversário de Evangeline, filha de Maximus e Charlotte Donovan, e também prima de Lexi.

Era uma sexta-feira a noite, Aiden e Lexi saíram para o endereço da festa. A garota usava um vestido de verde bem vivo, que combinava com seus cabelos avermelhados. O rapaz usava jeans, tênis e uma camisa social preta.

Os dois ainda estavam se acostumando com a convivência dentro de um mesmo quarto. Lexi contava para Eili tudo o que acontecia. Muitas vezes, eles se viram de roupas íntimas sem querer, justamente pela porta estar aberta e achar que dava tempo de se trocar sem o outro aparecer. E Lexi contava as intermináveis vezes que se pegava olhando para as costas de Aiden, ainda mais quando ficava observando a tatuagem tribal que ele tem nas costas.

Todas essas coisas faziam o clima entre os dois aumentar, apesar do garoto estar recebendo muitos convites das meninas que estudam com Lexi. Ele recusava todos, afinal, ele estava trabalhando. As outras entenderam essas recusas como se ele já estivesse com Lexi. Todos em volta percebiam as coisas diferentes, menos aqueles dois.

Chegaram a festa depois de uns vinte minutos de viagem. Lexi foi recebida pela prima com um enorme sorriso:

–Lexi, que saudade! - e a abraçou bem apertado

–Feliz aniversário, Evangeline. - retribuiu o abraço e lhe entregou o presente

A menina abriu e ficou muito feliz com o presente.

–Obrigada, prima!

–Ora, por nada. Sabia que iria gostar.

–E quem é esse com você? - disse quando finalmente viu o garoto

Ele mesmo se tratou de apresentar:

–Eu sou Aiden, mas pode me chamar de Levi, se quiser. Alias, feliz aniversário. - falou se abaixando na altura dela

–Obrigada! - respondeu, envergonhada - Nossa, prima, como ele é bonito.

–Todo mundo diz isso. - completou Lexi

Depois disso, os dois entraram e falaram com o resto dos membros da família. E finalmente Charlotte e Aiden se conheceram. A tia fez o mesmo comentário que a própria filha. Os dois ficaram sentados na mesa onde estavam Maximus e Charlotte, se bem que eles saiam o tempo todo. A única coisa que fizeram na primeira meia hora de festa foi ficarem sentados observando a movimentação das pessoas. Até que Paisley chegou com o filho, Bennett, e se sentou na mesa ao lado.

–Olá, Lexi, querida!

–Olá, Paisley! - respondeu meio indiferente

–Irmã! - chamou o menino com a voz doce

–Ben, que saudade! - e abraçou o irmão

–E você?... Eu me lembro de você. Me apagou na minha própria casa.

–Esse é o meu trabalho, Sra. Paisley: Deter você!

–Imagino o quanto Maximus não está te pagando.

Levi apenas olhou para ela e arqueou a sobrancelha. Lexi foi puxada pelo irmão para participar com ele das brincadeiras. O rapaz riu bastante da garota ajudando o irmão a ganhar participando dos jogos junto dele. Alguns minutos depois, ela voltou, cansada.

–Se divertiu, Lex? - perguntou Levi

–Sim. - respondeu sorrindo - Sabe, eu tava com vontade de dançar um pouco.

–Eu vou com você, cansado de ficar aqui sentado. - e fez um gesto, discreto, apontando para Paisley

Lexi descansou um pouco e ambos foram para a pista de dança, que ficava aberta enquanto as crianças não estavam brincando. Então, os mais velhos que se divertiam bastante naquele momento. Após mais uma música, começara a seguinte e a menina só conseguiu dizer:

–Ai, eu amo essa música!

A canção em questão era Meteor Light de Ayahi Takagaki. Lexi tinha um gosto musical inusitado e contaminava a prima com isso. Ela já dançara bastante empolgada nas anteriores, contudo nesta mexia-se de um jeito diferente. A canção inflamava seu corpo e ela dançava de uma maneira que provocava Aiden. Ele começou apenas observando-a, depois Lexi o puxou para dançar junto. O garoto não tinha a mínima ideia do que fazer, só acompanhou alguns passos que ela forçou-o a fazer. E aconteceu assim até a música acabar, com Lexi colada em seu corpo e ofegante.

–Cansou?

–Sim!

–Vem, vamos dar uma volta para respirar.

Eles se dirigiram a um canto mais reservado do local, precisamente do lado de fora, onde havia uma varanda. Aiden se apoiou no parapeito e ficou a observar a céu noturno. Lexi encostou, ao lado dele.

–O que está achando da festa, Levi?

–Bem dentro do que seria uma festa de criança. - ele deu uma leve risada e continuou - O que mais gostei foi a sua dança agora. Nem sei como descrever o que foi que aconteceu.

Lexi ficou um pouco envergonhada e escondeu o rosto com as mãos.

–Eu não sei o que deu em mim naquela hora, Levi, desculpa!

–Por que está se desculpando? Eu disse que gostei, eu só fiquei sem reação.

Ele completou a frase puxando a garota junto a seu corpo. Uma vontade de beijá-la surgiu em Aiden. Os dois se olhando, a garota tentando afastar-se da face dele, mas ele puxou e lhe deu um beijo. Era isso que estava querendo fazer havia dias. A garota correspondeu da maneira que ele esperava.

Ambos ficaram trocando beijos por uns minutos. Eles não queriam parar com aquilo, mas deviam voltar a festa, os outros sentiriam falta deles.

–Você não sabe quanto tempo eu esperei por isso. - comentou o ex-agente sorrindo

–Acho que eu sei sim. - ela respondeu - Acho melhor voltarmos para dentro.

Ele apenas assentiu e retornaram. Era mais uma rodada de brincadeiras com as crianças. Ben arrastou Lexi para lá de novo. A garota pediu para Aiden pegar algo para ela beber. Assim ele o fez e ficou sentado na mesa observando-a junto com o irmão.

Houve um desafio da brincadeira em que o próprio Bennett veio chamar Levi para participar. Puxou o rapaz até o salão e as coisas ficaram na mesa. Era a hora perfeita para Paisley fazer o que queria. Poderia envenenar facilmente a bebida como fez com o falecido marido e era exatamente isso. Pegou em sua bolsa um pó, que era o mesmo veneno que matou Griffin. Despejou um pouco em cada um dos copos. Aproveitava e levava o bendito guarda-costas da garota junto com ela.

Pouco depois disso, Lexi e Aiden voltaram a mesa, o irmão ficou lá brincando. Paisley saiu de perto para disfarçar.

–Ai, o Bennett me cansa com essas coisas. - olhou para a mesa do lado - Ainda bem que ela saiu um pouco daqui. - se largou na cadeira - Que sede!

Ao dizer isso, a jovem agarrou o copo e iria levá-lo a boca, porém foi impedida pelo outro.

–Não beba isso!

–Por que?

–Tá vendo isso aqui? - apontou para uma fervura estranha e muito sútil dentro do líquido - Paisley jogou algo dentro dos copos, uma pena que esse veneno deixe esse rastro. Alias, é até meio obvio que ela pôs algo, eu sai e deixei-os aqui e por que ela não está aqui agora?

Levantou-se jogou o líquidos dos copos fora, pela janela.

–Foi a jogada mais ridícula dela. Sinceramente... - comentou

Eles pegaram outra coisa para beber e Paisley voltou uns minutos depois. Ela estranhou a calmaria do lugar. Sentou-se na sua mesa e olhou para Lexi, que estava sozinha.

–Que foi, madrasta? - a garota ironizou

–Nada, só estou achando tudo aqui muito calmo, mesmo sendo uma festa de criança.

–Tem crianças correndo, música, gente conversando. O que você esperava? Alguém morrendo?

–Se fosse você seria melhor ainda, Lexi.

–Eu digo o mesmo em relação a você. A minha sorte é que eu tenho alguém muito bom para me proteger!

–Uma pena que ele esteja no meu caminho. Se ele não estivesse, já teria morrido.

–Ou não. Sabe o que aconteceu quando tentou.

Paisley fez uma cara de deboche. Lexi completou:

–Não pense que vai me matar e de jeito tão ridículo como fez com meu pai. Eu sou diferente dele, não estou cega pelo seu veneno.

A ruiva se levantou para sair dali, Paisley respondeu de mesmo modo.

–Calma, querida. A hora de se juntar a seu pai está chegando! Nossa guerra está declarada desde que o testamento foi lido e era o seu nome e não o do meu filho.

–Eu sei! Vamos ver quem vai ganhar então.

A breve conversa, que nunca tiveram em tantos anos, acabou ali. Lexi foi ficar com Aiden em um outro canto.

–Eu vi você conversando com a Paisley. O que falavam?

–Sobre o óbvio: Que ela quer me matar.

–Quanto tempo mais será que isso vai durar? É até a receber a herança mesmo?

–Acho que não. Ela não vai parar, a não ser que algo maior a impeça.

–Sendo presa, é claro. Nada que não possamos fazer. Mas, vamos curtir esse final de festa, ela não vai tentar mais nada hoje.

Os dois foram dançar mais um pouco e permaneceram assim até a hora do parabéns. Cantaram, cortaram o bolo e eles foram embora.

Antes de dormir, Aiden não resistiu e teve que roubar mais um beijo dela.

–Desculpe por isso. - ele disse ao final

–Tá tudo bem! - ela sorriu

–Sabe que teremos que falar com o seu tio sobre a tentativa de envenenamento que aconteceu amanhã.

Ela apenas assentiu. Ambos se deitaram em suas camas e pegaram logo no sono.

Agora eles tinham que pensar em algum possível novo passo de Paisley na guerra entre ela e Lexi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo capítulo sendo providenciado para o mais breve possível.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mate-me se for capaz" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.