Harry Potter: Uma nova Chance escrita por Natallya Lopes


Capítulo 5
Copa Mundial de Quadribol


Notas iniciais do capítulo

kkkkkkk Gente nunca ri tanto Santiago Viera vire sua bazuca para o outro lado, o Cap 5 esta aqui



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/467194/chapter/5

Harry se desvencilhou de Rony com cuidado para não machucar Gina ou Hermione e se levantou ajudando Gina a se levantar.

Tinham chegado pelo que parecia, a um trecho deserto de uma charneca imersa em névoa. Diante deles havia dois bruxos cansados, com cara de rabugentos, um dos quais segurava um grande relógio de ouro, e o outro, um grosso rolo de pergaminho e uma pena. Ambos estavam vestidos como trouxas, embora sem muita habilidade; o homem do relógio usava um terno de tweed com botas de borracha até as coxas; o colega, um saiote escocês e um poncho.

– Bom dia, Basilio - cumprimentou o Sr. Weasley, apanhando a bota que os transportara e entregando-a ao bruxo de saiote, que a atirou em uma grande caixa de chaves de portal usadas, a um lado; Harry viu, entre elas, um jornal velho, latas de bebidas vazias e uma bola de futebol furada.

– Olá, Arthur - disse Basilio em tom entediado. - Não está de serviço não, é? Tem gente que se dá bem... Estivemos aqui a noite toda... É melhor você desimpedir o caminho, temos um grupo grande chegando da Floresta Negra às cinco e quinze. Espere um pouco, me deixe ver onde é que você vai ficar... Weasley... Weasley... -

Ele consultou a lista no pergaminho. - A uns quatrocentos metros para aquele lado, primeiro acampamento que você encontrar. O gerente é o Sr. Roberts. Diggory... Segundo acampamento... pergunte pelo Sr. Payne.

– Obrigado, Basilio - disse o Sr. Weasley e fez sinal para todos o acompanharem.

Eles saíram pela charneca deserta, incapazes de distinguir muita coisa através da névoa, caminhando por vinte minutos, avistaram uma casinha de pedra ao lado de um portão. Mais além, Harry pôde distinguir mal e mal as formas fantasmagóricas de centenas de barracas, montadas na ondulação suave de um grande campo, no rumo de uma floresta escura no horizonte.

Harry conversou uma parte do caminho com Cedrico, falando das suas idéias de ajudar os alunos que tinham dificuldades em DCAT como ele tinha tido ates das aulas de Lupin e pedindo ajuda dele, já que estava no 7° ano, depois de um tempo Eles se despediram dos Diggory e se aproximaram da casa.

Havia um homem parado à porta, contemplando as barracas. Harry soube só de olhar que aquele era o único trouxa legítimo. Quando o trouxa ouviu os passos do grupo, virou a cabeça para olhá-los.

– "dia! - cumprimentou o Sr. Weasley animado.

– "dia - disse o trouxa.

– O senhor seria o Sr. Roberts?

– É, seria - respondeu o Sr. Roberts. - E quem é o senhor?

– Weasley, duas barracas reservadas há uns dois dias?

– Certo - confirmou o Sr. Roberts, consultando uma lista pregada à porta. - O lugar é lá perto da floresta. Só uma noite?

– Isso - respondeu o Sr. Weasley.

Harry então tomou à dianteira e discretamente pegou o dinheiro das mãos do Sr. Weasley fazendo o pagamento ao Sr. Roberts, recebendo o troco e um mapa do acampamento assinalado onde seria o local que iriam acampar.

Enquanto o grupo avançou lentamente pelo campo entre longas fileiras de barracas. Harry discretamente pediu que o Sr. Weasley ficasse mais atrás do grupo.

– Sr. Weasley preciso falar algo serio com o senhor.

– Pode falar Harry.

–Hoje haverá um ataque depois do jogo, comensais da morte. – O Sr. Weasley parecia chocado com a noticia - O senhor precisa proteger os trouxas, eles serão os mais atingidos.

–Pode deixar Harry, não se preocupe irei avisar os aurores e não citarei seu nome.

Depois dessa conversa o grupo seguiu entre as barracas a maioria parecia quase normal; os donos tinham visivelmente tentado o possível para fazê-las parecer equipamento de trouxas, embora tivessem cometido alguns deslizes ao acrescentarem chaminés ou cordões de sinetas ou cata-ventos. Porém, aqui e ali, havia uma barraca tão obviamente mágica que Harry não pode evitar um sorriso. Lá para o meio do campo, havia uma extravagante produção de seda listrada como um palácio em miniatura, com vários pavões vivos amarrados à entrada. Um pouco adiante, eles passaram por uma barraca que tinha três andares e várias torrinhas; e, mais além, havia uma outra com um jardim anexo, completo, com banho para passarinhos, relógio de sol e fonte.

– Sempre os mesmos - comentou o Sr. Weasley sorrindo -, não conseguimos deixar de nos exibir quando nos reunimos. Ah, lá está, olhem, aquela é a nossa.

Tinham alcançado a orla da floresta no alto do campo, e ali havia uma área livre com um pequeno letreiro enfiado no chão em que se lia "Weezly".

– Não podíamos ter ganho um lugar melhor! - exclamou o Sr. Weasley feliz. - O campo preparado para as partidas é logo do outro lado da floresta, estamos o mais perto que poderíamos estar. - Ele descarregou a mochila dos ombros. - Certo - disse excitado -, rigorosamente falando, nada de magias, não quando estamos no mundo dos trouxas em tão grande número. Vamos armar estas barracas à mão! Não deve ser muito difícil... Os trouxas fazem isso o tempo todo... Tome Harry, por onde você acha que devo começar?

Harry nunca acampara na vida; os Dursley nunca o haviam levado em férias,mas ele era bruxo e discretamente sussurrou um feitiço enquanto o Sr. Weasley estava distraído com o manual e conseguiu que as barracas se montassem sozinhas, quando as barracas estavao montada o Sr. Weasley foi o primeiro a entrar na primeira barraca.

– Vamos ficar meio apertados - comentou ele -, mas acho que vai dar para nos espremermos. Venham dar uma olhada.

Harry entrou mesmo sabendo o que iria encontrar nunca se deixava de surpreender com o que a magia poderia fazer. Estava mobiliado no mesmíssimo estilo que o da Sra. Figg; havia capas de crochê nas poltronas sem par e um forte cheiro de gatos.

– Bom, não é para muito tempo - disse o Sr. Weasley, secando a careca com um lenço e espiando as quatro camas-beliches que havia no quarto. - Pedi a barraca emprestada ao Perkins, lá do escritório. Ele não acampa muito atualmente, coitado, está com lumbago.

O Sr. Weasley apanhou uma chaleira empoeirada e espiou dentro.

– Vamos precisar de água...

– Tem uma torneira assinalada no mapa que o trouxa nos deu - disse Rony, que seguira Harry para dentro da barraca e parecia completamente indiferente a essas extraordinárias proporções internas. - Fica do outro lado do campo.

– Bom, então por que você, Harry e Hermione não vão apanhar um pouco de água... - o bruxo entregou aos garotos a chaleira e duas caçarolas - e nós vamos apanhar lenha para fazer uma fogueira?

– Mas temos um forno - lembrou Rony -, por que não podemos...?

– Rony, segurança antitrouxa! - disse o Sr. Weasley, o rosto brilhando de expectativa. - Quando os trouxas de verdade acampam, eles cozinham em fogueiras ao ar livre, já os vi fazendo isso!

– Certo, vamos Rony, ahãm Gina você quer ir com a gente? – Perguntou Harry sobre os olhares dos ruivos. Rony não entendia o súbito interesse de Harry pela sua irmã, mas Hermione acabou distraindo pedindo ajuda para levar sua mochila para a cabana ao lado que seria a das meninas, os gêmeos poderiam fazer alguma piadinha, mas conheciam bem demais sua irmã caçula para saber que ela seria capaz de lançar um avada caso atrapalhassem o seu momento com o Harry, todos sabiam que ela era louca por ele.

–Claro Harry – Falou sorrindo - Só preciso deixar minha mochila na cabana e podemos ir.

E depois de uma rápida visita a barraca das garotas, partiram pelo acampamento em busca da torneira.

Agora, com o sol de fora e a névoa se dissipando, eles puderam ver a cidade de lona que se estendia para todas as direções. Aqui e ali bruxos e bruxas adultos saíam das barracas e começavam a preparar o café da manhã. Alguns, lançando olhares furtivos para os lados, conjuravam fogueiras com as varinhas; outros acendiam fósforos com ar de dúvida, como se tivessem certeza de que aquilo não ia funcionar.

– Hum... são os meus olhos ou tudo ficou verde? - perguntou Rony.

Não eram os olhos de Rony. Os garotos tinham entrado em uma área que claramente torciam pela Irlanda.

Enquanto caminhavam ouviram alguém gritar seus nomes.

– Gina! Harry! Rony! Hermione!

Era Simas Finnigan, um colega quartanista da Grifinória. Estava sentado diante de uma barraca coberta de trevos, em companhia de uma mulher de cabelos louro-claros que só podia ser sua mãe e com Dino Thomas, também da Grifinória.

– Gostaram da decoração? - perguntou Simas sorrindo, quando Harry, Rony e Hermione se aproximaram para cumprimentá-los. - O Ministério não está nada feliz.

– E por que não deveríamos mostrar nossas cores? - perguntou a Sra. Finnigan. -

Vocês deviam ver o que os búlgaros penduraram nas barracas deles.

Vocês vão torcer pela Irlanda, naturalmente? - acrescentou ela fixando Harry, Rony e Hermione com insistência.

Depois de terem tranqüilizado a senhora de que realmente iam torcer pela Irlanda, os garotos seguiram caminho, embora Rony tivesse comentado:

– Gomo se a gente fosse dizer que não ia, com aquela turma em volta da gente. – arrancando sorrisos dos amigos.

– Que será que os búlgaros penduraram nas barracas? - indagou Hermione.

– Vamos dar uma olhada - disse Harry, apontando para uma grande área de barracas mais adiante, onde a bandeira da Bulgária, vermelha, verde e branca, tremulava a brisa.

As barracas não estavam enfeitadas com plantas, mas cada uma exibia o mesmo pôster, um pôster com um rosto muito carrancudo com grossas sobrancelhas negras.

A foto, é claro, se mexia, mas apenas para piscar os olhos e franzir a testa.

– Krum - disse Rony em voz baixa.

– Quê? - perguntou Hermione.

– Krum! - repetiu Rony. Vítor Krum, o apanhador búlgaro!

– Ele parece bem rabugento - comentou Hermione, olhando para os muitos Krums que piscavam e franziam a testa para eles.

– Bem rabugento?- Rony olhou para o céu. - Quem se importa com a cara dele?

Ele é incrível! E é bem moço, também. Tem uns dezoito anos, por aí. É um gênio, espere até ver hoje à noite.

Harry então teve uma idéia – Rony, posso conseguir um autografo do Krum pra você. Mas voce fica me devendo uma.

–Serio Harry? Claro que sim, fico devendo todas a você.

E com um sorriso de quem sabia o que estava fazendo Harry e os outros chegaram à torneira.

Já havia uma pequena fila à torneira no canto do acampamento. Harry e Rony entraram logo atrás de dois homens que discutiam acaloradamente. Um deles era um bruxo muito velho que usava uma longa camisola florida. O outro era visivelmente um bruxo do Ministério; este segurava calças listradas e quase chorava de exasperação.

– Vista as calças, Arquibaldo, seja bonzinho, você não pode andar por aí vestido assim, trouxa no portão já está ficando desconfiado...

– Comprei isso numa loja de trouxas - defendeu-se o velho bruxo, teimando. - Os trouxas usam isso.

– Mulheres trouxas usam isso, Arqui, não os homens, eles usam isto aqui - disse o bruxo do Ministério mostrando as calças listradas.

– Não vou vestir isso - retrucou o velho bruxo indignado. - Gosto de sentir uma brisa saudável nas minhas partes, obrigado.

Hermione e Gina foram tomadas por um tal acesso de riso, nessa hora, que precisaram sair da fila e só voltou depois que Arquibaldo tinha se abastecido de água e fora embora.

Caminhando mais devagar agora, por causa do peso da água, os garotos tornaram a atravessar o acampamento. Aqui e ali, eles viam rostos mais familiares: outros alunos de Hogwarts com as famílias. Olívio Wood, o ex-capitão de quadribol do time de Harry, que terminara os estudos em Hogwarts, arrastou o garoto até a barraca dos pais para apresentá-lo, e lhe contou cheio de excitação que acabara de entrar para o time de reserva do Puddlemere United. Depois os garotos foram saudados por Ernesto Maemillan, um quartanista da Lufa-Lufa, e, mais adiante, viram Cho Chang, uma garota muito bonita que jogava como apanhadora no time da Corvinal. Ela acenou, Harry balançou a cabeça, mas imediatamente voltou à conversa com Gina mostrando que não tinha interesse algum na oriental o que deixou a ruiva muito satisfeita. E antes de Rony perguntasse alguma coisa perguntou;

– De onde você acha que eles são? - perguntou Harry apontando para um grupo de adolescentes. - Eles não freqüentam Hogwarts, freqüentam?

– Devem freqüentar alguma escola estrangeira - sugeriu Rony. - Sei que há outras, mas nunca encontrei ninguém que estudasse nelas. Gui teve uma correspondente em uma escola no Brasil... isto foi há anos... e ele quis ir para lá numa viagem de intercâmbio, mas mamãe e papai não tiveram dinheiro para bancar a viagem. A moça ficou toda ofendida quando ele disse que não ia e mandou para ele um chapéu enfeitiçado. As orelhas dele murcharam.

Harry riu, eles continuaram a caminhada em direção a cabana.

– Vocês demoraram uma eternidade - comentou Jorge, quando eles finalmente

– Encontramos alguns conhecidos - disse Rony, pousando as vasilhas de água. -

Você ainda não acendeu a fogueira?

– Papai está se divertindo com os fósforos - disse Fred.

O Sr. Weasley não estava tendo o menor sucesso em acender a fogueira, mas não era por falta de tentativas. Fósforos partidos coalhavam o chão ao seu redor, mas ele parecia estar se divertindo como nunca.

– Opa! - exclamou ele, ao conseguir acender um fósforo, mas largou-o na mesma hora no chão, surpreso.

– Chegue aqui, Sr. Weasley - disse Hermione bondosamente, tirando a caixa das mãos dele e começando a mostrar como fazer fogo direito.

Quando Hermione assumiu a função de acender a fogueiro o Sr. Weasley puxou Harry de lado

–Harry, como prometi a voce já informei os aurores e a segurança esta reforçada e também sugeri que não comunicassem aos outros chefes de departamento. Eles já estão por demais atarefados e essa informação só iria estressá-los ainda mais.

–Muito bom Sr. Weasley, obrigada também por não ter citado meu nome.

Harry gostou muito de saber que poderia proteger os trouxas dessa vez e que o plano seria seguido, mas se ele se recordasse bem do que aconteceu ainda tinha outra coisa a ser feita.

–Sr. Weasley, o senhor alguma vez quis ter um elfo domestico?

– Bem Harry, Molly iria adorar, iria ajuda-la e fazer compania a ela. Porem elfos domesticam custam muito dinheiro.

– Certo Sr. Weasley, so estava conferindo. – e Harry saiu para junto dos amigos deixado o Sr. Weasley confuso com a pergunta do garoto.

Finalmente, eles acenderam a fogueira, embora levasse no mínimo mais uma hora até ela esquentar o suficiente para cozinhar alguma coisa, Caso Harry não tivesse laçado um encanto sobre a fogueira, o que deixou o Sr. Weasley feliz já que imaginava que a fogueira pegou sozinha. A barraca deles estava armada ao longo de uma espécie de rua de acesso ao campo de quadribol, por onde funcionários do Ministério corriam para cima e para baixo, cumprimentando cordialmente o Sr. Weasley ao passar. O Sr. Weasley fazia comentários contínuos, principalmente para benefício de Harry e Hermione; seus próprios filhos já conheciam bastante o Ministério para se interessar.

Enquanto o Sr. Weasley apresentava cada um que passava por eles, na fogueira já esta sendo preparados Ovos e salsicha, e foi nesse momento que Gui, Carlinhos e Percy saíram caminhando da floresta para se reunir à família.

– Acabei de aparatar, papai - disse Percy em voz alta. - Ah, que excelente almoço!

Já haviam comido metade das salsichas com ovos quando o Sr.

Weasley se levantou de um salto, acenando e sorrindo para um

homem que vinha em sua direção.

– Ah-ah! - exclamou ele. - O homem do momento! Ludo! Ludo Bagman era, sem

favor algum, o homem mais chamativo que Harry já vira na vida, até mesmo

incluindo nessa conta o velho Arquibaldo com sua camisola florida. Usava longas vestes de

quadribol com grandes listras horizontais amarelas e pretas. Uma enorme

estampa de uma vespa tomava todo o seu peito. Tinha a aparência de um homem

corpulento que parara de se exercitar; suas vestes estavam muito esticadas por cima da

enorme barriga, que certamente não existia na época em que ele jogava quadribol

pela Inglaterra. Seu nariz era achatado (provavelmente quebrado por algum balaço

errante, pensou Harry), mas os redondos olhos azuis, os cabelos louros curtos e a pele

rosada o faziam parecer um menino de escola que crescera demais.

– Olá, pessoal! - exclamou Bagman alegremente. Andava como se tivesse molas nas solas dos pés, era visível que estava num estado de extrema excitação.

"Arthur, meu velho", ofegou ele, ao chegar à fogueira, "que dia, hein? Será que podíamos ter desejado um tempo mais perfeito? Uma noite sem nuvens... e quase nenhum problema na programação... quase nada para eu fazer!"

Por trás dele, um grupo de bruxos do Ministério, de cara exausta, passou apressado, apontando para a evidência distante de algum tipo de fogueira mágica que disparava faíscas violetas a seis metros de altura.

Percy adiantou-se rapidamente com a mão estendida. Pelo jeito o fato de desaprovar o modo de Ludo Bagman dirigir o departamento, não o impedia de querer causar boa impressão.

– Ah... sim - disse o Sr. Weasley, sorrindo -, este é o meu filho, Percy, começou a trabalhar o Ministério agora, e este é Fred, não, Jorge, desculpe, esse éo Fred... Gui, Carlinhos, Rony... minha filha, Gina... e os amigos de Rony, Hermione Granger e Harry Potter.

De maneira discretíssima, Bagman olhou uma segunda vez ao ouvir o nome de Harry e seus olhos deram a conhecida espiada na cicatriz na testa do garoto.

– Pessoal - continuou o Sr. Weasley -, este é Ludo Bagman, vocês sabem quem ele

é, e é graças a ele que temos entradas tão boas...

Bagman abriu um sorriso de lado a lado do rosto e fez um gesto com a mão significando que não fora nada.

– Quer arriscar uma apostinha no jogo, Arthur? - perguntou ele ansioso, sacudindo, ao que parecia, um bocado de ouro nos bolsos das vestes amarelas e pretas. - Já aceitei a aposta de Roddy Pontner de que a Bulgária vai marcar primeiro, ofereci a ele uma boa vantagem, levando em conta que os três jogadores avançados da Irlanda são os mais fortes que já vi em anos, e a pequena Ágata Timms apostou meias quotas da fazenda de enguias de que a partida vai durar uma semana.

– Ah... vá lá, então - disse o Sr. Weasley. - Vejamos... um galeão na vitória da Irlanda?

– Um galeão? - Ludo Bagman pareceu ligeiramente desapontado, mas se recuperou: - Muito bem, muito bem... mais alguma

aposta?

– Eles são um pouco jovens demais para andar jogando - disse

o Sr. Weasley. - Molly não gostaria...

E antes que os gêmeos pudessem falar qualquer coisa, Harry disse:

– Fred, Jorge preciso da opinião de vocês em uma coisa.

–Mas Harry... – Tentou falar Jorge

– É rápido, vamos na barraca - e saiu rebocado os gêmeos deixado todos ao redor da fogueira sem entender nada, quando chegou no interior da barraca foi logo falando.

–Sim, o palpite de vocês esta correto, mas não devem apostar.

–Mas Harry –Falou Jorge com os olhos brilhando, eles não entediam como Harry sabia certas coisas mas isso não importava, cofiavam nele de olhos fechados – se como voce disse estivermos certos, vamos gahar uma fortuna.

– Isso – falou Jorge – E poderemos fabricar inúmeros caramelos.

– Infelizmente se vocês apostarem com o Sr. Bagman vão acabar ficando sem nenhum galeão, ele deve muito dinheiro aos duendes. Cofiem em mim, apostar com ele é perde dinheiro.

Os gêmeos se olharam e em um entendimento mudo assentiram a cabeça, se Harry estava dizendo aquilo é porque era verdade, o garoto não tinha porque mentir e afinal se não fosse por ele, todos os caramelos incha língua teria ido para na lareira.

Quando saíram Ludo Bagman esperava os gêmeos que surpreenderam

– Desculpa, mas ao iremos apostar, apesar de termos um palpite excelente temos um investimento melhor para nosso dinheiro.

E com isso o Sr. Weasley suspirou aliviado, afinal Molly não iria gostar nada que os meninos andassem apostando.

Bagman pareceu nem se abalar com isso, afinal eram apenas dois jovem não teriam muito dinheiro e virou-se animadíssimo para o Sr. Weasley.

– Daria para me fazer um chá, suponho? Estou de olho para ver se localizo Crouch. O meu ministro búlgaro está criando dificuldades e não consigo entender uma palavra do que ele diz. Bartô poderia resolver o problema, fala umas cento e cinqüenta línguas.

– O Sr. Crouch? - disse Percy, abandonando subitamente o seu ar de superior e quase se contorcendo de óbvia excitação. - Ele fala mais de duzentas! Serêiaco, grugulês, trasgueano...

– Qualquer um sabe falar trasgueano - disse Fred fazendo pouco -, é só a gente apontar e grunhir.

Percy lançou a Fred um olhar feiíssimo e atiçou os gravetos da fogueira vigorosamente para fazer a chaleira ferver, enquanto os outros riam disfarçadamente.

– Já teve notícias de Berta Jorkins, Ludo? - perguntou o Sr. Weasley quando Bagman se sentou na grama ao lado deles. Berta Jorkins era uma funcionaria do departamento de Ludo que havia desaparecido a algum tempo, Harry sabia o que tinha acontecido a mulher mas não podia falar nada nesse momento, era algo que não poderia ser mudado e que ajudaria no curso dos acontecimentos futuros.

– Nem um pio - disse Bagman à vontade. - Mas ela vai aparecer. Coitada da velha Berta... em a memória de um caldeirão furado e nenhum senso de direção. Perdida, se quiserem me acreditar. Vai aparecer na seção lá para outubro, pensando que ainda é julho.

– Você não acha que já estava na hora de mandar alguém procurá-la? - sugeriu, hesitante, o Sr. Weasley, quando Percy estendeu a Bagman o chá pedido.

– o que o Bartô Crouch não pára de dizer - respondeu Bagman, arregalando inocentemente seus olhos redondos -, mas o fato é que não podemos destacar ninguém no momento. Ah... é falar no demônio! Bartô!

Bartô era um homem mais velho, formal, empertigado, vestido com um terno e uma gravata impecáveis. A risca nos seus cabelos grisalhos e curtos era quase absurdamente reta e o bigode fino de escovinha parecia ter sido aparado com uma régua. Seus sapatos eram exageradamente lustrosos. Harry percebeu na hora por que Percy o idolatrava.

Percy acreditava piamente em obedecer às regras sem fazer concessões, e o Sr. Crouch obedecera à regra de se vestir como trouxa tão rigorosamente que poderia ter passado por gerente de banco. Harry duvidava que seu tio Válter pudesse ter descoberto quem ele realmente era.

– Estrague um pouco a grama, Bartô - disse Ludo animadamente, batendo no chão.

– Não, muito obrigado - respondeu Crouch, e havia um vestígio de impaciência em sua voz. - Estive procurando-o por toda parte. Os búlgaros insistem que coloquemos mais doze cadeiras no camarote de honra.

– Ah, é isso que eles querem? - exclamou Bagman. - Achei que o sujeito estava pedindo uma pinça emprestada. Sotaque forte o dele.

Harry suspirou e levantou-se, odiava a politicagem mas sabia que era necessário. Sorriu e estendeu a mão.

– Sr. Crouch, queria parabeniza-lo pelo excelente trabalho

– Harry Potter muito obrigado – E em um raro momento de humanidade deu um sorriso caloroso ao menino deixando Percy indignado – ah e obrigado pela dica de mais cedo.

Os outros ficaram sem entender muita coisa mas é claro que estavam falando do ataque que iria acontecer mais tarde. Percy percebendo que Harry estava recebendo atenção demais resolveu chamar a atenção do Sr. Crouch.

– Mr. Crouch! - disse Percy sem fôlego, curvando-se numa espécie de meia reverência que o fez parecer corcunda. - O senhor aceita uma xícara de chá?

– Ah - exclamou o bruxo, olhando surpreso para Percy. - Claro... obrigado, Wearherby.

Fred e Jorge se engasgaram dentro das xícaras de que bebiam. Percy, as orelhas muito rosadas, ocupou-se com a chaleira.

– Então, muito ocupado, Bartô? - perguntou Bagman despreocupadamente.

– Bastante - respondeu o outro seco. - Organizar chaves de portal em cinco continentes não é uma tarefa qualquer, Ludo.

– Imagino que os dois vão ficar contentes quando o evento acabar - comentou o Sr. Weasley.

Ludo Bagman pareceu chocado.

– Contente! Não me lembro de ter me divertido tanto... ainda assim, não é que não haja mais trabalho pela frente, hein, Bartô? Hein? Muita coisa ainda para organizar, hein?

O Sr. Crouch ergueu as sobrancelhas para Bagman.

– Combinamos não anunciar nada até todos os detalhes...

– Ah, os detalhes! - exclamou Bagman, afastando a palavra como se fosse uma nuvem de mosquitos.

– Eles já assinaram, então? Concordaram? Aposto o que você quiser como esses garotos vão saber logo. Quero dizer, vai acontecer em Hogwarts..

Todos olharam curiosos quando viram Harry sussurrar para Rony e pedir para passar a mensagem. “Eu sei o que é mais tarde eu conto.” E não puderam deixar de sorrir.

– Ludo, precisamos receber os búlgaros, sabe - disse o Sr. Crouch bruscamente,cortando os comentários de Bagman. Sem ter notado a conversa entre os garotos - Obrigado pelo chá, Weatherby.

Ele devolveu a Percy a xícara de chá intocada e esperou Ludo se levantar; Bagman se pôs em pé com dificuldade, virando o restinho de chá, o ouro em seus bolsos tilintando alegremente.

– Vejo vocês todos mais tarde! - disse ele. - Vão ficar no camarote de honra comigo, vou comentar o jogo! - Ele acenou, Bartô Crouch fez um movimento rápido com a cabeça e os dois desaparataram.

Imediatamente saíram puxado Harry para um canto afastado.

–Vamos Harry, Conte o que vai acontecer - Falou Gina

– Não sei muita coisa – mentiu Harry – Parece que vai Haver uma competição em Hogwarts esse ano e que vai ter um premio em dinheiro no final. So ouvi isso.

Os gêmeos ficaram eufóricos e parece que ninguém se importou com a pouca quantidade de informação, passaram a tentar adivinhar que tipo de competição seria essa e de quanto seria o premio.

A atmosfera de excitação foi-se adensando como uma nuvem palpável sobre o acampamento, à medida que a tarde avançava. À hora do crepúsculo, o próprio ar parado de verão parecia estar vibrando de excitação, e quando a noite se estendeu como um toldo sobre os milhares de bruxos que aguardavam, os últimos vestígios de fingimento desapareceram: o Ministério pareceu se curvar ao inevitável e parou de combater os indisfarçáveis sinais de magia que agora irrompiam por toda parte.

Ambulantes aparatavam a cada metro, trazendo bandejas e empurrando carrinhos cheios de extraordinárias mercadorias. Havia rosetas luminosas - verdes para a Irlanda, vermelhas para a Bulgária - que gritavam os nomes dos jogadores, chapéus verdes cônicos enfeitados com trevos dançantes, echarpes búlgaras adornadas com leões que rugiam de verdade, bandeiras dos dois países que tocavam os hinos nacionais quando eram agitadas.

– Guardei o meu dinheiro o verão todo para o dia de hoje - disse Rony a Harry, quando os quatro saíram caminhando entre os vendedores comprando lembranças ( já que Harry não desgrudava de Gina, o que deixava a menina encantada). Embora Rony já tivesse comprado um chapéu com trevos dançantes e uma grande roseta verde, comprou também uma figurinha de Vítor Krum, o apanhador búlgaro. O brinquedo andava para frente e para trás na mão do garoto, amarrando a cara para a roseta verde acima.

– Uáu, olha só para isso! - exclamou Harry, correndo até um carrinho atulhado de coisas que pareciam binóculos de latão, só que eram cheios de botões estranhos.

– Onióculos - disse o vendedor pressuroso. - Você pode rever o lance... Passar ele em câmara lenta... e ver uma retrospectiva lance a lance, se precisar. Pechincha: dez galeões um.

– Eu queria não ter comprado isso - disse Rony, indicando o chapéu com os trevos dançantes e olhando, de olho comprido, para os onióculos.

– quatro - disse Harry com firmeza ao bruxo.

– Não... não precisa - disse Rony ficando vermelho. Sempre se melindrava com o fato de que Harry, que herdara uma pequena fortuna dos pais, tivesse muito mais dinheiro do que ele.

– Não vou te dar nada no Natal - disse Harry, empurrando os oníóculos nas mãos do amigo e de Hermione. - Por uns dez anos, não se esqueça.

– É justo - disse Rony rindo.

E com as bolsas de dinheiro bem mais leves, os quatro voltaram às barracas. Gui, Carlinhos e

Gina também estavam usando rosetas verdes, e o Sr. Weasley carregava uma bandeira da Irlanda. Fred e Jorge não compraram suvenires porque queriam investir seu dinheiro nos seus inventos.

Então, eles ouviram um gongo, grave e ensurdecedor, bater em algum lugar além da floresta e, na mesma hora, lanternas verdes e vermelhas se acenderam entre as árvores, iluminando o caminho até o campo.

– Está na hora! - exclamou o Sr. Weasley, parecendo tão excitado quanto os garotos. - Andem logo, vamos!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Continuem com esses comentarios maravilhosos e o proximo capitulo sai rapidinho, sujestoes? Criticas?